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História What You Gonna Do? - Novo emprego


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


Boa leitura ~

Capítulo 8 - Novo emprego


Já que eu precisava arranjar um emprego, decidi fazer isso o quanto antes possível. Eu já estava totalmente curada da gripe que havia pegado por ficar exposta ao vento. Por isso, andei pelas ruas procurando cartazes de “Precisa-se de ajuda”, mas eu aparentemente estava sem sorte. Tentei até perguntar em algumas lojas de roupas, sapatos, e até um restaurante, mas pelo jeito todos estavam com ótimos funcionários, e o número suficiente de pessoas. Suspirei e voltei para casa, pensando em como poderia arrumar um emprego antes que minha mãe arrumasse.

O problema não era simplesmente eu não escolher meu emprego, até porque eu estava indo em diferentes lugares para tentar, aceitando quase qualquer coisa, mas o problema era que minha mãe quem iria escolher. Conhecendo ela, provavelmente ela me indicaria para ser secretária de alguma de suas colegas de trabalho, ou até dela mesma, o que me entediava só de pensar. Afinal, eu apenas teria que ficar o dia todo imprimindo e copiando papéis, e mexendo no computador. O que era ótimo, se eu pudesse fazer o que quisesse no computador, mas claramente não seria o caso. Já que o computador seria uma tentação para mim, queria me manter distante de qualquer coisa que envolvesse isso. Ou seja, era muito melhor arranjar um emprego por mim mesma, do que esperar que minha mãe me indicasse para algum lugar.

Quando cheguei em casa, não sabia bem o que procurar, então fui verificar o celular. Lá, estava uma mensagem de Lin.

(Lin): E aí? Sua mãe pegou pesado?

Depois de alguns minutos, ela havia mandado outra mensagem

(Lin): É vdd. Se vc estiver de castigo, sem celular, não vai poder me responder.

(Lin): Ok. Se vc n me responder até as quatro hrs, é sinal de que vc tá sem o celular.

Olhei para o relógio, que ainda marcava três e quarenta. Pensei em me divertir um pouco e ver qual seria a reação dela se até as quatro eu não respondesse. Provavelmente ela viria até em casa saber se esse era realmente o caso. Mesmo assim, não consegui fazer isso, por achar que seria maldade de minha parte, e mandei uma mensagem.

(Eu): Relaxe, Lin. Estou com o celular, ainda bem. Mas ela falou um monte de coisa sobre responsabilidade e tal. Agora eu vou ter que trabalhar :l

(Lin): Ah! Menos mal, hahaha. Ela nem sequer proibiu você de sair de casa?

(Eu): Não. Embora eu não ache que ela vá ficar feliz se eu sair por enquanto.

(Lin): Claro. Msm assim, se fosse minha mãe ela com certeza teria tirado meu celular, além de me proibir de falar até msm com vc.

(Eu): Então vamos ficar felizes de ter sido eu a levar bronca, haha.

(Lin): Já que insiste... hahahaha.

Em seguida, Lin me ligou. Às vezes ela fazia isso, já que se cansava de digitar, mas queria continuar conversando. Sem parar o assunto, apenas continuei a falar como se já estivéssemos conversando no telefone há algum tempo. Minha mãe não estava em casa mesmo, então não teria problema nenhum falar sobre isso em voz alta.

- Ela me deu uma semana para achar um emprego que eu queira – suspirei, de forma que sabia que Lin ouviria do outro lado do telefone – Se eu não achar nada, ela disse que ela mesma quem vai escolher.

- Você acha que ela te colocaria para trabalhar com ela?

- É uma possibilidade – respondi, enquanto brincava com um fio solto do meu lençol – Então, estou tentando achar qualquer outra coisa, mas ninguém parece querer um novo empregado – Ela ficou em silêncio por alguns momentos até responder.

- Ei! Eu estava trabalhando em um lugar há um tempo atrás.

- Estava? – Estranhei, pois não me lembrava disso - O que aconteceu para você ter saído?

- Bem, minha mãe me arranjou um emprego, mas eu ferrei tudo em pouco tempo. Aparentemente, mexer no celular às vezes durante o horário de trabalho e flertar com alguns caras não era exatamente o que eles estavam procurando – ela riu, e eu a acompanhei.

- Fala sério – eu continuei a rir – Que injusto, não? – eu disse, ironicamente.

- Pois é – ela concordou, no mesmo tom de ironia. Em seguida, ela mudou sua voz para o tom “estou falando sério” – Eu passei por lá esses dias, e não parecia ter ninguém trabalhando no meu lugar, ainda. Você poderia dar certo lá. É mais responsável que eu, pelo menos.

- Obrigada, eu acho – brinquei – É algo difícil?

- Nem um pouco. É uma loja, é só atender as pessoas com um sorriso no rosto e torcer para o expediente acabar logo.

- Parece uma boa, então. Onde é?

- Vou te passar o endereço por mensagem, ok?

- Ok, estou esperando.

Ela desligou o telefone e demorou alguns minutos para que ela me enviasse a mensagem. Suspirei ao ver o nome do lugar, achando que o destino estava brincando com a minha cara, mas decidi ir lá no dia seguinte.

Dito e feito, acordei mais cedo no outro dia, e me arrumei. Cabelo lavado, um pouco de maquiagem no rosto, mas nada exagerado, e uma roupa bonita. Não havia dito para minha mãe que iria tentar arrumar um emprego, para que ela não criasse expectativas, e que para eu mesma não sentisse uma pressão em mim. Cheguei lá em poucos minutos, suspirei levemente ao olhar para a placa e entrei, me dirigindo direto ao balcão onde um homem de cabelos brancos estava. Não havia clientes na loja, o que facilitava as coisas para mim. Lin havia me dito que o nome do dono era Hong, mas eu decidi que fingiria não saber. Afinal, eu não pretendia dizer que Lin quem havia me indicado o trabalho, ou isso poderia me prejudicar, fazendo-o pensar que eu iria agir da mesma forma que ela agia no trabalho.

- Bom dia – Hong sorriu para mim – O que deseja, hoje?

- Bom dia – sorri de volta para ele, sendo simpática – Eu estava reparando que é você quem atende todos os clientes. Você é o dono daqui também, certo?

- Sim, sou eu – ele respondeu, parecendo curioso.

- Bem, eu estive pensando se você não precisa de uma ajuda por aqui. Estou procurando emprego.

- Ah – ele sorriu novamente – Estou realmente precisando de uma ajudinha. Eu havia desistido de procurar alguém, já que a última pessoa era meio relaxada – me segurei para não dar risada, já que eu sabia que ele estava falando de Lin – E não só ela. As outras três pessoas que trabalharam aqui antes dela também não estavam com um bom desempenho – ele balançou a cabeça em negativa, parecendo até mesmo chocado com a atitude dos funcionários anteriores.

- Talvez seja hora de mudar isso, não é? – Sorri, confiante.

- Porque está procurando emprego? – Essa era a pergunta inicial do que eu sabia que seria uma entrevista de emprego um tanto informal.

- Queria ajudar minha mãe em casa, com as contas e tudo o mais.

- Você tem alguma experiência com vendas?

- Confesso que não muita, mas eu aprendo rápido. Bem, mas acho que todos temos experiência de vendas ao tentar vender as rifas que a escola fornecia, não é? – Dei uma risada nervosa. Era um pouco arriscado ficar fazendo piadas durante uma conversa séria sobre o emprego, mas Hong pareceu gostar. Ele riu também, mas uma risada que demonstrava que ele realmente achara divertido.

- De fato, é verdade.

- E também tenho facilidade de falar com o público, independente da idade ou qualquer coisa.

- Essa é uma das principais questões. Mas, o fundamental: você tem experiências com nosso tipo de produto?

- Recentemente tenho adquirido mais conhecimento sobre esse tipo de produto, mas acho que conheço o suficiente para trabalhar em um local como esse – Nessa hora, eu sentia que minha mão começaria a suar em breve. Mas quem nunca mentiu na entrevista de emprego, não é? Apenas torci para que ele não começasse a me fazer perguntas sobre os diversos produtos dispostos nas prateleiras.

- Então – ele bateu uma mão na outra, agora parecendo empolgado, e também satisfeito com minhas respostas – Você pode começar amanhã?

- Quanto antes, melhor – sorri.

- Está certo – ele riu – Você pode começar trabalhando no período da manhã, como um teste, certo? Se eu observar que você realmente está empenhada, você passa para o período integral, que é das sete da manhã às seis da tarde. Por ora, você só trabalhar das sete ao meio-dia. Combinado?

- Por mim, tudo ótimo – Estendi a mão para ele, que prontamente aceitou.

- Então, seja bem-vinda como funcionária do Empório Natural!

Ao ouvir isso, sorri, achando graça em tudo aquilo. De fato, só podia ser brincadeira. Primeiro eu odeio comida natural, ou orgânica, e depois começo a trabalhar em uma loja especializada nisso? Eu devia estar ficando louca.

Depois de nos apresentarmos melhor, com nossos nomes completos, ele me permitiu chama-lo apenas de Hong. “Não há necessidade de me chamar de senhor, certo? Me chame apenas de Hong”. Então ele me apresentou à loja, indicando onde ficava cada produto, e me dizendo qual seria minha função. Basicamente, eu deveria orientar os clientes que me pedissem ajuda sobre qual produto estava em qual prateleira, além de orientar as pessoas que não conheciam tão bem assim esses produtos sobre o que era cada coisa, e por vezes eu até mesmo poderia indicar um produto ou outro. Por enquanto eu não mexeria na caixa registradora, já que essa seria a função de Hong. Eu só tinha que organizar os produtos e conversar com os clientes, sendo sempre simpática, que era um dos pontos principais da coisa toda. Lembrei-me do que Lin havia me dito, sobre ela ficar mexendo no celular e flertando com os clientes, e entendi imediatamente o motivo. Claro, ela mexia no celular sempre, mas ela poderia simplesmente estar pesquisando sobre alguns produtos para informar aos clientes, o que obviamente não pegaria bem se Hong a visse, que acredito ter sido o caso. Além disso, ela tinha um fraco por caras musculosos, e pelo jeito isso seria algo que não faltaria nessa loja. Não a culpo exatamente por ter sido demitida.

Assim que sai do Empório Natural, fui andando para casa. Eu havia um emprego, afinal, e não havia passado nem metade do prazo que minha mãe havia estipulado para que eu arranjasse um trabalho. Eu estava orgulhosa de mim mesma. No entanto, ao pensar no emprego, também comecei a sentir um frio na barriga. Eu não sabia nada sobre produtos naturais ou orgânicos. Como eu poderia indicar algo para alguém, sem nem mesmo saber que gosto aquilo tinha? Por fim, decidi que precisava de ajuda. Então, assim que cheguei em casa, peguei o celular e abri o Facebook.

(Eu): Jackson Wang. Você pode me explicar tudo o que sabe sobre produtos naturais e orgânicos?

Alguns minutos depois, obtive uma resposta que me fez sorrir de orelha a orelha.

(Jackson): Achei que não fosse pedir ;D


Notas Finais


E então, o que estão achando da fanfic, por enquanto? :3
Até o próximo capítulo ~


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