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História What Is Love? - Capitulo Único - What Is Love?


Escrita por: WarlockBane

Notas do Autor


Para compensar a cagada que eu fiz com os leitores de C.A ~quem lê Cat Attendat e leu meu jornal, vai entender~ eu estou soltando esse imagine super fofinho com o Park Chanyeol, o ser mais cute do mundo e mais sexy também!

Se encontrarem algum erro, me fale nos comentários para que eu possa arrumar logo!

Amo vocês! Boa leitura.

Capítulo 1 - Capitulo Único - What Is Love?


Fanfic / Fanfiction What Is Love? - Capitulo Único - What Is Love?

Desespero, essa é a palavra que me define agora.

Pensar em um jeito de conta-lo que eu estava esperando um filho teu era um desafio. Eu sabia que ele não queria esse filho agora. Eu também não! Poxa, eu acabei de fazer vinte e dois anos, estou no meu segundo ano da faculdade e ainda moro com os meus pais. Estar gravida não estava nos meus planos!

Mas, nós fomos imprudentes, não nos protegemos, eu não tomo anticoncepcional e isso apenas agravou a situação. Eu tentei pedi-lo para colocar a bendita camisinha. Mas, ele nem me deu ouvidos. Estávamos em sua casa, em seu quarto, eu não esperava que fizéssemos algo naquele dia, senão eu teria levado a minha.

Merda Sehun! Eu estou gravida!

Batuquei os dedos na escrivaninha. Minha cabeça estava apoiada com a outra mão e eu encarava o teste de gravidez. Positivo. Existia alguma chance de ser um engano? Sim, mas ao o que tudo indica, eu estou mesmo gravida. Os enjoos, as vertigens, a fome, a falta dela, a menstruação atrasada, entre outros fatores. Queria chorar, esbravejar e berrar. Merda, merda, mil vezes merda!

Meu pai arrancaria meu couro, minha mãe vai ficar decepcionada comigo e meu irmão vai ficar muito puto.

Parabéns Seolhyun, estragou tudo! Novamente!

Meu coração gelou assim que bateram a porta, joguei o teste na gaveta e pedi para que a pessoa, denominada Kyungsoo — meu irmão —, entrasse no quarto.

Fingi estar lendo um livro qualquer e me virei para encara-lo.

— Você tem visita. — Ele disse.

Chanyeol apareceu na porta sorrindo e logo entrou no quarto.

— Annyeong saeng! — Berrou e beijou minha testa.

— Olá Chanyeol oppa.

— Lendo esse livro de novo Seolhyun? — Soo me perguntou.

— Fazer o que, se Daniel Grigori é minha vida. — Falei e os mais velhos riram.

— Ok, juízo vocês dois! Qualquer coisa, eu estarei na sala. — Meu irmão saiu do meu quarto, fechando a porta.

Encarei Chanyeol, que fez o mesmo. Sua cara estava engraçada, oque me fez ter uma crise de riso, e ele me acompanhou.

Era sempre assim com o Park, nos entendíamos apenas com olhares. Riamos de idiotices ditas um para o outro. E sempre zoando Kyungsoo, ou a velha rabugenta do 503. Eu e Chanyeol nos conhecemos quando tínhamos apenas 12 anos. Ele já tinha feito 13, e faltava apenas um mês para o meu aniversario.

No começo, nós sempre brigávamos feio, por conta da diferença de personalidade. Sempre fui mais quieta, Chanyeol era chamativo e escandaloso — ainda é —. Até eu me adaptar com o seu jeito demorou bastante. Mas, agora somos como carne e unha. Eu ainda sou quieta, mas, quando Chanyeol está junto de mim, era sempre um saco. Para os outros.

A gente ria alto, muito alto. Brincávamos de lutinha. Brigávamos com os meus primos de 5 anos. E quando tentávamos fazer alguma coisa na cozinha, sempre resultava em um Do Kyungsoo muito bravo e batendo na gente.

Éramos um quinteto. Eu, Chanyeol, Kyungsoo, Baekhyun e Jongin. Sempre foi, e por mais que tenhamos amigos externos, a nossa amizade é maior do que qualquer outra. Mas, de um tempo para cá, eu venho sentindo algo estranho quando vejo Chanyeol. Seu sorriso, seus olhos, suas orelhas grandes — que sempre era motivo de chacota entre nós —, seus lábios perfeitamente desenhados e rosados. Tudo isso me encantava.

Mas, eu tenho namorado. Oh Sehun era exatamente como eu. Quieto, reservado e nunca chamava atenção. A não ser, pela beleza e altura. Sehun era da minha idade, mas tinha 1,80. Eu tenho simples 1,73 de altura.

Ele era encantador, atencioso, bonito, e outras qualidades. Mas eu sentia que algo faltava. E sempre era completado quando eu via o sorriso aberto de Chanyeol.

Merda, além de gravida, está apaixonada pelo melhor amigo.

— Alô, alô! Terra e Chanyeol, chamando Do Seolhyun! — Ele estalava os dedos em frente meu rosto.

— Ah, sim?

— Você está estranha hoje. Qual é a treta da vez? — Falou deitando na cama, novamente.

Suspirei pensando seriamente em contar para ele.

Deitei em seu lado e o encarei. Ele me olhava como se esperasse alguma resposta. A vontade de chorar voltou e eu senti a liberdade faze-lo. Assim que eu desabei em seus braços, o vi assustar e me abraçar imediatamente.

— É tão serio assim? — Perguntou.

— Eu fiz uma cagada enorme, oppa. Eu quero morrer. — Falei.

— Me conta. Por favor, Seolhyun. Você está me assustando.

Levantei e fui até a gaveta e a abri.

— Promete que não vai ficar com raiva de mim? — Perguntei insegura.

— Olha bem pra minha cara, e vê se eu vou ficar com raiva de você, se a coisa é tão seria assim. — Falou.

Assenti e o mostrei o teste de gravidez. Ele analisou com cuidado e me olhou desesperado.

— Não vai me falar-

— Eu estou gravida dele, Chanyeol. — Falei chorando novamente. — Eu acabo de destruir a vida de Sehun, a minha vida e a vida da minha família.

— Não saeng. Você não estragou nada. Apenas aconteceu, foi um acidente. — Falou me abraçando. — Vamos contar para o seu irmão.

— Não! — Assustei.

— Claro que sim Seolhyun, você não vai poder esconder essa barriga por muito tempo! — Falou.

— Quem disse que eu vou precisar esconder.

Ele me encarou confuso e até se ligar sobre o que eu falava, demorou um tempo.

— Você não vai abortar esse bebê, Do Seolhyun! — Me repreendeu. Iria falar algo, mas ele me interrompeu, descansando suas mãos em meu ventre. — Não! Eu vou te ajudar. Mas, esse bebê vai nascer e vamos contar para seu irmão e seus pais agora!

Ele saiu me puxando casa a fora, e gritou o nome dos meus pais e o nome de Kyungsoo pelo corredor, chamando a atenção deles. Chanyeol os mandou sentar no sofá e me pôs de frente para eles. Sentou-se em minha frente e me deu tempo para falar.

— Ok, eu não pretendia contar agora. Mas, é que-

— Sem enrolações Seolhyun, minha panela está ligada. — Minha mãe falou sem paciência.

— Ok, depois não reclame. Eu estou gravida. — Falei.

Soo arregalou os olhos — se é que era possível ficar maior —, meu pai engasgou com a própria saliva, minha mãe ficou pálida e Chanyeol sorriu.

— S-Seolhyun, me diz que isso é só mais um de suas piadinhas com o Chanyeol. — Meu pai suplicou.

— Não é. Olhem. — Mostrei o teste.

— Jesus amado. Eu vou ser avó! — Minha mãe saiu do transe, sorrindo.

— Eu vou ser avô. Eu sou muito novo pra ser vô, Seolhyun!

— Quê? — Perguntei sem entender.

— Você está gravida filha! Tem um neném ai dentro! — Minha mãe alisou minha barriga.

Após minha ficha cair, eu desabei a chorar. Abracei meus pais e Kyungsoo me olhou sem expressão.

— Não gostou da noticia, filho? — Meu pai perguntou.

— Gostei. Mas, vocês não acham isso meio precipitado? Não sabemos se ela realmente quer o neném. E o Sehun? Já sabe? Ele vai assumir? — Kyungsoo se fez preocupado. E consequentemente me preocupando também.

E o Sehun?

— Deixa de neura, Kyungsoo. — Minha mãe falou.

— Não mãe! Ele está certo, e se Sehun não assumir o bebê? — Falei.

^~^

  Encarei Sehun em minha frente e o mesmo estava mais branco do que realmente era.

— Sehun, fala alguma coisa. Pelo amor de Deus. — Pedi.

— Eu vou assumir. Mas, está tudo terminado entre nós dois. Eu não posso fazer isso, Seolhyun! Eu tenho uma vida inteira pela frente ainda. Eu não vou atrapalhar isso por causa do bebê! Me desculpe! — Falou.

— Por favor, não. Sehun. Não me abandone. — Falei chorando.

— Calma Hyun, podemos ser amigos. Eu vou ajudar com o bebê. Eu só quis dizer que eu não quero assumir um compromisso mais serio, por conta de uma gravidez! Pode contar comigo. — Ele sorriu e eu o abracei fungando.

Sai de sua casa e fui até a casa de Chanyeol, que me esperava ao lado de fora da mesma. Eles eram praticamente vizinhos. A casa de Sehun ficava apenas a cinco quadras do prédio de Chanyeol, então eu fui a pé.

Assim que me viu, ele veio correndo até mim.

— Como foi? Estava chorando? Ai meu Deus o que ele fez? Eu vou bater nele! — Se desesperou.

— Calma Channy, estou chorando por felicidade. Ele concordou em me ajudar. Somos amigos agora. Ele é apenas o pai do meu filho e meu amigo. — O expliquei.

Ele suspirou aliviado e me puxou para dentro do saguão do prédio, subimos até o seu andar e ele abriu a porta, me levando até a sala, onde estavam Baekhyun, Jongin — outros membros de nossa “panelinha”— e meu irmão.

— Olha só, a nova barrigudinha da família! — Baekhyun gritou a me ver.

Mostrei língua ao mais velho e ele riu, vindo me cumprimentar. Abraçou-me, tirando do chão e alisou meu abdômen. Jongin e Kyungsoo fizeram o mesmo. E assim passamos a nossa tarde. Eles fazendo piadinhas sobre como eu ficaria com barrigão de gravida e mais gorda. Ok. Acho que vou precisar de remédios controlados para aguenta-los a minha gravidez inteira. Pensando bem, irei precisar para o resto da vida.

 

^~^

Os nove meses passaram, e assim foram; um ano, dois, três, quatro e cinco. Cinco anos se passaram desde então e minha pequena Soohyun já iria fazer seis aninhos. Assim que Soohyun completou seus três anos, ela passou a ficar com a minha mãe, para eu poder terminar a faculdade e trabalhar. Agora, a pequena já frequentava a escolinha, era um amor de pessoa, inteligente e super educada.

Estou morando com Chanyeol e ele vem sendo um ótimo amigo, e padrasto de Soohyun. Por mais que nós não namorássemos, Soohyun via nele um pai. Sehun era um ótimo pai, porém ela só o via três vezes na semana. Já que sua vida estava muito corrida. E eu não o culpava. Luhan era muito grudento.

Deus eu namorei um gay! Isso é mesmo possível?

Meus dedos vasculhavam minha bolsa a procura da chave do apartamento. Soohyun dormia em meus braços. E como ela estava grande e pesada. Ira puxar o pai na altura, certeza.

— Precisa de ajuda, senhora Park? — A vizinha perguntou.

— Sim, obrigada. Mas, não me chame de senhora, nem de Park. Por favor. — Falei rindo.

A senhora tirou o molho de chaves da minha bolsa e me entregou a que abria a porta de casa.

— Mas, a você não é casada com o senhor Park? — Perguntou confusa.

Consegui destrancar a porta e me virei para responder a jovem senhora ao meu lado.

— Não, senhora Kim. Chanyeol é apenas meu melhor amigo. Boa noite!

— Boa noite!

Assim que nos despedimos, fechei a porta a trancando. Deixei a bolsa na mesinha ao lado da porta e andei com Soohyun ainda dormindo, até a sala.

— Chegaram! — Falou animado. — Oh, ela está dormindo?

— Sim! Me ajuda, ela está pesada! — Falei com dificuldade.

Ele se levantou imediatamente, e pegou minha filha no colo, a levando para o seu quarto. Cai exausta no sofá fechando os olhos o esperando.

— Quer a mesma massagem de sempre? — Escutei sua voz rouca.

Abri apenas um olho e lá esta ele, com a típica camisa branca e calça de moletom preta. Os cabelos castanhos escuros caídos sobre os olhos e as orelhas avantajadas vermelhas por conta do frio.

Acenei com a cabeça e ele riu. Sentei-me e ele se sentou atrás de mim. Quando sua mão tocou a pele alva do meu pescoço, ouve um choque, me fazendo arrepiar. Suas mãos trabalhavam com proeza e firmeza. Duro de certa forma. Estava ótimo. Bem, quer dizer, Chanyeol sempre teve esse dom com as mãos. Eu ainda o amava, e isso era fato.

— Seolhyun. — Ele me chamou.

— Sim?

— Vire-se pra mim, por favor.

Fiz o que ele pediu e ele me surpreendeu colando nossos lábios. Por ter me pegado de surpresa, não reagi imediatamente, mas logo ele pediu passagem e eu a cedi. Suas mãos passeavam pela minha cintura e as minhas afundavam em seus cabelos pretos.

— Mamãe! — Escutei Soohyun me chamar no quarto.

Me assustei separando o beijo. Senti minhas bochechas arderem e me levantei imediatamente.

Droga!

— E-eu vou ver o-o que ela quer. — Gaguejei.

Descalça, eu andei depressa para ver o que Soohyun queria.

— Sim? — Perguntei encostada na porta.

— Meu aniversario está chegando, e você e o papai Sehun disseram que eu poderia escolher o presente. Eu já sei o que eu quero mamãe. — Ela disse animada.

Os longos cabelos negros estavam caídos pelo seu rostinho branco e delicado. A reparando desse ângulo, ela era uma mistura perfeita entre mim e Sehun. Seu nariz e lábios eram exatamente iguais aos do pai. Já os olhos e o cabelo refletiam a minha imagem quando mais nova. Sua personalidade era misteriosa como a de Sehun e quieta como a minha.

— O que você quer filha? — Perguntei receosa.

Talvez as garotinhas de sua escola fossem muito fúteis e só pedia coisas caras às mães. Minha filha nunca foi dessas, foi criada na humildade. Mas, quem sabe alguma dessas menininhas malvadas influenciou minha pequena.

Fui até sua cama, sentando-me ao seu lado.

— Quero que você e o papai Channie se casem e me deem um irmãozinho! — Ela pediu animada.

Arregalei os olhos surpresa pelo pedido da menina.

Eu e Chanyeol?

— M-mas filha... Não vai querer bonecas Barbies, ou bebês que falam e fazem xixi e cocô? Festinha das princesas? Nada disso? A mamãe e o papai Sehun podem trabalhar duro para conseguir para você! — Perguntei.

— Não mamãe! Eu só quero que você e o papai Chanyeol se casem! Eu estou cansada de ouvir vocês dizendo que são apenas amigos! — Minha filha falou não se convencendo. — Eu quero que vocês fiquem juntos para sempre!

— Amanhã a gente conversa sobre isso, pode ser filha?

— Sim, até amanhã mamãe. — Falou se deitando novamente.

Beijei sua testa e fui até minha cama. Como o apartamento era de dois quartos, eu dormia com Soohyun no primeiro quarto do corredor e Chanyeol dormia sozinho no ultimo corredor. A verdade é que esse era o quarto do Channy, ele o cedeu por causa do banheiro que tem nele. Para dar privacidade a mim e a pequena Soohyun.

Chanyeol é um amor. Comigo e com minha filha. A promessa que ele fez quando eu descobri que estava gravida, ele cumpriu. Ele sempre me ajudou a educar Soohyun. E por mais que Sehun fosse um pai presente e super carinhoso com Soohyun, Chanyeol era o pai dela.

O que fez minha filha pensar nessa possibilidade? Talvez sejam aquelas garotinhas da escola. Ou talvez eu só esteja tentando disfarçar o que eu sinto colocando a culpa nas amiguinhas da minha filha.

Droga!

Cobri minha filha devidamente e fui em direção ao banheiro, sentei –me ao sanitário e liguei para Sehun.

— Aconteceu algo Seolhyun? Algo com a Soohyun?

— Aconteceu sim. Nossa filha enlouqueceu Sehun! Endoidou o cabeção! Ela puxou isso de você.

— O que aconteceu dessa vez Seolhyun?

— Lembra quando ela pediu um pônei de aniversario?

— Ne. Foi hilário ver sua cara quando ela falou isso.

— Cala a boca! Dessa vez é pior.

—Eu sei o que ela te pediu, Seolhyun. Ela me contou ontem.

— O quê?!

—É Seolhyun! Eu minha filha temos segredos, não podemos?

— C-claro que podem, mas é que... O que eu faço Sehun? Me ajuda!

— Acalme-se Hyun! Casar-se com a pessoa amada não é um bicho de sete cabeças! Eu sei o que é isso.

— O problema não é casar Sehun! Eu e Chanyeol já vivemos essa vida de casados! O problema é que eu nem sei se ele gosta de mim do jeito que eu gosto dele! A gente nem namora.

— Ahá! Para né Hyun? Não sabe se ele gosta de você? Me poupe! Ele abrigou você e nossa filha na casa dele! Isso já não é prova de amor suficiente? Ok quer mais? Pois então, quando eu ainda era um filho da puta e não via Soohyun com frequência, era ele quem te ajudava! Ele criou minha filha!

— M-mas...

— Mas nada Do Seolhyun! Você vai se declarar para Chanyeol sim e tratar de dar um irmãozinho para a Soo, porque Luhan não quer isso ainda.

— Obrigada Sehun!

— Por nada, amor! Te amo.

— Também te amo.

Encerrei a chamada e me despi. Entrando no box e tomando um banho quentinho e relaxante.

...

O despertador do meu celular tocou e eu me levantei. Fui à cama de Soohyun e a acordei para que ela arrumasse para a escola. Saindo do quarto, o vento frio penteou o meu cabelo, fazendo-me encolher e bater a porta de Chanyeol, que estava entreaberta.

Quando a abri por completa, pude me embelezar com o Chanyeol dormindo na maior serenidade e tranquilidade. O seu cobertor grosso cobria-o até o pescoço. Seus lábios perfeitamente desenhados estavam rosados, assim como suas bochechas e nariz. O cabelo negro desgrenhado pelo travesseiro parecia uma pintura caríssima de Claude Monet, ou uma pintura surrealista de Salvador Dalí.

Chanyeol era um mistério para mim. Não sei como me apaixonei. Só sei que quando vi, já não conseguia viver sem ele. Sem o seu cheiro, o seus abraços, os seus sorrisos contagiantes e suas risadas escandalosas, sem suas piadas sobre a minha altura —ou a falta dela—. Eu não consigo viver sem ele, Park Chanyeol.

— Eu sou tão lindo assim, senhora Do?

Assustei-me com a sua voz grossa e rouca de quem acabou de acordar. Dei um pulo e percebi que estava o encarando.

— Vim te acordar, mas parece que você já está acordado. — Falei sem graça. — Vou ajudar Soohyun, te encontro lá na cozinha.

Saindo do seu quarto pude escuta-lo me chamar. Dei meia volta e parei na porta de seu quarto, esperando ele falar algo.

— Venha aqui Hyun. — Falou batendo no espaço ao seu lado da cama. — Todos nós sabemos que quem morde as pessoas aqui é você, e não eu. Esse gênio dos Do.

Ele riu com sua própria piada e eu revirei os olhos. Fui até ele e me sentei ao seu lado.

— O que você quer Channy? — Ele apenas sorriu em resposta.

— Você, Seolhyun. Você — Ele respondeu ficando serio logo se aproximando de mim.

E eu senti como se eu tivesse quinze anos novamente. Meu estomago revirou, minhas mãos estavam soadas, e eu gelei. Assim que seus lábios entraram em contato com os meus novamente, eu me lembrei de quando tínhamos dezesseis anos. Quando eu ainda não tinha beijado ninguém e Chanyeol se propôs a fazer. Segundo ele, ele queria fazer parte de cada momento da minha vida. E como um estalo, tudo fez sentindo e eu me senti uma burra.

O meu primeiro beijo, o ciúmes do Sehun, o apoio à gravidez, a figura paterna de Soohyun, o beijo de ontem. Tudo se encaixava perfeitamente. A minha mão na dele, seus lábios nos meus, o meu corpo no seu.

Após o beijo acabar, colamos nossas testas e nos encaramos sorrindo. Senti a presença de alguém e em um movimento quase automático, virei meu rosto em direção à porta e vi Soohyun, já vestida para a escola, nos encarando sorrindo.

Faltava para a pequena colocar os sapatinhos pretos, então ela veio correndo em nossa direção. Pulou na cama, nos fazendo rir. Abraçou Channy feliz da vida e eu encarei aquela cena emocionada. Peguei o celular de Chanyeol na escrivaninha e tirei a foto.

Soo fez um sinal para que a gente chegasse mais perto para escutar o que tinha a dizer.

— Vocês vão me dar um irmãozinho?

Rimos com a inocência de Soo e antes de eu responder, Chanyeol tomou a frente:

— Sim querida. Vamos dar a você quantos irmãozinhos você quiser.

— Não é para tanto, eu ainda sou um ser humano. — Falei.

Rimos e nos deitamos na cama de Chanyeol.

^~^

Naquele dia, Soo faltou a aula, eu e Chanyeol também faltamos em nossos empregos. Ficamos o dia inteiro debaixo das cobertas, apenas curtindo uns aos outros e vendo filmes.

— Ei, Youngjin! Soohyun! Parem de correr, irão se machucar! — Berrei os seus nomes.

Eles me olharam apreensivos, parando no mesmo lugar de onde estavam.

— Relaxa Hyun! Podem correr crianças! — Chanyeol falou rindo.

Assim meus filhos continuaram a correria pela casa de minha mãe. Estavam todos reunidos para comemorar o aniversario de dez anos de Soohyun, meu outro filho, Youngjin, tinha apenas cinco anos. Após aquele dia incrível, eu me casei com Channy e tivemos um menino.

Sehun e Luhan também se casaram. Assim como Baekhyun, que estava noivo. E meu irmão estava enrolado com o Jongin, sempre soubemos que eles tinham outro tipo de conexão, mas assim como eu, eles eram burros de mais, antes perceberem isso. Eles estavam namorando a mais de cinco anos e ainda não casaram. Pegamos no seu pé por isso, mas Kyung não liga, nunca ligou. Ele sempre preferiu ir com calma.

 Conversando com eles eu pude saber o que realmente era o amor. Amor era família. Minha família. Eu, Channy, nossos filhos, Luhan e Sehun, Baek e sua noiva, Kyung e o Nini, nossos pais. As famílias Do, Park, Byun, Kim, Han e Oh. Todas unidas em um só lar. E era por isso que era tão bom conviver com eles, que apesar da nossa diferença, somos unidos e nos completamos. Isso é amor, se sentir completo por outro. Ou outros, em alguns casos. No meu caso.

Senti uma mão em meu ventre e eu me assustei. Olhei para baixo e lá estava a grande mão esquerda de Chanyeol, com a aliança que provava a nossa união em seu dedo anelar. Olhei para si e ele me encarava sorrindo.

— O que tanto te encuca, meu amor? Sabe que isso faz mal ao bebê.

— Eu não estou encucada, Channy. Estou feliz. — Falei sorrindo.

— Eu também estou feliz, Hyun. Muito feliz.

— Eu te amo, Chanyeol. — Falei seria.

— Eu também te amo, Seolhyun. — E selou nossos lábios.

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?” — Fernando Pessoa. 

The Fim


Notas Finais


(^~^) espero que tenham gostado!

Beijinhos, sz!


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