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História What's up - Brigas


Escrita por: MoonBlack13

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - Brigas


POV ALICIA

As aulas finalmente haviam acabado, não que as dinâmicas da Professora Helena não houvessem sido boas, mas primeiros dias de aula nunca são interessantes, havia sentado próximo a Marcelina e ela não parava de falar, principalmente dos alunos novos, aliás do Arthur, o aluno mais velho, não parava de elogiá-lo, o que causou um certo desconforto em Mário, sei que ele tentou disfarçar, mas estava cheio de ciúmes.

-Você não acha que a Marcelina e o aluno novo não formam um lindo casal?- perguntei a meu amigo.

-O-o quê? Co-Como a-assim?- Mário até mesmo tentou, mas não conseguiu disfarçar o seu desconforto com o que disse.

-Eu sabia- comecei a rir de sua expressão- Você está caidinho pela a Marcelina não é?!

-Eu não sei do que está falando- tentou desconversar.

-Ah vamos lá Mário, confessa aí, somos amigos não é?

-Preciso mesmo responder?

-Mas é claro que não, já sabia disso, há muito tempo.

-E mesmo assim você acha que eles formam um “lindo”- fez aspas –Casal? Digo, a Marcelina e o tal aluno novo?

-Eu estava só brincando Mário, você acreditou mesmo nisso?

-Se bem que é bem provável que eles formem um casal, você mesmo viu o entusiasmo em que Marcelina falou daquele garoto.

-Ciúmes Bross?

-Eu acho melhor pararmos com essa conversa, eu já vou indo- Mário pegou a mochila saindo em seguida apressado.

-O que houve para estar sorrindo desse jeito?- Marcelina aproximou-se, enquanto todos estavam indo embora, estávamos sentados na arquibancada da quadra.

-Por causa do Bross- respondi sorrindo ainda.

-O que ele falou que a deixou sorrindo assim?- percebi que Marcelina havia ficado com uma expressão diferente.

-Aconteceu alguma coisa Marce?- perguntei já imaginando o real motivo por estar daquele jeito.

-Não, nada- tentou desconversar.

-Se é assim- fingi concordar- Bom, eu estava sorrindo porque eu e o Bross falávamos de você.

-De-de mim?- Marcelina já gaguejava.

-Isso mesmo- olhei a tela do celular e levantei bruscamente- Preciso ir, marquei de ajudar minha mãe com o jantar, tenho que ir no supermercado e você sabe como demoro para escolher tudo.

-Espera aí, você não vai me contar?- Marcelina estava simplesmente desesperada, como se o que eu e Mário conversamos sobre ela fosse a coisa mais importante do mundo.

-Contar o quê?- me fiz de desentendida.

-O que vocês falaram sobre mim- ela estava ansiosa pela minha resposta, mas eu a faria sofrer um pouquinho.

-Depois nos falamos, preciso ir agora mesmo, tchau Marce.

Marcelina com certeza não vai dormir à noite, depois do que a disse, ela vai me encher para contar tudo, isso só prova o que eu já desconfiava, meus amigos estão apaixonados um pelo outro, acho que vou ajuda-los a resolver essa situação.

POV PAULO

Caminhava sozinho para casa, Kokimoto disse não poder ir, sua promessa ainda estava valendo e tentaria tomar jeito, só não sei por quanto tempo, ele vai aguentar essa situação. Entrei em casa e fui direto para o quarto, mas logo ouvi alguns barulhos na cozinha, já até imaginava o que poderia ser, pluguei o fone no celular e coloquei no último volume, não precisava estragar ainda mais o meu dia.

-Paulo?- havia dormido um pouco e acordei com alguém me chacoalhando- Acorda.

-O que foi Marcelina?- perguntei sonolento.

-Você sabe o que aconteceu na cozinha?- levantei bruscamente.

-Co-como assim?

-Quando cheguei resolvi fazer um lanche, estava faminta, na verdade nervosa, mas isso não vem ao caso, então quando entrei na cozinha, havia alguns vasos quebrados, por acaso fomos assaltados ou teve alguma briga aqui em casa?

-Ah, não, na verdade não foi nada demais, a mamãe pensou ter visto um rato e meio que se desesperou e a primeira coisa que via jogava no rato, que na verdade não era rato.

-E porque a cozinha continua aquela zona?

-Ela recebeu uma ligação e precisou sair, eu fiquei responsável pela limpeza, mas você sabe que eu não me dou muito bem com isso.

-Bem sei- ela sorriu- Eu vou limpar tudo, não quero que ninguém se machuque.

-Eu te ajudo- não seria justo que Marcelina limpasse tudo sozinha.

-Sério mesmo?- assenti- Então tudo bem.

Limpamos tudo e me senti no dever de contar o que realmente aconteceu, mas não queria que Marcelina sofresse, sei que brigamos muito e que a trato quase sempre mal, mas eu a amo muito, apesar de tudo ela é minha irmã, não poderia fazê-la sofrer. Depois de muito pensar desisti, não queria ser o portador de más notícias, isso não combina comigo.

Mensagem on

Paulo: Ei sashimi de abóbora, pode vir aqui?

Sashimi de abóbora: Na verdade não, fiquei de ajudar minha mãe com algo aqui, foi mal.

Paulo: Você vai cozinhar?

Sashimi de abóbora: Claro que não.

Paulo: Conta outra Samurai.

Sashimi de abóbora: Estou falando a verdade.

Paulo: Tudo bem, vou fingir que acredito.

Sadhimi de abóbora: Mas o que queria falar comigo?

Paulo: Nada demais, depois nos falamos.

Mensagem off

Eu não podia mais esconder a verdade da Marcelina, ela precisava saber, nada mais justo que saber por mim, parece que sou o único que me importo com ela mesmo, mas não posso simplesmente falar com ela, despejar tudo, sei que ela vai ficar triste com toda essa situação, mas é melhor que ela saiba o quanto antes e por mim.

NARRADOR(A)

Paulo estava perdido em pensamentos, vez ou outra treinava contar o segredo que guardava, mas sempre fraquejava ao imaginar a reação da irmã. De repente a campainha tocou despertando-o de seus pensamentos, deveria ser o Kokimoto, talvez não aguentou esperar até o dia seguinte para conversarem.

-Eu sabia que você não conseguiria esperar até amanhã- Paulo falava ao abrir a porta- Ah é você?!

-Já fui mais bem recebida- Alicia entrou logo ficando de frente para Paulo- Cadê a Marcelina?

-Ela saiu, deve demorar a chegar, volte amanhã- Paulo falava com seu mau humor de sempre.

-Na verdade- Alicia se jogou no sofá- Eu vou esperar ela voltar.

-Tanto faz- Paulo seguia para a escada, voltaria para seu quarto quando sua mãe chegou acompanhada do marido.

-Chega de discussão Lilian, você sabe que esse é o melhor a fazermos- Roberto falava autoritário.

-Eu não vou me separar de nenhum dos meus filhos, se quer ir embora, vá, pode ir, mas vá sozinho- Lilian tinha o rosto avermelhado.

-Lilian vamos conversar com calma- Roberto tentava conter a raiva, precisavam entrar em um acordo.

-Mãe, Pai- Paulo chamou a atenção dos dois que então notaram a presença do filho e da melhor amiga de Marcelina que olhava em choque para os dois, nunca havia visto alguma discussão entre eles e essa mesmo sendo a primeira que via, estava muito intensa.

-Eu- eu- acho...melhor eu ir- Alicia se sentia desconfortável com a situação, precisava sair o quanto antes, talvez ela acordasse e percebesse que tudo não passou de um sonho ruim ou um pensamento à toa em sua mente.

Paulo olhou para os dois que ainda estavam estáticos, nunca imaginaram que algum dos filhos poderia vê-los nessa situação, Paulo então saiu atrás de Alicia, não poderia deixá-la contar para Marcelina, ela não poderia saber por alguém de fora, mesmo que esse alguém fosse sua melhor amiga.

-Alicia espera- Paulo a alcançou, impedindo-a que continuasse seu trajeto- Podemos conversar?


Notas Finais


Comentem, caso queiram, enviem sugestões, as opiniões de vocês, prometo ler com carinho.


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