História What If - Emison - Só por não tentar Você já fracassou...

Rascal Flatts/What hurts the most

"Eu consigo aguentar a chuva no teto desta casa vazia, isso não me incomoda...
              Eu posso chorar algumas lágrimas agora, e depois apenas deixar elas rolarem,
             Eu não tenho medo de chorar...
             De vez em quando, de temos em tempos, mesmo pensando que continuar sem você me chateia.
              Há alguns dias
             Como agora e novamente, em que eu finjo que estou bem mas não é isso que me incomoda..

O que mais me dói, 
              foi estar tão perto
             E ter tanto pra dizer
             mesmo vendo que você tava indo embora...
            E ficar sem saber, o que poderia ter sido
            E não ver que amar você
            É o que eu estava tentando fazer...

É difícil lidar com a dor de ter perdido você por todo o lugar onde passei,
             Mas eu estou fazendo isso
              É difícil forçar o sorriso, quando eu vejo nossos velhos amigos e eu estou sozinha
             Ainda mais difícil, me levantar, trocar de roupa, viver com esse arrependimento...

Mas eu sei que se pudesse fazer isso novamente
            Eu trocaria, daria todas as palavras que eu salvei em meu coração, 
            que eu deixei por dizer

O que mais me dói, 
             foi estar tão perto
            E ter tanto pra dizer
           mesmo vendo que você tava indo embora,
           E ficar sem saber, o que poderia ter sido
           E não ver que amar você
          É o que eu estava tentando fazer...

PDV ALISON

HOSPITAL PARTICULAR DE ROSEWOOD, 25 de Setembro 

18h25

- Alison!! - gritam Jason e Spencer, enquanto correm na minha direção pra me abraçar.
Eu os abraço de volta com bastante força, olhando em seguida pra estagiária com uma certa dureza:
- Sinceramente eu tou pensando em colocar uma foto minha aqui na entrada, dizendo "esta é Alison Dilaurentis, a Vice-Presidente dessa merda, quando ela chegar aqui, é favor não constestar as suas ordens" - digo ironizando, apesar de segundos depois, sentir um certo dó do constrangimento que estou causando na menina.
Spencer e Jason caíram em gargalhadas e aí eu percebi que estava em casa...
 E que jamais deveria ter saído daqui...
Depois de encaminhar o paciente pro bloco operatório, e costurar a sua perna que apresentava um corte de uma profundidade preocupante, eu vou até á sala da Administração, decidida a descansar um pouco, afinal de contas, eu ainda estou proibida de fazer qualquer tipo de esforço. 
Contudo salvar vidas é algo para o qual eu nasci, e para o qual eu fui criada, e eu tenho certeza que o meu pai está orgulhoso de mim, e mesmo se a Emily soubesse do meu estado, perdoaria esta minha imprudência, pois ela sabe que eu jamais poderia deixar aquele homem ali, correndo risco de pegar uma infeção hospitalar e morrer.
- Porque você voltou logo no dia de hoje? - pergunta Spencer, que entrou na sala sem que eu me apercebesse, enquanto fixava o seu olhar no meu, deixando bem claro que não aceitaria qualquer desculpa vaga como resposta...
-Vim buscar a minha mulher... O pior é que quando cheguei á clinica, fiquei lembrando de tudo que passei pra reconquistá-la e acabei por perder um pouco da coragem que me trouxe até aqui...
- Alison... Eu mais que ninguém sou a favor da felicidade da Emily, e acredita que nestes anos que você esteve ausente, eu vi o Dylan se tornar no único motivo que a Em tinha pra se obrigar a ser um pouco feliz. Ela apenas aceitou se casar com a Paige, porque essa desgraçada ameaçou contar pra policia que foi ela quem atropelou a mãe do menino. A Emily jamais seria feliz ao seu lado, sabendo que pra isso perdeu a chance de criar o filho. Aliás, foi essa a promessa que ela fez pra mãe dele, na noite da sua morte...
- A principio eu pensei que a Emily tinha chegado á conclusão que nós duas jamais poderíamos ser felizes, e decidi que deixar ela seguir o caminho que ela escolheu, seria o mais certo a fazer, afinal de contas, desistir também é uma prova de amor. Porém nos últimos dias, eu comecei a desconfiar que a decisão dela poderia ter algo a ver com o fato da Paige saber de tudo sobre a morte da mãe do Dylan. Ainda assim confesso que fiquei com raiva da covardia da Emily. Pensei no quanto ela sempre foi covarde demais... Covarde demais pra entrar no carro roubado da professora, covarde demais pra fugir comigo e casar em Vegas, covarde demais pra assumir que me amava, e covarde demais pra lutar pelo nosso amor... Mas depois de me acalmar, eu lembrei que eu sou aquela que prometeu não desistir, e aí percebi que cabe a mim ser aquela que não pode baixar os braços. Eu odeio a palavra desistir, odeio que me digam pra desistir, odeio que desistir possa sequer ser uma opção, muito menos quando se trata do amor da mulher que eu nasci e morrerei amando. Quando se trata do amor da sua vida, desistir não é fácil... A gente não acorda preparado pra desistir de sonhos, juras, promessas, planos, beijos, toques e oxigénio... Porque queiram ou não queiram, Emily Fields é o ar que eu preciso pra respirar e nem a Paige nem ninguém,  vai tirar de mim o lugar de Senhora Fields, nem hoje nem nunca!

Spencer me encara de uma forma que eu jamais havia visto...
É como se eu estivesse nascendo perante os seus olhos, e na verdade era isso mesmo que estava acontecendo: até porque eu desisti apenas uma vez, deixando uma promessa de voltar, e no que depender de mim, mesmo que a perca mil vezes, voltarei mil e uma, pra resgatar a mulher que eu amo...
- É isso aí maninha - diz Jason, que estava ouvindo toda a nossa conversa atrás da porta - você e a Emily nasceram uma pra outra, e tá mais que na hora da gente acabar com essa palhaçada de casamento. 
- Vocês não tão entendendo! Se a Emily não se casar, ela pode ir parar na cadeia! - afirma Spencer, na tentativa de nos demover dos nossos intentos.
- Isso é verdade! E a gente até pode perder o Dylan pra sempre - eu digo desanimada.
- Escuta aqui maninha: uma das coisas que a vida me ensinou a duras penas, é que só de não tentar você já fracassou, e eu juro pela minha vida que não vou te ver sofrendo pela Emily novamente, por conta de nem sequer ter tentado.
- Vamos no seu carro ou no meu? - eu digo sorrindo pro meu irmão, meu cúmplice e meu melhor amigo...
Ele sorri de volta, contudo no instante seguinte, a porta da minha sala se abre, anunciando uma Jenna ofegante e alarmada:
- Jason, ainda bem que eu te encontrei: a Mona saiu do coma e pediu pra chamar você e a Alison...

PDV EMILY

19h30

Enquanto esperávamos que a policia viesse buscar o canalha do Elliott, eu fui até ao escritório do meu pai, pegar a minha certidão de nascimento, pra entregar á Juíza que iria celebrar o meu casamento, pois já estava quase na hora de assinar a minha "sentença de morte". Depois de sentar no cadeirão de pele do meu pai, começo a mexer nos papéis,  e decido ligar o seu Cd Player, de forma a ouvir a última música que ele escutou antes de morrer...

Je suis Malade/Lara Fabian

"Não sonho mais,
              Não fumo mais,
             Já nem mesmo tenho histórias,
             Sou suja sem você,
             Sou feia sem você,

Como uma órfã num dormitório....

Não tenho mais vontade de viver a minha vida,
             Minha vida cessa quando você se vai,
             Eu não tenho mais vida e até a minha cama,
             se transformou numa estação de trem,
            Quando você se foi...

Estou doente,
        Completamente doente,
       Como quando a minha mãe saía à noite,
       E me deixava sozinha com meu desespero,

Estou doente,
            Perfeitamente doente,
          Você chega, não se sabe nunca quando,
          Você parte, não se sabe nunca para onde...
                   
              (....)

Como um rochedo,
            Como um pecado,
           Eu estou agarrada a você,
           Estou cansada,
            Estou exausta,
          De aparentar felicidade,
         Quando eles estão aqui...
         Eu bebo todas as noites,
          mas todos os Whiskies,
       Para mim têm o mesmo sabor,
  E todos os barcos levam  a tua bandeira,
 Não sei mais para onde ir, pois você está em todo lugar...

Estou doente,
           Perfeitamente doente,
     Você me privou de todos os meus cantos,
       E me esvaziou de todas as minhas palavras,
       No entanto, eu tinha talento antes da tua pele tocar a minha...

Esse amor me mata,
            Se continuar assim,
           Vou morrer sozinha... comigo,
           Perto do meu rádio,
          Como uma garota idiota,
         Ouvindo minha própria voz que cantará:

Que eu estou doente,
            completamente doente...
         Como quando a minha mãe saía à noite
         E me deixava sozinha com o meu desespero...
          Estou doente
         É isso! Estou doente!
       Pois você me privou de todos os meus cantos,
       e me esvaziou de todas as minhas palavras...
       E eu tenho o coração completamente doente
        Cercado de barricadas...
        Será que você está me ouvindo? 
        Amor, eu estou doente..."

- Emily? - chama Aria, que assim que entra no escritório, me encontra de cabeça baixa, olhando pra uma moldura que tem uma foto do meu pai...
- Sim, eu já tou indo - respondo tentando disfarçar a minha voz chorosa.
- Você tá chorando...
- Todas as noivas choram baixinha...
- Principalmente as que se casam sem estarem apaixonadas....
Eu a encaro, sem me importar que ela veja o quanto os meus olhos estão vermelhos e tristes, permitindo que ela venha até mim e me abrace:
- Eu não vou te perguntar nada amiga... Faça o que tem de ser feito, mas faça de cabeça erguida e rosto limpo! - ela afirma enquanto enxuga as minhas lágrimas, com os seus dois polegares.
Eu assinto com a cabeça e logo em seguida sinto o calor dos seus lábios na minha testa...
Ao menos se ela soubesse o quanto esse pequeno gesto me traz um pouco de conforto... 
- Filha? - diz a minha mãe após nos supreender no meio daquele gesto de amizade - a policia chegou.
- Finalmente - eu digo em meio de um suspiro de alivio, pois no meio de toda aquela desgraça, finalmente algo de bom ia acontecer.
Depois de explicar ao Chefe de Investigação tudo o que eu tinha visto, ele pede a um policial forense, pra que recolha uma amostra da bebida que está no copo da Aria, levando o suspeito pra delegacia, pra que ele preste declarações.
Deixando bem claro, que mais tarde eu e todos que estávamos em casa naquele momento, seríamos chamados pra prestar testemunho, o Chefe de Investigação se despede, desejando felicidades a mim e á Paige...
Ao menos se ele soubesse que estou casando, apenas pra me livrar de passar pelo mesmo que o Elliott...
- Bem está na hora da celebração - diz Paige com um sorriso radiante - Dylan, você pode trazer os anéis pra nós?
O meu filho se recusa, jogando o cesto que contém as alianças no chão e correndo até ao seu quarto, sendo seguido pela minha mãe e pela pequena Amy.
Uma lágrima rola pelo meu rosto, pois eu sei que neste momento ele se sente revoltado por ver que eu e a Alison não cumprimos nenhuma das nossas promessas..
Ao menos se ele soubesse que todo este sacrificio que eu estou fazendo é por ele...

Paige pede a um dos empregados pra que ponha a marcha nupcial pra tocar, enquanto ela fará uma entrada na sala, que considera como triunfal, por vir descendo a enorme escadaria  que dá acesso aos quartos.
O que ela não imagina, é que como prenda de casamento, eu decidi escolher a música que caracterizará aquele momento, por isso quando ela começa a descer as escadas e ouve a letra da música que eu escolhi, todo o sangue que ela tem nas veias, abandona o seu corpo..

SIA/Dim The Lights

"Novamente você está lambendo suas feridas
                e bancando a vítima
               Porém você apenas trará a desgraça
              e me afundará junto com você

Perderá o seu doce tempo
           causando danos na minha vida
             Pode mover céus e trovões
      e não saberá que o prazer é apenas uma pequena parte de estar vivo...

Então, diminua as luzes
           e esconda as suas sombras...
           Não me deixe esquecer
             de escurecer as luzes,
           por favor apague as luzes....

Perderá o seu doce tempo
            causando danos na minha vida
           Pode mover céus e trovões
          sem imaginar que o prazer,
       é apenas uma pequena parte de estar vivo..

Então, diminua as luzes
           e esconda as suas sombras...
           Não me deixe esquecer
            de escurecer as luzes,
          por favor apague as luzes....

O olhar de ódio que Paige lança sobre mim, faz com que todo mundo perceba que não estou me casando de livre vontade, porém, poucos segundos depois, ela sorri de um jeito tão malévolo, que eu consigo ler a mensagem em seu olhar: faça o que eu fizer, ela ganhou e eu perdi...
A Juíza começa a celebrar o casamento, dizendo coisas das quais eu nem estou prestando atenção, pois decido remeter a minha memória aos momentos felizes que passei ao lado da Alison, e por esse motivo, quando a Juíza pergunta se alguém tem algo a dizer contra esta união, e eu escuto a voz da Ali, dizendo que não posso me casar com a Paige, eu penso que estou sonhando...

- Emily??? Amor você tá me escutando? Você não pode casar com essa mulher! 

Eu abro os olhos, e vejo a Alison segurando o meu braço e me abanando, mas ainda assim, continuo pensando que é apenas fruto da minha imaginação...
- Amor?? Me escuta, eu tou aqui, eu vim  te salvar amor...
- Alison?? - eu digo tocando no seu rosto, meio que com medo que a sua imagem acabe por se esfumar diante dos meus olhos...
- Sim amor sou eu, eu vim te buscar, eu não vou permitir que você se case com essa mulher, nem com nenhuma outra que não seja eu...
Esquecendo tudo e todos, eu a abraço com todas as minhas forças, até que ouço a Paige chamar os seguranças pra expulsar a Alison dali:
- Alison eu te amo! Te amo como jamais poderia amar outra pessoa, e vou te amar até ao último dia da minha vida, mas eu preciso me casar com a Paige...
- Não! Você não precisa e nem vai... 
- Emily, manda essa mulher sair daqui agora, ou então eu vou contar tudo!
- Contar tudo o quê? - diz Alison com os olhos vermelhos de ódio.
- É isso mesmo Paige, contar o quê? - diz Spencer olhando pra ela com os olhos semicerrados - Contar que foi você e não ela, quem matou a mãe do Dylan?

Ao ouvir aquela frase, eu olho ao meu redor, e vejo que além da Alison e da Spencer, a policia também está na minha casa...

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo?