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História What You Gonna Do? - Confissão


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


Em primeiro lugar: mil desculpas!
Eu sei que sumi... Peço perdão por isso ;-;
Mas, estou de volta (mais ou menos, mas espero poder postar durante esses dias shausha)
Então, boa leitura ~

Capítulo 19 - Confissão


- Lin, você nem sequer gosta de comer comida orgânica – Hong suspirou – Porque está aqui mesmo?

- Eu? Claro que gosto, olha isso – ela ergueu um pacote de milho para pipoca orgânica – Eu sou uma pessoa saudável, é claro.

- Você está aqui há meia hora. Se vai ficar aqui para conversar com sua amiga, pelo menos seja sincera comigo...

- Eu nem estou conversando com ela – Lin fez um biquinho – Ela está logo ali, não está vendo?

- Pelo menos sussurre mais baixo, então – ele suspirou novamente, provavelmente desistindo da própria sobrinha.

Desde que Lin havia esclarecido a história sobre Hong ser seu tio, ela vinha aqui de vez em quando para conversar comigo e, supostamente, comprar alguma coisa. Sinceramente a única coisa que ela tinha comprado nessas semanas todas era um chá. Mas Hong, apesar de dar bronca nela de vez em quando, não parecia ficar realmente bravo com a presença de sua sobrinha na loja, achando graça.

- Fale com sua mãe para ver se ela não está precisando de uma ajudante – Hong disse para mim – Lin tem mais argumentos que razão, mas talvez seja útil.

- Não, muito obrigada – Lin disse, dando risada – Se o trabalho dela não fosse tão cansativo, até ia pensar em poder brigar com pessoas o dia inteiro, mas por enquanto eu passo.

Após algum tempo, Lin se distraiu no celular, rindo sozinha no canto.

- Ahm... Você bebeu mais alguma coisa junto com o chá que levou outro dia? – eu disse, fingindo estar preocupada.

- Oi? – Ela indagou, confusa.

- Está rindo sozinha no canto de uma loja de produtos orgânicos enquanto encara um aparelho eletrônico. Está realmente bem?

- Ah, desculpe – ela riu – Jun estava me mandando uma mensagem. Vamos sair.

- Quando?

- Agora! – ela exclamou, parecendo animada.

Alguns minutos depois que Lin disse isso, Jun apareceu na loja, e me cumprimentou.

- Ah, eu lembro de você, da festa – ele sorriu, simpático – Tudo bem?

- Tudo sim – eu sorri de volta – E você?

- Tudo certo – ele segurou a mão de Lin - Posso roubar sua amiga um pouco?

- Por favor, vai querer que eu embrulhe ela para presente?

Nós três rimos e Jun também cumprimentou Hong, que o cumprimentou de volta, sorrindo, e então Jun e Lin saíram animados da loja.

- Lin está namorando, é? – Hong comentou – Ela nem me contou nada.

- Bom, ela também não me contou que você era tio dela. Provavelmente não deveríamos ficar muito tristes.

- Tem razão – ele riu, e depois comentou – Eu ia fechar mais cedo hoje, mas lembrando do que aconteceu outro dia, eu achei melhor manter você aqui mais algum tempo.

- Obrigada, Hong – sorri. A verdade era que eu também tinha medo de sair mais cedo da loja e novamente acontecer algo daquele tipo.

Desde então, Kang parecia ter simplesmente sumido. Nada de me seguir, nada de aparecer perto da loja, da academia ou até mesmo da minha casa. Eu estava feliz e aliviada com isso, passando até mesmo a relaxar um pouco. Se eu tivesse sorte, ele provavelmente ia desistir. Não achava que ele fosse um criminoso ou algo do tipo, mas talvez ainda estivesse chateado pela festa. Se era realmente isso, ele era mais doente do que aparentava ser.

No final do meu expediente, Hong então me liberou e eu comecei a andar diretamente para casa, já que parecia não ter nenhum problema. Exceto por um. Assim que comecei a andar a chuva começou a cair, mas eu não queria parar novamente. Meu celular vibrou, mas o ignorei e continuei a andar, mesmo debaixo de chuva, eu não me importava mais, ainda lembrando do que aconteceu da última vez em que parei para conferir meu celular. Andava a passos largos, quando ouvi uma risada baixa e olhei para trás.

- Desgraçado – xinguei baixo, agora andando cada vez mais rápido, quase correndo, enquanto Kang parecia se divertir ao me perseguir na mesma velocidade em que eu andava, ou melhor, corria, porque agora já havia desistido de continuar a simplesmente andar rápido.

- Não fuja... Eu estou com você – Kang ria, me provocando, coisa que eu ignorava, apavorada.

Depois de umas duas quadras, a chuva apertou, enquanto Kang estava quase me alcançando. De repente um carro piscou o farol e eu olhei para quem estava lá dentro. Corri até o carro, que agora estava parado, com minha mãe me esperando. Entrei o mais rápido que pude e fechei a porta.

- Mãe, rápido, por favor – eu pedi, e minha mãe não pensou duas vezes antes de pisar no acelerador.

- O que aconteceu? – Ela perguntou, me olhando de cima à baixo – Está ensopada! Por isso disse para esperar na loja. Você não viu minha mensagem?

- Não – admiti – Eu não podia ver... Desculpe – eu arfava, e então minha mãe pareceu preocupada. Olhei mais de uma vez para o retrovisor, coisa que parecia estar incomodando ela agora.

- Porque estava correndo, afinal? Na chuva?

- Te conto em casa. Agora, só quero chegar logo.

Quando finalmente chegamos em casa, sentei na cadeira da sala de jantar, enquanto minha mãe trazia uma toalha e começava a enxugar meu cabelo.

- Vou secar um pouco só para não ir pingando até o banheiro, mas vá direto tomar um banho, certo?

- Sim.

- Você está se sentindo bem?

- Sim.

- Não, não está – ela decidiu, puxando uma cadeira e sentando em minha frente – O que aconteceu?

Respirei fundo enquanto a encarava, em silêncio. Eu não queria preocupa-la, mas estava ficando cada vez mais assustada, e não fazia mais sentido tentar esconder nada dela.

- Eu... Eu estou sendo perseguida, mãe.

Nesse momento ela continuou a me encarar em absoluto silêncio. Ela então respirou fundo, parecendo irritada.

- Por quem?

- Não sei se você viu... Um cara me perseguindo, antes de eu entrar no carro.

- Por isso você estava correndo? Estava correndo dele?

- Sim – admiti.

- Ele já te seguiu em algum outro momento?

- Já – baixei a cabeça enquanto dizia isso. Estava pronta para levar uma bronca sobre como eu deveria avisar ela de tudo o que acontece em minha vida, mas fui surpreendida por um abraço e um beijo na testa – Ele tentou me atacar, também. Mas eu não queria te preocupar. Eu... Eu achei que ele tinha desistido. Ele tinha simplesmente sumido – as lágrimas escorriam por minhas bochechas, e eu comecei a soluçar.

- Deve ser assustador. Eu estou aqui, filha – ela dizia, enquanto afagava minha cabeça – Nós vamos dar um jeito, ok?

Eu só respirei fundo em resposta, assustada. Não era justo. Por que ele havia simplesmente cismado comigo? Era doentio, e bizarro a forma como ele agia. Desde aquele dia da festa, ele tinha ficado tão bravo assim comigo?

Depois de algum tempo sentada, enfim me acalmei e tomei um longo e relaxante banho. A água quente caindo sobre meu corpo tinha um efeito ótimo, ainda que minhas mãos insistissem em tremer de vez em quando. Quando finalmente sai do banho, coloquei a roupa mais quentinha que pude encontrar e sentei em minha cama, sem nem ter o celular por perto. Tudo que eu queria naquele momento era conseguir respirar bem, em paz.


Notas Finais


Espero que gostem :3
Até o próximo capítulo ~


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