Eu estava feliz em rever os meus irmãos. Hyoga era a criança mais linda que eu já tinha visto, os cabelos eram loiros como o da sua mãe ele tinhas os olhos azuis do nosso pai. Me sentia tão feliz ao pega-lo no colo depois de três anos, e o Dite estava fabuloso como sempre. Eu sentia falta da presença dele, por mais que fossemos completamente diferente ele me entendia muito bem e nesse momento eu precisava dos conselhos dele.
Nós já estávamos na igreja para o casamento do Degél com o Kardia, Dite seria um dos padrinhos -quando que esse sueco não fazia o que queria.- ele sempre sonhou em ser padrinho de casamento de alguém Então ele estava ansioso. O que me deixava com Hyoga durante o casamento, mas agora ele estava entretido brincando com outras crianças, e eu estava tentando acalmar um pouco o Dite.
Mas eu ainda não estava tão confortável em estar ali, e não por causa do Milo, que graças aos céus não tinha chegado ainda -tão típico desse grego se atrasar até pro casamento do irmão- mas estar aqui me deixava desconfortável porque me lembrava do passado, e o passado era algo que eu gostaria muito de esquecer. Mas isso não atrapalharia o dia do Degél, que era uma das melhores pessoas que eu conhecia e eu não poderia deixar transparecer o meu incômodo e estragar o dia de hoje.
-Hei, eu é que estou ansioso aqui Camyu.-falou Afrodite me tirando dos meus pensamentos.-Relaxa meu querido, já já isso acaba e você não vai mais precisar ficar aqui na igreja.
-Obrigado Dite.-eu falei esboçando um pequeno sorriso.
-Mas quem é aquela belezinha que está entrando ali?.-perguntou meu irmão olhando para entrada.
E maldita hora em que eu fui olhar, era Milo quem estava entrando e para minha infelicidade ele estava olhando pra onde eu me encontrava. E graças aos céus o Dite não pode saber o que eu tô pensando, porque pela primeira vez na minha vida eu concordo com ele.
Por mais que eu negue isso, o Milo está muito bonito hoje e isso ainda vai me deixar mais desconfortável, porque ele não sai da minha cabeça por mais que eu tente esquecê-lo. Eu não devia estar pensando isso, até porque o Milo é até bem parecido com a única pessoa que eu quero esquecer na minha vida.
-Aquele é o irmão do Kardia.-eu respondi antes que o Dite notasse que eu ainda estava olhando pro Milo.-O nome dele é Milo.
-Ele é bem bonito.-Afrodite disse com um sorrisinho malicioso.-Se o Kardia for parecido com ele o Dé está fazendo a coisa certa.
-Fica quieto Dite.-eu falei vendo que o Hyoga estava se aproximando do grego, junto com os garotos que ele estava brincando.-Eu vou lá buscar o Hyoga.
-Claro que é só pelo Oga.-meu irmão falou rindo enquanto eu me dirigia para a entrada.
Por mais que eu não queira concordar com o Dite, é claro que eu não quero ir lá só pelo nosso irmão caçula. Mas eu não posso me dar ao luxo de querer algo com o Milo, pelo que eu soube ele da em cima de todas as pessoas e além do mais eu não quero nenhum relacionamento, não depois do que aconteceu.
-Esse seu amiguinho novo é muito fofo Shun.-eu ouvi o Milo falando com um dos garotinhos.
Assim que o Hyoga me viu ele veio correndo na minha direção, ele não se dava muito bem com outras pessoas e provavelmente estava assustado com o Milo. É claro que o loiro tinha que olhar pra onde meu irmãozinho estava correndo.
-Camus.-ele já abriu um sorriso.-Achei que não ia te encontrar aqui atrás.
-Na verdade eu vim aqui só pra levar o Hyoga lá pra frente.-eu pude ver que o garotinho que estava com o Hyoga fez cara de choro e se abraçou nas pernas do Milo.
-Ei, o que foi Shun.-o loiro se agachou e o pegou no colo.-Por que você tá chorando?!
-Cam..-Hyoga estava puxado a minha calça.-Eu quero blinca com ele.
-Depois vocês brincam.-eu falei pegando meu irmão no colo.-Vamos lá com o Dite
-Ei Camus, espera.-não sei de onde tinha surgido, mas outro garoto, mais velho que Shun, estava segurando a mão de Milo.-Meus sobrinhos querem brincar com o seu filho?!-o Milo ficou meio confuso.
-Ele não é meu filho.-falei e dei uma risada.-É meu irmão caçula. Nós devemos ir para frente, o casamento já vai começar.
——-x——-
Depois de um tempo o casamento começou, a cerimônia estava realmente muito bela eu não sabia que Degél tinha feito algo tão bonito. Do outro lado eu podia ver que a família de Kardia era basicamente como ele, a maioria das pessoas eram loiras e com a pele bronzeada do sol. E isso era um pouco incômodo, eu poderia jurar que ele estava ali em algum lugar e isso estava me deixando muito desconfortável.
Mas ainda sim eu consegui suportar até o final do casamento, eu estava feliz pelo Degél e pelo Kardia eles eram boas pessoas e mereciam essa felicidade que podia se ver em seus rostos. E então nós fomos para a festa.
Eu não gosto de festas, mas infelizmente eu não podia faltar a essa então eu tive que ir. As pessoas estavam muito animadas, principalmente os parentes gregos que estavam presentes, o que era algo engraçado de se ver.
Fiquei sentado em uma das mesas olhando as crianças brincarem, eles eram tão fofos e o Oga estava se dando muito bem com as outras crianças. Pelo menos os meus dois irmãos estão se divertindo, desde que viemos para cá o Dite não sai da pista de dança.
-Achei que não te encontraria aqui.-para minha sorte era Milo que tinha me achado e estava se sentando ao meu lado.
-Claro que eu iria vir, é a festa de casamento do meu primo.-eu falei o olhando. Ele estava lindo com a camisa social aberta, o que deixava parte de seu peito a mostra.-Não sabia que Kardia tinha filhos.-eu falei lembrando de Milo ter mencionado sobrinhos na igreja.
-Aah mas ele não tem.
-E de quem são aquelas crianças que você chamou de sobrinhos.
-Eles são filhos do meu outro irmão. Você não deve conhecê-lo.
-Hm.. Eles não parecem gregos.-eu falei analisando as crianças.
-É que eles foram adotados.-eu ouvi ele suspirar.-Sabe Camus, me desculpe por ter te beijado antes.
-Tudo bem.-eu falei olhando para ele.-Só não faça mais.
-Claro, da próxima vez eu vou te beijar quando você quiser.-ele falou convencido.-Aliás você está bonito.
-Obrigado. Você também está.
Pude ver que Milo abriu um sorriso, e se aproximou mais de mim colocando uma de suas mãos perto da minha. Não sei porquê o elogiei, ele gostou e eu não deveria estar sentindo essa pequena felicidade. Ficamos um tempo em silêncio até que começou a tocar uma música lenta e meu sofrimento começou.
-Vem Camus vamos dançar.-o Milo já falou pegando o meu braço.
-Não obrigado, eu não danço.
-Qual é Camus, é uma festa.-ele falou já me puxando para a pista.-Só essa. Por favor.
-Tá bem.
Não sei porquê raios eu concordei com isso, mas fazer o que, deixei que Milo me conduzisse afinal eu não dançava mesmo -não era só uma desculpa- é bem até que não estava sendo tão ruim assim dançar com ele. Então enquanto Milo me puxava mais para perto dele durante a música, eu me deixar levar e quando dei por mim os lábios do loiro já estavam sobre os meus, e mais uma vez eu não pude fazer nada senão corresponder ao seu beijo.
Continua.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.