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História When I Look At You - Insecurity


Escrita por: Aluciny

Notas do Autor


OLHA ELAAAAAAAAAA! Nem acredito que voltei! 

É o seguinte: Logo as tensões irão começar e os segredos se revelar, a fic irá avançar no tempo muito em breve, então não se assustem se aparecer um capitulo escrito no início.... ALGUNS MESES DEPOIS, é serio, vocês não dormiram kkkkkkkkkkkkk. Foram mais de 20 capítulos para elas se acertarem, e que venha logo o pedido de namoro e todo o drama real dessa historia.

ps: Sinu voltou e com ela outro embuste também retornará.

Boa leitura e coloquem um coletinho básico.

Boa leitura <3

Capítulo 27 - Insecurity



(...)

Mansão de Sinuhe Estrabão - Belgravia  - Londres - Inglaterra - 11:34 a.m

Belgravia é o bairro mais tradicional de toda Londres, fica no centro, rodeado por embaixadas e com pouca vida comercial. Quase não há bares, restaurantes ou lojas de rua, o que faz com que fique bastante deserto depois das cinco da tarde, muitas razões que fortaleceram o desejo de dela pela grande mansão situada no bairro. Entre outras palavras, Sinu era vizinha da primeira ministra inglesa e vizinha da rainha Elizabeth, morava bem próxima do palácio de Buckingham. Sua residencia era situada na divisão de dois distritos, sendo mais importante o distrito de Westminster.

Após chegar em Londres, Sinu já havia preparado todo o terreno. Sabia bem que se voltasse, teria que de um jeito ou de outro se aproximar das filhas e isso não seria tarefa fácil. Em seu pensamento, fazer isso iniciando por Sofia era a ideia mais certa no momento, já que quando partiu, a jovem era só um bebê e Camila já tinha oito anos de idade.

Começar por alguém que não lembrava como é a fisionomia de um ente próximo, para Sinu significava um avanço mínimo nos seus ideais, a mulher só não contava com o fato de que Sofia era o extremo mais inconstante que ela não conhecia. Se existia uma pessoa no mundo do qual podia ser odiada com todas as forças por Sofia, essa pessoa era Sinuhe Estrabão.

- Licença senhora, aqui está o que me pediu. - Andrews adentrou na sala ampla, totalmente decorada com Medeiros rústica e cara, sem bater na porta, ele colocou uma caixa na mesinha de descanso, ficando novamente na posição costumeira esperando novas ordens. - Deseja mais alguma coisa?

- Conseguiu tudo o que eu pedi? - Ela pegou uma enorme pasta de dentro da caixa onde na capa continha uma foto e um nome. Abriu a pasta e passou o dedo levemente por cima de uma outra foto deixando uma lágrima cair.

- Consegui sim senhora, até bem mais do que o esperando. Só não sei essas informações irão servir para alguma coisa. - Andrews disse calmamente.

- O tempo e algumas horas de leitura ajudarão, meu fiel amigo.

- Nem o tempo ajuda a recuperar vinte anos, Sinu. Deixe essas meninas em paz, você perdeu muita coisa na vida delas, não tem como recuperar isso. Faça um favor a elas, não as procure, se ler esse dossiê entenderá o porquê de minhas palavras. - O Homem saiu da sala triste pela situação da outra, e ela tinha razão. Não se pode recuperar aquilo que foi perdido por escolha própria.

- Eu só quero que elas saibam que eu voltei, Andrews. - Sinu disse baixo,mas foi o suficiente para que o homem ouvisse.

Ele estancou o passo assim que chegou na porta, segurou com a mão direita no cachilho e observou a dor consumir Sinu mais uma vez, triste por sua amiga e patroa, ele não nada podia fazer.

- Se conseguir ao menos que Sofia lhe diga uma palavra sem querer avançar feito uma onça em cima de você, eu nunca mais direi mais nada sobre o que você deve ou não fazer.

- Não seja tolo, tenho certeza de que Sofia não é esse ser horrível que você está a me contar.

- Então tome o seu tempo, leia essa pasta por inteira e depois me diga se um dia ela irá lhe chamar de mamãe. - Ele saiu batendo a porta, deixando Sinu com um sorriso morto nos lábios.

- Me segura se não eu vou voar no pescoço dessa creatina! - Alejandro estava complemente indignado com aparição de Sinu depois de anos sem dar sinal de vida. - Ela não criou nenhuma das minhas meninas, a única coisa de bom, que ela fé, antes de sumir, foi ter dado a luz as únicas pessoas da minha vida. Ela não tem o direito de aparecer dessa fora e bagunçar tudo, Miguel. Ela não tem! - Alejandro caiu no chão, logo sendo amparado por Miguel, o anjo chorava copiosamente.

- Ei, não fique assim. - Miguel abraçou o amigo, sabia da dor que Alejandro carregava por causa de Sinu. - Logo tudo se ajeita.

- Não, Miguel. Você não sabe o que é ter um bebê em casa, que chama a irmã mais velha de mãe, você não sabe o que é ter que inventar histórias mirabolantes pra justificar a ausência da mãe delas, você não sabe o que é aguentar as pessoas te olharem com pena, eu não sou um herói por ter passado por tantas coisas sozinho com as minhas filhas, mas eu sou um herói para elas, pois as noites de febre quem ficava acordado era eu, as dores do coração quem curava era eu - Alejandro batia no peito.

- Desabafe meu amigo, faz bem. - Miguel sussurrou.

- As descobertas do amor e da vida, quem ajudava a entender por acaso era a Sinu? Não, nada disso foi ela, você não sabe o orgulho que eu sinto da minha Camila quando ela criou coragem e veio se assumir pra mim, foi o momento mais especial da minha vida, foi nesse dia que ela pode ver que podia sim contar comigo para qualquer coisa.

- Eu acompanhei toda a sua vida terrena, Alejandro. Vi quando a menina Camila fez isso e você junto com Sofia, tornaram a situação alho mais cômico e constrangedor.

- Sofia é uma boneca, Miguel. Ela tem esse jeito durão, mas por dentro é a pessoa mais amorosa da terra, carinhosa e de um cuidado sem tamanho. Quando Sofia caiu da árvore de casa, ela gritou por mim, larguei tudo que tinha pra fazer e corri pra casa, assim que ela me viu, ficou encolhida no meu colo até pegar no sono.

- Os primeiros passinhos ela deu caminhando até você. - Miguel sorriu nostálgico lembrando-se de Ally.

- Depois caiu no chão batendo palminha enquanto ria pedindo sorvete. - Alejandro completou.

- Entendeu porque Sinu não conseguirá apagar nenhum desses momentos?

Alejandro acenou em positivo, mas era visível a tristeza em seus olhos.

- É difícil não estar perto delas e não poder ajudar como sempre fiz. Tudo foi eu, Miguel. As reuniões na escola, dia das mães, as meninas evitavam ir as apresentações, pediam ajuda para Berta e Constança e passavam o dia na cozinha preparando comidas estranhas. - Alejandro sorriu em meio as lágrimas.

- A gente sabe que a Sofia cozinha muito mal. - O guia brincou. - E sei que tudo terminava em pizza.

- Sim, no final a gente comia pizza. Nossas noites contando histórias ao redor da fogueira no quintal, cantando até às estrelas não aguentar mais. Todo esses momentos quem estava presente, quem organizou a vida delas, quem protegeu, cuidou e amou, criou e educou, foi eu Miguel. Quem transformou elas em mulheres de bem, ensinou que as pessoas são iguais independente de sexo, religião ou cor, quem mostrou que a vida tem seu lado bom, quem mostrou à elas a sempre enxergar o lado bom das pessoas, foi eu com a ajuda de Berta e Constança que muitas vezes, deixavam suas famílias de lado, para cuidar da minha.
Eu não admito que ela venha e atrapalhe vinte anos, como se tivesse algum direito de mãe ou o que seja.

- Meu amigo... - Miguel estava emocionado com as palavras do amigo, antes de Alejandro morrer, ele já sabia que seria o guia do homem, e conhecia em partes a história dele, mas ouvir ele falar, era completamente diferente. - Camila e Sofia viram o melhor e o pior de você, eles sabem quem esteve com elas durante esses anos todos, as duas lhe amam incondicionalmente, Sinu jamais irá conseguir destruir ou apagar essa conexão que existe entre vocês três. - Miguel bagunçou os cabelos de Alejandro, fazendo o homem rir - Sinu trará muitas dores, e dirá a versão dela, mas as irmãs Cabello sabem que não importa o que ela diga, elas sempre serão suas meninas. Você as criou para perdoar e serem perdoados, tudo isso é um teste para que elas possam seguir a vida entendendo de fato que cada escolha tem sua consequência, seja ela boa ou ruim.

- As escolhas de Sinu tem peso ruim, Miguel. Elas ferem, machucam até corromper a alma mais pura. E você sabe, pois também acompanhamos os dias dela durante esses anos. Sinu irá trazer muito mal a Camila, com o pensamento cruel de que estará a livrando de um fardo futuro. E sabemos que não tardará para que os medos de Lauren criem vida, graças a essa peste de mulher.

- Deixemos que o destino se concretize, nem tudo serão dores, meu amigo. - Miguel disse vendo Alejandro limpar a face, enquanto olhava para a face inerte de Sinu lendo as informações que haviam nas pastas.

- Ela não vai destruir o que eu passei anos para moldar. - Alejandro sumiu deixando Miguel espantado.

- Alejandro precisará ser forte e saber entender que não pode mudar o que o destino preparou com a vinda de Sinu. - Ele suspirou fundo, e logo desapareceu também.

(...)


Complexo Médico e Odontologico Cabello & Hansen-Hamilton - Salão de festas - sétimo andar - Soho - Londres - Inglaterra - 10:00 

O dia mal havia começado e o salão estava uma correria, a festinha já era curtida por todos os convidados. Camila havia mandado fazer um bolo que fosse temático para o gosto de cada criança que iria comemorar junto com Eduarda, o que acabou sendo a principal atração da festa. O bolo longo, continha temas do Rei Leão, Pequena Sereia, Super Heróis, Princesas das Disney, Barbie e outros.

Eram cerca de quinze crianças, e por incrível mente maluca aquela situação toda fosse, Camila, Lauren, Dinah e Normani estavam se divertindo como nunca antes. Lauren havia ligado para sua família, que veio em peso, Camila chamou Constança e Berta para trazerem os netos, Sofia veio junto já que o interesse maior era em Taylor. Ela ligou para Allyson também, pois Duda exigia a presença da madrinha.

- Mama, cadê a Dinda Ally? - Duda veio carregando o suporte metálico, do soro deixando Lauren maluca.

- Mi amor, sua madrinha já está chegando. - Ela pegou a menina no colo com cuidado e com a mão livre, segurou o suporte arrastando ele de volta para a cadeira onde Eduarda estava sentada com outras crianças que se divertiam com a pintura facial.

- Ela está demorando, mama. Liga de novo,por favorzinho? - A menina juntou as suas mãos  forma de súplica fazendo um bico enorme.

- Está bem, mas me prometa que não sairá daqui, ou terei que pedir para Dinah grudar em você igual carrapato. - Lauren ergueu a sobrancelha esperando a menina falar algo. - Foi o que eu pensei, já volto! - Deixou uma beijo na testa da menina e se dirigiu para fora do salão que estava apinhado de pessoas com sorrisos felizes e brilhos nos olhos.

Ao sair do salão foi barrada por Dinah no caminho.

- Desembucha! - Dinah estava de braços cruzados, sorrindo para Lauren.

- Não sei sobre o que você está falando, licença. - Lauren disse se esquivando do assunto.

- Eu vi Keana agora pouco, e sei que a única pessoa que ela odeia aqui dentro é você, agora se eu juntar dois mais dois, vou chegar a conclusão de que aquela obra de arte tem sua assinatura.

Lauren segurou Dinah pelo pulso, e fez sinal para que ela ficasse em silêncio enquanto puxava a loira para o canto. Ao chegarem perto da porta do banheiro, ela olhou para os lados se certificando de que não havia ninguém por perto.

- Gostou mesmo? - Perguntou com um sorriso vitorioso nos lábios, até para Dinah era bom ver a Inglesa sorrir mais vezes. Lauren sentiu o pulso doer, e a palma da mão ainda ardia um pouco. Mas seu coração parecia ter ganho uma carga positiva com aquele momento, se sentia liberta mais uma vez.

- Garota, Keana tá toda arrebentada. Vi ela no estacionamento do complexo agora pouco quando fui receber o pessoal da empresa que a Camila contratou para animar a festa e nem a maquiagem deu jeito naquela cara. Muito meu orgulho você! - Dinah abraçou Lauren esmagando a jovem contra o corpo enquanto dizia o quanto estava orgulhosa dela por ter feito aquilo.

- E se ela ser parte de mim na delegacia? - Lauren perguntou temeroso agora.

- Já ouviu falar em legítima defesa? - Lauren concordou sorrindo - Então pronto, você bateu na vadia para poder se defender dela, e não se fala mais nisso, e aliás, eu vi tudo, presenciei ela sendo abusada, a polícia não precisa saber que essa parte da história é uma mentira, mas Deus viu tudo, e eu sou Deus. Então está tudo certo. - Lauren riu da mulher, Dinah tinha uma saída simples para qualquer situação crítica - Só não conta agora pra Camila, ela vai surtar.

- Está bem. Esse será o nosso segredo.- Ambas riram e Dinah começou a pedir detalhes da briga, Lauren se limitou, mas foi o suficiente para Dinah ficar repetindo várias vezes que Lauren agora era super Laurenzo, a heroína da bad life, o que deixou a inglesa um pouco envergonhada.

Dinah voltou para o salão, deixando Lauren ainda no corredor, ela havia dito que precisava fazer uma ligação e assim a loira saiu a deixando ocupada. A olhos verdes discou o número de Ally e esperou ser atendida, perto do último toque a jovem atendeu.

- Eu vou sim, Laur. Tive um contratempo, mas já estou a caminho. - Ally disse um pouco ofegante pois estava andando com pressa.

- Estamos lhe aguardando, quero te apresentar uma pessoa, acho que você irá gostar dela. - Ally sorriu do outro lado da linha - Não demore, por favor. Eduarda não para de perguntar pela Dinda dela.

- Estou chegando, não se preocupem... - Um certo silêncio pairou na ligação entre as duas, Lauren sentiu que a amiga queria falar algo - É... Lauren, eu posso levar uma pessoa? - Pediu baixo.

- Que pessoa? - Lauren rezava para que não fosse Troy, ou Ally teria sérios problemas em trazer ele para a festinha.

- Sei que você está pensando que é o Troy, mas não é ele. Não se preocupe. - Ally soltou um riso nasal, por uma lado apreciava o super cuidado da melhor amiga, mas Ally não pretendia volta com Troy, não depois do que ele havia feito. - É uma amiga, na verdade ela é mãe de um paciente meu, não me faça perguntas, depois te explico, posso levar ela ou não?

- Claro que sim, mas quero saber dessa história direito. - Como assim sua melhor amiga, tinha uma nova amiga? Isso era inaceitável. - Por favor chegue logo, Eduarda não vai parar até que você chegue.

- Tudo bem, já estou a caminho para ficar com a pestinha. - Ela riu, alguma coisa dentro de Lauren lhe dizia que Ally estava diferente até na forma de falar. Algo nela, havia mudado, e para melhor.

Ambas se despediram,e Lauren voltou para o salão de festas. No caminho encontrou Camila conversando com Normani e Dinah, a conversa estava estranha, Camila parecia preocupada e a Inglesa podia ver o cenho confuso da latina. Decidiu observar mais um pouco, de certa forma,Camila conseguia ficar mais linda quando estava preocupada com algo tão simples.

Logo viu, a latina colocar a mão na face e o semblante mudar rapidamente para desesperado, ela olhou ao redor e no instante seus olhares se cruzaram, Camila sorriu largo dizendo algo para as amigas e se afastando delas em seguida, Lauren daria tudo para saber o que se passava na cabeça da mulher, mas ao ver o brilho nos olhos de Camila,o jeito gracioso como ela caminhava, brincando com algumas crianças no caminho até que parou defronte a Inglesa, beijando-lhe delicadamente o canto da boca, fazendo Lauren suspirar pesado de olhos fechados.

- Você é tão linda. - Camila sussurrou com a bochecha colada na de Lauren, a respiração quente batendo no pescoço dela.

- Sempre galante, Senhorita Cabello. - Elas se abraçaram, o dia havia sido corrido e não tiveram muito tempo para se falarem, mas sempre que o castanho apaixonado encontrava o verde ansioso um singelo sorriso brotava no lábio de cada uma, representando que mesmo longe, elas estavam bem próximas uma da outra. - O que aconteceu? Vi você conversando com Normani e Dinah e parecia preocupada. - A inglesa calmamente colocou uma mecha do cabelo da latina atrás da orelha, e em seguida pousando a mão na bochecha de Camila, fazendo um leve afago, onde Camila carinhosamente beijou-lhe a palma de Lauren, fazendo ela sentir um gostoso arrepio atravessar todo o corpo, coração acelerou e logo seus pensamentos foram direcionados para o que havia acontecido na sala da latina mais cedo e o rubor ganhou cor e calor na face da mulher, fazendo a latina entender de cara a situação.

- Ei, tudo bem. Sei o que você deve está pensando, foi o impulso,prometo que não irá se repetir, prometi respeitar seu espaço e vou, me desculpe pelo que o que eu vou falar, mas por uma lado não me arrependo. - Camila sussurrou para somente Lauren ouvir.

- Tudo bem, não precisa pedir desculpas. - Lauren ficou mais vermelha do que o possível - Eu também gostei. - Ela escondeu o rosto entre as mãos e foi abraçada por Camila que sorria como nunca antes na vida. - Mas eu ....

- Não diga nada, tudo no seu tempo. - A latina frisou. Não queria avançar nenhuma sim com Lauren, já tinha tomado sua decisão e faria a Inglesa curtir cada fase boa e ruim de um início de relacionamento, desde a fase do conhecer, até a fase do finalmente felizes para sempre - Prometi ser o sei início e torná-lo o seu infinito, e cumprirei a minha promessa. Eu te amo Lauren, e isso não vai mudar nunca. Sempre irei te respeitar e cuidar de você como nunca fizeram.

- Você é maravilhosa, sabia? - Lauren rapidamente colou os lábios nos de Camila, soltando após morder o lábio inferior da latina.

- Eu sei, já ouvi isso muitas vezes. - Cama sorriu sapeca.

- Idiota! - Talvez Lauren tenha ficado com um pouco de ciúmes do que Camila havia dito.

- Ei? - Camila segurou o rosto da amada - Eu sou sua. - Olhou bem nos verdes e viu eles ficarem mais suaves. - Cada partícula minha, pertence somente a você, Lauren Jauregui.

- Boba! - Ela riu - Você não me respondeu o que havia acontecido, estou esperando. Algo se errado com o complexo?

- Não. - Camila disse abaixando a cabeça e coçando a nuca.

- Camila Cabello. O que aconteceu? - Lauren perguntou pela última vez  tom firme.

Camila respirou fundo olhando pra cima, talvez não topasse, mas teria que arriscar o pedido ou metade da festa estaria arruinada.

- A casa do Mickey não pôde comparecer e no lugar mandaram duas fantasias, uma de dragão e a outra de unicórnio. Dinah e Normani não cabem nas fantasias e, pelo que vi, uma delas cabe em mim. Mas não vou animar uma festa infantil vestida de dragão,Lauren. Ainda mais sozinha!

- Eu te ajudo! Não sou a pessoa mais animada da terra, mas se você quiser a minha companhia,estou aqui para me vestir até de Batman ou Superman. - Lauren sabia que Camila era fã dos dois heróis.

- Você aceita mesmo passar essa vergonha do meu lado? - Camila abraçou Lauren com força.

- Se a senhorita não quebrar a minha costela com esse abraço,eu até posso dançar. - Lauren riu - A parte do dançar é brincadeira, que fique claro.

Elas trocaram um rápido beijo e foram conversar com Dinah e Normani,para dizer que iriam se sacrificar pelas crianças. Até certo ponto, o plano do casal do Hansen estava as mil maravilhas. Camila e Lauren pegaram as fantasias com o casal, mas a Inglesa estranhou o fato das duas fantasias, terem as medidas certas dela e de Camila.

Quando ambas aparecerem com suas respectivas fantasias, Normani caiu na gargalhada. Viu que a esposa segurava um pincel nas mãos e decidiu aprontar uma com a amiga de longa data.

- Amor, me dá esse pincel. - Antes que a loira pudesse falar, Normani tomou o pincel da mão da esposa e foi caminhando até a faixa com um sorriso diabólico nos lábios, Dinah franziu o cenho confusa e esperou pelo momento. Havia uma faixa branca, enfeitando a cortina que decorava a parede do enorme bolo infantil açucarado. 

Enquanto as crianças ficavam encantadas ao verem um dragão e um unicórnio, Dinah ajudava na distração para que as duas não vissem sua esposa aprontando. Com a ajuda de enfermeiro, a negra escreveu  "Camila é o homem da relação".... Após ter escrito, ouviu-se gargalhadas por todo o ambiente, alguma mães fizeram cara feia, pois não existia uma pessoa em todo o complexo que não soubesse que Camila carregava uma montanha do mais puro sentimento por Lauren em seu peito, alma e pensamento.

- Eu sabia que a Lauren era uma florzinha. - Sofia gritou levando um tapa na mão que veio de Taylor.

- Oush baby, isso dói. - Sofia massageou local do tapa que estava vermelho - Preciso de beijinho pra sarar. - A garota fez um bico adorável.

- Não seja abusada, Sofia Cabello. - Taylor com as pontas do dedo, capturou um pouco da cobertura de chocolate e passou no nariz de Sofia enquanto ria satisfeita.

- Depois eu que sou a abusada. - A garota reclamou rindo, mas logo notou um olhar estranho sobre si, não via ninguém, mas desde a confusão com Julieta, toda vez que ia ver Taylor no complexo, Sofia sentia que era vigiada pela mulher e algumas vezes chegou a trocar olhares hostis com ela enquanto estava com Tay por perto.

Mas se havia uma coisa que Sofia não sabia, era que Julieta vinda tentando se reaproximar da jovem Jauregui e que a mesma aceitava,mas desde o ocorrido e a aproximação com a própria Sofia, Taylor só queria a amizade de Julieta, pois para a garota, Sofia havia mudado completamente tudo o que ela tinha em mente sobre a Cabello mais nova e o seu comportamento rude.

- Aposta quanto que isso é armação da DJ e da Normani?

- Elas não fariam isso, com sua irmã é muito menos com a minha, ou fariam?

- Nunca duvide das amigas da Camila, aquelas duas são piores do que eu. - Sofia sorriu orgulhosa,mas logo se arrependeu do feito.

- Então vai lá se juntar a elas. - Taylor se levantou e foi brincar com a sobrinha e as outras crianças.

- Urgh, segura a porra da língua Sofia. - Ela disse sozinha, indo atrás de Taylor para pedir desculpas.

Sem entenderem o motivo das risadas e olhares tortos, Camila olhou ao redor, procurando a razão das pessoas estarem olhando para as duas de forma engaçada, não demorou muito para que encontrasse a faixa com os dizeres, ela com certeza mataria Dinah por ter contado a Mani, sobre o que viu em sua sala. Preocupada com Lauren, a latina tratou logo desviar a atenção da mulher para um pacote bexigas e balões cheios, afim de brincar e divertir as crianças, quando a inglesa já estava completamente inerte em meio as brincadeiras, Camila verbalizou para suas amigas.

- Eu odeio vocês duas! - Dinah riu e jogou beijinho para Camila e Normani ameaçou escrever mais coisas na faixa para ridicularizar somente a latina no momento.

Camila levantou discretamente o dedo do meio, e o apontou para Dinah, onde a mesma pegou o celular e começou a digitar alguma coisa na tela. Olhou para Camila e sorriu. Em questão de segundos, ela sentiu o celular vibrar no bolso lateral da fantasia , desbloqueou a tela e abriu sua caixa de mensagens, onde tinha uma mensagem de Dinah.

"Chancho, acrescenta mais um dedo, e mostra pra Lauren, tenho certeza de que ela vai adorar" - Furiosa, camila guardou o aparelho de volta no bolso e prometeu se vingar das amigas.

Longe dali, uns sete andares abaixo do salão de festas, onde crianças se divertiam e algumas outras corriam, Ally era levada até o elevador junto de sua companhia. O segurança lhe ensinou onde ficava o salão de festa e já havia liberado a passagem da jovem e de sua acompanhante pelo complexo, através do comando de Camila e Dinah.

Durante o tempo que se manteve separada de Troy, Ally deu entrada no pedido de divórcio, não exigia muita coisa, somente queria a casa que era sua por direito, e parte dos direitos sobre a clínica de fisioterapia que mantinha em sociedade com o ex marido.

Muita coisa aconteceu e a cabeça da jovem. Ally não conseguia entender a tamanha ligação que ela sentia toda vez que Bernado, filho de Anne era levado pela mãe, para fazer as sessões de fisioterapia e mais que isso, ela tinha outra ligação com Nicholas,o segundo filho da mulher, ligações estranhas, onde o coração da jovem não reconhecia Bernardo como seu filho, mesmo as semelhanças entre ele e Troy fosse existentes na criança.

Podia ser seu subconsciente materno, mais uma vez lhe pregando peças aterradoras, mexendo com a saudade e sensibilidade aflorada e a dor que nutria por quatro anos. Vivendo sob a perda, e a culpa de ter deixado seu pequeno bebê sem a proteção materna por alguns segundos.

Ela não sabia explicar, seu coração gritava que Bernardo não era o seu menino, mas a cabeça dizia o contrato. Em contrapartida, existia o vínculo com Nicholas que não possuía nada dela, nem ao menos os olhos, mas tinha certa semelhança com um ente querido seu que havia morrido anos atrás. Nicholas era igualzinho ao avô de Ally, Miguel Hernandez.

Enquanto estava a caminho do complexo, ela encontrou Anne no caminho, a mulher iria pegar o resultado de alguns exames exatamente onde Ally iria, pararam para tomar uma café ou até mesmo uma chá , outra coisa que a jovem não explicava, era o fato de se sentir tão bem perto dela, uma paz lhe invadida ao ponto de fazer com que Brooke esquecesse dos problemas e focasse em Anne e o seu sorriso encantador, Ally não era lésbica, e nunca teve nada com uma mulher antes, mas Anne criava na cabeça da jovem​ inúmeras questões sobre o certo e o errado, fazia Ally questionar se realmente todas as sensações que seria toda vez que via a mulher eram somente coisas da sua cabeça confusa.

Ela não possuía preconceito algum em relação as pessoas e suas escolhas na vida orientações sexuais. Sua melhor amiga e irmã de coração é lésbica, e por muitas vezes Ally ajudou Lauren seguir o caminho da felicidade, mesmo com o traumas lhe bloqueando.

Ainda tinha Taylor, onde Ally enxergava a garota como sua irmã mais nova, e foi uma das pessoas que ajudou Tay a entender que o seu coração amava mulheres e não homens.

Porque era tão difícil para ela, Ally, entender que tamanha surpresa da vida podia ocorrer sim com ela?

- As vezes eu te olho e percebo que você precisa de alguém que cuide de você, Ally. - Anne disse enquanto segurava um copo de café com creme, observando o vapor do líquido quente subir em formas espirais e onduladas.

- Não, eu não preciso. Cheguei a conclusão que depois do Troy, o medo de que alguém me machuque novamente seja duas vezes pior, um coração ferido leva anos para cicatrizar. - Ally olhava para fora da cafeteria onde estava com Anne, a mulher esperava dar o horário para buscar os filhos na escolha e Brooke pediu para ir com ela.

- Todo mundo precisa, Ally. O seu coração só não soube escolher a pessoa que pertence à ele, e por isso se encontra machucado. O momento certo, um dia vai chegar, assim como essa dor que você carrega no peito, também irá passar.

- Você não sabe nada sobre mim, Anne. Então não diga como se me conhecesse de anos atrás.

Anne sorriu, ficou olhando para o copo de café que continuava a soltar vapores, mas com baixa intensidade.

- Sabe esse copo de café?- ela mostrou o copo de cor cinza e borda laranja. - Ele foi criado para manter o café ou qualquer líquido aquecido por cerca de uma hora, com o passar do tempo, ele vai esfriando e ficando gelado, e o sabor muda, fica intragável e perde a graça. Como dizia a minha avô: "Café frio é igual coração ferido, não tem graça e só se aquece novamente, se for na temperatura ideal" - Ally não entendia onde a mulher queria chegar, mas continuou escutando a analogia que Anne fazia sobre café e coração. - A pessoa que mantinha seu coração aquecido, deixou ele esfriar e agora a sua vida não tem mais graça. Mas se um dia você quiser que ele seja aquecido novamente, vai ter que se permitir sentir que a vida não para e as oportunidades passam. - Anne segurou na mão da garota, sorrindo sem mostrar os dentes, mas o brilho nos olhos dela estava diferente eram como se Ally não tivesse captado o real sentido de suas palavras naquele instante.

No horário marcado, Anne buscou os filhos na escola, ligando em seguida para sua irmã, avisando que não deixaria os sobrinhos com ela hoje, pois foi convidada para ir com as crianças a uma festinha de aniversário, para surpresa de Ally os meninos quiseram ir o caminho todo segurando em sua mão, mas Bernardo que ainda estava com o pézinho machucado, teve que ir no carrinho, mas o menino só aceitou ir, pois a pequena Brooke havia prometido um pirulito enorme para ele. Nicholas era o irmão protetor e disse que iria se certificar de que a promessa fosse cumprida. 

Os dois meninos, se dava muito bem, e por mais curiosa que fosse... Ally não conseguia confrontar Anne e lhe perguntar o porquê dos dois terem a mesma idade, sentia como se estivesse sendo completamente intrometida e inconveniente, ao ponto de transparecer que sua atitude fosse julgadora demais. Mas dentro de si, todo seu corpo pedia por uma resposta, algo arrancasse dela a duvida cruel ou a verdade satisfatória. Um dia, quem sabe, com um pouco mais de coragem, ela perguntaria e rezava para que Anne lhe desse uma resposta equivalente a qualquer coisa, pois nada tirava da cabeça dela que Bernardo Hathaway era sim o seu filho sequestrado há quatro anos atrás.

(...)



Notas Finais


E ai, o que acharam?

Sinu deve ter merda na cabeça pra tentar uma reaproximação com a Sofia. LOGO COM A SOFIAAAAAA! QUE DEUS PROTEJA ELA KKKKKKKKKKKK.

Volto logo.


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