História When Passion's A Prison You Can't Break Free - An Angel's Smile Is What You Sell

É infelizmente pra mim eu encontrei aquele loiro de novo, desde que eu fui na empresa de Kardia pra tratar de alguns negócios relacionados a empresa e também resolver umas questões do casamento dele com o Degél, que aquele maldito loiro constantemente me perturba. Mesmo ele não estando pessoalmente, ele me perturba porque geralmente me pego pensando nele. E isso realmente não é nada bom, segundo o que o Kardia me falou o irmão dele sempre está interessado somente em sexo e eu não daria esse gostinho à ele, por mais que ele me parecesse interessante, eu não sou do tipo de pessoa que se pode ter só por uma noite.

Realmente acho que se eu ceder pra ele vou acabar me machucando porque infelizmente vou me apegar a ele, por isso não serei nem um pouco afetivo com ele, por mais que na cafeteria eu tive que me controlar ao máximo pra não ceder e beijá-lo. Acho que não vai ser nada bom ele trabalhar para o Kardia já que eu vou ter que ir a empresa deles com certa frequência, não quero me envolver com alguém agora, não depois do que aconteceu da última vez, fora que não seria uma boa ideia já que o Milo é da empresa que eu sou sócio, realmente não seria nada bom.

Estou tentando trabalhar mas a cena na cafeteria não sai da minha cabeça, não acredito conheço ele há uns três dias, no máximo, e ele não sai da minha cabeça. Meu coração é mesmo fraco, meu celular começou a tocar acredito que seja Degél pra saber o porquê de eu ter saído da cafeteria de repente.

–Alô.

–Oii Camyu.

–Dite?! Como vai?

–Muito bem maninho e você?

–Vou bem, com saudades de vocês aí na França.

–Novidades maninho, papai mandou eu e Hyoga ir para a Grécia pro casamento do Dé.

–Vocês vem pra cá?! Quando?

–Acho que daqui há umas horas.

–Como assim Dite?

–Nós já estamos no aeroporto, esperando o voo ser anunciado. Então quero que vá nos buscar no aeroporto tá ruivinho?! Beijos Camyu.

–Tchau Dite, até mais.

Então os meus irmãos mais novos estão vindo pra cá, não consigo acreditar que o Dite só me avisa agora.

Eu sou o mais velho de dois irmãos, eu sou francês mas Dite é sueco e Hyoga é russo. Como assim?! Meu pai se casou três vezes, primeiro com a minha mãe uma linda francesa de lindos cabelos ruivos assim como os meus. Nasci na França e passei quase toda a minha infância lá, mas a minha mãe sofreu um acidente e acabou morrendo no hospital, meu pai ficou muito triste com isso e acabou se mudando para a Suécia deixando a empresa dele para o pai de Degél, depois de um ano que nos mudamos para a Suécia meu pai se encantou com uma bela sueca, ela fazia parte do grupo de teatro que se apresentava lá, e meu pai acabou se envolvendo com ela e deixou ela grávida do Dite então eles resolveram se casar. Mas depois que o Dite nasceu a mãe dele ficou estranha ela não dava bola pra ele e eu acabei por cuidar dele, mais tarde descobri que ela tinha um caso com um grego rico e acabou deixando o meu pai. Depois disso nos mudamos para França de novo, mas meu pai continuava afastado da empresa. Quando eu já tinha terminado a faculdade e o Dite estava no ensino médio, meu pai resolveu viajar de novo, minha mão sempre sonhou em conhecer a Rússia, então meu pai teve a brilhante ideia de viajar para lá. Ficamos lá um mês, tempo suficiente para meu pai conhecer Natassia e se apaixonar perdidamente por ela, então meu pai adiou a volta para a França e ficamos morando um ano na Rússia, nesse meio tempo meu pai se casou com Natassia e o Hyoga nasceu. Depois nós voltamos para a França e meu pai reassumiu a empresa.

Quando Hyoga completou um ano eu me mudei pra Grécia a pedido do meu pai que montou uma filial aqui, então fazem três anos que eu não os vejo. Acho que o Hyoga nem se lembra de mim mas vai ser bom eles virem, afinal o Degél não conhece o Hyoga.

–Com licença senhor Camus.-disse minha secretária abrindo a porta.

–O que foi Marin?

–Um de seus sócios deseja vê-lo.

–Mande-o entrar Marin.

–Sim senhor.

Assim que minha secretária saiu entrou na minha sala a pessoa que eu menos esperava ver hoje, se vocês pensaram no Milo estão redondamente certos.

–O que faz aqui?-perguntei assim que ele fechou a porta.

–Calma Camus, só vim conversar um pouco.

–Acho que não temos nada pra conversar.-disse enquanto olhava ele puxar a cadeira e coloca-la na minha frente depois ele se sentou.

–Por que você foge de mim?

–Eu não fujo de você.

–Claro que foge, eu não fiz nada... Ainda.-ele colocou uma das mãos sobre a minha perna. É claro que eu a tirei de lá com nenhuma delicadeza.

–O que pensa que está fazendo?

–Eu só quero saber o porquê de você não me querer.

–Milo por favor, acho que você não entendeu que não quero nada com você.

Meu coração estava descompassado, a proximidade de novo estava fazendo com que eu perdesse a sensatez. Eu não posso me entregar a esse loiro mas os seus olhos tão azuis estão me hipnotizando, e o cheiro dele é tão bom. Meu Deus, Camus concentre-se não caia na lábia desse aproveitador.

–Não é o que me parece Camus.

Ele se levantou da cadeira e se colocou de pé na minha frente, depois abaixou-se e seu rosto estava a centímetros do meu eu não consigo pensar direito com essa proximidade. Ele terminou com a distância e prensou seus lábios nos meus. Por um momento eu não correspondi ao beijo, mas eu me deixei levar. O beijo dele é tão bom, nossas línguas dançando em um ritmo que me deixou fora do ar, até o beijo acabar pela falta de oxigênio. Ele se afastou de mim e eu retornei a mim e dei uma sonora bofetada em seu rosto.

–Mas o que pensa que fez Milo?! Saia daqui agora.

–Eu sei que você gostou Camus.

Segui até a porta e não lhe dei ouvidos.

–Saia, agora.-disse abrindo a porta para que ele saísse.

–Até semana que vem Camus.-ele passou pela porta e sorriu sensualmente pra mim.

Eu não acredito que esse loiro safado veio aqui só pra me beijar. Pelos deuses o que eu fiz pra merecer isso, não quero me envolver com ele mas esse beijo mexeu comigo de um jeito que eu não sei descrever, sabe aquela sensação de borboletas no estomago?! Então é exatamente isso que eu estou sentindo.

É melhor eu voltar a trabalhar e me concentrar no horário pra buscar o Dite e o Hyoga no aeroporto, talvez com os dois aqui eu possa me esquecer desse loiro antes que eu me envolva com ele.