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História What You Gonna Do? - Consequência


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


Capítulo atrasado, perdão ;-;
Boa leitura ~

Capítulo 7 - Consequência


Fanfic / Fanfiction What You Gonna Do? - Consequência

No dia seguinte, eu realmente acordei tossindo, e com o corpo cansado. Mesmo que eu tivesse dormido bem, meu corpo estava totalmente indisposto, graças à gripe que eu peguei por conta da noite passada. Eu sabia que ficaria gripada, mesmo assim tinha um resquício de esperança antes de ir deitar. Mas quando sentei na cama, estava com dor de cabeça, e Lin também sentou no colchão onde estava, totalmente descabelada, e com as mãos sobre a cabeça.

- Dor de cabeça? – Perguntei, certa de que era isso.

- Sim. E dor de garganta. E dor no corpo todo – ela disse, manhosa, e se jogou no colchão novamente.

- É, eu também – suspirei, e deitei novamente. Não demorou muito até eu ouvir novamente a voz de Lin, sempre pronta para me provocar, até mesmo logo depois que acorda.

- Mas, bom dia, amor – ela disse, ainda de olhos fechados, mas rindo da cara que ela sabia que eu estava fazendo. Em seguida, seu riso estava sendo abafado pelo travesseiro que eu havia jogado em seu rosto.

- Ah, Lin. Você viu que tem duas ligações perdidas do Jun no seu celular? – Comentei depois de um tempo, mas com um tom de voz totalmente calmo, enquanto olhava no celular dela. Como esperado, assim que ela ouviu isso ela se sentou no colchão e olhou para mim, enquanto eu mantinha uma expressão séria, ainda encarando o celular dela. Só quando ela saiu do colchão e se sentou na minha cama foi que percebeu que o celular nem sequer estava ligado. Agora foi minha vez de receber um travesseiro na cara, enquanto uma Lin morrendo de sono e, aparentemente ainda com dor de cabeça, se jogava novamente no colchão. Eu a chamei algumas vezes, mas ela se recusava a sair.

No final das contas, consegui arrastar Lin para a cozinha, onde tomamos um café da manhã antes que ela fosse para sua casa. Quando cheguei à cozinha, havia um bilhete de minha mãe, me esperando na porta da geladeira: “Preciso falar com você depois, me espere em casa”. Maravilha. Então, não era apenas a bronca de ontem que eu iria ouvir por conta da balada.

- Você acha que ela ainda está muito brava? – Lin perguntou, ao perceber o bilhete também, enquanto se servia com um pouco de cereal. Eu ainda estava de pijama, uma blusa cinza com corações azuis a decorando e uma calça branca e confortável, enquanto Lin já vestia uma blusa rosa, com a qual iria embora mais tarde, para não se esquecer, e sair de pijama na rua. O que teria sido extremamente engraçado, já que Lin teria um ataque se acabasse saindo de pijama na rua algum dia, com certeza.

- Eu não sei mais – dei de ombros, e apoiei as mãos na mesa logo em seguida – Nunca imaginei que ela ficaria assim por sairmos juntas, como sempre fizemos, então não sei mais o que pode irritar ela – suspirei - E sua mãe?

- Eu disse a ela que dormiria na sua casa, então ela não ficou muito preocupada – dessa vez, ela quem deu de ombros - Ela confia mais em você do que em mim – ela riu.

Depois de conversarmos mais um pouco, Lin foi para a casa dela, e eu sentei no sofá da sala, junto com um cobertor, enquanto assistia a um filme qualquer que estava passando na televisão. Quando peguei meu celular e comecei a mexer no Facebook, vi que tinha uma mensagem do Jackson.

(Jackson): Conseguiram pegar o ônibus a tempo?

(Eu): Sim, haha. Assim que chegamos no ponto, ele passou. E você?

(Jackson): O meu ainda demorou uns dez minutos para passar XD Mas até que foi rápido.

(Eu): Ainda bem.

(Jackson): E então? Ficou gripada, no fim das contas?

(Eu): Infelizmente, eu vou ter que responder que sim. Eu só quero ficar deitada o dia todo. E dessa vez não é só por preguiça!

(Jackson): Hahaha, eu também estou meio gripado, mas eu tenho um sistema imunológico bom. Mas fique coberta, ok?

(Jackson): Também é bom tomar chá bem quente, isso ajuda.

(Jackson): Ou então, fazer gargarejo com água com sal, isso melhora a garganta se ela estiver irritada.

(Eu): Obrigada, doutor, hahahaha. Você tem mais receitas para curar a gripe que minha avó.

(Jackson): É um dom :D Hahahaha. Eu tenho que me manter saudável por conta da esgrima e da academia, então acabei aprendendo alguns truques. Nada demais. Apesar de que a água com sal realmente é idéia da minha avó.

(Eu): Haha, típico. A minha dizia para nós comermos alho puro.

(Jackson): Ótima idéia, haha. Vou tentar.

Depois disso, brinquei mais um pouco com ele, até que meu celular estava com a bateria fraca. Despedi-me de Jackson, e coloquei meu celular para carregar, voltando à sala logo em seguida. Acho que acabei pegando no sono uma ou duas vezes, mas então decidi fazer o chá que Jackson me recomendara, e o adocei com mel. Assim que dei o primeiro gole, senti o líquido quente escorrer pela minha garganta, dando um alívio quase que imediato. No final do dia, depois de também tomar um remédio para dor de cabeça, eu já estava me sentindo melhor, ainda bem.

Quando minha mãe chegou, ela colocou as coisas dela em cima da mesa e sentou no sofá em minha frente. Ela não parecia mais brava, mas também não estava com uma expressão exatamente amigável.

- Filha, eu quero conversar com você sobre ontem.

- Mãe, me desculpa – Eu comecei, tentando diminuir o restante da bronca que eu sabia que iria ouvir, mas em seguida senti a raiva começar a aparecer em mim. De qualquer forma, tentei manter um tom de voz amigável enquanto continuava - Mesmo assim, eu avisei onde eu ia, então não é como se eu tivesse fugido ou algo do tipo. Além disso, eu estava com a Lin, e nós sempre fazemos isso.

- Eu sei – ela suspirou – Mas, filha, vocês podiam estar correndo risco. Afinal, era de noite, e o ponto de ônibus fica a algumas quadras de distância daquele lugar onde vocês sempre vão.

- Mas como eu disse, sempre fizemos isso, desde antes de eu me formar. Além disso, não é perigoso.

- Não é perigoso? – Ela repetiu, de olhos fechados, como se não acreditasse que eu disse isso – Você tem noção de quantos casos de assassinato eu tenho que testemunhar todos os dias, no meu trabalho? Você sabe quantas mães eu vi chorando por seus filhos, que saíram um dia e nunca mais voltaram com vida?

- É algo que é comum no seu trabalho, afinal, você é advogada, mas não é algo que realmente aconteça, no geral – murmurei.

- É algo comum na vida das pessoas, sim. Você sabe que tem policiais no tribunal. É necessário que tenha. Então, advogados e policiais andam juntos, praticamente. Você se surpreenderia com a quantidade de histórias horríveis que tenho escutado nos últimos tempos. As pessoas são más, filha, e cada vez mais pessoas estão ficando assim. Matam por nada, sequestram pessoas por quantias miseráveis, e roubam à luz do dia. Eu sei que talvez você não entenda, mas como sua mãe, eu me preocupo demais com essas coisas, principalmente ultimamente.

- Eu sei que sim, mas não há com o que se preocupar. Eu sei me cuidar, já sou adulta – Pensei, mas em seguida minha mente voou para a noite passada, onde só fui capaz de escapar com mais facilidade daquele cara, na balada, porque tive ajuda do Jackson. Talvez, apenas talvez, eu não soubesse me cuidar tão bem assim sozinha, mas eu tinha que tentar, não é? Enquanto pensava nisso, olhava para minha mãe, que apenas me encarava também. Ela tinha uma expressão séria, pensativa.

- Você deveria começar a trabalhar – ela disse, por fim.

- Que? Por quê? – Perguntei, arqueando uma sobrancelha. Eu sabia que ela ganhava o suficiente para nos manter, então não entendia o motivo exato disso estar acontecendo.

- Porque mesmo que você esteja fazendo academia, ainda passa a maior parte do seu tempo em casa. Isso não é bom. Seria, se você estudasse, mas você passa o dia mexendo no celular, ou no computador, ou então assistindo televisão.

- Eu não faço só isso – me defendi – Eu saio para caminhar às vezes, também, para não ficar apenas em casa.

- Ótimo. Então isso quer dizer que você concorda que passa muito tempo em casa, e procura outras atividades para se ocupar. Sendo assim, um trabalho seria a atividade ideal, não?

- Não é bem assim...

- Além do mais, você também tem que ter mais responsabilidade.

- Eu arrumo meu quarto, e vários outros cômodos da casa, cozinho também e mantenho as coisas em ordem. O que você quer dizer com “eu tenho que ter mais responsabilidade”?

- Você passa o dia em casa, mas sozinha. Não há muito o que limpar, principalmente porque você se mantém no seu quarto e na sala apenas. Além do mais, a noite passada é a prova de que você tem que ter mais responsabilidade. Você me deixou preocupada, além de poder correr algum risco, e colocar Lin exposta ao risco também. As coisas não se tratam apenas de você.

- Mas de repente, a bronca é só para mim. Tudo o que eu fiz está errado. Mas as coisas não giram em torno de mim. Isso não é um pouco confuso?

- Não, se você tiver responsabilidade e maturidade suficientes para entender. Por isso, eu digo que você deve arranjar um emprego. Não preciso que você se torne algo grandioso por enquanto, apenas algo para manter-se ocupada, mas que exija responsabilidade quanto à horários, e esse tipo de coisa. Dito isso, você tem uma semana para encontrar um emprego que você queira. Depois desse prazo, eu quem vou escolher. Então, você decide quem irá escolher seu novo trabalho. Eu, ou você.

Quando minha mãe acabou de dizer o que queria, simplesmente levantou e foi tomar um banho antes de dormir. Ao reparar na mesa, vi que ela também havia trazido algo para nós duas comermos, ao invés de me deixar cozinhar. Agradeci um pouco, já que não estava me sentindo muito disposta para cozinhar agora, mas não agradeci diretamente à ela. Afinal, ela nem sequer sabia se eu estava gripada ou não, mas também não pareceu se importar muito. A única coisa com a qual ela parecia se importar era o fato de eu ter que arranjar um emprego. E eu tinha uma semana para isso.


Notas Finais


A maioria dos "hahaha" poderiam ser facilmente substituídos por emojis, ok? Hsuahsauhs
Mas como eu não tenho como colocar emoji no texto, vai o "hahaha" mesmo XD

Espero que estejam gostando :3
Até o próximo capítulo ~


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