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História What You Gonna Do? - Instinto


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


OLÁ
Me desculpem ;-; o capítulo atrasou por alguns motivos, e um deles se chama bloqueio criativo :')
Ao mesmo tempo que tenho uma idéia do que fazer com a fic, também tenho dúvidas saushauhs
Mas, está ai. Começou...
Boa leitura ~

Capítulo 13 - Instinto


- Se não abrir agora, eu volto para casa! – Lin exclamou antes mesmo que eu pudesse abrir a porta. Só por isso, decidi deixa-la esperando por mais um minuto. Quando ela tocara a campainha pela primeira vez, eu estava ocupada ajeitando o aparelho de DVD na televisão. Eu não havia demorado quase nada, mas Lin tocava a campainha diversas vezes seguidas em curtos intervalos de tempo, e eu não sabia ao certo se era para me provocar, ou ela só era um pouco impaciente mesmo. Quando estava marcando quase um minuto em meu relógio, ela tocou mais uma vez a campainha – É isso! Eu vou voltar!

- Se você for embora, não te empresto a blusa – respondi, rindo. Lin então ficou em silêncio, e eu sabia que ela estava pesando as consequências de sua birra.

- Droga – pude ouvir ela resmungar baixinho, mesmo através da porta – Certo, eu me rendo.

- Agora, sim – sorri e enfim abri a porta, onde Lin me esperava enquanto fazia um biquinho.

- Poxa, pelo menos deixa destrancado da próxima vez.

- Estava destrancado.

- QUE?

- Mas aparentemente você nem tentou abrir, não é?

Olhei para Lin, a analisando. Ela carregava um balde de pipoca que ela amava, mesmo este ainda estando vazio. Para ela, comer pipoca em qualquer recipiente além daquele, era como se ela não estivesse comendo pipoca. Além disso, ela também carregava um travesseiro que ela tinha que abraçar enquanto assistia filme, por uma razão que só ela entendia. Nenhum outro travesseiro servia além daquele. De repente percebi a quantidade de manias que minha amiga tinha, e comecei a rir. Ela realmente não havia tentado abrir, mas eu não a culpava. Com a quantidade de coisas que ela carregava, me surpreendia que ela ainda estava de pé. Além do balde de pipoca e do travesseiro, ela trazia algumas caixas com filmes para escolhermos, uma barra de chocolate branco, nosso favorito, e marshmallows.

- Você vai se mudar para cá e nem me avisou? – Perguntei, provocando-a.

- Como se você fosse achar muito ruim, se esse fosse o caso – ela revirou os olhos, mas também rindo.

- Ia sim. Meu armário ia ser revirado todos os dias.

- Isso me lembra... Separou a blusa? – ela sorria, com os olhos brilhando.

- Não, mas pode pegar. Você sabe melhor que eu onde as minhas roupas ficam.

Assim que disse isso, Lin subiu as escadas, enquanto eu ia atrás dela. Ao chegar lá, ela foi direto para a segunda gaveta, procurando a blusa no lado direito, onde eu costumava guardar. A garota me conhecia melhor que qualquer um. Em questão de segundos ela encontrou a blusa.

- Qual a ocasião, afinal? Você só me pede essa blusa em situações muito específicas.

- Vou sair com meu namorado.

- Ah... – comecei a dizer, mas parei quase que no mesmo instante - Espera. O que?

- Você também está namorando, então não finja que está surpresa – ela fez um biquinho, que era quase sua marca registrada.

- Eu não estou namorando – comecei a dizer, baixinho, mas ela me cortou.

- Me poupe. Vocês dois estão claramente namorando.

- Não, não estamos.

- Certo – Lin colocou a blusa em cima da cama e cruzou os braços – Com quem você esteve no dia dos namorados?

- Isso não sign... – Ela, obviamente, me interrompeu.

- Responda – Lin insistiu, esperando apenas a resposta que ela queria.

- Jackson – disse, suspirando. Afinal, ela já sabia, de qualquer forma.

- Com quem você estava conversando outra noite, quando eu te mandei mensagem e você demorou alguns minutos para responder, mesmo estando online?

- Jackson...

- Quem te ajudou na festa, te abraçando e te chamando de amor?

- Ele só... – comecei, mas Lin apenas me olhou com seu típico olhar de “fale logo” – Jackson...

- Quem te beijou esses dias?

- Jackson...

- Jura? – Lin bateu palmas e começou a sorrir mais que o normal. De repente eu lembrei que ela não fazia idéia de que Jackson havia me beijado. Fora só um palpite  - Quando? Onde? Porque você não me contou?

- Eu não contei porque sabia que você ia ficar assim – suspirei, rindo soprado.

- Mas a graça é essa!

- No festival Qi Xi... – dei de ombros, tentando amenizar a situação.

- No dia dos namorados? Ele te beijou pela primeira vez no dia dos namorados? – seus olhos brilhavam, enquanto ela exclamava “awwn”s pelos cantos.

- Sim – eu sorri também, automaticamente – No fim do festival, quando estávamos voltando para casa. Ele me deu isso também – apontei o urso de pelúcia.

- Droga, vocês são o casal mais bonitinho que eu já vi – Lin fingiu enxugar lágrimas de seu rosto, mesmo que não tivesse nenhuma.

Após um pequeno interrogatório, Lin finalmente se lembrou dos filmes que havia trazido, e descemos as escadas para enfim assisti-los. Decidimos o filme no uni-duni-tê, e logico que o filme mais macabro venceu. Uma família se mudara para uma casa que há anos estava abandonada, e um psicopata sinistro era, coincidentemente, o novo vizinho deles! Um clichê, mas que mesmo assim dava medo por conta das cenas bem feitas e efeitos especiais, fazendo com que eu e Lin pulássemos toda vez que qualquer coisa acontecia no filme.

Quando ela foi embora, eu a acompanhei até a porta. Lin saiu vitoriosa, satisfeita por levar com ela a blusa. Descobri também, enfim, quem era o namorado de Lin. Fiquei extremamente contente em saber que Lin saiu com mais um cara depois daquela festa, mas quando Jun a convidou para sair, ela aceitou de bom grado. Desde então, os dois têm ficado cada vez mais grudados. Lin supostamente queria guardar segredo, já que não tinha certeza se daria certo. Mesmo assim, eu sabia que ela devia estar morrendo de tanta vontade de contar para alguém. Quando ela contou pareceu ter tirado um peso de suas costas.

Vimos dois filmes e Lin enfim disse que iria para casa, e eu a acompanhei até a porta. Minha rua não era muito movimentada, então não foi difícil notar a presença de uma pessoa na rua, caminhando. Era um cara, e ele caminhava com as mãos no bolso e um boné em sua cabeça. Como simplesmente não tinha nada a ver com ele, nem sequer reparei muito nele, me despedindo de Lin.

Naquela semana Lin veio mais duas vezes. Uma para me devolver a blusa, e obviamente para contar sobre seu encontro. Pelo que ela falava Jun era extremamente fofo com ela, e de acordo com a mesma, ele tinha uma boa pegada, sendo essas suas próprias palavras. Na outra vez, ela veio apenas para conversar um pouco, já que estava entediada. Como sempre, quando ela ia embora, eu sempre a acompanhava até a porta e novamente reparei em um cara andando na rua, também de boné. Arriscaria dizer que era a mesma pessoa nas três vezes. Mesmo que a rua fosse um lugar público, eu não gostava da idéia de ter alguém andando por aqui sempre, mais ou menos no mesmo horário. Da primeira vez Lin havia vindo e ido embora durante a tarde, já que era sábado. Nas outras ela havia vindo de noite e saído pela manhã, já que eu tinha que ir para o trabalho. Ele havia passado durante a noite, quando Lin estava entrando. Desde então, pela janela, comecei a reparar: durante a noite ele começava a passar. Era um comportamento estranho, e meu instinto me dizia para ter cuidado, mas eu não podia simplesmente julgar alguém dessa forma. Ele podia ser um novo morador da vizinhança ou algo do tipo, então resolvi simplesmente esquecer isso.

Quando eu via algo desse tipo, sempre me preocupava. No entanto com certeza era apenas coisa da minha imaginação. Uma tarde de filmes com Lin provavelmente não me fizera tão bem assim, já que vimos um filme de terror. Eu me sentiria extremamente mal se algo acontecesse e ele fosse o culpado, já que pude pressentir o perigo e não fiz absolutamente nada. Mas ele não faria nada à ninguém, não é? Resolvi deixar isso para lá, tentando ser menos paranoica. Talvez eu estivesse passando tempo demais vendo filme e escutando histórias do trabalho de minha mãe, afinal.


Notas Finais


Espero que estejam gostando :3
Até o próximo capítulo ~

p.s: quem pensar em "pude pressentir o perigo e o caos" no final, tmj.


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