História What If - Emison - Tudo ou Nada (parte 3) a Conclusão

NARRAÇÃO DA AUTORA

- Sinto muito Emily... Eu sei que você me acha um lixo, porém a medúla da minha filha é compatível com a do Dylan e você vai ter de engulir que um pouco da genética dos Dilaurentis vai passar a fazer parte do corpo dele  - diz Jason sorrindo e atirando o papel para o ar, enquanto abre os braços pra Emily, que espontaneamente se atira de cabeça naquele gesto de carinho.
Enquanto a carrega em seu colo, Jason a faz girar por alguns segundos e os dois sorriem e se abraçam e se abraçam e sorriem, deixando a Jenna boquiaberta e tentando se situar, pois naquele momento ela se sentia espetadora de um filme diferente do habitual.
Discretamente, a enfermeira os deixa a sós pois algo lhe diz que aquele momento pertence somente aos dois e que depois daquele abraço, as coisas entre eles nunca mais seriam iguais.
- Eu sempre achei que a Amy tinha nascido com um propósito divino - diz Jason se sentindo orgulhoso da filha - quem me dera que a Mona estivesse acordada - ele completa deixando o seu olhar escurecer.
- Eu tenho certeza que ela vai acordar e quando isso acontecer você terá algo lindo pra contar pra sua esposa - diz Emily passando a mão no braço dele, numa tentativa de confortá-lo.
- Emily, eu sei que você tá louca pra ir contar pra Alison o resultado do exame, mas antes eu queria que  você me contasse: o que aconteceu com a Hanna?
Explicar pro Jason que a Hanna sofre de anorexia nervosa e que por consequência se auto-mutila, teria sido algo fácil antes do dia de hoje, onde espantosamente ele foi o seu maior apoio. E o abraço que eles deram? Era sangue puxando sangue, uma entrega de emoções, uma partilha de carinhos tão forte, que ela não queria estragar aquilo com nada de negativo.
No entanto, tudo no olhar do Jason demonstrava preocupação e carinho pela sua amiga e não seria ela quem iria prolongar a sua angústia.
Calmamente ela pede ao irmão que se sente em frente a ela, e sem deixar escapar qualquer detalhe, Emily explica tudo sobre a doença da Hanna e o porquê dela ter sido internada na Unidade de Psiquiatria, onde está sendo altamente vigiada, tendo sempre uma enfermeira ao seu lado, que a acompanha até quando ela vai no banheiro.
- Eu tou aqui te escutando mas juro que não consigo acreditar! A Hanna nunca me deu sinais que pudesse estar passando por algo tão terrível! - afirma Jason consternado com aquela revelação - Tudo bem que eu sempre percebi que ela evita comer demais e até anula algumas refeições, mas a gente sempre soube que a profissão de dançarina de ballet exige que as mesmas tenham um peso estipulado. Mas 48kg? Cara, eu tou pirando aqui...
- A Spencer também tá muito mal e não consegue parar de se culpar...  - observa Emily num tom de voz amigável - eu não quero me meter, nem fazer você se sentir culpado, mas eu acho que tudo se agravou quando ela soube do seu casamento com a Mona.
- Eu vou aproveitar que a Amy ainda está dormindo pra ir lá falar com ela...
- Faça isso, vai ser bom pros dois!
Jason agradece a Emily com o olhar pelas suas palavras e também por ter optado não julgá-lo, e por esse motivo, segundos depois de virar as costas pra ir ao encontro da Hanna, ele retorna ao laboratório, e sem que a morena esperasse, ele a abraça com muita força.
Correspondendo áquele abraço sincero, assim que se apercebe que ele vai dizer algo, Emily o silencia colocando um dedo sobre seus lábios, pois naquele momento mágico, qualquer palavra proferida seria totalmente desnecessária...

PDV ALISON

Antes de sair da sala de recobro, eu verifico se a parturiente se encontra estável, ficando satisfeita com os níveis que o quadro dela apresenta.
Não sei porquê, mas mesmo sabendo que ainda estão anestesiadas, eu sempre gosto de passar a mão pelo rosto delas e dizer ao seu ouvido a palavra "parabéns". 
Sei lá, desde que eu e a Emily decidimos gerar um filho no meu ventre, é algo que almejo ouvir da boca dela, assim que trouxer o nosso bebê ao mundo.
Eu vou até á sala de desinfeção, pois logo em seguida será a vez de ir ao berçário pra ver o mais novo recém-nascido da Clinica Particular de Rosewood, e é aqui que Emily me encontra, e pelo seu olhar, que mal repara que estou seminua, eu consigo perceber que o resultado da punção lombar da Amy, nos abençoou com um resultado positivo:
- Eu sabia amor! - eu grito me atirando em seus braços.
Emily me abraça com força, fazendo com que eu consiga sentir o seu coração galopando de felicidade, e eu, que acompanhei todo o seu sofrimento desde o primeiro dia, sei o quanto ela está se sentindo feliz e por isso nem reclamo por estar ficando sem ar....
- Como correu o parto da Miss Matters? - ela pergunta meio que ansiosa.
- Correu tudo bem! Por ela ser bem novinha decidi não arriscar e recorri á cesariana. Sinto muita pena que ela esteja aqui sozinha, sem o apoio dos pais, sem o pai do bebê - eu comento de cabeça baixa.
- Pois eu acho ela uma espécie de "mãe coragem". Mesmo sabendo que a familia ia ser sempre contra, ela escolheu seguir em frente com a gravidez, por amor ao bebê, que com toda a certeza a amará, mais que qualquer um dos que hoje não estão presentes - diz Emily com os olhos brilhando de orgulho.

(silêncio)...

- Alison você ficou pálida, que foi amor? Vem cá, você já comeu alguma coisa?
- Sim comi e não é por isso que estou assim. É que o que você falou agora me deu coragem pra te contar algo que eu jamais deveria ter ocultado.
- Pode falar amor! Eu fico feliz por saber que está cumprindo sua promessa de não esconder nada - diz Emily enquanto afaga o meu cabelo...

" Emily eu não perdi o bebê do Elliott! Eu fiz um aborto porque não queria nem tava preparada pra ter uma criança. Muito menos uma criança que não fosse sua. Essa é a verdade e eu só te peço que me perdoe por ter te mentido mais uma vez..."

- Alison! Alison! O que você tem pra me contar? - pergunta Emily, preocupada com o meu silêncio e aí eu percebo que afinal nem uma única palavra foi transferida da minha mente pra minha boca. Covardemente, eu apenas estava ensaiando como tantas vezes tenho feito quando estamos a sós, porém sem nunca ter conseguido.

- Emily eu... - consigo dizer por fim, decidida a revelar toda a verdade, inclusive a participação do pai dela, na morte da irmã da Maya.
- Alison a Miss Matters tá entrando em estado de pré-eclâmpsia - diz Samara ofegante, demonstrando ,que o fato de ter vindo correndo, significa que a garota precisa de assistência médica urgente.
Eu corro até á sala de recobro, jurando pra mim mesma que não vou perder essa paciente, deixando o assunto "falar a verdade pra Emily" em suspenso, pelo menos por agora.

                                          *****

Uma hora depois e totalmente satisfeita por ter conseguido estabilizar a recém-mamã, eu vou até aos Cuidados Paliativos, ter com a Emily e o Dylan, que estão felizes e se abraçando. Eu me junto ao abraço deles, embora me sinta um pouco triste por não ter estado presente na hora em que a Emily deu a boa-nova pro nosso filhote, no entanto a luta deles já vem desde que ele nasceu, por isso essa nuvem rapidamente se dissipa da minha cabeça:
- Mamãe Ali, quando eu posso ver a Amy? - pergunta Dylan que está ansioso por ver uma das pessoas que ele mais gosta no Mundo.
- Assim que ela acordar nós te levamos - eu respondo enquanto olho pra Emily, como quem está procurando a sua aprovação.
A morena assente com a cabeça e nós ficamos ao lado do menino, brincando e contando histórias, até que por fim ele adormece.
- Agora eu tenho certeza que tudo vai dar certo e vamos ser felizes de verdade - eu afirmo, enquanto passo a mão no rosto dela carinhosamente....

PDV HANNA

As últimas horas da minha vida têm sido um verdadeiro inferno...
Eu adormeço e toda a vez que acordo acabo chegando á conclusão que nunca estou sozinha. 
Uma hora dou de caras com uma Spencer que não consegue esconder o quanto se sente culpada pelos meus erros, outra hora tem uma Aria que mesmo eu sabendo estar ali por mim, consigo perceber no seu olhar, o quanto ela está tentando lutar contra seus traumas. Por sorte, na maioria das vezes encontro o Caleb, que por estar distraído, deixa transparecer que está ali por amor, contudo, assim que encara os meus olhos, ele entra na pele do Dr Rivers, criando um imenso abismo entre nós.
- Já tem alguma novidade sobre a Amy e o Dylan? - eu pergunto meio confusa, pois a medicação fez com que eu perdesse a noção do tempo.
-  Eu acabo de receber uma mensagem da Emily, falando que a medula da Amy é compatível com a do Dylan - diz Caleb sorrindo e pronto pra verificar a minha temperatura usando um termómetro digital.
- Finalmente tudo vai se resolver - eu digo forçando um sorriso - eu não queria tar aqui nesse momento, queria tar lá abraçando a Emily e a Ali.
- É nesse sentimento que você tem de se apoiar quando pensar em se machucar Hanna! Você é jovem, linda, tem uma vida pela frente e merece ser feliz e poder comemorar momentos felizes ao lado das suas amigas.
- Eu não sei como fazer, é mais forte do que eu! Eu me sinto tão inútil... É  como se eu tivesse nascido somente pra causar problemas, daí fico pensando nisso e quando me apercebo, já estou me cortando. Você não pode imaginar a sensação de se achar merecedor da dor que está sentindo, enquanto a lâmina vai te cortando. Só aí é que eu consigo me sentir  viva de verdade...
- Eu estarei aqui pra te ajudar a descobrir que você tem seu lugar no mundo e que a sua pessoa faz falta pra todos que te amam - ele afirma me tranquilizando.
Eu fixo o meu olhar na figura do Caleb, e como quem pede proteção, seguro a mão dele e a encosto no meu rosto, com a perfeita noção, de que mesmo eu tendo ferido os seus sentimentos, ele não me abandonará aconteça o que acontecer...
Porém como sempre e como se de um fantasma se tratasse, Jason aparece no meu quarto, interrompendo aquele momento, nos deixando meio que constrangidos. Contudo desta vez, o seu olhar expressava tranquilidade e usando um tom de voz calmo, ele pede a Caleb que nos deixe a sós.
Caleb olha pra mim como quem está esperando o meu consentimento, e eu acabo por acenar com a cabeça positivamente, demonstrando que irei ficar bem.
Já a sós, Jason fecha a porta do quarto e pegando numa cadeira, ele senta diante de mim em silêncio, como quem está procurando as palavras certas pra dizer.
Ele começa por tentar se expressar gestualmente, levantando a mão na intenção de passá-la no meu rosto, no entanto eu o rejeito, desviando a minha cabeça e olhando pra janela, afim de evitar o seu olhar, que ainda não sei bem como fazer pra resistir.
- Hanna eu juro que não sabia o que estava acontecendo com você, muito menos que estava internada aqui.
- Jason...
Eu começo por dizer o seu nome mas logo me interrompo, pois o meu coração sente uma dor aguda que me impede que continue a falar, sem que antes solte um longo suspiro:
- Você não precisa se preocupar comigo e sim com a sua filha e com a sua esposa - eu concluo tentando deixar claro que estou decidida a não fazer parte da sua lista de preocupações.
- Não diga isso por favor! - ele pede ao mesmo tempo que segura o meu queixo, fazendo com que o meu olhar vá ao encontro do seu.
- Nós já somos mais que adultos e não devemos fugir ás nossas responsabilidades. A minha é ficar bem e parar de dar desgostos á minha familia, e a sua é cuidar da familia que você construiu.
- Hanna, você tá querendo me castigar por ter casado com a Mona, ou por eu não ter dado conta que você tem esse problema?
- Castigo? Jason tem quatro anos que você fez a sua escolha e eu fiz as minhas, portanto não há nada que possamos debater acerca disso. Quanto ao fato de eu ter um "problema", nem você nem ninguém tem o dever de adivinhar...
- Eu deveria saber, me sinto culpado por nunca ter percebido. Eu te amo garota, será que não dá pra entender? Eu te amo e o meu dever era ter percebido...
- Quem ama deve estar sempre mais atento não ao que dizemos e sim ao que não dizemos. Eu nunca fui uma pessoa capaz de dizer tudo, nunca cheguei a dizer tudo. Devia ter dito algo no momento em que te vi beijando a Mona e talvez as coisas tivessem sido diferentes. Enfim... A única coisa que eu posso e vou te dizer agora, é que talvez nem eu nem você encontremos alguém que acenda um sentimento tão forte quanto a paixão que já sentimos. Mas o passado merece ficar no passado. O nosso passado é tão lindo que não merece voltar somente pra prejudicar o presente. Um presente onde você é casado e tem uma filha... Um presente onde eu estou internada numa Unidade Psiquiátrica, onde me vigiam até quando eu vou ao banheiro. Vamos ficar felizes por ver o Dylan recebendo a medula da Amy e quando a Mona acordar do coma, faça ela feliz, homenageando assim a nossa história.

Eu nunca tinha sido tão assertiva nas minhas palavras e pela primeira vez o Jason não rebateu nem tentou argumentar contra o meu discurso, levantando se da cadeira e beijando a minha testa com muito carinho. 
Aquele era um beijo que eu sabia ser de despedida... Um adeus á paixão da adolescência, um adeus ao passado... Um adeus que ambos sabíamos ser o mais correto a dizer...
Assim que o vejo sair do meu quarto, as lágrimas percorrem o meu rosto e por momentos, apenas alguns segundos, eu ainda penso em voltar atrás e pedir a ele pra que fique, mas felizmente a chegada do Caleb me trouxe o conforto e a coragem que eu precisava pra me manter no meu lugar. 
No presente...
Acho que nunca segurei ninguém com tanta força, quando ele ofereceu os seus braços, pra que eu me apoiasse e durante um bom tempo eu me entreguei áquele gesto, aproveitando pra chorar e encerrar o capitulo "Jason" de uma vez por todas...
- Como se sente agora? - pergunta Caleb, quando percebe que por fim eu já estou mais calma.
- Livre!! Pela primeira vez na vida me sinto livre!
- Então seja bem vinda a uma nova aventura e parabéns pela sua primeira grande conquista!

                          TRÊS SEMANAS DEPOIS

NARRAÇÃO DA AUTORA

Juntamente com Maya, Spencer decidiu que as duas seriam as responsáveis pelo transplante da medula óssea que a pequena Amy iria doar pro Dylan. Sob a supervisão do Dr Rollins, que inegavelmente era um excelente cirurgião, hoje faz exatamente uma semana que Emison está celebrando o sucesso da operação.
Ambas não sabiam como agradecer á familia e aos amigos, por todo o apoio prestado e por esse motivo, Pam Fields decidiu tomar as rédeas da organização dos festejos. Seria dentro de uma semana pois é nessa mesma data que o seu neto terá alta.
Consoante o tempo foi passando, Aria e Elliott foram se aproximado bastante...
Tem algo no Neurologista, que faz a baixinha se sentir segura e são raros os dias em que eles não jantam juntos, seja num restaurante, ou na cafetaria da clinica, fato que tem deixando a Dra Hastings bastante irritada, até porque muitas vezes, quando elas se encontram no vestiário, Aria sempre aproveita pra beijá-la, demonstrando o quanto a deseja.
Spencer sabe que no fundo a amiga faz isso pra castigá-la por ainda não ter terminado com Toby, no entanto a Pediatra não consegue se resolver, pois se nega a ser feliz á custa da infelicidade da pessoa que mais a apoiou na vida.
Enquanto isso, elas vão brincando de gato e rato, num jogo totalmente perigoso, até porque num desses dias elas foram pegas em flagrante.
Felizmente foi Alison quem as surpreendeu e depois de ter ficado complemente corada, sorriu e saiu sem nada dizer...
Hanna estava melhorando a cada dia e depois de ter recebido apoio psiquiátrico e todo o carinho da familia e amigos, finalmente foi contemplada com a sua "carta de alforria", assinada pelo Dr Rivers, que afirmava considerá-la totalmente capaz de gerir a sua vida, desde que continuasse indo ás consultas e tomando os medicamentos por ele prescritos.
Desde que tiveram aquela conversa definitiva, que ela nunca mais viu o Jason, até porque ele tirou uma licença das suas atividades na clinica, pra poder cuidar da Amy e ficar mais tempo ao lado da Mona, que ainda não tinha saído do coma.
Emily, Alison e Jason estavam se dedicando a construir uma relação forte, baseada no fato do Dylan e da Amy fazerem a máxima pressão pra estarem juntos a toda a hora.
Tanto os Dilaurentis como os Fields, tinham concordado em assinar uma espécie de tréguas pelo bem dos netos, que graças aos céus se encontravam bem de saúde.
E a paz reinou entre as familias...
Pelo menos durante algum tempo...

        UMA SEMANA DEPOIS

AGOSTO DE 2016

Pam estava cuidando de cada detalhe da receção que ela resolveu organizar na casa dela, onde estariam presentes todos os membros do quadro de médicos do Hospital, incluindo as duas enfermeiras mais importantes, Jenna e Samara. A pedido do marido, Jéssica também estará presente, o que não deixa de causar um certo desconforto na matriarca dos Fields, porém também a ela se deve homenagear, pelo carinho e atenção dedicada ao agora neto, pois oficialmente ele é tanto um Fields como um Dilaurentis e não seria Pam quem iria se opor á sua presença.
Os primeiros a chegar foram Toby, Spencer, Caleb e Hanna, que se encontra especialmente radiante, linda e mais confiante em si mesma.
Pouco depois, Elliott e Aria chegam de braço dado, irritando a Spencer e deixando aquele saborzinho agridoce na baixinha, pois apesar dela perceber que a Pediatra está com ciúmes, a verdade é que ela está ao lado do namorado, o bonzinho do Toby...
Jason, Jéssica e Alison também se juntam aos demais, trazendo com eles a pequena Amy, que correu pro quarto do Dylan, pois apesar dele já estar em casa, ainda precisava se manter em repouso, usufruindo de todos os cuidados que um recém-transplantado deve receber.
Após suspirar profundamente, Pam decide cumprimentar aquela que um dia já foi a sua melhor amiga, de uma forma cordial:
- Como vai Jéssica? Fico feliz que tenha vindo!
- Eu jamais deixaria de participar neste evento, afinal de contas a minha familia está cada vez mais enraizada com a sua. Vejamos: a minha neta doou a medúla dela pro nosso neto, a minha filha não desiste da ideia maluca de se casar com a sua filha e o Jason, bem o Jason é o primogénito da familia Fields, pra mal dos seus pecados, é preciso deixar clara essa parte.
- Mãe! Eu não vou permitir que você insulte a Pam dentro da casa dela - diz Alison estupefata com a sua atitude maldosa.
Fingindo não ter escutado a filha, Jéssica vira as costas e vai ao encontro do garçon, servindo se de uma taça de champanhe, porém, assim que ela vê a Samara, a Jenna e a Maya entrando na mansão dos Fields, discretamente faz sinal á Doutora pra que a siga até ao banheiro:
- Preparei uma surpresa pra hoje, e quero ter certeza que estará preparada! - ela diz se dirigindo a Maya num tom de voz firme.
- Eu estou! Só não entendo porque escolheu um dia em que todos deveríamos estar celebrando - ela indaga, confusa e incomodada com tanto rancor que vem da parte daquela mulher.
- Nós duas teremos tempo de comemorar depois. Este evento está carregado de hipocrisia acredite. Aqui nada do que está acontecendo corresponde á realidade...
Jéssica sai do banheiro deixando Maya com um mau pressentimento, porém ela decide não pensar mais no assunto, pelo menos até ao momento da bomba explodir.

 
                                      ******

Enquanto todo mundo está conversando de forma animada, Wayne pede a Emily, Jason, Pam e Jéssica que o acompanhem até ao seu escritório.
Ao entrarem, todos reparam na presença de um senhor que Wayne apresentou como sendo um representante do cartório de Rosewood:
- Eu chamei vocês aqui, porque durante toda a minha vida, cometi várias besteiras, mas existe algo que eu preciso e vou consertar: Jason eu sei que você jamais aceitaria que eu o reconhecesse como meu filho, e como eu sempre acompanhei a excelente forma como o Kenneth te tratou, mesmo sabendo que você não era seu filho biológico, eu também não considero correto te colocar nessa situação de dualidade. Contudo eu quero te dar 15% das minhas acções do Hospital, visto que você é meu filho e tem direito a elas, até porque a Emily tem direito a outros 15% e a Pam como minha esposa ficará com 30%. Eu decidi fazer isso agora, não porque a sua filha foi a dadora que salvou a vida do meu neto, mas sim porque está mais que na hora de tentar corrigir os meus erros do passado. Não estou pedindo que me aceite como pai, mas sim que aceite que eu me responsabilize pelo futuro da minha neta.

Jason ficou olhando pra mãe dele, que assentiu com a cabeça, autorizando que ele aceitasse a oferta do Patriarca dos Fields:
- Eu não sei se devo, parece que estou traindo a memória do meu pai - ele afirma confuso.
- O tio Kenneth ficará orgulhoso de te ver pensando no futuro da Amy em primeiro lugar - diz Emily enquanto coloca a mão direita por cima do ombro dele.
- Você não se importa Emily?
- Jason eu nunca liguei pro dinheiro e sim pra minha carreira. Eu quero salvar vidas e faria isso de graça se fosse necessário. A única coisa que eu quero é casar com a Alison e ser feliz. O meu... quer dizer nosso pai, já tinha conversado acerca da decisão dele e eu e a minha mãe fomos totalmente a favor. Aceite pela Amy, afinal de contas, um dia aquela clinica será dela, do Dylan e dos netos que virão por aí. Assine esse documento e deixe o tio Kenneth orgulhoso!
Mais uma vez Jason olha pra Jéssica, e após alguns segundos em que ficou pensando no que fazer, ele decide escutar a irmã paterna e assina o papel, que já estava devidamente assinado pelo Dr Fields.
- Pelo poder que me foi conferido através da Comarca de Rosewood, Estado da Pensilvânia, eu declaro que a partir de hoje, Jason Dilaurentis se torna detentor de 15% das acções do Hospital Particular de Rosewood, doadas pelo Dr Wayne Fields, ainda em vida e plenamente consciente das suas faculdades mentais.
Jéssica foi a primeira a sorrir, não sem antes lançar um olhar maléfico sobre Pam, que assistiu a todo aquele momento de cabeça erguida e com bastante dignidade.
- Champanhe pra todos - diz Wayne satisfeito e se dirigindo pra porta, decidido a chamar a governanta, porém ele dá de caras com ela assim que abre a porta:
- Você estava escutando a nossa conversa? - ele pergunta irritado.
- Claro que não Mr Fields, eu ia bater na porta mas o senhor se adiantou. Eu vim avisar que estão dois policiais á sua espera na sala.
Todos que estão no escrtitório ficam se entreolhando e Wayne achando que nada tem a temer, vai até á sala, furioso por ver a sua casa sendo invadida por dois agentes da autoridade.
- Que está acontecendo aqui? - ele pergunta cego de raiva.
- Dr Wayne Fields, nós pertencemos ao Departamento de Policia da cidade de Charllotte, e viemos entregar esta notificação, que requere a sua presença imediata, afim de responder ás acusações de associação criminosa numa clinica de interrupção de gravidez e por fim pela consequência da morte de uma menor, por negligência médica.
Todos ficam estupefatos com o que estão ouvindo e Wayne ainda mais, pois ele sempre achou impossível que alguém conseguisse associá-lo áquela clinica:
- Isso é um absurdo! Essas acusações são completamente falsas! Eu não sei nada sobre clinica nenhuma e muito menos sobre a morte dessa menor cujo nome vocês sequer sabem me informar!
Olhando pra Jéssica e com a certeza que é chegada a hora de revelar toda a verdade, Maya dá um passo em frente dizendo:
- Se o senhor é inocente de todas essas acusações, não terá problemas em provar, porém quero que saiba que fui quem te denunciou. Ah só mais um detalhe: o nome da menor é Vichy St Germain e ela é minha irmã! 

Toby, Samara, Jenna, Alison, Jason, Pam, Spencer, Caleb, Aria e Hanna que estavam completamente hipnotizados pelas palavras da Pediatra, somente acordaram do transe, devido ao som da queda de um copo de cristal, que estava na mão da Emily:

- Como é que é Maya? Você tá acusando o meu pai de ter matado a sua irmã???