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História When You Look Me In The Eyes - Between Friends


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


Hello, amores! Capítulo da semana na área.
Antes de tudo, quero agradecer a cada um pelos lindos comentários! Responderei logo menos. Vocês são demais! Amo tanto!!

A fanfic está com capa nova e maravilhosa. Quero agradecer a Diana, vulgo minha cunhada Zel Diaba Mills, por tê-la feito! Love U cunhada.
A capa do capítulo de hoje foi minha friend viada, Helô quem fez. Thanks Viadaaa!
E sem mais dan dan dan dan and bla bla bla bla. Boa leitura!

Capítulo 23 - Between Friends


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - Between Friends

– Então, Zelena é sua ex namorada? – Belle entrega um dos copos de bebida para Robin e senta-se em uma das poltronas, situadas na sala do apartamento do homem.

– Quase ex noiva. – Robin dá um sorriso sem graça para a prima. – Ela literalmente correu do meu pedido de casamento.

– Nossa, isso é ... – Dá um gole em sua bebida. – Complicado.

– Na verdade, é frustrante. – Confessa. – Eu construí planos em minha mente, mas esqueci de perguntar se Zelena compartilhava dos mesmos. Mas, então, quando eu percebi que não olhávamos na mesma direção, doeu. – Diz pesaroso.

– Eu entendo. – Belle toca a mão de Robin. – E você ainda a ama? – Pergunta receosa.

– Pensei que com a distância, superaria mais fácil, ledo engano. Foi só ver Zelena outra vez, para descobrir que ainda sou apaixonado por ela. – Encara a prima – É uma mulher incrível, alegre, às vezes louca, mas isso é uma das características mais encantadoras nela. – O homem ri, sendo acompanhado pela escritora.

– Eu percebi isso quando a conheci, a história do cruzeiro que te contei no carro, mas jamais imaginei que a ruiva louca, a cunhada de Emma e sua ex, fossem a mesma pessoa. – Suspirou. – O destino é mesmo surpreendente.

– Sim, ele é... – Robin, um tanto confuso pelo comentário da prima, concorda. – Bem, querida prima, me desculpe, mas vou me retirar. – Bebe o ultimo gole de seu drink, colocando o copo sobre a mesa de centro. – Foram muitas emoções para um só dia. – Beija o rosto de Belle. – Boa noite!

– Boa noite, primo! – Lhe dedica com sorriso, enquanto acompanha Robin sumir pelo corredor. Recosta a cabeça no encosto da poltrona e fecha os olhos. – Zelena Mills, por que teve que cruzar meu caminho novamente? – Puxa o ar e solta devagar. – E em circunstância tão íngreme. – Belle se levantou e se dirigiu para seu quarto. 

***

Zelena acordou cedo naquele domingo, não conseguiu dormir direito, o encontro inusitado com Robin a deixou pensativa, desconfortável, ainda mais após descobrir que ele é primo de Belle. Levantou, colocou o robe por cima da camisola e deixou seu apartamento. Pegou o elevador e desceu para o apartamento de Regina, tocou a campainha uma, duas e quando fez menção de tocar a terceira vez, a porta foi aberta por Emma, que vestia um dos pijamas de Regina.

– Bom dia, cunhada! – Zelena adentra o local. – Interrompi alguma coisa? – Seu tom era carregado de malícia.

– Bom dia, Zelena! – Emma fecha a porta. – Não interrompeu nada. Estava ajudando Regina na cozinha.

– Ótimo! Estou faminta! – Confessa. – Vim mesmo tomar café com vocês.

As duas seguem para a cozinha, onde Regina preparava algumas panquecas.

– Ah, panquecas, eu amo suas panquecas! – Zelena se senta na bancada sorrindo, recebendo um olhar incrédulo da morena.

– Sabe que eu nem imaginei que fosse você, Zelena. – Ironiza e coloca as panquecas em um prato. Emma pega mais um prato e serve uma caneca de chocolate quente para a ruiva.

– Devia acordar de melhor humor, sis. – Rebate e se vira para a loira. – Emma, você não está dando conta não? – Pergunta.

– Minha loira está fazendo muito bem o serviço, irmãzinha. – Encontra o olhar da loira e sorri. Emma pega mais um prato e uma caneca de chocolate quente e coloca na frente da ruiva.

– Então, cunhadinha, recuperada da surpreendente noite de ontem? – Emma senta-se ao lado de Zelena.

– Está brincando? – Oscila o olhar entre a loira e a morena. – Eu queria desaparecer quando vi Robin, desde que terminamos, não o tinha visto novamente. – Respira, tomando um gole de seu chocolate.

– Foi uma situação um tanto constrangedora. – Regina coloca o prato com algumas panquecas sobre a bancada e finalmente se senta ao lado de Emma para tomarem café. – Como se sentiu com isso, Zel?

– Não sei dizer, sis... foi como se tudo que passei com Robin viesse à tona, uma certa falta. Afinal, nós nos dávamos muito bem. – Confessa.

– Zelena, talvez você esteja naquela fase, pós fim de relacionamento, em que bate a carência. – Emma fala e Regina volta a atenção para sua namorada. – É normal sentir falta, vocês tinham uma rotina e ela foi bruscamente quebrada.

– Bem, se sente a falta de Robin por que não lhe dá uma nova oportunidade? – Regina serve uma panqueca para a ruiva.

– Eu não posso, Regina. Robin tem outros sonhos, quer casar, ter filhos, não posso amarrá-lo ao meu lado se não sinto o mesmo que ele, apenas para suprir carência.

– Sua irmã tem razão, amor. – Emma se posiciona.

– Bem, então saia, conheça pessoas novas. – A morena aconselha.

– A Belle por exemplo... – Emma fala e Zelena engasga ao ouvir o nome da escritora.

– O que? – Tosse tentando recuperar o fôlego.

– Belle acaba de se mudar para cá e, assim como eu, não deve ter muitas amigas. Vocês podem começar uma amizade, você poderá apresentar a cidade para ela.

– Seria uma boa, sis! – Regina sorri para Emma.

– Diferente de você, Emma, Belle tem Robin e você, como conhecidos aqui. – Ironiza, levando o garfo à boca.

– Minha amiga é, digamos, um tanto difícil de fazer amigos. – Emma revela. – Belle sempre estava enfurnada na biblioteca ou em algum livro.

– Oh, então vamos integrá-la, meu amor. É péssimo estar em um lugar e se sentir perdido, ou só. – Regina termina sua refeição e coloca seu prato na pia.

– E como pretendem fazer isso? – Zelena questiona.

– Vocês não, nós. – Emma a corrige. – Para começar que tal uma reunião lá em casa? Podemos chamar Ruby e Mulan também. – Sugere.

– Parece uma boa ideia! – Zelena concorda.

– Não parece uma boa ideia... – Regina se coloca, ganhando um olhar confuso das duas mulheres à sua frente. – É uma excelente ideia! – Conclui, sorrindo.

***

Aquela semana se passou sem muitas importunações. Durante esses dias, conversarem sobre a ideia de Emma de fazer uma reunião com as amigas, na tentativa de enturmar Belle. Determinaram os detalhes para o tal encontro, escolheram a data horário e até o cardápio. Emma, prontamente comunicou Ruby e Mulan e, em seguida, fez o convite à Belle. A escritora imediatamente aceitou, nos poucos meses que residia em Nova York, ainda não tinha feito nenhuma amizade, pois, sua prioridade era o lançamento de seu livro. Belle passava os dias trancada no quarto se dedicando no desenvolvimento de seu livro. Agora, ele já havia sido lançado, por mais que várias ideias fervilhassem em sua mente, gritando para serem colocadas para fora, nesse momento poderia tirar alguns dias para cuidar de si. 

Na sexta-feira, dia antecedente ao jantar das amigas, as irmãs Mills estava finalizando os relatórios e fechamentos daquele cansativo dia de trabalho, quando Emma adentrou o local com um buquê de rosas nas mãos, ganhando total atenção das mulheres, que se viraram para lhe fitar.

– Isso é para mim, Swan? – Regina sorri, se levantou e caminhou em direção à namorada

– Você merece todos os jardins repletos de todas as mais lindas flores, e mesmo assim, nenhuma delas se compararia à sua beleza, minha morena. – Emma se derrete. – Mas essas flores são para a Mills de beleza inferior. – Apontou para Zelena e Regina franze o cenho.

– Acho que precisa de óculos Emma... – Zelena completaria a frase, mas se deu conta de que as flores eram para ela. – Como é? São para mim? – Questiona confusa.

– Posso saber por que trouxe flores para minha irmã, Srta. Swan? – Regina pergunta com falsa irritação. 

– Amor, você acha mesmo que se eu fosse dar flores para Zelena seriam rosas? Um cacto talvez. – As duas riem.

– Me lembrarei das suas doces palavras, Emma Swan. – Fecha a cara, se fazendo de ofendida. – Me aguarde!

– Acabaram de entregar, cunhadinha. – Revela. – Como eu vinha para sua sala, Mulan me pediu para fazer tal gentileza. – Se aproxima da ruiva lhe passando as flores.

– Obrigada! – A ruiva sorri, admirando as flores em suas mãos.

– Quem mandou? Tem cartão? – Regina, curiosa, se coloca ao lado da loira.

– Tem sim. – A ruiva coloca as flores sobre sua mesa, pega o cartão anexado, o abre, em seguida. Um sorriso instantâneo brota em seus lábios quando lê a intensa e terna mensagem.

E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas me apaixonarei por você.
Robin

– Pelo sorriso dela, deve ser ... – Emma se pronuncia, sendo abruptamente interrompida pela ruiva.

– Robin. – Confessa, passando o cartão para Regina que lê com Emma. – Fofo, não?

– Isso significa que meu ex cunhado quer se tornar meu futuro cunhado? – Regina dedica sua fala para Emma.

– Isso significa que ele não desistiu, amor. Mas será que ele tem chances? – Responde para a morena. – Eis a questão.

– Acho que eu ainda estou aqui, não? – Zelena profere, revirando os olhos. Já deu por hoje, vamos embora? – Zelena pega sua bolsa e as rosas e sai a largos passo. Emma e Regina se olham e gargalham, seguindo a ruiva. 

***

Emma acordou cedo no sábado, saiu para o supermercado, precisava comprar os ingredientes necessários para fazer o jantar. A loira resolveu preparar uma massa; capeletti de carne ao molho bolonhesa. E para a sobremesa, brownie com sorvete. Não era adepta a cozinhar, mas quando se propunha, dava conta do recado. Chegou do supermercado, passou a lista de suas convidadas para que liberassem a entrada na portaria. Subiu, guardou os itens no devido lugar, separando o que usaria primeiro.

No fim da tarde, após receber um telefonema de Regina perguntando se ela queria ajuda, e prontamente dispensar o auxílio da namorada, Emma se enfurnou na cozinha para iniciar o preparo do prato principal. Fez a massa, a recheou e deixou descansar. Em seguida, se dedicou no preparo do molho, enquanto ouvia uma boa música e relembrança das vezes que tentava ajudar sua mãe a cozinhar, este mesmo prato, nos almoços de domingo. Finalizando seus afazeres na cozinha, partiu para tomar banho.

Escolheu um vestido leve e um sapato de plataforma de salto médio. Uma maquiagem proporcional para a ocasião e alguns minutos depois, Emma Swan estava pronta. Deixou seu quarto, após olhar no relógio e verificar que faltava apenas meia hora para o horário combinado. E como conhecia bem a namorada, sabia que a mesma não se atrasaria. Sorria, enquanto arrumava a mesa e fazia uma retrospectiva dos últimos meses, de como, em menos de um ano, sua vida sofrera um giro de cento e oitenta graus. Chegara em Nova York com a cara, a coragem e muita gana de superar os obstáculos que a essa lhe impunha. Não foi uma fácil. Entretanto, agora Emma estava animada, pela primeira vez, desde que se mudara, receberia amigos em sua casa. Claro, Regina, que pelo menos uma vez por semana dormia com a namorada, Ruby e Mulan eram presenças mais assíduas em sua casa. No entanto, para Emma, aquele era mais do que um simples encontro entre amigas, era a certeza de que a sua vida não poderia estar caminhando em melhor direção.

Esse, fora um dia que Emma muito se lembrou de sua família, principalmente de sua mãe. Apesar de ser apenas uma criança, a loira jamais esquecera todos os ensinamentos de Dona Mary, um deles dizia: “Quando você está em busca da sua lenda pessoal, o universo conspira para te ajudar a realizar”. Epígrafe que a senhora Swan tomou, e passou para a filha, como filosofia de vida; depois ler a obra de um escritor chamado Paulo Coelho. Para Emma, nesta etapa de sua vida, essa frase nunca fez tanto sentido. Um sorriso saudoso brota de seus lábios, mas antes desse se desfazer, o som do toque da campainha lhe adentra os ouvidos. Coloca o ultimo garfo sobre a mesa e caminha até a porta abrindo– a e se deparando com as irmãs Mills.

– Hello, cunhada. – Zelena deposita um beijo no rosto de Emma, entrando quando a loira lhe dá passagem.

– Boa noite, Zelena. Caprichou! – Swan elogia o traje da cunhada, antes de voltar total atenção para a namorada. – Mas, minha morena, é a mulher mais linda desse universo. – Segura Regina pela cintura, lhe puxando delicadamente para dentro, antes de colar seus lábios e fechar a porta.

– Eu adorei essa recepção! – A morena diz ao fim do beijo. – Você está linda!

– Não tanto quanto você. – Emma sussurrou, dando mais um selinho em Regina.

– Oh, céus! Eu estou aqui. – Zelena cruza os braços. – Vão para o quarto, porque não sou obrigada a bancar o castiçal. – Se senta no sofá.

– E então, pelo que vejo, fomos as primeiras a chegar. – A morena explana. Mas antes que Emma mencione algo, a campainha volta a tocar.

– Não precisará mais servir de castiçal, Zelena. – Emma ri e abre a porta.

– Meus fãs, cheguei... – Ruby ultrapassa a porta, juntamente com Mulan.

– Olá, meninas. – Mulan diz sem jeito.

– Fiquem à vontade. – A loira as cumprimenta.

– O que você dizia mesmo, Emma? – Zelena encara a cunhada. – Ainda bem que tenho duas mãos, uma para cada vela. – Ironiza, arrancando sorriso de todas. Emma fez menção para fechar a porta quando a figura de Belle se fez presente.

– Boa noite! – A escritora disse, parada na porta. Todos os olhares se viram para ela.

– Belle! – Emma dá passagem para a mulher entrar. – Bem-vinda à minha casa. – A escritora a cumprimenta com um abraço.

– Obrigada, Emma!

Belle abraçou Regina e cumprimentou gentilmente, Ruby e Mulan quando Emma fez as devidas apresentações. Deixando para cumprimentar a ruiva por último, ao sentir Belle se aproximar, Zelena se levantou, se admiraram e ambas, esboçaram um sorriso sincronizado.

– Zelena Mills. – Belle é a primeira a quebrar o silêncio. – É sempre um prazer revê-la.

– Como vai autora? – Lhe beija a face.

– Bem! Melhor agora... – Desvia o olhar da ruiva para as demais. – Que estou aqui. Muito obrigada pelo convite, Emma. – Fita a loira.

– Eu que agradeço a sua presença, Bel – Emma sorri.

Se acomodaram nos sofás e poltronas. Falaram amenidades do cotidiano por alguns minutos, quando Emma sentiu que Belle estava à vontade com as demais, pediu licença e seguiu para a cozinha para dar andamento ao jantar. Fora acompanhada por Regina que se ofereceu para auxiliar a namorada nos últimos detalhes. Swan colocou a massa para cozinhar em uma panela, coisa que não demoraria mais do que meia hora. Do outro lado da bancada, Regina admirava cada movimento da loira com um sorriso bobo no rosto, o mesmo que Emma lhe dedicou quando se virou e contemplou o olhar da namorada sobre si.

– Está gostando do que vê, Srta. Mills? – Emma se aproxima de Regina, encostando-a na bancada, envolvendo os braços em seu pescoço.

– A visão mais linda que meus olhos poderiam ver! – Regina pousa as mãos na cintura da loira. – Esse sorriso, esses olhos tão transparentes que revelam o que você está sentindo agora. – Regina acaricia o rosto de Emma.

– Então, eles devem mostrar o quanto eu me sinto feliz. – Deposita beijinhos nos lábios da morena. – Dizem o quanto eu te amo sem a necessidade de palavras... – Emma sente suas palavras morrerem quando Regina une seus lábios em um beijo apaixonado, denotando para ela que aquele sentimento era totalmente reciproco.

– Eu nunca pensei que fosse me sentir assim com alguém – Regina confessa, cravando suas orbes castanhas nas verdes. – Você transborda o melhor de mim, Swan. – Dessa vez é Emma quem envolve a morena em seus braços para mais uma declaração de amor, em forma de beijo.

Na sala, Ruby tagarelava sem parar. A advogada simpatizou de imediato com Belle e desatou a fazer perguntas sobre sua vida, ainda mais depois que soube que ela era prima de Robin e que conheceu Zelena no mesmo cruzeiro em que ela e Mulan estavam.

– Ainda não acredito que não nos vimos naquele cruzeiro? – Oscila o olhar entre Zelena e Mulan. – Não é amor?

– Mas quando as coisas dão para acontecer, é no tempo certo, Ruby. A conhecemos agora. – Mulan se pronuncia.

– Talvez porque vocês estavam ocupadas demais para sair da cabine. – Zelena alfineta.

– Oh, então são elas? – Belle fita Zelena.

– As próprias. – Zelena revira os olhos. – Mas já nos acertamos e agora erguemos a bandeira de paz.

– Mas isso é por tempo limitado. – Ruby ironiza, encarando Zelena.

– Quando você quiser, cachorrinha. – Zelena rebate com um sorriso sarcástico.

– Cachorrinha é a... – Ruby é impedida de completar seu pensamento pela namorada.

– Vocês duas, por favor, se comportem. – Mulan repreende.

Nesse momento, Regina interrompe o assunto, chamando-as para jantar. As mulheres seguem a morena e cada uma toma um lugar à mesa. Regina adentra para a cozinha e retorna ao lado de Emma, depositando algumas travessas de cerâmica sobre a mesa. Sem delongas cada uma servem em seu prato uma porção de massa e de molho. Emma serve um vinho tinto, apropriado para o cardápio.

– Emma, isso está delicioso! – Mulan elogia.

– Cunhada, cada vez mais me convenço do quanto suas mãos são poderosas – Zelena solta, antes de levar mais uma garfada para a boca.

– Obrigada – Emma sorri.

– Cada dia você me surpreende mais, amor. Confesso não imaginei essa sua desenvoltura toda na cozinha. – Regina revela.

– Para você vê, que não é só no seu corpinho que Emma é desenvolta. – Ruby se pronuncia, arrancando gargalhada.

Seguiram o jantar de uma maneira descontraída, riam, falavam besteira. Belle contava como conheceu Emma, como se tornaram amigas. Estavam firmando e criando vínculos, estreitando os laços. Emma em toda sua vida, fora o tempo curto que vivera com os pais, nunca teve uma sensação tão agradável quanto aquela: a de estar em família.

Finalizaram a sobremesa e seguiram para a sala, onde Emma e Regina se acomodaram no sofá maior, juntamente com Belle. Mulan e Ruby no menor, e Zelena em uma das poltronas.

– Belle o que está achando da vida em Nove York? – Regina muda o rumo do assunto.

– Confesso que foi difícil no início, mas estou me adaptando bem. – Responde sincera.

– Eu passei por isso também, mas a melhor coisa que me aconteceu, foi vir para Nova York. – Emma E Regina trocam um sorriso cumplice.

– Acredito que logo terei a mesma opinião, Emma – Belle olha para Zelena, mas logo volta a atenção para as outras. – Para minha carreira como escritora, aqui facilitará muito as coisas.

– E você escreve sobre o que? – Mulan pergunta, interessada.

– Escrevo romance. O livro, que acabou de ser lançado, conta a história de duas pessoas de culturas extremamente diferentes, que se conhecem e se apaixonam. Elas, além de lidar com os conflitos internos, terão que sobreviver ao preconceito por serem duas mulheres que se amam, fator inaceitável para suas famílias. – Revela.

– Um romance lésbico? – Zelena fala surpresa e Belle ri.

– Uma linda história, que descreve o que o amor é capaz de vencer. – Belle relata.

– Já quero na minha mesa. – Ruby diz animada.

– Eu já comecei a leitura, e estou adorando. – Emma confessa.

Zelena, depois de ouvir o relato de Belle, se deu conta de que nem mesmo abrira o livro da escritora para ler a tal dedicatória. Agora, estava curiosa. O clima era agradável, uma contava um pouco de sua vida para as outras, arrancando risadas das ouvintes. Saíram do apartamento de Emma depois da uma da manhã. Mulan e Ruby foram as primeiras a se irem embora, prometendo que o próximo encontro não tardaria. Regina ficaria para dormir com Emma. Como Belle estava sem carro e viera de taxi, Zelena se ofereceu para deixá-la em casa. Belle abraçou Regina e Emma, agradecendo muito pela hospitalidade e todo o carinho e, claro, pelo maravilhoso jantar. Zelena despediu-se da irmã e da cunhada, seguindo para o carro com Belle. Emma fechou a porta e se refestelou no sofá, esticando suas pernas sobre as coxas de Regina

– Estou exausta, mas foi muito divertido. – A loira explana.

– Você foi maravilhosa, amor. – Regina acaricia as coxas da loira. – Que tal tomarmos um banho e depois eu te faço uma massagem? – Pisca.

– Proposta irrecusável. – Emma se colocou de pé, esticou a mão para Regina, que prontamente a segurou e rumaram para o banheiro.

***

– Prima do Robin, amiga da minha cunhada. Quantas coincidências, não? – Zelena resolveu puxar assunto, enquanto seguia dirigindo pelas ruas de Nova York.

– Eu não acredito em coincidências, Zelena. – Olhou para a ruiva e sorriu. – Acredito em destino. – Completa e Zelena engole seco.

– O seu livro fala disso também, que os destinos de duas pessoas podem estar ligados?

– Você não acredita nisso? – Belle responde com outra pergunta.

– Não. Eu faço meu próprio destino. – Rebate e Belle ri.

– Por mais que queiramos traçar o próprio destino, tem certas coisas que não nos é permitido decidir.

– Por exemplo? – Zelena questiona ao estacionar o carro em frente ao prédio de Robin.

– O amor é uma delas, Zelena Mills. – Encara a ruiva. – Podemos tentar, mas é impossível decidir quem amar. – Belle desprendeu o cinto de segurança. – Boa noite, Zelena, – Beija a bochecha da mulher. – Obrigada pela carona.

– Tenha uma boa noite, Belle, – Disse com um meio sorriso antes de ver a mulher descer do carro. Zelena deu partida no carro seguindo para sua casa.

Quando entrou em seu apartamento, a primeira coisa que viu foram as flores de Robin havia lhe mandado. Não havia ligado para agradecer, apenas uma mensagem de obrigada pelas flores. Passou para o quarto se despiu e foi direto para o banho. Quando saiu, Zelena sentou-se na cama e viu o livro de Belle sobre a mesa de cabeceira, o pegou, finalmente abrindo para ler a dedicatória na contracapa.

“E conversamos toda a noite,
enquanto a Via– Láctea, como um pálio aberto, cintila.

E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Indo a procuro pelo céu deserto.” (B)
 

Devolveu o livro para a cabeceira, mas fora dormir com as palavras, dedicadas a ela, rodeando sua mente.

Segunda-feira

Regina e Zelena chegaram juntas na empresa, vinham discutindo a pauta da reunião semanal. Passaram pelos corredores e estranharam a movimentação, atípica para o dia. Se entreolharam e pegaram o elevador, em instantes estavam de frente para Mulan que carregava um semblante um tanto pesado.

– Bom dia, Mulan! – Cumprimentam.

– Bom dia! – Respondeu tensa.

– Me traga um café bem forte, por favor. – Zelena pede.

– E avise a todos que dentro de dez minutos iniciaremos nossa reunião. – Regina solicita. As irmãs dão alguns passos na direção da sala de Regina, mas a secretária barra seus movimentos.

– Regina, Zelena, esperem. Tem uma pessoa aguardando vocês em sua sala. – Diz nervosa, se direcionando para Regina

– O que? – Zelena questiona. E quem é essa pessoa? E porque entra assim sem nem marcar um horário?

– Desculpem, mas eu não consegui impedir. – A secretária lamenta. – Ela disse que só aguardaria vocês lá dentro

– Ela? – Zelena franze o cenho.

– Pare de fazer perguntas, Zel. Venha, vamos acabar com isso de uma vez. Quero ver quem atreve a invadir meu território sem minha permissão.

A morena visivelmente irritada caminha em passos largos para sua sala, com Zelena em seus calcanhares. Regina abre a porta em um rompante, dando de cara com a figura, não mais misteriosa, sentada em sua cadeira. Zelena perde a fala e Regina franze o cenho, arqueando uma das sobrancelhas. A senhora, muito elegante, ergue seu olhar para fitá-las.

– Olá, queridas! – Lhes dedica um sorriso. – Mamãe está de volta!


Notas Finais


E agora? A Cobra, ops, a Cora está de volta!
Até mais, amores!


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