História What If - Emison - Tudo ou Nada? (parte2)

NARRAÇÃO DA AUTORA

- Papai levanta daí pelo amor de Deus! - ordena Emily novamente.
Wayne se mantém ajoelhado olhando pro filho, na expetativa de uma resposta positiva, pois no fundo ele espera que o rapaz tenha herdado um pouco da generosidade do seu melhor amigo Kenneth, que sempre fez de tudo pra incutir aos filhos os melhores valores morais.
Como se estivesse lendo o pensamento do homem que odeia, Jason inspira fundo, soltando um longo suspiro, estendendo o seu braço em seguida na direção dele de forma a que o imponente senhor se apoiasse:
- Levanta daí e deixa de drama! Eu não te vi ajoelhado lá em casa, depois que meu pai morreu por culpa do seu "conceito de ética".
- Quando é que você vai deixar essa história morrer? - pergunta Emily pensando que a sua causa está perdida.
- Eu não tou falando com você garota! - responde Jason sem tirar os olhos do pai deles e ainda com o braço preso á mão daquele homem, que aceitou se apoiar nele.
- Por favor filho... - começa Wayne lacrimejando.
- Eu não sou seu filho já disse! Se eu tivesse os seus genes o mais certo seria eu proibir o procedimento que a Spencer vai fazer na minha filha. Porém e apesar do Dylan ser filho dessa metida aí, ele também é filho da única irmã que eu tenho e amo. Se eu fosse seu filho, com certeza eu proibiria, mas pra bem de todos eu sou e fui criado por Kenneth Dilaurentis. Eu vou permitir a punção lombar e nunca me passou pela cabeça ter outro tipo de atitude. Só peço que por favor o senhor nunca mais me chame de filho!
Virando as costas e saindo de cabeça erguida, Jason fecha a porta do terraço com uma certa delicadeza, deixando os Fields olhando pra cara um do outro e transbordando de felicidade, pois agora sim eles podiam sonhar com uma esperança maior de ver o Dylan se curando.

PDV SPENCER

10h30

Depois de explicar a Jenna e á Samara tudo aquilo que é preciso no bloco operatório pra proceder a punção lombar que vou fazer á Amy, eu entro na sala de desinfeção e enquanto estou me preparando, me detenho em frente ao espelho, olhando pras minhas mãos, tentando avaliar se devo ou não seguir o meu intento.
Aria entra nesse mesmo momento e como se estivesse lendo os meus pensamentos, ela pega nas minhas duas mãos e as beija delicadamente:
- Vai dar tudo certo! 
- Você sempre tão otimista e segura né baixinha! - eu afirmo sorrindo timidamente.
- No que diz respeito ao seu profissionalismo, eu boto as minhas mãos no fogo Dra Hastings.
Eu volto a sorrir pra ela, e subitamente uma ideia me passa pela cabeça:
- Posso te fazer um pedido?
- Spencer você pode tudo, menos se apaixonar pelo Toby! Contudo acho que isso já aconteceu - ela responde me encarando.
Eu desvio o meu olhar, pois não me sinto pronta pra falar sobre a minha relação e por isso eu retiro as minhas mãos que ainda estão coladas nas delas e olho pro espelho, tentando disfarçar que as suas palavras mexeram comigo.
- Entra comigo no bloco operatório - eu peço -  me sentirei muito mais segura com você do meu lado!
Aria se coloca em frente ao espelho, e eu me perco na visão de ter a imagem dela encarando a minha:
- Claro que sim! Será uma honra assistir á primeira de muitas conquistas suas...
A minha sensibilidade, mesmo estando á flor da pele, me alerta que ainda não me é permitido tocar na Aria, mesmo que seja para lhe oferecer um simples abraço, por isso eu apenas sorrio e logo em seguida pego em todo o equipamento necessário, pra que ela possa usar enquanto estiver na sala de cirurgia comigo.
Aria me olha um pouco receosa, contudo e após respirar fundo, ela começa a tirar a roupa e é ao vê-la desnuda, que eu compreendo o motivo do seu receio.
As marcas das agressões do Ezra ainda estão bem visíveis no seu corpo, que apresenta cicatrizes, nódoas negras e arranhões.
Eu entendo o seu gesto como uma prova de confiança e tomando coragem, me aproximo dela com todo o cuidado, e de uma forma quase imperceptível, coloco a minha mão direita em seu ombro...
Ainda assim a ouço suspirar profundamente...
Aos poucos vou beijando as suas costas, em todos os locais onde ela se encontra machucada...
E a cada beijo eu consigo sentir sua pulsação se alterar de uma forma veloz e cheia de desejo.
Na minha cabeça eu imploro pra que ela não se vire, porém os Deuses parecem não ter recebido a minha mensagem, pois ela se vira e quando eu olho pro seu rosto e em seguida  pros seus seios, que tinham os bicos completamente endurecidos, eu a beijo e fico feliz por me sentir correspondida.
- Você é minha Spencer, venha quem vier, esteja quem estiver! - ela diz ao mesmo tempo que sai daquele beijo, certa de ter me deixado desejando ter muito mais, vindo daquela mulher que sempre amei.
Confusa, porém certa de querer respeitar o Toby, eu nada digo, ajudando-a a vestir a bata cirurgica, tendo todo o cuidado pra não machucá-la. 
Pouco depois, e totalmente equipadas, nós nos olhamos e novamente ela estende a mão pra mim, entrando comigo lado a lado, na sala de cirurgia...

NARRAÇÃO DA AUTORA

11h00

Emily chega á sala de espera juntamente com o seu pai, porém e estranhamente, tanto ele como a Alison não se olham com ódio e a morena até se arrisca a pensar que num primeiro momento, eles até se entreolharam combinando mentalmente se respeitarem.
Por fim, Maya, Toby e até a própria Hanna acompanhada por Caleb, se aproximam e sentando num dos sofás da sala de espera, todos ficam em silêncio, esperando que  a Samara ou mesmo a Jenna, entrassem trazendo notícias.
- Não entendo porque a gente não pode tar junto com a Aria e a Spencer - diz Alison demonstrando estar ansiosa.
- Como familia, é anti-ético que você, a Emily ou o Jason estejam presentes - diz Maya tentando chamá-la á razão.
- Falando nisso cadê ele? - pergunta a loirinha, triste com a falta de sensibilidade do irmão.
Ninguém respondeu e um enorme silêncio voltou a reinar naquela pequena sala de espera, até que, sem que ninguém esperasse, a matriarca dos Dilaurentis aparecesse, sentando se ao lado da filha:
- Vocês já tem alguma novidade? - ela pergunta enquanto coloca a mão por cima da mão da Alison, que tal como se tivesse tomado um choque elétrico, rapidamente a retira, rejeitando qualquer tipo de aproximação.
- Estamos esperando notícias a qualquer momento - responde Alison secamente.
Sem perder a sua pose e demonstrando não ter ficado minimamente incomodada com a atitude da filha, Jéssica olha pra Maya, que sentindo se comprometida, abandona o recinto, com a desculpa de precisar beber um café.
Duas horas depois, Aria e Spencer aparecem na sala de espera, e olhando pra Alison e Emily as duas confirmam que a parte mais dificil foi concluída com sucesso.
- Deu tudo certo e enviámos a amostra pro laboratório. A Amy está bem e vai dormir por algumas horas. Agora só nos resta esperar o resultado - diz Spencer sorrindo.
Alison e Emily se abraçaram e como a vida dos demais não podia ficar suspensa enquanto esperavam o resultado do exame, Hanna voltou ao seu quarto sob supervisão do Caleb, Jéssica voltou pra casa pedindo a Alison que ligasse assim que soubesse o resultado, que por ter uma cesariana marcada também precisava se ausentar. Wayne foi pra capela decidido a fazer companhia a Pam que estava rezando e Toby decidiu apartar a Aria da Spencer, convidando a mesma pra almoçar. 
Elliott acabou por aparecer, fazendo o mesmo convite a Aria e os quatro foram embora, deixando a Emily sozinha,  esperando uma conclusão pra essa história que já dura tem tanto tempo.

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16h18

Algumas horas depois e vencida pelo cansaço, Emily acaba por adormecer ali na sala de espera, até que ao sentir uma mão por cima do seu ombro, ela desperta, pensando que finalmente teria alguma noticia boa:
- Que está fazendo aqui? - ela pergunta quando se apercebe que é Jason que está tocando nela.
- Vem comigo - ele ordena num tom amavél.
Relutantemente, pois não tem a miníma vontade de sair dali, Emily o segue até ao terraço, se preparando pra uma nova discussão e se mentalizando que caso tenha de dar um soco no nariz dele, ao menos no terraço não haverá testemunhas.
Ao chegar, ela vê que ele deixou preparadas duas pipas, e que a sua intenção era "brincar" de terem oito anos novamente:
- Porque está fazendo isso? - ela pergunta enquanto cruza os braços mas ainda assim sem resistir a oferecer um meio sorriso.
- Emily eu sou pai! E como pai, confesso que não gostaria de estar no seu lugar neste momento. E se estivesse, gostaria de ter alguém que aceitasse soltar pipa comigo, enquanto eu espero por algo importante e crucial.
- Corajoso você hein? Eu sempre fui melhor que você soltando pipa e sempre ia buscar as suas pipas em cima das árvores - ela diz sorrindo divertida.
- E eu morria de rir quando você caía das árvores e ficava com os joelhos todos machucados - ele relembra enquanto sorri descontraído.
- Posso te refazer uma pergunta? - diz Emily fazendo um ar um pouco mais sério.
- Te dou a mão e você quer morder o braço - ele atira, revirando os olhos.
- Quando foi que você deixou de gostar de mim?
Jason pega na sua pipa e começa a brincar com ela, enquanto pensa se deve ou não responder, até que por fim e depois de soltar um longo suspiro ele resolve se abrir com ela:
- Há uns anos atrás, eu te vi numa balada e fiquei sabendo pelos meus amigos que você ia naquela discoteca todo o sábado, enchendo a cara de cachaça e indo embora com uma garota. Eu fiquei te observando durante algumas horas, até que percebi que a tal garota só podia ser a Paige, pois minutos depois dela ter chegado perto de você, vocês se beijaram.
- Foi um erro grave do qual eu não me perdoarei jamais! - diz Emily de cabeça baixa, assumindo o seu deslize.
- Eu ia até Charllotte sempre que podia e encontrava a Alison cada vez mais concentrada em vencer na vida e voltar pra Rosewood, na esperança de recuperar o seu amor e depois quando vi aquilo, confesso que te odiei por ser tão hipócrita.
- A sua irmã nunca perdeu nem vai perder o meu amor. E eu só ia ali encher a cara, numa tentativa de esquecer que ela me abandonou sem me dar qualquer explicação - Emily justifica.
- Ok Dra Fields! Agora é minha vez de perguntar, quando você deixou de gostar de mim?
Tirando a pipa da mão do Jason, Emily faz com que a mesma se renda ao vento, que hoje está especialmente mais forte:
- Eu nunca deixei de gostar de você! Essa sua implicância com meu... quer dizer nosso pai e todas as coisas que você fala da nossa familia, me incomodam profundamente. Essa sua arrogância e o fato de você brincar com os sentimentos da Hanna, é que fazem com que eu não morra de amores pela sua pessoa. Apenas isso!
- A minha história com a Hanna é muito complicada! Uma hora eu tenho certeza que a amo mas logo depois eu lembro do quanto foi dificil pra minha mãe ficar criando dois filhos sozinha, depois que o meu pai morreu. Eu não queria fazer isso com a Mona mas também não queria perder a Hanna. No entanto eu sei que não posso ter as duas! Antes do acidente eu já tinha feito a minha escolha, mas agora tudo mudou e a Mona precisa de mim e do meu apoio incondicional - diz Jason desabafando e tentando se defender.
- Eu entendo a sua posição acredite! Só acho que depois do que aconteceu com a Hanna, você poderia ter sido um pouco mais solidário com ela e não ignorá-la como tem feito.
- Como assim garota? Você tá falando do quê? O que aconteceu com a Hanna?

A porta do terraço quando é aberta, traz com ela um ranger que atrapalha qualquer conversa e por isso, Jason e Emily olham de imediato, vendo uma Jenna cautelosa surgir e dizendo que o laboratório já tem o resultado do exame.
Os dois sorriem e correm até ao laboratório, esquecendo que segundo o protocolo, o resultado deveria primeiro passar pelas mãos da médica responsável, no caso a Spencer.
Como todos sabiam do caso e respeitavam o fato da Emily ser a maior accionista da clinica, o técnico de laboratório acaba por entregar o envelope com o resultado.
- Eu tou muito nervosa, eu nem consigo abrir - ela diz tremendo enquanto olha pra Jenna.
- Me dá esse papel que eu mesmo te dou a noticia - diz Jason com um tom de voz de irmão mais velho e protetor.
Emily obedece e enquanto a Jenna segura a sua mão, que está completamente gelada, Jason lê o papel e sem fazer qualquer tipo de expressão que pudesse revelar o resultado, ele a encara dizendo:

- Sinto muito Emily....