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História What If - Emison - Ressentimentos


Escrita por: LoLoUnnie

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 8 - Ressentimentos


Fanfic / Fanfiction What If - Emison - Ressentimentos

PDV ALISON

 

ALISON´S FLASHBACK

 

Charlotte, 31 de Janeiro de 2013

- Bom dia meu amor!
- Elliott? O que eu tou fazendo aqui? E sem roupa?
- Alison você não lembra do que aconteceu entre a gente?
- Lembrar? Aconteceu? Eu não lembro de nada...
- É normal você não se lembrar, ontem você bebeu demais.
- Essa parte eu lembro, quer dizer eu lembro de estar tomando champanhe no salão de festa e depois eu e você fomos pro terraço pra ver o fogo de artifício.
- Sim e depois você continuou bebendo e secou uma garrafa de whisky sozinha.
- Isso eu não lembro...
- Alison eu sou homem e me apaixonei por você desde o primeiro dia que te conheci e por isso foi dificil pra mim te resistir.
- Como assim resistir? Elliott me explica como eu vim parar nessa cama, sem rodeios por favor.
- Você não tava em condições de dirigir até sua casa, então eu te trouxe até o quarto de hóspedes e quando eu fui te colocar na cama, você me beijou...
- O quê? Eu te beijei?
- Eu não devia ter sido tão fraco mas é que você tava tão linda e me olhava dum jeito tão sedutor...
- A gente transou é isso que você tá querendo dizer?
- Sim Alison, a gente fez amor e eu juro que essa foi a melhor noite da minha vida.
- Desgraçado, você não podia ter feito isso comigo. Cara você sabe muito bem que eu amo outra pessoa e que eu só tou esperando terminar esse estágio pra voltar pra ela.
- Ali, me dá uma chance de te fazer feliz, por favor!
- Nunca mais você vai encostar em mim Elliott, ficou claro???


 28 de Janeiro de 2014

 

Quando eu pensava que a minha vida não podia estar mais sem sentido por conta da minha fuga de Rosewood e por consequência a minha separação da Emily, eis que agora tou enfrentando algo bem pior.
Eu vim pra Charlotte com a minha mãe e neste momento estou fazendo estágio numa clínica muito conceituada, onde estou aprendendo técnicas muito modernas de cirurgia, que mais tarde irei levar pra Rosewood, continuando assim o bom trabalho do meu pai.
Elliott é um dos cirurgiões mais brilhantes que eu já conheci e quando eu comecei a estagiar, ele foi o meu maior apoio me ajudando na minha integração na clinica. Isso só até o dia em que ele se aproveitou de um porre que eu tomei numa festa que teve na casa dele na noite da virada. Até hoje por muito que eu me esforce, eu não consigo lembrar de nada e isso não chega a ser muito mau, pois toda a vez que eu penso que outra pessoa além da Emily me tocou, eu fico enjoada de tanto nojo que eu sinto.
Nas últimas duas semanas esse enjoo que eu tava sentindo se tornou suspeito, principalmente pra minha mãe, que a toda a hora me fazia perguntas rídiculas como por exemplo, se a minha menstruação tinha descido.
O que eu achava ridiculo começou a fazer sentido, no dia em que eu me lembrei que eu sou obstetra e que se alguém nesse mundo tem obrigação de não ignorar os primeiros sinais de uma gravidez, essa pessoa sou eu.
Fiquei em frente ao espelho do meu banheiro e com as duas mãos apalpei os meus seios,  que ultimamente estavam super inchados e doridos. Levei as mãos até o meu ventre e enquanto me auto analisava, percebi que um dos lados estava bem mais duro.
Estou grávida, não tem mais como negar mas ainda assim eu verto um pouco da minha urina num teste de farmácia, que eu tinha comprado no dia anterior.
Quando estou contando os segundos pra saber o resultado, a minha mãe entra no banheiro, me surpreendendo no exato momento em que eu pego o dispositivo, e arrancando ele da minha mão bruscamente.
Eu pensei que ia ouvir o maior sermão da minha vida mas como sempre a minha mãe me surpreende com os seus pensamentos diabólicos, ficando super feliz por pensar que eu tinha arrumado um namorado e tirado a Emily da minha cabeça.
Eu me escusei de responder, pois ainda tava abalada pelo choque de saber que carrego um ser dentro de mim. Um ser que foi concebido fora do meu casamento, um ser que não foi desejado por mim e pela Emily, um ser que eu nem sequer lembro de como foi gerado.
Durante os dias que se seguiram eu fiz as contas e percebi que a gravidez ainda não tinha atingido as oito semanas e que se eu queria tomar uma atitude essa seria a altura certa...

31 de Janeiro de 2014

 

- Olá eu sou a Vichy!
- Olá eu sou a Alison.
- É estranho estar aqui no meio dessas garotas todas, elas chegam aqui com uma cara tão triste e saem daqui mais tristes ainda.
- É normal! Provavelmente muitas delas vem aqui interromper a gravidez, obrigadas pelos pais.
- É mais ou menos o meu caso. Eu só tenho dezassete anos e o cara com quem eu tava namorando nunca quis transar com camisinha. Eu tava apaixonada e fui boba demais. Quando falei pra ele que tava grávida, ele parou de atender as minhas chamadas e passado algumas semanas eu fiquei sabendo que ele se mudou pra Boston, pra casa de um tio dele.
- Que canalha!
- Eu não posso contar pros meus pais que tou grávida! Eles iriam me expulsar de casa e eu ainda nem me formei. Que qualidade de vida eu poderia dar pra esse bebê, sem ter sequer um emprego decente ou uma casa pra morar?
- Eu me formei em Medicina e me especializei em Obstetricia, o que faz com que eu fique chocada por concordar com você na sua decisão. Poxa eu estudei pra trazer vidas ao Mundo.
- No entanto você também está aqui... Qual é a sua história Alison?
- Eu bebi demais na virada... 
- Não acredito! Isso já não é meio ultrapassado?
- Vichy se eu te falar que eu nem me lembro de ter transado com um dos superiores da clinica onde estou estagiando, você vai me chamar louca.
- Eu não tou em condições de te julgar loirinha. Posso te fazer uma pergunta?
- Sim claro que sim, acho que poder desabafar com alguém é meio que uma espécie de ajuda divina. Só a minha mãe sabe que eu tou grávida e ela nem imagina que eu estou aqui, decidida a interromper essa gravidez.
- A minha pergunta é essa... Porquê abortar?
- Eu tou esperando um filho de um homem que eu mal conheço e pelo qual não tenho nenhum tipo de sentimento. Além disso eu sou apaixonada por uma garota incrível e se eu tivesse esse bebê, tenho certeza que ela nunca ia me perdoar. 
- Se ela te amar vai entender...
- Entender que eu bebi e acabei transando com um desconhecido? Você fala isso porque não conhece a Emily, se conhecesse...
- Se eu tivesse independência financeira, eu jamais abortaria.
- Nós temos uma história parecida e motivos diferentes. Eu tenho essa independência mas não quero perder o amor da Emily e não sei até que ponto eu seria uma boa mãe. 
- E o pai da criança como reagiu?
- Esse idiota não sabe de nada nem vai saber nunca!
- Você odeia ele né?
- Digamos que se eu fosse um homem, jamais transaria com uma garota bebâda e muito menos sem camisinha...

A recepcionista interrompe a nossa conversa, anunciando que chegou a minha vez de entrar no consultório.
Eu entro e converso com o médico, que tinha um olhar de carniceiro e ainda por cima não se preocupava em poupar os pacientes de se sentirem obrigados a inalar o cheiro do cigarro dele.
Depois de confirmar que eu tinha cumprido as suas recomendações, como por exemplo estar em jejum e não beber alcool vinte e quatro horas antes da intervenção, ele chama uma pseudo-enfermeira pra me acompanhar até um gabinete onde eu teria de me deitar numa maca com as pernas escancaradas.
Durante alguns minutos eu ainda pensei em desistir... Enquanto colocava a bata que eles me deram, eu passei a mão no meu ventre e pedi perdão. Eu não podia ter esse bebê. O nascimento dele implicava uma mudança total nos meus planos e eu tava cansada de me sacrificar pelos outros. Me sacrifiquei pela minha familia e por causa disso tou correndo o risco de ficar sem a Emily e se eu me sacrificar pra ter um filho, todos os meus sonhos vão se esfumar no livro do que poderia ter sido. Não! Eu prometi pra Emily que ia voltar e é isso que eu vou fazer.
Suspirei profundamente quando a anestesista me pediu pra eu me virar, a fim de aplicar uma injeção na minha coluna:
- Eu paguei um extra pra que me fosse aplicada anestesia geral - reclamei - não quero assistir a nada do que vai acontecer aqui.
- Me desculpe, provavelmente se esqueceram de me informar - ela respondeu ao mesmo tempo que colocava uma máscara no meu rosto, pedindo pra que eu contasse até dez de forma regressiva.
- Dez, nove, oito, sete...
Sete foi a última coisa que eu disse antes de adormecer profundamente...

****

Quando finalmente acordei, a única coisa que eu vi foi uma luz intensa por cima da minha cabeça.
Olhei pro meu braço direito que estava preso por um cateter, que estava ligado a um balão de soro e percebi que a esta hora eu já não era mais uma gestante.
Chorei e pedi perdão a Deus, implorando pra que ele não me castigasse e que no futuro eu pudesse ter muitos filhos com a Emily.
Chorei durante um bom tempo, até que comecei a estranhar a demora do tal doutorzinho em vir assinar a alta médica, afinal de contas ele me garantiu que eu estaria em casa duas horas depois da intervenção.
Toquei na campainha pra chamar uma enfermeira e nada... Toquei novamente e ninguém apareceu até que ouvi alguém gritando no corredor:
- VOCÊS MATARAM A GAROTA, EU VOU CHAMAR A POLÍCIA!
Alertada pra frase que uma voz feminina proferiu em alto e bom som, eu tirei o cateter e levantei da maca, me vestindo o mais rápido que consegui, pois tava sentindo um pouco de dor.
Fui até o corredor e quando tava chegando numa outra sala de intervenção cirurgica, eu ouvi uma voz alterada, uma voz conhecida que fez com que todo o meu corpo estremecesse:
- Você vai ficar caladinha, porque se a policia vier aqui e investigar a morte da garota, você vai ser a primeira a ir em cana, afinal de contas, você foi a médica que a assistiu - disse o homem que eu mais odeio á face da terra, Wayne Fields.
- Mas o senhor é que fez a intervenção, mesmo depois de descobrirmos que afinal a garota tava com uma gestação muito avançada. Avançada demais pra abortar - responde a tal mulher que tinha gritado no corredor.
- Ela pagou pra tirar a criança e eu achei que não teria qualquer problema, pois não é a primeira vez que a gente interrompe uma gravidez de dezasseis semanas. No caso dessa garota ela teve foi pouca sorte, por não termos conseguido estancar a hemorragia a tempo.
- E agora como nós vamos explicar isso pra familia dela?
- Ora Doutora não seja ingénua. Apenas garotas filhinhas de pai rico têm condições de vir aqui e pagar uma grana alta pra interromper uma gravidez indesejada. Os pais dela não vão dizer nada com medo do escândalo. Além disso, eu vou chamar um médico-legista e vou pagar pra ele afirmar que a garota estava com uma gestação de cinco semanas. Os pais não vão levantar onda e você não vai falar nada, senão eu acabo com a sua carreira que ainda nem começou direito.

Um silêncio tomou conta da sala e eu percebi que se não saísse dali rapidamente, as pessoas que estavam ali, iriam me pegar no flagra escutando aquela conversa.
Tentei entrar num dos vestiários mas a porta estava trancada. Puff, o tio Wayne parece ter esquecido que eu existo, porém eu não esqueci de como usar um gancho pra abrir essas portas, que são do mesmo fabricante que forneceu as portas da clinica do meu pai.
Entrei e vesti uma das roupas de enfermeira que estava num cabide de um dos roupeiros.
Só espero que o pai da Emily não me veja senão tou perdida, pensei.
Vejo que todos estão saindo da sala e fico parada olhando pro chão. Felizmente eles seguem a direção oposta e eu aproveito pra entrar naquele gabinete.
Meu Deus, é a moça que há pouco estava falando comigo!
Eu não queria acreditar no que estava diante dos meus olhos: esses monstros nem se deram ao trabalho de cobrir o corpo dela. Passei a mão na sua testa e fechei os seus olhos.
Em meio das minhas lágrimas fiz uma pequena oração mas logo depois uma pasta preta chamou a minha atenção. Pensei em pegar nela mas fui surpreendida pelo tio Wayne, que provavelmente voltou aqui pra vir pegar esses documentos. Ele nem olhou pra minha cara, apenas se apressou em pegar a pasta e saiu.
Eu tinha de ser rápida e por isso mesmo peguei na ficha dela que estava em cima da maca e recolhi todos os seus dados: nome, morada etc. 
É uma pena que o mais importante tenha sido levado por aquele monstro do pai da Emily: as provas de que ele fez um aborto numa gestante menor de idade, tendo conhecimento que ela estava esperando um bebê que já estava formado.
Voltei ao vestiário e troquei de roupa novamente. Saí da clinica rezando pra não dar de cara com o criminoso do melhor amigo do meu pai. De repente eu dei por mim a pensar se ele também seria sócio do tio Wayne nessa clinica carniceira mas depois lembrei que eu li na internet, que a inauguração do espaço tem cerca de oito meses.
Fui pra casa e contei á minha mãe sobre o aborto que fiz, tendo o cuidado de esconder toda a sujeira que envolve o tio Wayne na morte da Vichy. 
Demorei umas três semanas pra conseguir ter uma noite de sono completa e só consegui ter paz, quando depois de muito pensar, tomei a decisão de denunciar o pai da Emily por negligência médica...

ALISON´S FLASHBACK OFF***

 

Rosewood, 2 de Janeiro de 2016

 

Passaram alguns anos mas aquele dia ainda estava muito presente na minha memória e foi por isso mesmo que eu voltei pra Rosewood um ano antes da minha pena terminar: eu quero reconquistar o amor da minha mulher e colocar o pai dela na cadeia.
Complicado nè?
Durante este tempo que estive longe, eu acabei percebendo que nada na minha vida vai ser fácil e que a única coisa que eu tenho de verdadeiro na minha existência, é o amor que sinto pela Emily.
Não vai ser fácil mas eu não vou desistir...

****

Eu fiquei esperando a Emily na sala de administração pois ela ainda não tinha chegado e eu precisava acertar todos os detalhes sobre a minha tomada de posse como Vice-Presidente da clinica.
Aproveitei pra entrar no computador do Hospital e tentar procurar algum indicío que ligasse o tio Wayne aquela maldita clinica mas sem sucesso. Ele era muito esperto e devia ter tudo escondido na casa dele.
- Tá vendo se consegue roubar mais dez milhões?
- Emily, eu... claro que não.. eu só tava...
- Olha só a Alison que sempre foi tão segura de si gaguejando - ela afirma ironizando.
- Eu sei que mereço todo o seu sarcasmo mas acho que você podia ser menos dura comigo.
- Dra DiLaurentis, eu tenho certeza que a partir do momento em que você começar a trabalhar aqui, vai ouvir falar muito sobre esse meu jeito duro de ser. Eu não tou aqui pra brincar e também não vai ser aqui que vamos falar sobre esse desfalque que você deu no meu pai.
- O quê? Que eu saiba essa clinica também é do meu pai. Eu podia ter tirado tudo, no entanto só transferi metade que era a parte que nos pertencia.
- Belo argumento. Ora Alison um roubo é sempre um roubo e se você só tava tirando aquilo que é seu, porque você fugiu?
Eu ia responder e falar tudo de uma vez mas a Jenna nos interrompeu alertando a Emily pra não se atrasar pra uma consulta:
 - Tudo bem Jenna eu já vou, pede á minha secretária pra deixar a paciente me esperando dentro do meu consultório.
Jenna acena com a cabeça positivamente e sai da sala me deixando a sós com uma Emily que me olhava friamente:
- Quanto a você Doutora, falaremos mais tarde e de preferência fora do meu local de trabalho...

 


PDV SPENCER

 

- Aria responde por favor! Foi o Ezra que te bateu né?
- Você enlouqueceu Spencer! Você só pode tar brincando, o Ezra jamais seria capaz de me agredir.
- Você tá diferente, já não tem mais aquele brilho no olhar que você tinha quando se casou...
- Você tá imaginando coisas, nunca mais repita uma coisa dessas. O Ezra é um bom marido.
- Aria você jura pra mim que esse corte na sua cabeça foi mesmo por conta de uma batida de carro?
- Sim eu juro. Olha vamos pra Unidade de Pediatria que eu quero ver como está o Ben e tira essa ideia que o Ezra me bate da sua cabeça tá?
- Tá bom você me convenceu.
- E a Hanna como está?
- Vou dar alta pra ela depois do almoço. Ela continua a mesma garota rebelde de sempre.
- Ela te falou se veio pra ficar?
- Não faço ideia Aria. Só espero que se ela decidir ficar aqui, consiga conviver tendo de ver o Jason casado com a Mona...

 


PDV HANNA

 

Quando eu apertei a campainha pedindo que alguma enfermeira viesse me auxiliar, não imaginei que seria o Jason a aparecer no meu quarto:
- Como vai Hanna?
- Até você entrar aqui tava só com dor de cabeça, agora também tou enjoada.
- Nossa quanto rancor! Você ainda me odeia tanto assim?
- Eu não te odeio, porque a gente só consegue odiar quem ama. Eu só tenho nojo de você, nada demais.
- Deixa eu te observar. Você já comeu alguma coisa hoje?
- Eu me recuso a comer a comida daqui e só tou esperando a Spencer me dar alta pra ir embora daqui.
- A Jenna me falou que os seus pais estão viajando, porquê tanta pressa?
- Porque eu tava rezando pra não ter o desprazer de me cruzar com você mas já que isso aconteceu, agora eu rezo pra não ter que ficar olhando pra sua cara a cada cinco minutos.
- Hanna, já ta mais que na hora da gente conversar sobre o que aconteceu e tentar ficar amigo.
- Eu não vou ser sua amiga nunca! Você me machucou, me destruiu e casou com a Mona sem se importar com os meus sentimentos. Fica longe de mim Jason - eu ordeno tentando me levantar, esquecendo completamente que tou com o pé machucado, o que faz com que eu me desequilibre e caia diretamente nos braços dele.
- Acho que ficar longe vai ser um pouco impossível. Vem cá deixa eu te colocar na cama - ele diz me pegando no colo.
Jason ainda usa a mesma colónia que eu ofereci pra ele quando completámos um mês de namoro. Ele nunca mudou de perfume, teria isso algum significado?
Ao inalar o cheiro que emanava do seu pescoço, eu me deixei levar pelas lembranças de um passado onde eu e ele fomos muito felizes e dei por mim acariciando a sua nuca.
Jason me colocou na cama e sem tirar os olhos de mim, passou os seus dedos pela minha face, que passou de gelada e branca, a extremamente quente e ruborizada:
- Você não mudou nada. Continua linda e perfeita!
As saudades de ter ao meu lado o único homem que amei, fez com que eu esquecesse toda a raiva que senti durantes estes anos que passaram. Permiti que ele beijasse a minha boca e quando percebo que é impossível resistir ao seu charme, ouço alguém anunciando a sua presença com uma tosse providenciada:
- Vocês já imaginaram se fosse a Mona que tivesse entrado aqui e não eu? - pergunta Alison fazendo um ar reprovador.
- Desculpa Ali, eu me deixei levar num impulso e esse seu irmão também não facilita! 
- Eu?? Hanna quem te ouvir falar vai pensar que eu te obriguei a me beijar.
- Calados os dois! Eu vim ver como você está, deixa eu ver como está esse tornozelo - ela afirma chateada - o inchaço passou mas você vai ter de ficar pelo menos uma semana usando muletas pra se apoiar. Evita colocar o pé no chão e aplica uma pomada que eu vou prescrever, três vezes ao dia tá?
Eu assinto com a cabeça pois ainda estou envergonhada mas logo a Alison suaviza o seu olhar, e passa a mão no meu cabelo:
- Deus como eu tive saudade de você!
- Eu também amiga. Tou muito feliz de te ver de volta - respondo enquanto beijo a mão com que ela afaga a minha face, gesto que ela interrompeu assim que ouve o celular do Jason tocando:
- Alison era a Mona, ela tá presa no trânsito e eu preciso ficar aqui e organizar os horários do plantão da próxima semana. Será que você pode ir buscar a Amy no infantário?
- Claro que sim, tou morrendo de saudade dela.
- Falando em saudade no próximo fim de semana eu tenho de ir a Charlotte pra ver a mamãe, já tem dois meses que não vou.
- É mesmo e a mamãe tá morrendo de saudade da Amy também.
- Eu vou ligar pro infantário avisando que você vai buscar a minha princesa e depois vou trabalhar até umas oito horas da noite. Até logo maninha. Hanna foi um prazer te rever - ele diz olhando pra mim de cima a baixo com um olhar que despia até a minha alma.
- Pra mim não foi prazer nenhum seu debochado - respondo irritada mas logo suspendo a respiração, ao ver que ele se dirige a mim a fim de dizer algo em meu ouvido:
- Da próxima vez que a gente se encontrar, vê se não me beija tá?

 

PDV EMILY

 

Todos os dias eu sonhava com o regresso da Alison. Sonhava que ia abraçá-la tão forte que iria conseguir sentir as batidas do coração dela como se fossem as minhas.
Infelizmente não foi assim, pois ver a Alison de volta a Rosewood estava sendo completamente diferente do meu sonho. Nos últimos dois anos eu fui aprendendo a me acostumar a ausência dela, embora eu nunca me tenha conformado por não tê-la aqui do meu lado.
Ela disse que ia voltar e eu esperei... Esperei porque prometi... Mas não prometi que ela encontraria a mesma Emily que a amou incondicionalmente. Essa Emily foi morrendo aos poucos... Quanto mais eu me apercebia que ela provavelmente não ia voltar pra mim, mais a Emily apaixonada ia morrendo, dando lugar a uma mulher totalmente fria de sentimentos amorosos. Ás vezes eu penso que deveria ter seguido com a minha vida e casado com alguém que me ajudasse a cuidar do Dylan, porém aquela maldita promessa a qual eu tanto me apeguei, não permitiu que eu seguisse em frente. Fiquei presa aos meus sonhos mas tenho consciência que mudei... Talvez ainda exista uma chance pra nós duas, contudo eu preciso saber porquê ela roubou o dinheiro da clinica e foi embora...
Talvez eu possa perdoá-la... Talvez a culpa seja minha.. Talvez eu não tenha sido suficiente...
- Emily a sua secretária me disse que a sua próxima consulta é só daqui a meia hora. Vamos tomar um café? - pergunta Aria que entrou no meu escritório sem que eu me apercebesse.
- Não tou a fim de sair daqui e ver a Alison - respondo bruscamente.
- Ela acaba de sair do hospital e acho que já não volta.
- Pra onde ela foi? - pergunto com o coração sobressaltado.
- Pra quem está evitando vê-la você tá muito preocupada - Aria ironiza.
- Eu tou com muita raiva da Ali mas não quero nem imaginar que ela pode ir embora de Rosewood novamente.
- Vocês precisam conversar amiga. Ela errou mas deve ter as suas razões e você precisa dar uma chance pra ela se explicar.
- Aria mesmo que ela tivesse a melhor explicação do mundo pra me dar, eu acho que agora já é tarde demais pra recuperar o que se perdeu nestes anos que ela esteve sumida.
- Eu até que podia concordar com você Emily mas a pergunta que prevalece é: se é tarde demais, porque você esperou por ela todos estes anos?
Aria desiste do convite pra irmos até á cafetaria e sai me deixando sozinha com os meus pensamentos...

 


PDV ALISON

 

Toda a vez que o Jason ia até Charlotte com a Mona e a Amy, eu ficava olhando pra minha sobrinha e pensando na mãe que eu poderia ter sido.
O amor que eu sinto pela fillha do meu irmão é tão bonito, que por vezes eu me arrependo de ter feito aquele maldito aborto.
Eu fecho os olhos e lembro cada minuto daquele dia infernal, porém a imagem da Vichy deitada naquela maca, totalmente abandonada por aqueles carniceiros, se sobrepõe aos momentos traumatizantes que passei ali.
Por conta de estar anestesiada, provavelmente ela não sentiu qualquer tipo de dor mas ainda assim, ela era somente uma garota cheia de medo de enfrentar uma vida sem condições e não merecia morrer daquele jeito.
Durante uns dias eu fui vendo na internet se saía alguma notícia sobre a morte dela mas tal como o tio Wayne tinha dito, os pais dela deviam ter algumas posses e preferiram abafar o escândalo.
Eu vim a Rosewood decidida a reunir provas que incriminem o pai da Emily mas infelizmente não sei bem por onde começar e se devo pedir a ajuda do Jason, pois pode ser perigoso envolvê-lo nas minhas investigações até porque o Dr Fields já demonstrou ser um homem com quem não se deve brincar...

****

Cheguei ao infantário e toquei á campainha, ficando sem palavras quando Paige me abriu a porta:
- Alison? Eu já tinha ouvido dizer que você estava de volta á cidade...
- Posso entrar? - pergunto bruscamente, pois na verdade eu nunca simpatizei com ela.
- Sim claro. Então é você quem vem buscar a Amy?
- Sim sou eu, a Mona está presa no trânsito e o Jason precisa ficar na clinica até mais tarde.
- Tia Ali - diz Amy correndo pros meus braços.
- Meu amor que saudade! Como você está linda! Hoje eu vim te buscar, podemos tomar um sorvete se você quiser - eu digo sorrindo pra ela.
- Eu não quero ir embora, o Dylan tá doente e eu quero ficar aqui com ele. Tia Ali você é medica ajuda o meu amiguinho - ela pede ao mesmo tempo que me leva pro dormitório dos garotos.
Assim que cheguei á cama onde estava o pequeno, eu o reconheci como sendo o garoto do retrato, o filho da Emily.
- Oi meu bem, o que você tá sentindo?
- A minha cabeça doi muito - ele responde, evitando abrir os olhos.
Eu coloco a minha mão na testa dele medindo a sua temperatura e com a minha outra mão,  faço uma leve palpação na sua garganta, pra me assegurar que os seus gânglios não tão inchados:
- Ele está ardendo em febre e o melhor será que ele seja visto pela Spencer agora. Eu vou levar ele pra clinica - eu afirmo olhando pra Paige.
- Você não pode sair com o Dylan assim. Mesmo você sendo médica, eu não vou permitir que você leve o garoto.
- Vem cá Paige, eu sempre te achei burra, agora que você além de burra também é idiota eu desconhecia...
- Por favor não me ofenda - ela grita me interrompendo.
- O menino precisa ser assistido, essa febre tá muito alta ele precisa ser observado por uma pediatra.
- Tá certo eu chamo a Spencer ou eu mesma o levarei até á clinica. Agora por favor leve a Amy embora, eu preciso tomar algumas providências.
- Escuta aqui Paige, quem você pensa que é, pra me impedir de prestar assistência ao filho da Emily?

 

- Nada mais nada menos que a outra mãe do Dylan!

 


Notas Finais


Essa Paige é um demónio né?

Gente eu quero agradecer a Pri (cilazago) que me deu uma ideia genial de como castigar o Wayne e fazer ele perder aquela pose de dono da moral...
Muitas vezes nós autores ficamos sem ideias ou meio que bloqueados e eis que alguém traz uma ideia que vai levar a fic pra um outro nível..
Muito obrigada Pri <3 <3 <3


Esse capitulo serviu pra abordar algo mt importante como é o tema do aborto e eu queria saber o que vocês acham sobre a decisão da Alison e se a Emily como médica deve compreender a atitude que ela tomou..
A Ali deu um belo exemplo de como não se deve beber demasiado pra depois não acordar numa cama desconhecida como foi o caso dela..

Descanse em paz Vichy!!

Eu só tenho que agradecer pelos comentários, opiniões e prometo que no próximo capitulo vamos ter Emison okei?

quero saber o que acharam do capítulo pode?

Obrigada pelo apoio vcs são o máximo até o próximo
bju <3 <3 <3


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