História When It Left Being Just a Dream - Professora de Patinação

Madu p.o.v // BigHit Entertainment // Quarta-feira, 4:05 p.m

Estava no térreo da empresa aguardando por Jimin. Ele me perguntou se eu não queria sair com ele essa semana e eu aceitei com a condição de que eu escolhesse o lugar ao qual iríamos como ele me prometera no último encontro. Depois de alguns minutos vejo ele se aproximando pelo corredor.

-Hey Baby, tudo bem? Pronta para irmos? – ele disse assim que se aproximou e como sempre com aquele sorriso e eye smile que me derretem

Espera aí, ele me chamou de baby, isso mesmo? Senhor, eu não tô bem, Park Jimin Como se atreve?

-Olá Jimin, estou bem e pronta para ir. Vamos só pedir um motorista para nos levar…

-Ah não, vamos ter mais privacidade. Eu dirijo. Poderia ir colocando o endereço no GPS, por favor? Eu vou ir pegar o carro, espere aqui. – ele disse se dirigindo ao estacionamento.

-Não tem mesmo como discutir com você não é Park Jimin?! – falei pegando o celular para procurar o endereço

-Não. – ele disse antes de se virar e me dar uma piscadinha

Sorri olhando para a tela do celular mas principalmente sorri por dentro. Meu relacionamento com o Jimin havia evoluído de uma maneira muito rápida e natural embora eu nunca houvesse o chamado de Oppa e nem por um apelido de forma desrespeitosa. Tínhamos intimidade, e muita até, mas como mais nova eu ainda cuidava com a linguagem que direcionava para ele. Ele chegou então com um carro prata e alto que não conheço o nome e eu entrei.

-Qual o nosso destino, minha copilota?

-Só vai saber chegando lá.

Liguei o Bluetooth do celular para passar a imagem do GPS para o monitor e rumamos para nosso destino.

[…]

-Um roller skate rink, isso mesmo?

Estávamos na frente do estabelecimento com uma decoração moderna e divertida que chamava a atenção pelas cores néon.

-Exatamente – respondi olhando para o mesmo

-Ah May, eu não sei patinar… - ele me olhou com cara de coitadinho e com uma das mãos na Nuca

-Mas eu te ensino! Ah Jimin, você disse que eu poderia escolher, confie em mim, vai ser divertido! Por favooor… - falei fazendo bico implorando para ele

Ele me fitou por um tempo, deu um sorriso de lado que depois se transformou em um sorriso mais aberto. Ele apertou minhas bochechas

-Tá bom minha pequena. Vamos! – ele sinalizou com a cabeça para entrarmos

Sorri feliz e fomos para dentro. Na recepção pagamos o tempo em que ficaríamos por lá e alugamos os patins.

Lá dentro era super legal: tinha uma cabine de DJ e todo o lugar era meio escuro porém cheio de luzes de balada coloridas e uma música eletrônica bem alta. O rink era bem grande e todo cercado para que quem não soubesse andar pudesse se apoiar. Em um canto havia uma área cheia de máquinas de video game e jogos de fliperama e até uma lanchonete pra sentar, comer e conversar.

“Woaa!” ouvi Jimin dizer ao meu lado. Não o encarei porque também apreciava a beleza do lugar e também estava impressionada. Sentei-me em um dos bancos próximos a pista e logo coloquei meus patins. Assim que os calcei , caminhei até a pista empolgada e comecei a patinar em uma alta velocidade (a pista estava relativamente vazia pelo dia e horário). Gostava dessa sensação e havia muito tempo que não a sentia. Deixei de acelerar e me permiti ir diminuindo a velocidade gradualmente enquanto fechava os olhos e abria os braços. Voltei então para perto de Jimin, que terminava de amarrar o cadarço do último patin (eram aqueles patins antigos de couro com 4 rodas)

-Você patina muito bem! – disse ele levantando o olhar para mim – Fiquei até com receio agora.

-Para com isso, é prática, você pega o jeito! Vem, eu te ajudo. – estendi minha mão para que ele viesse e a segurasse

Ele respirou profundamente e se levantou, mas não conseguiu ficar meio segundo sem se desequilibrar e quase ir de cara no chão se não tivesse apoiado as mãos na borda do rink.

-Jimin! – exclamei assustada

-Estou bem! – ele me tranquilizou.

Assim que ele se firmou e se levantou ele entrou no rink. Eu fiquei em sua frente para lhe ajudar caso precisasse e pra passar segurança. Ele segurava forte no corrimão com as duas mãos e se sentia completamente perdido na plataforma instavel.

-Madu não sei se essa foi uma boa ideia… - se ele me chamou de Madu é porque era sério, ele estava realmente assustado e desconfortável

-Calma, vamos devagar. Primeiro, você tem que se familiarizar com a base instavel. Olhe pra mim!

Ele lentamente levantou o rosto em minha direção e ficamos nos encarando, fundo nos olhos um do outro, até que a respiração dele regularizar e ele parecer mais relaxado.

-Bom! – falei lhe lançando um sorriso tranquilizador – agora arrume a postura e flexione os joelhos para te dar ainda mais estabilidade.

Ele fez o que pedi sem tirar os olhos de mim. Podia ver que ele estava nervoso e tenço tanto que começou a rir e sorrir de nervoso.

-Está indo bem Jimin! Agora solte uma de suas mãos- ele arregalou os olhos de surpresa e medo – Calma! Olha, eu te dou minha mão para você segurar, assim você terá apoio dos dois lados: do corrimão e meu.

Ele relutou um pouco mas acabou segurando minha mão. Fomos patinando lado a lado bem devagar para ele ir pegando o jeito. Enquanto ele tentava eu explicava como eram os movimentos que ele tinha que fazer e ele foi se animando e relaxando. Descontraimos bastante, tanto que quando ele desequilibrava ou até caia ele era o primeiro a rir. Depois de um tempo ele soltou as duas mãos e passou a se apoiar somente em mim. Nesse momento nos dois ficamos meio envergonhados e já não ríamos tanto, porém fomos ambos ganhando confiança. Depois de um bom tempo praticando, Jimin já andava melhor. Ele quis continuar de mãos dadas comigo por segurança mas já estava bem adaptado.

-May, acho que pra mim já está bom por hoje – disse e saindo do rink – pode andar mais um pouco se quiser, eu vou devolver os patins e ir ao banheiro em seguida.

-Se você não se importar…. Faz tempo que não andava de patins.

-E continua boa assim? Não precisa humilhar – rimos do comentário- sem problemas baby, pode andar a vontade.

-Obrigado Jimin!

Percebi que ele anda me chamando bastante de baby. Será que o que a Cookie falou estava certo, ele está me dando apelido porque gosta de mim? Ah se ela estiver certa… Enfim, ele foi fazer como havia me dito enquanto eu aproveitava mais um pouco a sensação gostosa de andar em patins que me fazia falta.

[…]

Estávamos sentados no café do estabelecimento. Eu havia cansado de patinar e agora dividirmos batatas fritas e refrigerante enquanto conversávamos . Depois de risadas e um tempo conversando ele disse

-Sabe Madu, sua amizade é algo que me faz muito feliz. Com todas vocês na verdade, são todas meninas adoráveis, é gostoso conviver com vocês mas…

-Eu sou mais legal, sei disso. – ele riu do que eu disse e claro eu também, mas depois ele ficou mais sério embora ainda com um sorriso meigo no rosto

-Mas de verdade, obrigado por tudo isso. Me divertir muito esses últimos meses com vocês e vou ser sempre muito grato. Tem quase um ano que nos conhecemos não é?

Parei para pensar e realmente fazia um ano que os conhecíamos. Chegamos na Coréia no verão de julho do ano passado e foi logo na chegada que os conhecemos. Não ficamos amigos logo de cara mas sim, fazia um ano.

-Verdade Jimin, faz um ano desde a nossa invasão a sala de dança de vocês. – ri depois do comentário

-Sendo assim: A nossa amizade! – ele levantou o copo com a bebida para que brindassemos

-A nossa amizade!

Depois disso não muita coisa se sucedeu. Terminamos de comer, fomos explorar um pouco o lugar e depois voltamos. Ainda no carro, já no estacionamento da BigHit ele segurou minha mão e me olhou fundo nos olhos. Ficamos um tempo assim, é tudo que ouvíamos era a respiração um do outro.

-Muito obrigado por hoje Madu! Eu adorei passar esse tempo com você. Temos que fazer mais coisas assim, porque… por algum motivo, estar com você me distrai e tranquiliza. É realmente um escape das coisas que sobrecarregam uma vida como a nossa. Não quero ser só um amigo seu, mas alguém que você pode confiar tanto quanto as meninas do seu grupo. Pode confiar em mim pra tudo. – ele beijou a minha mão sem tirar os olhos dos meus.

Sem saber muito o que dizer, respondi

-Foi muito bom mesmo Jimin. Pode contar comigo sempre também e prometo falar com você sobre o que for.

Sorrimos um para o outro. Arrisquei e dei um beijo em seu rosto e voltamos para o dormitório. No apartamento assim que vi a Cookie falei para ela

-Ele me chamou por apelidinho hoje. Olha, se tuas previsões e macumbas estiverem certas…

-Só aguarde minha filha. Se MINHAS HABILIDADES de Omma estão certas, e estão, aposto que na próxima vez que vocês se verem vai ser inesquecível.

-O que você quer dizer?

-Apenas espere.

Bufei ao que ela disse e fui em direção ao meu quarto. “Louca!” disse subindo as escadas com direito a um “Eu sei.” De Lara como resposta.

Para ser sincera, no fundo eu espero que ela esteja certa.