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História When You Look Me In The Eyes - You Don't Know Anything About Me.


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


Hey, Sweets, mais um capítulo para vocês. Espero que gostem, eu já tinha esse capitulo em mente há muito tempo, é um capitulo decisivo para nossas amoras. Beijos. Apreciem.

Capítulo 10 - You Don't Know Anything About Me.


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - You Don't Know Anything About Me.

Emma saiu de seu prédio no mesmo horário que costuma sair todos os dias para o trabalho, a reunião com o representante da RBGold aconteceria às nove da manhã. Seguia seu caminho normalmente. Colocou uma música na tentativa de desanuviar a mente, seus pensamentos foram cortados por um congestionamento incomum para aquele horário, observou mais à frente e percebeu que uma colisão entre dois outros veículos era a causa. Olhou no relógio ficando apreensiva. Estava com tempo, mas se não liberassem a via logo correria o risco de se atrasar.

Seguiu diminuindo a velocidade e resolveu pegar o retorno mais próximo, sabia de um atalho e rumou para o desvio. Tudo fluía bem, transitou por mais cinco minutos por aquela avenida quando ouviu um barulho vindo do carro que a espantou, o som fazia menção de algo arrebentando. A velocidade foi diminuindo gradativamente e Emma encostou o veículo no acostamento, até que ele parou de funcionar de vez, para o seu desespero.

—  Não, não carrinho. Você não fez isso comigo, fez? Hoje não. —  Tentou ligar novamente, e nem sinal. — Céus, você fez.

Saiu do carro e imediatamente procurou o número do seguro em sua agenda e ligou sem demora. Entre espera e informações pedidas, o procedimento durou cerca de vinte minutos. Ela já deveria estar na empresa. A atendente lhe avisou que dentro de dez minutos chegariam para guinchar seu veículo. O que não ocorreu. Olhou novamente o horário, já passava das nove. Ela estava atrasada e se apavorou. Pegou seu celular e discou o número de Regina, mas não obteve sucesso. 

[Regina]

Na sala principal da Mills, estávamos Zelena, August, Ruby e eu. Faltavam dez minutos para começar a reunião e nem Killian Jones, nem Emma haviam chegado. Será que estavam juntos? Me peguei pensando no que vi ontem ao sair da empresa, Swan e Jones juntos. Ele a beijando, ele a abraçando. Aquilo não saía da minha cabeça. Foi só pensar, que a figura não grata do homem surgiu no ambiente, cumprimentou a todos, mas eu nem me dei ao trabalho de responder.

O analisei de maneira detalhada e questionei: como Emma foi capaz de cair na lábia desse imbecil que, ainda por cima, usa lápis de olho? Meus pensamentos foram se ordenando. Ele chegou em cima da hora, ela já estava atrasada, isso só podia significar que deveriam estar juntos, desde ontem. Uma repulsa me acometeu. Ela deve ter se atrasado por ter que ir em casa, trocar de roupa, ou coisa do tipo.

Eu estava irritada com essa possibilidade. Emma havia se mostrado competente, dedicada, até então. E em uma de nossas mais importantes reuniões ela simplesmente não chega no horário. Atrasos são intoleráveis, ainda mais por não saber separar vida particular e profissional. Na Mills, é inadmissível. O representante da RBGold cruzou a porta afugentando meus pensamentos.

—  Bom dia! —  Cumprimentou com um sorriso. Levantei-me e fui ao seu encontro para retribuir apertando-lhe a mão. —  Graham Humbert, é um prazer conhecê-la senhorita Mills. O senhor Gold me falou muito de você, mas não fez jus a sua beleza. — Me abriu um sorriso.

—  Gold, sempre tão gentil! —  Devolvi o sorriso não tão entusiasmado quanto o dele. — Seja bem-vindo à Mills. Fique à vontade. —  Apontei para uma das cadeiras próximas e assim ele fez. Segui para a ponta da mesa onde também se encontrava Zelena, ela me olhou preocupada e eu sabia o motivo.

—  Regina, Emma não chegou ainda. Será que aconteceu algo? —  Mais uma vez, a lembrança de Emma com Jones veio como flash e apertei os punhos, notei que ele cochichava algo com August mais afastado, com um sorrisinho de canto e franzi o cenho.

—  Vamos começar, não temos tempo de esperar a senhorita irresponsável. —  Soltei com um tom irritado.

—  Mas Regina... — Zelena tentou argumentar, surpresa com a minha atitude. Não estava decidida, não deixaria

—  Sem mais, Zelena. Se a senhorita Swan não tem compromisso com a Mills, nós temos com nossos clientes. — Praticamente sussurrei para que não nos ouvissem.

—  O que deu em você hoje? Por que está de esse humor péssimo? Está mais azeda que o de costume.

—  Eu não tenho tempo para suas perguntas, Zelena. —  Encerrei o assunto. Me direcionando aos presentes. —  Bom dia, senhores! Nesse momento iniciaremos nossa reunião, podem se sentar. —  Anunciei, recebendo olhares reprovadores de Ruby e Zelena.

                                                                                       ***

Emma adentrou a Mills com uma pressa descomunal. A loira imaginava quão irritada a engenheira estava por seu atraso e se amaldiçoou por isso, mesmo não tendo culpa diretamente. O seguro demorou para buscar seu carro, deixou seu número e o da Mills para qualquer eventualidade.

Por conta de tantos contratempos, a arquiteta atravessou as portas do elevador da empresa passando pouco das dez da manhã. Explicaria tudo para Regina e Zelena, esperava que elas entendessem o imprevisto, sabia da importância dessa reunião, principalmente para ela e para Regina, pois, o trabalho fora praticamente todo delas.

Caminhou a passos largos quando a porta se abriu e avistou o corredor. Chegou na mesa de Mulan e encarou a secretaria praticamente sem fôlego.

—  Já estão em reunião? —  Perguntou afoita, com a respiração desregulada e a mão no peito — Eu liguei para Regina, para você e até para Ruby, mas ninguém atendeu.

—  Emma, o que houve? —  Perguntou Mulan, preocupada. —  Bem, eu estava lá dentro fazendo anotações. E você sabe como é, não se usa celulares durante as reuniões da Mills, eu saí agora porque terminaram, só estão socializando.

— Aí, Mulan, carro parou no meio do caminho. —  A loira explicou, seu semblante preocupado, fez Mulan sentir certa pena da loira. — Uma confusão. O seguro ligará para cá avisando para onde o levaram, que horas poderei buscar. Pode me informar, por favor?

— Claro, Emma. Não se preocupe. —  Mulan tentou tranquilizar a amiga, lhe dedicando um sorrindo e em seguida um copo com água.

— Obrigada! —  Emma respondeu, bebeu um gole exagerado do líquido transparente — Minha preocupação maior agora é Regina não querer me matar.

— Tenho certeza de que quando você colocar seus motivos ela e Zelena entenderão.

—  Tomara!  

A reunião tinha se encerrado, o senhor Graham Humbert se despediu das irmãs Mills e dos demais, alegando ter compromissos seguidos. Parecia satisfeito com o que viu. Logo que ele deixou a sala, sua saída foi notada por Emma.

A loira cruzou a porta chamando o olhar de todos para si, não pôde deixar de notar a presença de Jones e lembrar da noite anterior, o fitando de relance. Isso não passou despercebido por Regina, deixando seu enraivecimento em grau mais elevado. Desviou o foco para a morena, perceebeu o quanto a mulher estava descontente. Se aproximou devagar, como se só houvesse as duas ali.

—  Regina, me desculpe eu tive um imprev... —  A loira tenta falar, mas a engenheira a cortou de imediato.

—  Senhorita Swan, seus motivos particulares não me interessam. —  Falou em tom frio e voltando aos tempos em que a tratava de maneira formal. —  Uma coisa que eu valorizo nos meus funcionários é a responsabilidade.

—  Regina, deixe-me explicar, acontece que eu estava a caminho... — Mais uma vez a loira tentou e, mais uma vez, foi interrompida.

—  O que eles fazem fora daqui, estão cansados de saber não me importa — Aproximou mais seu rosto a encarando. — Contanto que estejam aqui, no horário certo, para cumprirem com seus compromissos, afinal, são pagos para isso, senhorita Swan.

—  O que você está insinuando com isso, Regina? – Emma inflamou, no mesmo tom de voz que Regina direcionou a ela.  —  Que eu cheguei atrasada por que quis, por ser irresponsável? 

—  Por acaso não é o que parece? Você foi irresponsável, Swan! —  Praticamente gritou, assustando os demais.

—  E você está sendo injusta. Não me deu a chance de explicar.

—  Regina, pare com isso. Com certeza Emma teve um bom motivo para não estar presente na reunião. — Zelena tentou amenizar o clima. Mas Regina não lhe deu ouvidos e continuou naquela troca de olhares fulminantes.

 —  Ah, eu injusta? Sério? Senhorita Swan, aprenda uma coisa, primeiro vem o dever, depois o prazer. Seus pais não lhe ensinaram isso? —  As palavras saíram ríspidas, de maneira impulsivas. Regina parecia fora de si.  —  Deve ser por isso essa sua postura. —  Aquilo caiu como uma bomba na mente da loira. Regina tinha tocado em uma área proibida para Emma: seus pais. A loira fora tomada de uma fúria que fez seus olhos verdes escurecem um tom.

— VOCÊ NÃO SABE O QUE DIZ! — Emma gritou, surpreendendo a todos, chegando mais perto da morena. — Você não sabe nada sobre mim, ou sobre a minha família, Regina Mills. — Os olhos de Emma estavam marejados e aquilo apertou o peito de Regina. — Talvez os meus pais não dispuseram de tempo o bastante para me ensinar muita coisa, mas com eles eu aprendi a ser cordial e justa com as pessoas.  — Emma colocou para fora tudo que sentia naquele momento. Regina a olhava paralisada, de certo que estava surpresa com sua reação.

Emma teve certeza de que, depois de sua atitude, seria demitida também depois disso, mas não aceitaria que alguém a tratasse de tal maneira. Então, ela deu as costas para Regina,  pronta para deixar a sala, mas se deparou com Mulan parada na porta a olhando de olhos arregalados.

—  Algum problema, Mulan? —  Zelena perguntou, ainda embasbacada com o que acabara de acontecer ali.

—  Ah, não é que... —  A secretária gaguejou, sentindo o clima tenso pairando no ar —  Eu vim avisar à Emma, que o seguro ligou passar o endereço do local para onde guincharam o carro dela há pouco. —  Ao ouvir aquilo todos se voltaram para Regina, exceto Emma.

—  Obrigada, Mulan! — A loira agradeceu e saiu da sala sem olhar para trás.

Após a loira sair, Zelena dirigiu a fala a irmã com tom abismado

—  Regina, você enlouqueceu? O que deu em você para falar com Emma assim?

—  Saiam. Estão dispensados. —  Ordenou, sem se mover.

August e Killian imediatamente deixaram o lugar, Ruby estava a um passo de sair, mas não se segurou, não sairia dali sem falar  o estava sentindo e o que Regina precisava ouvir.

—  Você foi insensível e injusta com Emma, Regina. Principalmente em falar para alguém sobre os pais que ela perdeu em um grave acidente, quando era apenas uma criança. Você não tinha esse direito. —  Ruby jogou na cara da morena e saiu.

Regina ficou perplexa com a revelação. Ela entendeu a reação de Emma quando ela citou os pais. Um sentimento de culpa lhe assaltou, a morena desmoronou na cadeira atrás de si e levou suas mãos ao rosto. Zelena, que ainda se encontrara na sala, chegou mais perto da irmã.

—  Sis... eu sei como você se sente, como uma verdadeira imbecil, certo? —  A ruiva tocou o ombro da mulher que levantou o rosto ficando de frente para o dela. —  E sabe de uma coisa? Você foi mesmo, foi arrogante e muitas outras coisas com Emma.

—  Zelena. Eu quero... — A irmã tenta falar, a ruiva a freou. Não permitiria que sua irmã cometesse tantos erros em um único dia.

— Shiu...você já falou demais hoje, não acha? Regina, faça um favor para todos, principalmente para você: seja uma imbecil que sabe reconhecer seus erros e melhor ainda, que sabe consertá-los. Agora sim, eu vou deixar você sozinha. — A ruiva  recolheu todo o seu material e saiu deixando Regina absorta em seus pensamentos.

[Emma]

Entrei como um furacão em minha sala, batendo a porta com certa força, estava com vontade de quebrar tudo. Ao mesmo tempo tentando entender o que havia acontecido com Regina. Nem sequer me deixou explicar o motivo do meu atraso, foi inflexível, mas o pior de tudo, o que me magoou, foi ela ter citado algo que tanto me machuca. Minha família, meus pais. Ela não tinha esse direito. Ninguém tinha.

Eu andava de um lado para o outro, conclui que Regina Mills poderia ser impiedosa quando queria. Respirei fundo, logo senti a porta se abrindo e Ruby entrando visivelmente nervosa.

— Emma, como você está? — Perguntou, demonstrando sua preocupação. — O que aconteceu ali?

—  Estou me fazendo a mesma pergunta. —  A encarei. Tentando não desmoronar. —  Quem a senhorita Mills pensa que é para tratar as pessoas assim?

—  Eu não entendi o que deu nela, Emma. Está certo que Regina tem essa fama de durona, mas ela sempre foi justa. E você a confrontou, achei que ia sair fogo dos olhos de vocês.

—  Comigo ela não foi justa, muito pelo contrário. Eu não poderia aceitar aquela situação calada, Ruby.

— Oh, Emma. Vem cá. Sente-se aí e se acalme. — Pegou minha mão e me leva até a cadeira. —  Regina teve um rompante. Muito infeliz, porém, ela não poderia imaginar. – Ruby tenta justificá-la.

— Não a defenda, Ruby. — Meu tom de voz saiu mais alto do que desejava. Eu estava muito irritada — Confesso, que ela ter falado da minha família, foi o que mais me magoou sim, mas também foi por todo o resto. Por ela não ser flexível, por não levar em conta tudo que passamos juntas nesse projeto,  tudo o que compartilhamos nesses meses. —  Respirei fundo, me dando conta que Regina tinha me decepcionado com sua atitude —  Eu esperava mais dela, eu pensava que... —  Parei ao me dar conta que já estava falando demais. —  Deixa para lá. Eu me enganei com Regina Mills.

— A irritação dela foi surpreendente, Regina é mandona, mas é sempre elegante. Não perde o controle. Até August e Jones ficaram assustados. — Uma agitação tomou conta de mim ao ouvir o nome de Killian. — Que aliás, parece estar caidinho por você. — Ruby tentou descontrair mudando para um assunto que eu não gostaria.

— E... pode ser, mas pode não ser. — Não sabia se devia falar para Ruby o que aconteceu com Killian na noite passada.

—  Emma, tem em algo a mais, não tem? —  Ruby me encarou e eu a fitei de volta, mas logo desviei. Ela parecia perceber tudo que se passava comigo. —  Anda loira, fala. —  Respirei fundo e decidi desabafar com a minha amiga, ou eu explodiria.

— Ruby, ontem aconteceu algo entre Killian e eu...

— Aconteceu o que, Emma Swan? — Ela se ajeitou na cadeira, então, comecei a contar:

                                                                       Flashback On

 O expediente da Mills, por fim havia terminado, o dia foi longo, fui para o estacionamento quando cheguei na vaga, que sempre costumo estacionar, Killian estava encostado no meu carro, estranhei sua presença ali, então lhe perguntei.

— Killian, ainda por aqui? Aconteceu alguma coisa?

— Hey, linda!  — Me chamou de um jeito um tanto pessoal. — Não aconteceu nada, eu estava te esperando. — Respondeu-me sorrindo.

— Tem algo tão importante a me dizer que não poderia esperar amanhã? — Rebati intrigada.

— Na verdade, eu vim convidá-la para tomar um drink e relaxarmos depois de um dia tão cansativo. Estamos precisando, não acha?

— Killian, o dia foi estressante, você está certo. Foi cansativo e tudo que eu quero é ir para casa. Não tenho ânimo para nada que não seja dormir.

— Por que sempre recusa meus convites, Swan? — Killian se aproximou quase colando nossos corpos. — Não percebeu que você muito me atrai?

— Digamos que eu não queira perceber. — Respondi dando um passo para trás. — Trabalhamos juntos, Jones, entenda que isso não é certo. — O alertei e ele se aproximou mais colocando a mão em minha cintura e senti sua respiração.

— Mas ninguém precisa saber, minha linda. Se queremos ficar juntos, é o que importa. — Me fitou de cima a baixo mordendo o lábio.

— Você está certo. — Ele deu um sorriso malicioso. — Só tem um problema, LINDO... — Enfatizei a última palavra.

— Então, diga qual é que resolveremos agora mesmo. — Disse animado.

— Eu não estou interessada. – Falei pausadamente, após aproximar nossos rostos, com um semblante sério. — Agora me solte, pois eu não lhe dei permissão para me tocar. —  Minha reação o surpreendeu tanto que o fez recuar um passo.

— Você não pode estar falando sério, Swan. — Abriu um sorriso sem graça.

— Tenha certeza de que estou, Jones. Por favor, me dê licença que preciso ir embora. — Me virei para abrir a porta do carro.

— Emma, só preciso dizer mais uma coisa, então depois a deixarei ir. — Falou atrás de mim. Respirei fundo já sem paciência.

— Fala, Kill... — Antes que eu pudesse completar a frase, sinto Jones virar e me imprensar com seu corpo na porta do carro em seguida colar seus lábios nos meus. Por um segundo, fiquei sem reação, afinal fui pega de surpresa. Ele me segurou com certa força, mas logo eu consegui empurrá-lo. Afastando-o para longe de mim. Eu estava queimando de raiva, que minha reação foi gritar.

— QUAL É O SEU PROBLEMA, JONES? — Limpei os lábios com o dorso da mão.

— Ah, Swan deixe de fazer charme, vai dizer que não gostou? — Ele carregava um sorriso cínico no rosto. — Não se faça de difícil, Emma. — Aquilo ferveu meu sangue.

— Esse é o problema de homens medíocres como você, se acham no direito de impor suas vontades sobre as mulheres, não sabem respeitar quando uma diz não e ainda acham que ela está se fazendo de difícil? — Falei com o tom de voz alterado. — Não Killian Jones, eu não tenho interesse em ser mais uma das suas conquistas, eu não tenho interesse em ir para a cama com você, simplesmente porque você não me desperta nada, nem físico e nem emocionalmente falando, será que agora você entendeu? — Respirei fundo, ainda encarando Killian. — E se isso se repetir, pode ter a certeza de que não titubearei em denunciá-lo por assédio. — Finalizei ainda irritada. Ele nada disse, mas me fitava incrédulo com tudo que ouvira, simplesmente o vi se virando e sumindo da minha vista. Entrei no meu carro e rumei para minha casa, ainda me perguntando se o que tinha acontecido ali foi real.

                                                                Flashback Off

— Eu não acredito que aquele cretino foi capaz de fazer isso com você, Emma. – Ruby dizia chocada. — Emma você sabe que pode denunciar o Jones isso é...

— Jones é um imbecil. Não acredito que ele fará outra vez depois da ameaça que lhe fiz. A verdade é que, de ontem para cá, o caos instalou-se na vida de Emma Swan. —  Conclui para minha amiga querendo chorar, mas me segurei, não faria isso na frente dela.

— Emma, isso não significa que você não pode colocar tudo no lugar. Você é forte o bastante para isso.  — Ruby às vezes tinha as palavras certas para nos fazer parar e refletir. — Bem, eu preciso voltar ao trabalho, pois tenho o tal contrato para revisar e enviar para o representante da RBGold, e o humor de Regina está... você viu. — Ruby não concluiu. — Você vai ficar bem?

— Vou sim, não se preocupe. — Menti. Eu estava quebrada.  — É melhor você ir antes que a senhorita Mills resolva descontar em você também.

— Emma, você sente algo por ela, não é? — Arregalei os olhos. – Não adianta negar, eu tenho notado desde que Regina voltou, além de que, está escrito na sua cara.

— Ruby, eu não sei definir o que sinto. Mas Regina mexe comigo demais. Ela me intriga, as vezes me irrita, e me encantou como nenhuma outra pessoa fez antes. — Confessei, antes de um suspiro pesaroso deixar meus lábios —  Mas, isso não importa agora. Pois, para o meu bem a melhor coisa a se fazer é manter distância de Regina Mills.

— Tenho certeza que tudo vai se resolver entre vocês. — Ruby estava sendo bem otimista.

— Não tenha tanta...  — Rebati, ela apenas negou e saiu da minha sala.

Por fim, recostei meu corpo no encosto da cadeira, fechei os olhos e permiti que as lágrimas, que eu segurava desde que estava na sala de reuniões, rolassem por meu rosto. As lembranças do acidente que tirou a vida dos meus pais quando eu tinha apenas dez anos vieram como um filme ruim em minha mente. Do tempo que fiquei desacordada no hospital e de quando descobri ser a única sobrevivente. De não ter ninguém por mim, desde então, de ser jogada em um orfanato e a partir daí,  aprender a me proteger, a me virar só, porque de fato, eu estava só.

Fiz amigos no abrigo em que fiquei, alguns em especial, mas esses também se foram quando o tempo máximo para ficar no sistema se deu. Pude então, ser responsável por mim e tomar posse dos bens que meus pais possuíam, que não eram muito, mas o suficiente para que eu pudesse estudar e ter uma vida digna.   

Nessa época me dediquei ao máximo para entrar no curso de arquitetura. Umas das melhores da turma, mas eles nunca estiveram comigo para contemplar esses momentos. Mesmo carregando-os em meu coração, a presença física deles sempre me fará falta. Essas memórias estavam adormecidas, mas hoje Regina Mills as trouxe à tona.

— Regina Mills, você é uma idiota! — Com um suspiro decepcionado, desabafei.  

— Talvez eu seja, senhorita Swan. — Abri os olhos e Regina estava diante de mim,  me fitando com seus intensos olhos castanhos. 


Notas Finais


Tretaaaaaaa... então, o que acharam? E agora, Emma?


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