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História What You Gonna Do? - WeChat


Escrita por: Sweetrange

Notas do Autor


Boa leitura ~

Capítulo 9 - WeChat


Fanfic / Fanfiction What You Gonna Do? - WeChat

Pelo resto do dia, e da noite, Jackson me mandou fatos, e até mesmo algumas curiosidades, sobre produtos orgânicos e sobre produtos naturais. Descobri, por exemplo, a diferença entre produto natural, orgânico e integral: o natural apenas vem da natureza, ou seja, sem corantes, aromas, nem sabores artificiais, mas isso não quer dizer que faça melhor, ou seja livre de agrotóxicos. Já o orgânico não prejudica a natureza, já que é totalmente livre de agrotóxicos, nem prejudica a gente, já que não tem nada que possa prejudicar nossa saúde ou qualquer coisa do tipo. O integral, por fim, são produzidos a partir de cereais não processados, então eles preservam as características iniciais, e tem muito mais fibras e nutrientes, mesmo que não tenham obrigatoriamente menos calorias.

Para alguém que iria trabalhar com algo assim, esse conhecimento era básico, e, obviamente, extremamente útil. Mesmo assim, ele na verdade não sabia que eu iria trabalhar no Empório Natural. Por alguma razão, eu quis manter isso em segredo até que ele me visse lá, o que com certeza não demoraria muito. Afinal, Jackson era fã de carteirinha de alimentos orgânicos, já que fazem bem para o corpo e, de acordo com ele, para a mente também. Sua verdadeira paixão era um chá verde orgânico, que ele bebia sempre. Era aparentemente o produto que ele mais consumia da loja inteira, embora às vezes ele se deixasse levar e pegasse um pouco além do que ele precisava. No entanto, ele me disse que nunca deixou nenhum grão de alimento natural, orgânico ou integral, ser desperdiçado.

Entre diversas informações novas, fui anotando tudo em um caderno para que pudesse consultar às vezes, sem ter que ficar procurando novamente na conversa. Afinal, eu e Jackson até que conversávamos bastante. Perceber esse fato me deixou feliz. Lembrei-me da primeira vez em que o vi na academia, o quão distante ele parecia de mim. Afinal, ele obviamente frequentava a academia a muito mais tempo que eu, e eu não era exatamente boa em puxar assuntos. Mas, desde então conseguimos nos aproximar ao ponto de ele me ajudar naquela balada, se certificando de que eu ficaria bem, que aqueles caras não mexeriam comigo e com Lin. Talvez não tivesse nada a ver, mas eu realmente ficava feliz com essas coisas.

Mas uma parte que me deixou feliz foi quando conversamos sobre tudo isso, e no final ele me disse:

(Jackson): Se quiser me passar seu número, eu posso te mandar uma mensagem ou outra com curiosidades sobre esse tipo de produto, para te ajudar.

Eu podia sentir que estava sorrindo mais do que devia. Até que enfim ele havia decidido pedir meu número! Até mesmo Lin e Jun conversavam por mensagens no WeChat as vezes, e olha que eles só se viram mesmo daquela vez em que fomos à balada. Então eu sei que eles só conversam por mensagem desde então. Apesar de eu e Jackson nos virmos quase todo dia, nunca havíamos pensado em pedir o número um do outro. Bem, na verdade eu tinha pensando nisso, mas nunca havia achado uma boa oportunidade para isso. Não poderia simplesmente ser tipo “Ah, oi Jackson. Está acabando seus exercícios? A propósito, aqui está meu número de celular”. Seria um tanto quanto ridículo, em minha opinião.

Então percebi que já haviam se passado dois minutos desde que ele havia enviado a mensagem, e corri para responder.

(Eu): Ah, seria realmente ótimo, muito obrigada :D

Então, passei meu número para ele, que na mesma hora salvou e me mandou um “Oiii :D” no WeChat. Desde então, começamos a conversar por ali, aposentando o chat do Facebook, pelo menos por enquanto.

Depois disso, conversamos um pouco até que ele foi treinar esgrima com seu pai, e eu esperei até que minha mãe chegasse em casa. Assim que ela chegou, eu estava meio receosa de falar com ela, mas decidi que não tinha o que temer. Afinal, eu havia arranjado o emprego que ela havia dito para arranjar.

- Oi, mãe – sorri, cumprimentando-a enquanto ela entrava na sala para ver se eu estava ali – Tudo bem?

- Tudo sim, filha – ela sorriu de volta – E você?

- Ótima – dessa vez, sorri mostrando os dentes – E, também, tenho uma boa notícia.

- Qual? – ela indagou, curiosa.

- Eu arranjei um emprego – respondi, orgulhosa.

- Sério!? Que ótimo, filha – ela agora sorria também, aparentemente orgulhosa de mim – Ainda bem. Eu estava pensando em falar com a Susan para você trabalhar com ela, mas não sei se ela seria uma boa chefe – ela torceu o nariz. Eu sabia que ela conversava com Susan, mesmo assim não é como se elas fossem melhores amigas. Agradeci aos céus por ter arranjado um emprego antes que minha mãe me empurrasse para a colega de trabalho dela - Ainda bem que você arranjou alguma coisa. Onde é?

- Em uma loja de produtos naturais, orgânicos e integrais – encolhi um pouco os ombros quando ela se mostrou bem surpresa – No Empório Natural. Lin disse que estavam precisando de funcionários lá.

- Acho que sei onde é – ela respondeu, enquanto parecia tentar lembrar onde ficava a loja – Lin te indicou para o dono?

- Ahm, não exatamente – ri, sem intenção de explicar muito sobre a relação de Lin e a loja – Mas ele aparentemente gostou de mim. Disse que posso começar amanhã, como um teste, no período da manhã. Depois, se eu realmente for boa, eu passo para o período integral.

- Isso só vai te atrapalhar um pouco na academia – ela pareceu pensativa por um instante, falando mais com ela mesma do que comigo.

- É... – eu respondi, um tanto desanimada agora, mas depois voltei ao meu tom normal – Mas, vai ser bom, não é?

- Vai ser ótimo. Então, vamos dormir, já que ambas vamos ter um ótimo dia de trabalho amanhã.

- Tomara que sim.

E então, ela me envolveu em um abraço, enquanto passava a mão por todo o meu cabelo, e depositou um beijo na minha testa. Depois de jantarmos, fui dormir cedo naquela noite, para estar disposta para começar a trabalhar no dia seguinte. Dormi muito bem, e acordei até mesmo empolgada. Fui para a loja com algum tempo de folga, para não correr o risco de chegar atrasada no primeiro dia, e um Hong sorridente me cumprimentou assim que eu cheguei.

- Bem vinda! – ele disse, animado, enquanto vinha em minha direção. Depois, ele começou a dizer calmamente - Não tenho nenhuma regra de vestimenta, apenas essa – ele esticou algo para mim – É o avental que você deve usar enquanto está na loja. Não é um trabalho difícil. Alguma pergunta?

- Não, senhor – eu sorri, colocando imediatamente o avental preto que havia sido entregue à mim. No avental havia o desenho de algumas folhas, com as palavras “Empório Natural” bordadas – Pelo menos, não por enquanto.

- Então, qualquer coisa é só me chamar, estarei ali no balcão. Por enquanto, você pode ir arrumando aqueles pacotes na prateleira, ok?

- Certo – respondi, e me dirigi à prateleira indicada. Havia vários pacotes de milho para pipoca orgânico, que deviam ser arrumados na prateleira, então logo comecei a arrumar. Em alguns minutos, estava tudo em seu devido lugar, organizados e com o nome do produto virado para frente. Assim que acabei de arrumar tudo, pude escutar um sino tocando, que era sinal de que alguém havia entrado na loja.

- Bom dia – eu cumprimentei com animação, pronta para ajudar a senhora que havia entrado ali.

- Bom dia – ela respondeu, de forma seca. Depois disso, foi direto à uma prateleira perto de mim, pegou uma coisa qualquer e foi ao caixa onde Hong a atendeu, também com um sorriso no rosto, embora a senhora não tivesse sorrido em momento nenhum. Mesmo assim, mantive o sorriso simpático até que ela tivesse ido embora.

- Não ligue para ela – Hong avisou, vendo que eu parecia um tanto decepcionada – Ela geralmente vem aqui, e é sempre assim. É uma das poucas pessoas que vem aqui e não faz com que nos sintamos muito a vontade. Até mesmo eu. E olha que eu sou o dono daqui.

Isso me fez rir, e fez com que eu me sentisse aliviada. Afinal, se eu estava trabalhando, queria fazer um bom trabalho, e não ser mandada embora em pouco tempo por falta de competência ou algo do tipo. No entanto, tive sorte com os clientes que entraram ali a seguir, que eram simpáticos. Uma das garotas que entrou até mesmo me perguntou sobre algum produto, sobre o qual expliquei o que sabia, e ela pareceu bem satisfeita, assim como Hong. Depois que ela saiu, Hong fez um sinal de aprovação em minha direção, demonstrando que estava satisfeito com o modo como eu tratava os clientes, além de ter feito uma boa explicação, e isso me deu mais confiança pelo resto do dia.

A semana toda foi assim. Eu ia para o trabalho, tratava bem os clientes que ali entravam, e depois ia para a academia, até que voltava para casa e ficava ali pelo resto do dia, mexendo nas redes sociais. Então, no final da semana, pouco antes de eu ir embora, Hong me chamou:

- Você têm feito um bom trabalho. Os clientes parecem gostar de você também.

- Acredite ou não, eu gosto dos clientes também – ri – A maioria das pessoas são simpáticas.

- Sim, só uma ou outra pessoa que escapa disso – ele fez uma careta engraçada – Que acha de começar a trabalhar em período integral, então?

- Sério? – Perguntei, um tanto descrente. Não estava a tanto tempo ali, por isso estranhei Hong logo me oferecer para passar para o período integral. Mesmo assim, ele me tranquilizou.

- Sim. Você tem feito um bom trabalho, e de tarde é movimentado também, então estou precisando de ajuda. Segunda-feira?

- Segunda-feira – confirmei, e então Hong me liberou.

Enfim, parecia que as coisas estavam se ajeitando. Eu tinha um emprego, não ficava mais tanto tempo em casa parada, e minha mãe parecia estar até mesmo se esquecendo do incidente da festa, o que significava que em breve eu poderia sair de novo com Lin.

Logo, segunda-feira me preparei. Havia decidido que iria tentar ir à academia mais tarde, depois do meu expediente. Ela ficava aberta até de noite, então não teria problemas. A única coisa que realmente mudaria era que as pessoas que eu havia me acostumado a ver na academia já teriam ido embora, já que sempre iam no mesmo horário. Todas as pessoas que eu sempre via por lá. A idéia de não vê-las mais todos os dias me desanimava um pouco, mas mesmo assim decidi que seria legal também.

Assim que acordei na segunda-feira, vi uma mensagem no celular:

(Jackson): Ei, você sabia que o vinagre ativa a circulação do sangue, alisa a pele e mantém a sua proteção ácida?

Dei risada daquilo. De fato, desde que ele havia anotado meu número, cumpriu sua promessa: me enviava fatos e curiosidades sobre alimentos de vez em quando, o que eu tentava armazenar. Exceto esse. Não vendíamos vinagre lá no Empório Natural.

(Eu): Obrigada, sr. Saúde.

Cheguei na segunda e logo fui trabalhar, ajeitando alguns produtos que estavam na estante errada, entre outras coisas. O dia foi um tanto quanto tedioso, até que começou a ter um movimento um pouco melhor durante a tarde. Mas, o mais engraçado foi quando o relógio marcava cerca de cinco horas, e mais um cliente entrou.

- Olá – eu o cumprimentei, sorrindo – Posso ajuda-lo?

- Pode sim – Jackson sorriu – Há quanto tempo trabalha aqui?

- Uma semana, agora. Mas era só de manhã.

- Entendo. Por isso ainda não tinha te visto aqui?

- Exato – ri – Mas agora estarei sempre aqui durante a tarde também – Eu comentei, enquanto ele andava na direção de outra estante, onde eu quase não conseguia mais escutar ele. Mesmo assim, ouvi quando ele murmurou:

- Bom saber disso – em seguida, pude ver ele dar um sorriso antes de ir totalmente para o outro corredor de produtos.


Notas Finais


Eu pesquisei e, aparentemente, o WeChat é um app que é usado por lá como o Whatsapp aqui, por isso coloquei ele na história, shausha
Espero que estejam gostando <3
Até o próximo capítulo ~


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