História What Makes You Smile? EM REVISÃO - My House

Estava dormindo muito bem, até que eu acordo com o barulho das chaves abrindo a porta.

‘Peraê. Volta um pouco. Quem ‘tá abrindo a porta se eu nunca dei a chave da minha para ninguém.

‘Tô desesperado.

Me levanto da cama rapidamente, acho que nunca levantei tão rápido assim. Usain Bolt teria inveja.

Vou até a sala rapidamente, na intenção de ver quem estava entrando em minha casa.

Mas afinal, o susto todo foi em vão. Pois assim que chego na sala, vejo que quem havia aberto a porta foi a minha avó.

-Bom dia, meu neto! -Ela diz e sorri, parece animada e feliz por ter me visto.

-Bom dia, ahjumma! -Eu digo um tanto aliviado- A senhora me deu um baita susto! Eu pensei que era um ladrão ou algo assim. Minha nossa, vó. Quase infartei. –Eu falo brincando com ela. Eu ajudo a mesma a carregar algumas sacolas que estavam em suas mãos.

-Ah, não exagere! -Ela fala em um tom brincalhão- Eu fui fazer compras em um mercado aqui perto, já que aqui em sua casa não tem algo decente para comer. Não é possível! Aqui só têm porcarias!

-Mas ahjumma! Porcarias são boas! Eu gosto!

-Que isso, menino? -Ela fala com uma pequena indignação, logo em seguida dando um tapa em minha cabeça- Isso faz mal ao coração! Enquanto eu estiver aqui, não quero ver você comendo essas porcarias. Estamos entendidos?

-Estamos ahjumma. -Falo massageando o local onde ela me bateu- Está doendo, ahjumma! Para uma senhora de idade, você está bem forte, ahjumma! -Eu falo brincando.

-Primeiramente, -Ela fala levantando um dedo- era pra doer mesmo. Segundamente, -Ela levanta outro dedo- quem é você para dizer que eu sou uma pessoa de idade, que ainda por cima é fraca? Olhe pra você, é um sedentário! -Ela fala em um tom brincalhão.

-Nossa, cuidado com a simpática. Sabe nem brincar. -Falo fingindo uma falsa indignação.

-‘Tá bom, ‘tá bom. Agora, vá se ajeitar e depois venha me ajudar com a comida. Vamos, vamos, circulando!

-‘Tá bom!

Faço a minha higiene matinal não tão matinal assim e depois vou ajudar a minha ahjumma. Quando chego à cozinha, sinto um cheiro gostoso invadir as minhas narinas.

-Que cheiro bom, ahjumma! -Eu falo- O que está cozinhando?

-Estou cozinhando Bibimbap! -Ela fala animada- Agora, venha cortar os legumes e os cogumelos! Vamos!

Então vou ajudá-la. Pego uma faca e uma tábua e começo a cortar os legumes e cogumelos. Enquanto isso, ahjumma vai cozinhando o arroz e os ovos. Depois que termino de cortar tudo, eu adiciono os legumes e os cogumelos nas cumbucas de pedra, que já continha o arroz e os ovos. Depois de alguns minutos, fica pronto.

Vamos até a mesa comer. Misturamos a comida e nos pusemos a comer.

Tenho que admitir que estava muito bom.

-Bom, agora que terminamos de comer, você lava a louça. -Ahjumma fala com um sorriso no rosto.

-Como assim? -Eu falo indignado- Por que eu?

-Porque eu já comprei o material e fiz a comida. -Ela fala.

-Mas eu te ajudei a senhora a cozinhar!

-Mas eu sou a senhora de idade, lembra?

-A senhora é uma pessoa chantagista e aproveitadora. -Eu falo indignado, tirando as coisas da mesa, enquanto deixo uma senhora Min risonha pra trás.

 

...

 

Depois de certo tempo, vou para o meu quarto. Minha avó pode estar aqui, mas eu ainda gosto de ficar fazendo nada.

Estava tudo tão silencioso, até que barulho da campainha alcança os meus ouvidos.

PUTA QUE PARIU, SERÁ QUE EU NÃO TENHO SOSSEGO? QUE MERDA.

Quando vou atender a porta, vejo que minha avó já tinha aberto a mesma. Ela havia aberto a porta para uma pessoa que eu não queria que ela conhecesse por agora.

Isso mesmo, crianças. Park Jimin estava na porta.

Depois disso eu acho que posso me esconder pelo resto da vida.

Eu estava voltando para o meu quarto de fininho, quando ouço alguém me chamar.

-Yoongi-hyung! -Fala Jimin, dá para ouvir a animação em sua voz- Você não vai falar comigo?

Fazer o quê, né? Tive que dar meia volta para falar com ele.

-Oi Jimin. Tudo bem com você? Tchau. -Eu falo virando as costas e saindo.

-YOONGI! Volte aqui agora e fale direito com ele e peça desculpas! -Minha avó fala indignada.

-‘Tá bom. -Eu falo voltando e indo até Jimin- Oi Jimin, tudo bem? Desculpe-me por ter tratado você assim. Perdoe-me mesmo. -Falo em um falso arrependimento.

-Você deve ser a avó do Yoongi, senhora Min, certo? -Ele fala com a minha avó, me ignorando totalmente.

Ah, Park Jimin, você me paga.

-Ah sim! Eu sou a avó dele sim! Entre por favor! -Ele fala, dando espaço para ele entrar.

Tudo o que eu quero fazer é me esconder.

-Sim, -Ahjumma fala- você é o famoso Park Jimin?

Agora sim, eu posso morrer.

-Famoso? -Jimin fala olhando para mim sorrindo.

-Sim, famoso! -Minha avó fala sorrindo também.

-Quer dizer que ele falou de mim para você? -Ele fala para minha ahjumma, querendo rir.

-Sim, ele me falou bastante de você!

Vovó se prepare, porque haverá vingança.

Jimin ri do que ela fala.

-‘Okay... Senhora Min, hoje eu e Yoongi vamos sair hoje, se a senhora permitir. Então...?

-Desde quando eu preciso de permissão para sair? -Eu pronuncio pela primeira vez naquela conversa- Eu sou maior de idade!

-Um maior de idade que não tem comida decente em casa. -Minha avó fala e Jimin ri outra vez- E sim Jimin, ele pode sair com você.

-Obrigado! -Ele diz, parecendo alegre.

-Agora vá, Yoongi! -Ela fala olhando para mim-

-‘Tá bom. -Falo seguindo Jimin, que estava indo até a porta.

-SE DIVIRTA COM O SEU NAMORADINHO, DOCINHO! -Ela grita para tanto eu quanto Jimin ouvirmos.

-ELE NÃO É MEU NAMORADO! E EU NÃO SOU UM DOCINHO! -Eu grito de volta para ela ouvir e em seguida fecho a porta.

Eu sinto uma queimação em minhas bochechas.

Eu estou corado.

Não pode ser.

-Sua ahjumma é um amorzinho, Yoongi! -Jimin fala sorrindo.

Caralho Jimin. Não sorria pra mim.

-Vamos de moto? -Eu falo mudando completamente de assunto.

-A            h! Vamos sim! Venha! -Ele fala me dando um capacete.

Pego o capacete de sua mão e subo na moto, depois que o mesmo sobe. Antes que eu pudesse me segurar, ele dá a partida, me obrigando a me segurar em sua cintura para eu não cair. Minhas bochechas queimam novamente.

Quando estou na moto do Jimin, me disperso um pouco. Me lembro das vezes em que meu irmão me levava para passear em sua moto. Íamos para parques, jardins e lugares silenciosos. O seu sorriso sempre estava lá, fosse a situação triste ou feliz, ele sempre estava sorrindo. Acho que ele fazia isso para me transmitir força. Para me dizer que tudo iria ficar bem.

Estou tão perdido em meus devaneios que nem percebo que a moto parou e Jimin já estava descendo. Paro de pensar e desço da moto também.

Só agora que vou prestar atenção onde nós estamos. Estamos na frente a uma casa bonita e simples. Ela é branca e preta por fora. Era realmente bem bonita.

Vejo que Jimin está em frente a porta, ele tem chave em mãos e parece estar procurando uma específica.

‘Peraê. Essa é a casa dele?

A porta é destrancada pela chave que Jimin estava segurando.

É, essa é a casa dele.

Por dentro, casa é ainda mais bonita. Móveis simples ocupam o lugar, nada muito exagerado. Cores neutras predominavam o local. Alguns acessórios, como porta retratos, tinham cores vivas, como azul, ou cores mais apagadas, como bege.

Tenho que admitir, ele tem bom gosto.

-É Jimin... -Eu falo- Sua casa é bem bonita. Você realmente tem bom gosto.

-Ah! -Ele exclama, cora e olha pro chão, envergonhado- Obrigado pelo elogio! -Ele termina de falar e sorri.

Caralho Jimin. Não sorria para mim.²

-Então... -Eu falo- O que viemos fazer em sua casa?

-Ah! Eu realmente sou muito distraído. -Ele fala passando as mãos no cabelo- Eu te trouxe para assistir um filme. -Ele termina de falar casualmente, como se fizéssemos isso toda semana.

-Um filme? -Eu pergunto um tanto quanto surpreso.

-Sim, um filme. Quer escolher o filme que assistiremos? -Ele pergunta.

-Tanto faz pra mim. -Eu respondo um tanto desinteressado.

-Se quiser escolher, tem alguns filmes na mesa de centro da sala. É só ir lá e escolher. Enquanto isso, eu vou fazer pipoca. -Ele fala e se retira, indo para a cozinha, provavelmente.

Eu olho para a mesa de centro e em cima da mesma havia alguns filmes. Sento no sofá e pego os DVD’s para analisá-los.

Tinha desde “High School Musical” até “Guardiões da Galáxia”. Até “A Bela Adormecida” tinha.

‘Tá aí uma princesa que combina comigo. Ela dormiu por cem anos, a sortuda. Pena que não posso dormir esse tempo todo.

No final de tudo, eu escolho “Carrie, a Estranha”, a versão de 1976, é claro. Já que a de 2013 é péssima. Eu realmente gosto muito desse filme, o conceito dele é ótimo. Li o livro faz um tempo, é realmente muito bom.

Quando escolho o filme, Jimin volta com a pipoca. Ele também traz refrigerantes. Eu o ajudo a colocar tudo na mesa de centro.

-Então, Yoongi... -Ele fala- Que filme você escolheu?

-Eu escolhi “Carrie, a Estranha”. -Eu falo casualmente.

-C-Carrie, a E-Estranha? -Ele fala parecendo apreensivo.

-Sim, Carrie, a Estranha. Algum problema? -Eu falo olhando para ele.

-Ahn? Não, não tem problema algum. Não há problema nenhum -Ele fala desviando o olhar do meu.

‘Tá bom, né? Se ele diz...

Ele se levanta e coloca o filme. Eu realmente gosto muito desse filme e estou ansioso para assisti-lo novamente.

Assim que Jimin coloca o filme, o mesmo pega a pipoca da mesa de centro e senta ao meu lado, no sofá. Ele começa a comer a pipoca de um jeito estranho, como se estivesse com medo de algo.

Resolvo ignorar.

Estamos assistindo o filme já faz um certo tempo, a pipoca já acabou e os refrigerantes estão na metade. Chega em uma das minhas partes favoritas do filme: O banho de sangue que Carrie toma no baile do colégio. Estou assistindo, prestando atenção em cada cena do filme, concentrado. Mas me desconcentro um pouco quando Jimin começa a tremer um pouco no meu lado. Ele está com medo?

-Hey, Jimin... -Eu o chamo, fazendo o mesmo se assustar um pouco, já que o mesmo estava concentrado no filme.

-Ah, o q-que foi, Yoongi? -Ele fala gaguejando, dava para ver que estava com medo do filme, ele tinha uma expressão de susto.

-Você está com medo do filme, Jimin? -Eu falo em um tom calmo.

-E-Eu? Não, n-não estou com medo do f-filme. -Ele fala, engolindo em seco.

-Tem certeza?

-‘Uhum.

-Certeza absoluta?

-Sim, tenho certeza absoluta. Agora vamos assistir o resto do filme? -Ele fala mudando completamente o assunto inicial.

-‘Tá bom...

A cena que passa na TV agora, é a parte em que Carrie, com raiva das pessoas que lhe fizeram mal, das pessoas que ela jurou vingança, começa a matar as mesmas, sem dó, nem piedade. Eles não tiveram piedade com ela, agora ela está revidando na mesma moeda, se vingando.

Ao meu lado, Jimin se encolhe e se contorce no sofá, com medo das cenas que passam na televisão. A cada pessoa morta pela Carrie, mais ele se encolhe, parece uma bolinha.

Mas... E agora? O que eu faço? Eu não sei consolar pessoas tristes, muito menos pessoas com medo. O que eu vou fazer?

Pense Yoongi, pense. O que faziam quando você tinha medo de algo?

Ah! Elas me abraçavam e faziam carinho em meus cabelos.

Ah, mas nem a pau eu vou fazer isso. Não vou mesmo.

Mas se eu não fizer, seria muito indelicado da minha parte? Ou seria ruim se eu fizesse isso?

Quer saber? Não se vive a vida sem se arriscar.

Lentamente vou rodeando Jimin com um dos meus braços, assim dando nele um abraço de lado. Surpreendentemente, ele se aconchega no meu braço e parece estar melhor agora. Sem perceber, começo a fazer carinho em sua cabeça.

Jimin se afasta um pouco para pegar o refrigerante dele na mesa e depois volta a mesma posição em que estava antes, perto de meu corpo. A sua mão busca a minha, e ele a acha. Ele coloca a mesma em sua cabeça, para continuar fazendo carinho que eu estava fazendo. E eu continuo.

O filme está quase no fim. Agora é a parte em que o túmulo de Carrie treme. E quando essa parte chega, só pra variar, Jimin se assusta. Mas quando ele se assusta, ele acaba derramando o resto do seu refrigerante na minha camiseta. Eu me levanto rapidamente.

-Ai meu Deus! -Ele exclama, aparentemente aflito por ter derramado o refrigerante em mim- Me desculpa Yoongi-hyung, me desculpa mesmo!

-Não tem problema, não tem problema algum. -Eu falo calmamente.

Por que eu falei isso? Por que eu falei que está tudo bem? É uma das minhas camisetas favoritas! E está suja!

-Como é? Está tudo bem mesmo? -Ele fala confuso e surpreso ao mesmo tempo. Ele está confuso com a minha reação.

-Sim, está tudo bem. -Eu repito.

O que caralhos tem de errado comigo? Esse não sou eu.

-Meu Deus... -Ele fala passando a mão na testa- O meu quarto é a segunda porta a esquerda. Me espere lá que eu lhe darei uma roupa minha para vestir.

Sigo as suas instruções e vou até o seu quarto. Como eu esperava, o mesmo é bem simples como o resto da casa. As paredes eram um azul claro com detalhes em branco e novamente, tinha porta retratos por lá. Uma mulher ocupava um, ela era realmente bem semelhante à Jimin, acho que é a sua mãe...

Então os meus olhos batem em algo familiar, uma roupa que me é familiar. Claro! É o moletom que eu emprestei para o Jimin no dia que ele foi lá em casa, quando choveu. Ainda está aqui. Ele estava dobrado sobre uma cadeira.

Ouço batidas na porta, então Jimin entra. Ele carregava em seu braço um suéter bonito. Era azul claro com detalhes em preto. Bonito.

Acho que ele percebeu que o meu olhar estava sobre o meu moletom.

-Ahn... -Ele começa- No dia em que você me emprestou o seu moletom, eu tratei de lavá-lo logo, para devolvê-lo o mais rápido possível, mas eu não consegui. Me desculpe. -Ele fala olhando para os próprios pés, envergonhado.

-Não faz mal. -Eu falo- Pode ficar com ele.

POR QUE CARALHOS EU FALEI ISSO PRA ELE?

-Sério? -Ele fala levantando a cabeça, olhando para mim. Seu rosto se ilumina um pouco.

-Sim, pode ficar com ele. -Eu falo.

-Ah, obrigado! -Ele fala sorrindo em minha direção. Quando ele sorri, seus olhos se fecham, fazendo com que isso seja uma cena adorável de se ver.

Eu já perdi as contas de quantas vezes eu desejei para que ele parasse de sorrir para mim.

-Então, -Ele fala, parecendo feliz agora- você pode ficar com o meu suéter também. Assim ficamos quites!

-Não precis... -Eu ia falar, mas fui interrompido.

-Precisa sim. Agora, se troque que eu vou lá na sala colocar as coisas na pia. -Ele fala e sai do quarto.

‘Tá bom, né?

Me troco e vou até a sala. Quando chego lá, Jimin está me esperando perto da porta, para o mesmo me levar em casa.

Jimin abre a porta e fecha a mesma em seguida. Vamos até a moto, colocamos o capacete e subimos na mesma. Ele dá a partida e eu me permito em me segurar em sua cintura.

O tempo passa bem rápido e nós já estamos em frente de minha casa. Jimin desce e eu também.

-Tchau Yoongi-hyung! -Ele fala e vira de costas para ir embora.

-Hey Jimin! Espere um pouco! -Eu o chamo de volta- Por que você comprou um filme de terror, se você tem medo deles? -Eu perguntei.

-Ah, é porque el... Porque eu achei que você fosse gostar. -Ele iria falar outra coisa, mas ele se interrompe e fala outra coisa.

-Tem certeza disso?

-De novo com esse negócio de certeza? Eu tenho certeza absoluta do que eu disse! -Ele fala.

-‘Tá bom então... Até logo, Jimin.

-Até logo, Yoongi docinho! -Ele fala em um tom brincalhão indo em direção a sua moto.

-EU JÁ DISSE QUE EU NÃO SOU DOCINHO CARALHO. EU TENHO CARA DE DOCINHO PRA VOCÊ? -Eu grito.

-No seu jeito de agir não, mas você parece um doce mesmo. -Ele fala colocando o capacete e subindo na sua moto, se preparando para ir embora.

Eu sinto as minhas bochechas queimarem novamente. E olho para baixo.

O QUE TEM DE ERRADO COMIGO?

Jimin ri nasalado.

-Até qualquer dia, Yoongi! Te vejo em breve! -Ele fala com a voz abafada pelo capacete.

Então ele parte. Agora ele é só um borrão, que está indo para longe daqui, mas que depois verei novamente.

Dramático, não?

-Tchau... -Eu suspiro- Te vejo em breve também, Jimin.

Parece que o mundo dá voltas né? Tive que tocar a campainha que eu tanto odeio para entrar na minha própria casa. Isso só porque eu tenho uma memória de merda, saí e deixei a chave em casa.

Minha avó atende a porta.

-Yoongi, meu neto! -Ela fala e me abraça- Que bom que voltou, gosto muito da sua companhia! -Ela dá espaço para eu entrar.

-Eu também senti a sua falta, ahjumma! -Eu falo e entro.

Quando eu entro, escuto vovó fechar a porta e ouço ela falar também.

-Sim Yoongi... -Ela fala. Quando ela começa a frase assim eu já sei que vem merda- Como foi o dia com o seu namoradinho?

Não falei? Só merda.

-Ele não é meu “namoradinho”, ahjumma. Somos só... Amigos, acho eu. -Eu falo um pouco confuso- Nós assistimos a um filme, ele derramou refrigerante em mim e me deu esse suéter.

-Parece que foi um dia bom! Está com fome? -Ela me pergunta, aparentemente feliz por saber que eu tive “dia bom”.

-Não vó. Eu não estou com fome, comi na casa do Jimin. Agora eu vou dormir, okay? -Eu falo para ela.

-Tudo bem, meu filho! Descanse! Eu vou comer e depois eu vou ir dormir. Durma bem, meu neto!

-Obrigado ahjumma, durma bem também.

-Obrigada, meu filho.

Então eu vou para o meu quarto dormir. Só tiro os meus sapatos e meias e me jogo na cama. Todas as coisas que aconteceram hoje passam pela a minha nesse momento. Hoje foi bom.

O cheiro da roupa que Jimin me deu é bom. Tem cheiro gostoso de lavanda, bem leve.

Depois de tudo, depois de tanto pensar, acabo dormindo. Dormindo abraçando o meu próprio corpo, absorvendo o calor que o suéter me traz.