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História What You Gonna Do? - Sobrinha


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


OI GENTE
Primeiramente, me desculpem ;-; eu sei que atrasei os capítulos, mas muitas coisas aconteceram e eu não tive exatamente cabeça para escrever :c
Mas agora escrevi e adiantei um capítulo ou dois, então estou de volta :3
Me desculpem novamente pelo atraso ;-;
Bem, estou de volta <3
Boa leitura ~

Capítulo 14 - Sobrinha


- Você realmente se esforça em seu trabalho - Hong disse, sorrindo satisfeito, enquanto eu me esticava na ponta dos pés para tentar colocar um pote em uma prateleira que era um pouco mais alta. Para a minha sorte, o pote era de plástico, ou eu nunca arriscaria. Não era tão alta assim, e talvez uma escada ajudasse, mas eu já estava tão perto...

Enfim consegui e voltei ao normal, satisfeita por ter conseguido, e então me virei para Hong, para responder o comentário que ele havia feito há pouco tempo:

- Eu gosto de trabalhar aqui. No começo eu achei que não, mas aqui é realmente legal - disse, sendo totalmente sincera. No início eu de fato pensei que seria um tédio, assim como Lin provavelmente achava que era. De qualquer forma, eu tinha que agradecer à minha amiga por ter me indicado o lugar perfeito para trabalhar. Além do mais, eu tinha um bônus: Jackson vinha aqui cada vez mais vezes, o que servia de desculpa para que eu falasse com ele, também. Era realmente o emprego ideal para mim nesse momento. Como se pudesse ler meus pensamentos, Hong de repente pareceu querer puxar assunto, já que a loja estava vazia, como sempre ficava mais ou menos nesse horário.

- Porque você quis vir trabalhar aqui, mesmo?

- Ah... Eu queria ajudar minha mãe em casa.

- Ah sim, lembrei agora - ele parecia distraído organizando alguma coisa no balcão, mas lançou um olhar para mim, parecendo descrente - Só por isso, mesmo?

- Sim - hesitei um pouco, mas então procurei ser o mais natural possível. Claro que atualmente eu queria manter o emprego por um motivo a mais... Mas originalmente realmente era por precisar de um emprego.

- Eu estava sem placa pedindo funcionários, e você só veio aqui uma vez antes de começar a trabalhar aqui. Sim, eu lembro dos meus clientes - ele disse, sorrindo, quando eu provavelmente fiz uma expressão de confusão - Aquele garoto que disse para você trabalhar aqui?

- Não, não - eu ri - Não tem absolutamente nada a ver com ele.

- Hum... - ele murmurou - De qualquer forma, porque no Empório Natural?

- Sinceramente? - suspirei. Ele iria insistir naquilo pelo resto do dia, provavelmente, então não fazia mais sentido "esconder" - Eu procurei emprego em outros lugares, também, mas nenhum lugar precisava de um novo funcionário.

- E o Empório Natural foi uma escolha porque...?

- Uma amiga disse que você estava precisando de ajuda na loja. Eu precisava de emprego, você precisava de uma nova funcionária - fiz um gesto, como se colocasse os motivos em uma balança - Achei que seria bom vir aqui tentar.

- Amiga? - ele pareceu interessado - Ela trabalhou aqui?

- Ahm... sim - sorri. Eu sabia que ele não gostara muito dos funcionários anteriores, então não sabia se era uma boa idéia mencionar o nome de Lin.

- Quem? - ele olha para mim, esperando uma resposta. Dessa vez dou um suspiro leve e enfim digo:

- Lin. Ela é minha amiga há muito tempo, e disse que eu me daria bem nesse emprego...

- Lin? - ele não desviou o olhar do balcão, mas de repente começou a sorrir - A garota é boa.

- Boa? - indaguei, confusa. Até onde me lembrava, a própria Lin havia admitido que não era uma boa funcionária.

- É - ele riu, e dessa vez olhou para mim - Ela me disse que arranjaria alguém bom para trabalhar aqui. Ela colocou a própria amiga. É bom saber que Lin tem uma amiga tão boa assim.

- É, acho que sim... - dei continuidade ao seu pensamento, mas agora extremamente confusa. O que ele tinha a ver com as amizades de sua ex-funcionária, afinal?

- Ah, não pense que sou estranho - ele riu - Desculpe. Lin é minha sobrinha, então eu me preocupo naturalmente com ela. Mas é bom saber que ela tem boas amizades.

- Lin é sua sobrinha? - Parei para pensar, e eles realmente tinham algumas semelhanças. Não que eu fosse descobrir sozinha que eles eram parentes, mas parando para pensar eles realmente tinham algumas coisas em comum - Porque ela foi demitida, então?

- Para começar, ela veio trabalhar porque minha irmã pediu que desse um emprego para Lin, para que ela criasse responsabilidade - revirei os olhos mentalmente. Já havia ouvido esse discurso antes - Mas apesar de amar minha sobrinha, ela não era uma funcionária exatamente eficiente - ele deu risada, e eu o segui - Então conversei com ela, e ela entendeu. Acho que ela não gostava tanto assim de trabalhar aqui, também.

- Não acho que seja isso, mas Lin é... - parei a frase, procurando a palavra certa.

- Sim, eu sei - ele concordou, mesmo antes de eu completar. Lin não era alguém que era exatamente "definível" - Fico feliz de conhecer uma amiga dela. Você é a famosa amiga para quem ela vivia ligando para pedir roupas emprestadas?

- Bem, sim - eu dei risada, achando graça em minha "fama" - Sou eu mesma.

No final do dia, sai do Empório Natural e ao invés de ir para a academia como sempre, fui ao mercado, já que minha mãe havia enviado uma mensagem pedindo para que eu comprasse algumas coisas. Não era muita coisa, ou ela nunca me mandaria sozinha, mas por ser pouca coisa eu conseguiria carregar tranquilamente. Arroz, molho, alface, tomate. Tornando isso quase um mantra, repetindo pelo caminho inteiro para não correr risco de esquecer, me distrai o suficiente pelo caminho. Até mesmo na volta, depois que já havia comprado tudo sem me esquecer, vim repetindo isso novamente, dando vários ritmos diferentes à isso.

A única coisa que me distrai dessa pequena melodia pelo caminho de volta é um barulho diferente que ouço, como algo batendo contra alguma outra coisa. Dando uma olhada rápida, percebo que uma pessoa há alguns metros de distância de mim que bateu no lixo, provocando um barulho baixo, mas ainda assim diferente. Alguém mais atrapalhado que eu existia, quem diria, não é? Já que eu estava acostumada com esse caminho, não batia mais contra o lixo. Ignorando isso, continuei a andar. O mercado ficava a uma distância razoável de minha casa, mas agora já estava relativamente perto. Só mais algumas quadras e eu estaria lá.

Depois de passar por mais umas duas quadras, olhei de relance para trás novamente, e a mesma pessoa ainda andava na mesma direção que a minha, mas do lado oposto da rua, o que me tranquilizou um pouco. Se essa pessoa estivesse atrás de mim, provavelmente não estaria do outro lado da rua, não é? Logo, continuei andando, embora tenha apressado um pouco os passos. Quando aumentei um pouco minha velocidade, a pessoa veio para o lado da rua em que eu estava novamente. Mais duas quadras até minha casa, só duas quadras. Olhei novamente. Pela estatura e tudo o mais, parecia ser um cara, que usava boné e uma jaqueta larga. Ele não havia feito nada comigo até agora, então não faria nada, certo?

Finalmente cheguei em casa e entrei o mais rápido que pude, trancando a porta e respirando fundo. Fui até a janela olhar, e observei que ele foi na mesma direção que havia ido nos outros dias. Sim, agora eu tinha certeza de que era a mesma pessoa que andava por ali todos os dias, e que havia me seguido ainda agora. Ainda assim, eu não tinha provas. A rua é um lugar público, então as pessoas podem ir e vir como bem quiserem. De qualquer forma, algo me dizia para ficar esperta com relação aquela pessoa. Se ele planejava algo, eu é que não facilitaria isso.

Guardo os poucos itens que comprei no armário e vou tomar um quente e relaxante banho. Em instantes, sinto meu corpo relaxar completamente debaixo da água quente, e então percebo o quão tensa eu estava. Assim que saio do banho, coloco a roupa mais confortável que encontro em minha gaveta: uma calça de moletom e uma blusa de manga longa com uma estampa engraçada. Eu havia ganho esse pijama de aniversário de minha mãe, então era minha roupa favorita, além de ser extremamente confortável e quentinha. Peguei o celular e enviei uma mensagem para ela.

(Eu): Fiz as compras, mãe. Está com fome?

(Mãe): Talvez eu demore, filha, desculpe. Vou comer algo na rua hoje.

(Eu): Tudo bem. Me mande mensagem se precisar de algo, certo?

(Mãe): Tudo bem, eu te amo.

(Eu): Também te amo <3

Apesar de não estar sempre presente em casa, ela fazia de tudo para permanecer presente em minha vida. Mandava mensagens a toda hora, e fazia o possível para responder minhas mensagens rápido também. Quando estava em casa, conversava comigo e fazia a comida de uma forma que só ela sabia fazer. Por isso, eu não ficava triste por ficar sozinha em casa na maior parte do tempo. Ela tinha até mesmo tempo de brigar comigo e me obrigar a arranjar um emprego, certo? Sorri pensando nisso. Ela conseguia fazer algo assim até mesmo sem passar tanto tempo assim comigo. Ela era realmente incrível, a seu modo.


Notas Finais


Espero que gostem :3
Até o próximo capítulo ~

p.s: vão ler essa fanfic maravilhosa, obrigada, de nada:
https://spiritfanfics.com/historia/flower-road-9837226


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