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História When You Look Me In The Eyes - How You Make Me Feel


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


Domingo, e o capitulo está na área!
Fiquem atentos para os fatos a partir de agora.
Boa leitura, seus lindos!

Capítulo 25 - How You Make Me Feel


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - How You Make Me Feel

Ambiciosa. Esse adjetivo caia como uma luva em Cora Mills. Uma mulher de origem humilde, mas que nunca se conformou com a vida mediana que levava. Seu alvo era ser membro da alta sociedade americana. Casar-se com Henry foi seu passaporte para chegar ao lugar que sempre pressupôs merecer. Uma vez lá, faria qualquer coisa para manter a pose que conquistou com tanto esforço.

 De péssimo humor, Cora bateu com força a porta da suíte do hotel, no qual estava hospedada. As coisas não haviam saído como esperado. E se tinha uma coisa que a matriarca das Mills não suportava, era ter seus planos frustrados. Andava de um lado para o outro do espaçoso ambiente, tentando organizar seus pensamentos e dissipar a raiva que habitava seu ser, desde o instante em que Zelena contestou seu desempenho como mãe. Cora bufou com a atitude da ruiva, que lhe pareceu um tanto desrespeitosa e ingrata. Mas nada lhe tirou mais do sério do que conhecer a atrevida Emma Swan.

– Garota insolente! – Esbravejou. – Como Regina pôde se envolver com esse tipo? De longe, me cheira a golpista. – Bufa. – Mas se minhas filhas acham que lançarão nosso estimado nome na lama, estão muito enganadas. – Pegou o celular, procurou o número que queria, o discando em seguida. Não demorou mais que três toques para ser atendida.

Em que posso servi-la, majestade? – Disse a voz do outro lado da linha.

– Às vezes você consegue ser tão patético! – Bufa, revirando os olhos. – Estou em Nova York e precisamos nos ver o mais rápido possível.

Como quiser, madame. Só me diga o horário e o local, e lá estarei. – Responde.

– Amanhã às 8 da noite. Lhe enviarei o endereço. – Enfatiza. Sem esperar uma resposta, Cora desliga o celular. Segue para a sacada do quarto, sentindo a brisa bater em seu rosto. – Sinto muito Srta. Swan, mas para ser minha nora, é preciso ser mais que uma órfã com diploma.

No meio da tarde, Zelena ultrapassou as portas do Mills Tower. Passou direto por Mulan, seguindo para sua sala. Sentou-se em sua cadeira e fechou os olhos. Inspirou e expirou. Estava mais leve. Depois de sair do café com Belle, foram caminhar pelo Central Park. Zelena explanou para a escritora o que havia acontecido. Passaram algumas horas numa conversa que, aos poucos, passou de tensa para descontraída; fazendo com que Zelena esquecesse, pelo menos por aquele instante, todos os seus dissabores. Deu um sorriso ao pensar no motivo de sua mudança de humor.

Pensou também, em como as pessoas tem a capacidade de provocar sentimentos diversos uns para com os outros. Analisou a existência de pessoas como sua mãe – capazes de deixar alguém no fundo do poço com sua escuridão – e, em contrapartida, a existência de seres tão carregados de luz como Belle, com a sutil capacidade de fazer bem apenas com sua presença. Foi a isso que a ruiva se apegou para desnublar sua mente e seu coração. Se apegaria na luz de sua mais nova amiga e em seus conselhos. Não deixaria que o autoritarismo e insensatez de sua mãe a atingissem mais.

– Zelena, por Deus! – Regina adentra a sala assustando a ruiva e desfazendo todo e qualquer pensamento. – Quer me matar de preocupação?

– Aí, Regina. E você quer me matar de susto? – Reclama.

– Onde esteve a manhã toda, Zel? – Regina questionou, antes de se aproximar e acomodar-se na cadeira de frente para a ruiva.

– Fui espairecer um pouco. Não conseguiria ficar um minuto mais ouvindo as barbaridades de Cora.

– Entendo você, sis. Realmente mamãe passou dos limites. Mas não se deixe atormentar pelo escarcéu que nossa mãe faz sempre que não fazemos suas vontades.

– Você nunca faz as vontades de mamãe, Regina. – Pontua. – Mas foi exatamente o que Belle me disse: não me abalar. E pretendo seguir seus conselhos. – Zelena indaga.

– Belle? – A morena lança um olhar confuso para a ruiva. – Esteve com ela?

– Sim! Quando saí daqui, fui àquele café perto do Central Park e por coincidência, ou por destino como Belle diz, nos encontramos. – Zelena explica, com um sorriso no rosto. – Logo após tomarmos café, passamos um tempo conversando e caminhando pelo parque. – Regina ergue uma das sobrancelhas.

– O destino insiste em promover esses encontros de vocês, não? – Regina sorri de canto – Mas fico feliz que Belle tenha aparecido em um momento tão oportuno. E mais feliz ainda, que estejam evoluindo nessa amizade.

– Me sinto bem quando estou com ela. – Confessa. – Digamos que Belle foi um balsamo depois da tormenta chamada Cora Mills. – Suspira. – Mas, o que aconteceu depois que eu saí?

– Minha vez de ouvir sermão, sobre meu namoro com Emma. – Regina conta, deixando Zelena boquiaberta. – Para variar, ela é contra.

– Claro, se Emma fosse a rainha da Inglaterra, ela seria um ótimo partido para você. – Ironiza. – Estou me perguntando como ela consegue saber de tudo.

– Você conhece dona Cora, sempre dá um jeito de obter o que quer. – Revira os olhos. – Mas ela está redondamente enganada se acha que vai interferir, ou dar palpite, no meu relacionamento com Emma. – Seu tom agora é sério. Zelena encarava a irmã e logo esboça um sorriso.

 – Nunca pensei que, depois de tudo, a veria tão decidida, tão apaixonada, sis. E não sabe como isso me alegra.

– Eu também nunca imaginei sentir o que, e como, me sinto agora, Zel. – Suspira. – Emma me completa, me transborda. Eu a amo tanto! – Confessa, emocionada.

– Isso está escrito na sua testa, sis. – As irmãs trocam um sorriso cúmplice. – E apesar de vocês serem um nojo juntas, são meu casal favorito no mundo inteiro. – Diz, em tom de brincadeira.

– Eu sei bem disso! – Se limita a dizer.

– E mamãe, ficou muito tempo aqui, depois que saí? – Volta o foco para a matriarca. – Pensei que ela ficaria com uma de nós.

– Também pensei, mas ela está em um hotel. – A morena informa. – Dona Cora foi embora soltando fogo pelas ventas, alguns minutos depois que Emma nos interrompeu e a chamou de sogra – Relembra e gargalha.

– Emma fez o quê? – Zelena não se contém e começa a rir também. – E eu perdi isso? Que afrontosa, ela. Daria tudo para ver a cara de dona Cora com isso. Me conta tudo, Regina.

– Outra hora, Zel. Temos muito trabalho. – Regina tenta se levantar da cadeira, mas Zelena imediatamente a impede.

– Não ouse sair dessa cadeira, Regina Mills. – Debocha, relembrando o jeito da mãe. – Não seja má, sis. Desembucha!

– Zelena Mills, você não tem jeito! – Com um sorriso, Regina revira os olhos para a atitude da irmã, mas volta a se acomodar no assento, e começa a relatar os detalhes de sua conversa com a mãe. Perderam a noção do tempo trocando opiniões, desabafos e conselhos. Era nítido que Zelena e Regina, eram mais que irmãs; eram amigas, confidentes e conselheiras; eram o porto seguro uma da outra.

***

No fim do expediente da terça-feira, Regina e Emma seguiram para o apartamento da morena, após recusarem o convite de Ruby e Mulan para jantarem com elas. A morena deu a desculpa do cansaço, mas a realidade era que Regina estava cheia de intenções com a namorada. Zelena também se recusou, alegando não ter vocação para vela. Sendo assim, cada uma rumou para seu destino.

Ainda no elevador, as duas mulheres trocavam beijos quentes, Regina estava impossível, provocava a loira desde mais cedo. Morena insistiu para que Emma fosse para sua casa. Emma, ultimamente, passava mais tempo no apartamento de Regina do que em sua própria casa. Não conseguia dizer não para a namorada, quando essa lhe pedia para dormir com ela. Regina sabia exatamente desse seu poder sobre Emma, e o fazia valer.

A morena ainda fechava a porta quando sentiu sua cintura ser envolvida pelas mãos da loira.

– Você está maravilhosa nesse vestido, amor! – Emma beija a nuca da namorada, passando as mãos pelo tecido preto, do justo vestido de Mills. – Desde que entrei na sua sala e a vi tão sexy, senti vontade de arrancá-lo e fazer amor com você ali mesmo. – Emma sussurra, arrancando um gemido tímido da morena.

– Emma ... – Fala manhosa. – Não atice a minha imaginação. – Se vira de frente para a loira, a empurrando contra a porta de entrada. – Então, você tem fetiche de transar comigo na minha sala, Emma Swan? – Regina sussurra no ouvido da loira, com sua rouca e sensual voz.

– Tenho. – Emma responde de olhos fechados, sentindo o calor entre suas pernas lhe invadir. – Me imagino todos os dias te devorando... – A loira perde as palavras quando Mills a cala com um beijo. Regina não se demora a arrancar a blusa de Emma ali mesmo. A morena se afasta para contemplar o abdômen sarado e os braços tonificados de Swan. Seu ventre deu o sinal de alerta.

Regina se despiu do vestido e sapatos, revelando suas curvas em uma lingerie roxa. – Então, me devore agora Swan, pois, estou transbordando de tanto tesão. – Chama Emma com o dedo indicador. Mordendo o lábio inferior, esboça um sorriso malicioso.

O centro de Emma respondeu de imediato, após seu cérebro absorver a imagem e as palavras da morena. A loira fitava aquele corpo, aquele sorriso; as provocações de sua namorada. Aquele clima inteiramente sexual a estava enlouquecendo. Para Swan, Regina Mills era a sedução em forma de gente. Balançou a cabeça de forma negativa, devolveu o sorriso safado para a mulher que se insinuava para ela e, sem mais esperar, a puxa para si. Sela seus lábios em um beijo carregado de desejo. Enquanto saboreavam a língua uma da outra, Regina deslizava as mãos pelos braços de Emma e as guiou para o sofá. Separou seus lábios dos da loira; suas respirações estavam ofegantes. Desceu uma de suas mãos até o zíper da calça de Emma, o abriu e deixou que a peça deslizasse pelas pernas da loira. Junto com a calça, Emma se livrou de seus saltos.

Regina empurrou a loira sobre o sofá e sentou-se em seu colo, posicionando uma perna de cada lado. Passou a se esfregar em Emma lentamente. Levou suas mãos ao fecho do próprio sutiã, retirando-o e jogando no rosto de Emma, que aspirou seu perfume, o deixando de lado em seguida.

– Ah, morena! – Emma levou ambas as mãos aos seios de Regina, passando a massageá-los. – Você é minha perdição! 

– Quero que se perca dentro de mim, Miss Swan. – Sussurra. Emma reage imediatamente à provocação da morena. Num rápido movimento, Regina se livra do sutiã da loira.

 Nessa atmosfera, carregada de desejo, tesão, Swan mergulhou sua língua nos seios da morena. As mãos de Regina se emaranharam nos fios loiros de Emma, enquanto a loira sugava seus mamilos com vontade. Os quadris de Regina começam a movimentar-se para frente e para trás. Sua intimidade já estava inundada, tamanho era o tesão que sentia.

– Você é linda, meu amor, e tão saborosa! – Emma deposita beijos no pescoço de Regina, o lambe até chegar em sua boca, invadindo-a com sua língua. Prontamente, Regina a recebe. Se chupam, sugam-se de forma faminta e desesperada. Regina não estava mais aguentando e num ato de exasperação, implorou:

– Hum, me toque, Emma. – Pediu, manhosa.

Swan não se fez de rogada, segurou firme com uma das mãos a cintura de Regina e com a outra afastou a calcinha da morena para o lado. Tocando a fonte de seu desejo. Pressionou o clítoris e o estimulou.

 – É assim que você quer, Srta. Mills? – Emma provocava. – Ou você me quer assim? – Deslizou o dedo médio para brincar com a entrada de Regina.

– Oh, por Deus, Swan! – A morena impulsionava os quadris para frente, na tentativa de obter mais contado. – Sim! Eu quero você dentro de mim. Quero que me foda agora, Srta. Swan. – Ordena, incisiva.

Emma sentiu o estrago que as palavras de Regina provocaram em sua calcinha. Tomada de um fogo descomunal, a loira mergulhou dois dedos de uma vez para dentro de Regina. A morena soltou um alto gemido, passando a se movimentar no colo da namorada. Os gemidos gritados, que saiam da garganta da morena, faziam com que a excitação de Emma aumentasse em altos níveis de intensidade. Emma a estocava firmemente, enquanto Regina rebolava cada vez mais rápido, ondulando seus quadris naquela dança sensual de vai e vem sobre os dedos de Swan.

– Oh, Emma... – Gemia, incessante e despudoradamente.

Emma proferia palavras que incentivavam a excitação da morena, que totalmente envolvida naquele frenesi, envolveu os braços no pescoço da loira, colando suas testas. As duas, abriam e fechavam a boca, selando vez e outra. Emma sentiu o orgasmo de Regina vindo, quando seus dedos foram apertados pelo interior da morena. Mais algumas estocadas e seu corpo foi tomado pelo ápice, enquanto pronunciava o nome de Swan. A loira não resistiu aos gemidos de sua morena, e se deixou invadir pela maravilhosa sensação que o clímax lhe proporcionou, assim que sentiu o liquido da namorada escorrer entre seus dedos.

– Isso foi extremamente ... – Emma suspirou, tentando regular a respiração.

– Quente. Sexy... – Regina completou, levando até sua boca os dedos de Emma, que segundos atrás estavam dentro dela, os chupando, encarou profundamente os olhos verdes de sua amada. – E extremamente gostoso. – Finaliza.

– Oh, céus, morena! – Swan suspira boquiaberta, atacando a boca da morena, a beijando profundamente. – Vamos terminar isso em outro lugar – A loira levanta– se com a Regina no colo, se direciona para o quarto. Se joga com a namorada na cama, colocando-se sobre ela. – Eu queria fazer isso há muito tempo.

– Isso o quê? – Regina indaga. – Me carregar no colo? – A morena brinca. – Você faz sempre que pode, amor.

– Não. – Responde. – Transar no seu sofá. – Revela, sorrindo.

– Hum, isso foi bom. Foi a melhor primeira transa de sofá da minha vida. – As duas riem. Regina acaricia o rosto da namorada. – Tudo com você é maravilhoso, meu amor.

– Te amo! – Emma distribui beijos por todo o rosto de Regina.

Ficaram ali, compartilhando aqueles momentos de caricias, prazer e felicidade, esquecendo do mundo lá fora, pelo menos por algumas horas. Pois, seus mundos cabiam nas quatro paredes daquele quarto.

***

Os saltos da elegante mulher, tilintavam pelo espaço do luxuoso restaurante. Escolhera um local mais afastados, porém com o requinte a que sempre fora acostumada. Foi prontamente guiada para a mesa reservada. Bufou, ao ser informada de que ainda não havia chegado a pessoa que ela aguardava. Sentou-se, e pediu que o atendente lhe trouxesse o menu. Solicitou uma água, enquanto esperava. Estava concentrada no cardápio e em seus pensamentos que não se deu conta da figura que se aproximou de sua mesa.

– Cora Mills, mas que prazer revê-la. – Robin chamou a atenção da mulher para si.

– Robin, meu querido, que surpresa! – Cora se levanta, surpresa e um tanto desconcertada, olhando para os lados. Estende a mão para cumprimentar o ex genro, que a beija. – Não sabia que era adepto aos jantares solitários – sorri.

– Na verdade, não sou. Marquei com uma cliente aqui. Mas ela se atrasará um pouco. E você, esperando alguém? – Questiona.

– Estou esperando uma amiga. Sente-se, por favor! – O convida, porém, temendo que sua companhia chegasse a qualquer momento. Se amaldiçoou por não ter escolhido um lugar mais reservado

– Agradeço. – Sentou-se. – Não sabia que estava em Nova York.

– Cheguei ontem, pretendo passar um tempo com minhas filhas. – Relata.

– Isso é muito bom. – Se limita a dizer.

 – Meu querido, eu soube que a desajuizada da minha filha recusou seu pedido de casamento. Não imagina o quanto estou sentida. Mas não se preocupe, Zelena irá reconsiderar. Apesar de nossa pouca convivência, eu sei que você é a pessoa certa para ela. Quero que saiba que estou do seu lado. – Deixa claro.

– Eu agradeço infinitamente suas gentis palavras, Cora. – Sorri para a mulher. – Mas Zelena seguiu o coração dela, e dentro dele não há espaço para mim.

– Ela só está confusa, tenho certeza que minha filha lhe tem grande apreço. – Cora tenta convencê-lo.

– Eu acredito, acredito piamente que Zelena nutre sentimentos por mim. Mas não amor, Cora – Rebate. – Eu a amo, mas não seria egoísta a ponto de pensar apenas na minha vontade. Antes de qualquer coisa, quero que Zelena seja feliz. E se a felicidade dela não está comigo, eu estou pronto para aceitar. – Robin deixa claro, ganhando um olhar de incredulidade de Cora.

– Robin querido, o amor pode vir com o tempo. Ouça o meu conselho e não desista, você vai ver que valerá a pena insistir. – Dá um sorriso para o homem, que o devolve.

No mesmo restaurante, numa mesa mais afastada, Ruby e Mulan finalizaram seu jantar e aguardavam a conta.

– Adorei esse restaurante, amor. – A secretária fala.

– É maravilhoso... – Ruby interrompe o que ia dizer quando seu campo de visão percebe Cora e Robin sentados em uma mesa mais afastada.

– Ruby, o que foi? – Questiona ao perceber o olhar da namorada paralisado em algum ponto do local.

– Aquela ali. – Aponta discretamente – É Cobra Mills! – Diz, ainda sem desviar o olhar das suas pessoas. – E ela está com Robin.

– Quem? – Imediatamente a secretaria segue o olhar da namorada e finalmente entende o que ela queria dizer. – Ah, Cora Mills, mas o que tem demais ela estar aqui com Robin? – Questiona, sem entender a reação da namorada.

– Como o que tem demais, Mulan? – O tom de voz de Ruby era de indignação. – Eu te contei que Zelena queria descobrir como a mãe sabia de todos os passos que ela e Regina davam. Isso não responde à pergunta?

– Oh, meu Deus! – Mulan olha mais uma vez para o local onde Cora conversava de maneira animada com Robin. – Robin sempre pareceu tão sensato, sincero.

– Quem vê cara não vê coração, e um homem desiludido e largado, é capaz de muita coisa. E Cobra Mills é o demônio, a única diferença é que ela usa saias e saltos Prada.

– Credo Ruby, por que fala assim da mulher?

– Tenho meus motivos! – Responde com semblante carregado. O garçom chega com a conta. A advogada paga e logo se levantam. – Vamos, não quero que nos vejam. – Antes de sair dá uma última olhada. – Zelena e Regina precisam saber disso.

Robin despediu-se de Cora assim que sua cliente avisou que havia chegado. Quando percebeu que Robin saíra de sua vista. Pegou o celular e discou o número já decorado. 

– Quem você pensa que é para deixar Cora Mills esperando, imbecil? – Esbraveja. – Onde você está?

Não me diga que queria que eu entrasse com seu ex genro lhe acompanhando? – A voz indaga do outro lado da linha. – Estou na entrada do restaurante, quando percebi que você estava acompanhada, achei melhor não arriscar, não é bom que saibam que nos conhecemos.

– Finalmente você pensou. – Indaga. – É melhor você não entrar, me espere aí fora. – Desliga o telefone, paga a água que consumiu e sai. Já do lado de fora do restaurante, a mulher olha de um lado para outro, tentando avistar a figura. – Onde aquele idiota se meteu? – Resmunga. Um carro com vidros escuros estaciona ao seu lado. A porta do passageiro se abre e Cora finalmente enxerga o homem moreno de olhos claros que dirigia o veículo. Cora entra no carro imediatamente.

– Olá, love! – Killian diz, com um sorriso sarcástico para a mulher sentada ao seu lado.

– Vamos sair daqui Killian Jones, temos muito que conversar. – Revira os olhos.

– Às suas ordens majestade! – Diz, em tom de ironia. Dá partida no carro e arranca.

***

“Tão perto, as respirações sentidas com a aproximação buscavam inutilmente ser reguladas. Não dava mais para fugir dos sentimentos, por mais absurdos que pudessem parecer, eles existiam, eles precisavam transbordar de alguma forma. Quando se está amando, a forma física de se deixar tais sentimentos extravasarem é o toque. O toque da pele, o toque dos lábios.

Duas mulheres, uma de frente para a outra, em uma intensa e hipnotizante troca de olhares, que se afagavam. Porém, elas precisavam de mais, precisavam sentir uma à outra. Com suaves toques, juntaram seus desejos, seus corações, uniram seus lábios e desvendaram pela primeira vez o gosto do amor. Era além do físico, além da maciez da pele, da sensação aveludada de um roçar de lábios e uma coreografia valsada de  línguas; era a magia mais poderosa de todas se encontrando. 

A festa fora do ritmo do órgão vital. O calafrio percorrendo a espinha. O calor emanando pelos poros, demonstrava perfeitamente o poder que um beijo tem, quando duas almas apaixonadas se conectam. Lana e Jennifer Marie, duas mulheres completamente diferentes, de esferas distintas, unidas pelo destino; ligadas pelo fio invisível chamado amor, se entregando, por meio daquele beijo, às sensações de como uma fazia a outra se sentir. ”

Belle French – Como você me faz sentir.

O celular de Zelena toca e a tira do transe em que se encontrava. A ruiva, depois de postergar, não se conteve de curiosidade, e escolheu uma página ao acaso do livro de Belle. Boquiaberta e com alguns questionamentos sobre o que acabara de ler, assim também, como estava tocada com a sensibilidade da escritora em retratar algo tão sutil – para ela –, como um beijo, de maneira tão poética. Zelena fechou o livro e buscou pelo aparelho perdido sobre a cama. Sorriu ao se deparar com a identificação no visor.

– Oi, menina do livro. – Atende animada.

Oi, ruiva atrapalhada. – Belle responde.

– Que calunia é essa? – Zelena finge indignação.

Desculpe se a atrapalhei, mas eu queria saber como está.

– Estou bem, obrigada!

Fico contente com isso. – A escritora explana.

– Creio que as coisas melhorarão. Mamãe é de fazer tempestade em copo d’água. Mas somos adultas e temos o direito de tomar nossas próprias decisões – Explana.

Tem razão, mães são assim, com o tempo elas aprendem a respeitar nossas escolhas, por mais que não aceitem.

– Isso é porque você não conhece Cora Mills. – As duas gargalham. Logo após, um silencio se forma entre elas. Ouve-se apenas suas respirações. Esse se quebra, quando ambas pronunciarem o nome da outra ao mesmo tempo. – Primeiro as escritoras de romance lésbico. – Zelena brinca.

Hum, isso significa que você está lendo meu livro, ruiva? – Belle questiona.

– Ainda não. – Zelena mente, estava com o livro na mão. – Quem sabe um dia você faça com que eu me interesse por romance. – Fala sem perceber o trocadilho.

Quem sabe um dia... – A escritora diz, sem jeito. – Bem, eu só liguei para saber se estava bem. E talvez para convidá-la para um outro café, dia desses.

– Convite aceito. – Zelena sorri. – Que tal sábado?

Sábado eu me mudo e estou cheia de coisas para arrumar no apartamento. Mas acho que sobrará tempo para um café. – Diz, tropeçando nas palavras. 

– Isso quer dizer que eu tenho que me contentar com as sobras? – Zelena finge indignação.

Oh, não... não foi o que eu quis dizer. – Belle se enrola.

– Estou brincando, Bel. – Zelena diz, carinhosa. – Podemos tomar um café no sábado e eu a ajudo no seu apartamento, que tal?

Eu adorei a ideia. Obrigada! – Belle não consegue esconder sua animação.

– Então estamos combinadas... – Zelena completaria sua frase, mas o som da campainha a interrompe. – Acho que tenho visitas. Deve ser Regina que não consegue ficar muito tempo longe de mim. – Brinca, e escuta mais uma vez o barulho. – Bem, nos falamos depois?

Claro, Zelena. Tenha uma boa noite! – Se despede.

– Boa noite menina do livro! – Desliga, com um sorriso estampado nos lábios, segue para a abrir a porta, se surpreendendo com quem encontra. – Ruby, Mulan?

– Olá, chefa! – Mulan cumprimenta.

– Precisamos conversar, Zelena. – Ruby comunica, entrando no apartamento da amiga juntamente com Mulan. A ruiva as olha intrigada. – Onde está Regina?

– Provavelmente você vai achá-la entre as pernas de Emma, ou vice-versa. – Zelena responde, fechando a porta.

– Que safadas, recusaram nosso convite para se pegarem. – Ruby conclui.

– Como se você não fizesse o mesmo. – A ruiva afirma. – Mas o que aconteceu para vocês estarem aqui a essa hora? – Questiona intrigada, mudando o rumo da conversa.

– Melhor você sentar, ruiva. Para não cair dura quando eu te contar quem é o soldadinho da rainha de Copas, vulgo sua mãe. – Ruby encara a ruiva apreensiva.

– O que está querendo dizer Ruby? – Zelena as olha confusa.

– Que descobrimos quem é o informante de Cora Mills. – A advogada joga de uma vez.


Notas Finais


Postei e saí. Comentemmmm! Beijos.


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