1. Spirit Fanfics >
  2. When You Look Me In The Eyes >
  3. You're Like A Poem

História When You Look Me In The Eyes - You're Like A Poem


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


Olha só quem apareceu com mais um capitulo essa semana? Eu mesma...
Sei que muitos estão tristes pela separação de nossos bolinhos mas, no momento, ela realmente é necessária.
Só lembrem-se que nada dura para sempre, mas sim o tempo suficiente para as coisas entrarem nos eixos.
Eu sempre irei agradecer pelos comentários, por acompanharem a fanfic, por continuarem aqui comigo. Vocês são demais! Beijos!!
Boa leitura!

Capítulo 30 - You're Like A Poem


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - You're Like A Poem

– Ficou louca Swan? – Killian berrou, passando a mão em seu rosto.

– Talvez eu tenha ficado, por não ter percebido antes o ser inescrupuloso, de caráter e atitudes hediondas que você é! – Emma rebate, em alto tom.

– Quem você pensa que é para vir na minha casa me agredir e ainda vomitar ofensas desconexas? – O homem diz, enraivecido.

– Sou a mulher que você prejudicou, de forma perversa. Por que ajudou aquela mulher insana a arruinar minha vida, Killian? – Emma questiona, percebendo a surpresa no olhar de Jones.

– Mas do que está falando, Emma? – Tenta esconder o nervosismo. – Eu não fiz nada contra você.

– Ah, não? – Emma ri, irônica. – Não seja cínico, acha mesmo que sou tão idiota de não ter ligado seu nome aos papéis que Cora Mills tinha com minha assinatura? – Emma despeja ríspida, sentindo o nervosismo de Jones crescer.

– Eu e Cora Mills? Você está brincando? – Ri, com sarcasmo. – Eu nem ao menos a conheço. Desde que trabalho na Mills, se a vi duas vezes foi muito!

– Você pode tentar negar, mas para mim, está claro que foi você que os colocou no meio dos contratos da Mills para que eu os assinasse.

– Não me culpe pelo seus fracassos, Emma. Nem desconte em mim suas frustrações por Regina tê-la deixado. Estava mais que na cara que ela só queria desfrutar desse seu corpinho gostoso. – Debocha, sádico, vendo a expressão de Emma se enfurecer. – Oh, não! Espera. Não vai me dizer que achou que Regina... – Killian ri, debochado. – Você pensou que Regina Mills, “a toda poderosa”, se casaria e teria filhinhos com você? Olha para você Emma. – O homem a mede. – Você é só uma órfã...

– Cale essa sua boca imunda, Jones, você não sabe de nada! – Emma diz, cerrando os dentes. – Eu ainda não posso provar que você está mancomunado com aquela mulher de caráter tão torpe quanto o seu. Mas lembre-se Jones, nada fica oculto para sempre. – Emma segue para a porta.

– Sabe Swan... – Killian diz, travando os passos de Emma, que se vira para encará-lo. – Nós poderíamos ter nos dado muito bem, em todos os sentidos. – Killian diz, em tom malicioso. – Mas você preferiu quem não a valorizou, agora aguente as consequências de suas preferências.

– E continuaria preferindo Regina mil vezes. Sabe por quê? – Emma dá alguns passos na direção do homem. – Regina Mills, sabe e soube muito bem dar conta de cada milímetro desse corpinho gostosinho. – A loira diz, debochada. – Coisa que você nunca chegaria aos pés de conseguir. – Emma rebate, e Killian se enfurece. – E por fim, você me dá asco. – Emma vira de costas, se dirigindo à saída.

– O que me deixa contente Emma, é que você nunca conseguirá provar que Cora Mills armou para você, e por isso Regina nunca a perdoará. – Killian espezinha. – Da próxima vez Swan, preste atenção antes de assinar qualquer coisa.

– Eu não preciso do perdão dela. – Emma abre a porta. – E tenha certeza: não haverá uma próxima vez. – Diz, saindo e batendo a porta atrás de si.

Fora de si, Killian pega um dos copos que estava na bancada e atira com toda força contra a porta. – Eu a odeio, Emma Swan!

Do lado de fora, a loira se encostou na parede; tentava abstrair todas as palavras asquerosas que ouviu de Jones, seu estomago embrulhava pela repulsa daquele momento. Seu plano não dera totalmente certo, mas também não fora um total fracasso. Emma respirou profundamente e seguiu pelo corredor até chegar ao elevador. Minutos depois, atravessava a rua daquele edifício, para chegar ao local onde Ruby havia estacionado o carro. A loira abriu a porta e sentou-se no banco do passageiro.

– Ai, Emma, eu já não tenho mais unhas de tanto que roí, em aflição por causa da sua demora. – A Advogada explanou. – E então como foi?

– Foi horrível Ruby. – Emma respondeu. – Killian Jones é o ser mais detestável que já conheci.

– Você quer dizer depois de Cobra Mills né? Aquela jararaca venenosa não perde a majestade nesse quesito. – Ruby faz uma careta. – Mas o que você conseguiu?

– Não muita coisa, não consegui uma confissão clara, mas acredito que seja o bastante. – Emma pegou um gravador dentro de sua bolsa e apertou o play, mostrando para Ruby a gravação de toda a conversa que tivera com Killian.

– Crápula imbecil! – Ruby esbraveja, boquiaberta. – Emma, isso é a primeira peça para derrubar aqueles dois.

– Eu espero que sim, Ruby. Agora precisamos seguir para o próximo passo. – Emma diz, desanimada, antes da amiga dar partida do carro. 

***

Os dias corriam na Mills, assim como os trabalhos se acumulavam, Zelena e Ruby ficaram presas em alguns contratos, mesmo depois do expediente já ter se findado naquela terça-feira.

– Esse contrato aqui precisamos rever, não gostei das cláusulas 5 e 9, Zelena... – Ruby falou, erguendo o olhar e se deparando com a ruiva totalmente dispersa – Zelena?

– Sim, Ruby? – Zelena volta a si. – O que você estava dizendo?

– Que você está no mundo da Lua, e eu só queria saber porquê, ou melhor, por quem?

– Eu só me distraí, Ruby! – Volta o foco para os contratos. – Vamos continuar!

– Zelena, eu te conheço, e não é de ontem. – Ruby coloca os papéis de volta sobre a mesa. – Desembucha! Por que está com essa cara de quem transou e não gostou?

– Transa? – Zelena franze o cenho. – O que é isso mesmo? É de comer? – Zelena diz, tentando descontrair seus pensamentos; esses estavam todos voltados para a escritora e para o acontecido na praia.

Zelena e Belle não se falaram depois do acontecido, a ruiva estava em um estado deplorável de confusão. Ela não ligou, tampouco recebeu qualquer mensagem da escritora. Talvez Belle tenha se arrependido do que lhe dissera; talvez tenha falado no calor do momento, ou talvez a conotação do gostar que a escritora se referiu fosse apenas como amizade. Mas, e Zelena, como ela se sentia em relação à Belle? Qual era o verdadeiro sentimento que carregava pela escritora. Não sabia ao certo, só sabia que em um curto espaço de tempo, Belle se enraizou em sua vida e em seu coração. Volta e meia se pegava pensando na escritora de lindos olhos azuis e sorriso encantador. Ela nunca havia se encantado assim por mulher alguma, e se estivesse confundindo as coisas? E se não fosse nada daquilo? Sua cabeça estava ao ponto de explodir com tantos questionamentos. Fitou Ruby que a aguardava dizer alguma coisa, e assim, depois de alguns minutos em silêncio, Zelena resolveu se abrir com a amiga.

– Ruby... é, posso te fazer uma pergunta? – Diz, tensa.

– Vamos lá, faça! – Ruby a encoraja.

– Como... quero dizer, quando descobriu que estava apaixonada por Mulan? – Pergunta, recebendo um olhar surpreso da advogada.

– Bem, eu não sei muito bem explicar, mas aos poucos Mulan foi me conquistando. Primeiro nos tornamos próximas, fomos nos conhecendo e quando dei por mim, eu queria mais da presença dela, necessitava falar e ouvi-la. Não só isso, com o tempo veio a necessidade de tocá-la, de sentir-me junto dela... Essas coisas não têm explicação, Zelena. O amor chega, nos envolve e resplandece como o pôr do sol em um fim de tarde. – Ruby finaliza com um sorriso no rosto. Volta a fitar a ruiva, que parecia absorver e assimilar as palavras soltas por ela. – Mas por que está me fazendo essa pergunta, ruiva?

– Ah, é apenas curiosidade. – Se limita a dizer.

– Quem é ela? – Ruby, questiona.

– Ela? Como assim quem é ela? – Zelena arregala os olhos. – Eu não disse que é ela.

– Então, vou ser direta: Você está interessada por alguma mulher, Zelena Mills? – A advogada questiona.

– Teria algum problema se isso acontecesse? – Zelena se ajeita na poltrona, deixando nítido sua tensão.

– É claro que não Zelena, o problema é não viver isso por denominar um problema. Não há rótulos para sentimentos, você simplesmente gosta e ponto. E eu sempre suspeitei que você tinha um pé no arco-íris. – Ruby sorri para Zelena. – Então, não vai me dizer quem é? – Pergunta, e antes que Zelena possa dizer algo, Regina adentra a sala, interrompendo as duas.

– Zelena, eu preciso que você... – A morena se cala ao se deparar com a presença de Ruby – Interrompo alguma coisa? – Questiona oscilando o olhar entre as duas.

– Não Regina, nós só estávamos apenas revisando uns contratos. – Zelena informa.

– Bem, eu já estou de saída. Vocês não me pagam hora extra e nem sessão de terapia. Preciso ir... Emma passará em casa depois das oito para pegar os pertences dela que levei de sua antiga sala. – Ruby avisa, e depois encara Regina

– Ela terá que vir aqui, quando sua rescisão ficar pronta. – Zelena afirma, atraindo a atenção de Regina. – É uma pena, Emma é uma excelente profissional – Zelena fala com certa tristeza na voz.

– Emma precisa seguir em frente, arrumar um outro emprego. Bom, eu já vou, até amanhã! – Ruby de despede, recebendo a resposta de Zelena e apenas um assentir de cabeça da morena.

Zelena olha para Regina ao perceber um certo desconserto da irmã, ao ouvir o nome da loira.

– Sis, está tudo bem? – Zelena se levanta, arrumando os papeis.

– Sim, Zelena é só que... – Regina suspira.

– Você sente a falta dela né? – A ruiva pega sua bolsa, parando de frente para a irmã.

– Faz diferença se eu sinto ou não? Estou cansada, Zelena, vamos embora. – A morena caminha para a porta, sem dar a chance para que Zelena diga mais coisa alguma, deixa a ruiva para trás.

***

Belle visualizava o celular sobre a mesa de centro de seu apartamento que insistia em tocar, ela dividia a atenção entre a loira – sentada no sofá da frente –, e o insistente toque do celular.

– Você não vai atender? – Emma perguntou, desviando o olhar para o celular de Belle, visualizando o nome de Zelena na tela.

– Não, agora não! – Belle volta sua atenção para a loira. – Me diga como tem passado esses dias... – A escritora ensaia um sorriso.

– Eu tenho tentado superar tudo isso, Bell. – Emma leva a caneca de chocolate quente à sua boca, dando um gole. – Quando vi tudo aquilo que Cora me acusava, eu entrei em choque. Eu vi tudo que construí aqui, desmoronar diante dos meus olhos, meu caráter, minha índole, minha integridade como pessoa, foram jogadas na lama por provas forjadas. Aquela mulher quer destruir a minha vida. – Fala com tristeza.

– Você tem que dar a volta por cima, Emma. Cora Mills não é inatingível.

– Ela calculou tudo friamente, tudo de maneira que não desse margem para dúvidas, Belle, fotos... tudo tão real. – Emma solta o ar. – Quem acreditaria na minha palavra diante daquilo?

– Eu acredito em você, Emma! Você tem pessoas que te amam e acreditam na pessoa integra e honesta que você é... – Belle, segura a mão de Emma, lhe dando apoio.

– Obrigada, Belle! Foi por isso que não desmoronei de vez, principalmente depois... – As palavras de Emma foram cortadas pelo toque do celular de Belle. – Está claro que Zelena tem urgência em falar com você. Seria melhor atender, não?

– Não sei se esse seria o momento de encarar Zelena depois do nosso último encontro. – Belle responde tensa.

– É impressão minha ou você está fugindo de Zelena? – Emma muda totalmente o rumo da conversa, lançando um olhar cumplice para a escritora.

– Ai, Emma... – Belle respira. – Eu acho que estou apaixonada por Zelena. – Confessa para a loira.

– Agora conta uma novidade? – Emma diz, lançando um olhar cumplice. – Isso é nítido sempre que você olha para ela.

– Está tão na cara assim? – Belle leva as mãos ao rosto.

– Zelena é uma pessoa maravilhosa, apesar de louquinha. – Emma pontua. – Por que está se martirizando tanto?

– Talvez o fato dela ser ex do meu primo e hétero? – A escritora pontua. – Mas Zelena, desde a primeira vez que a vi me cativou, me desperta emoções há tanto esquecidas. Na última vez que saímos, não me controlei, falei que gostava dela e quase a beijei. – Confessa.

– Ela reagiu mal? – Emma questiona.

– Não, ela não recuou Emma! – Suspira, relembrando do momento. – Mas, eu não quero ultrapassar essa linha e talvez descobrir que tudo não passou de uma ilusão. Não quero me magoar, magoar Zelena e perder sua amizade que é tão importante para mim.

– Vou dizer uma coisa que você sempre me dizia na época da faculdade: Ouça o seu coração, ele te levará ao seu destino. – Emma diz, dando um sorriso para a escritora. – Zelena é uma pessoa incrível. Seja sincera e diga como está se sentindo.

– Eu não sei se é uma boa ideia, não agora! Eu só sei que Zelena Mills não sai da minha cabeça.

Belle e Emma passam horas a fio naquela conversa recheada de confissões e aconselhamentos; relembrando os velhos tempos da faculdade e solidificando ainda mais o elo que existia entre elas.

 ***

Regina procurava a chave de seu apartamento em sua bolsa com certa dificuldade, quando finalmente encontra, abre a porta tentando não fazer barulho além do necessário, devido ao avançado das horas provavelmente sua mãe já estaria dormindo. Entrou devagar, encostando a porta atrás de si, as luzes estavam apagadas e Regina acende a luz para enxergar o ambiente.

– Boa noite, Regina! – Cora cumprimenta, sentada em uma de suas poltronas, assustando a morena.

– O que está fazendo aí, mamãe? – Regina questiona com o cenho franzido.

– Onde estava, que chegou a uma hora dessas?  – Cora olha em seu relógio de pulso. – Uma da manhã, Regina?

– Eu não lhe devo satisfação e não tente me controlar. – Regina diz, seguindo para seu quarto.

– Não me dê as costas, Regina. – Cora segue a filha pelo corredor. – Eu estou falando com você. – Diz, entrando no quarto depois da filha.

– Essa casa é minha, mamãe. Eu tenho o direito de chegar a hora que eu bem entender. – Regina diz, em alto tom, enquanto tira seus saltos e joga em um canto do cômodo. – Se não está satisfeita com meus horários ou com minhas regras, volte para Londres.

– Está expulsando sua mãe? – Cora pergunta, encarando Regina. – É isso que se ganha por querer o bem dos filhos: ingratidão. Depois de tudo que fiz por você, depois de abrir os seus olhos contra aquela vigarista, deveria estar feliz ...

– MAS NÃO ESTOU! – Regina grita, se aproximando da mãe. – E não ouse em tocar no nome de Emma Swan em minha presença. Pare de me martirizar com esse assunto, você já provou o que queria. Já me mostrou o quão sádicas e inescrupulosas as pessoas podem ser por dinheiro e status. – Regina fala, soltando o ar devagar, com os olhos úmidos.

– O que essa mulher fez com você, Regina? – Cora move a cabeça de forma negativa.

– Essa mulher me fazia feliz, mamãe! Me fez feliz até o dia que você resolveu se meter na minha vida!

– Uma felicidade de mentira, Regina? Era isso que queria, se contentaria com tão pouco? – Cora diz, com seriedade.

– Você sempre me falou que papai e eu éramos parecidos. – Regina se aproxima da mãe, cravando o olhar no de Cora. A morena não consegue segurar, e uma lágrima escapa de seus olhos ao relembrar do pai. – Se ele se contentou com uma falsa felicidade, eu também poderia! – Regina cospe as palavras que há anos estavam engasgadas em sua garganta, deixando o quarto em seguida.

Cora fica estática com as palavras de Regina, que a atingiram profundamente, só consegue escutar a porta do apartamento batendo, o que significava que Regina havia saído novamente.

 ***

“Fazer amor, em sua vastidão, é mais do que o ato sexual – Momento do entrelaçar de corpos, da invasão proliferada pelo desejo carnal; onde a intenção é chegar à satisfação do próprio clímax. Fazer amor, é estar condicionado à transmissão de todo amor para outrem – por meio de tato, afagos, pele com pele – É a preocupação mútua da demonstração de sentimentos, fazendo do simples toque de amor, algo tão intenso e prazeroso quanto a própria copulação. E nesse anseio por demonstrar todo aquele amor que transbordava em si, Jennifer e Lana entregaram-se uma à outra, – não só seus corpos, mas seus corações e almas – no leito improvisado, daquela pequena cabana, banhada apenas pelo cintilante luar daquela noite primaveril. ”

 Belle French– Como você me faz sentir.

Zelena sentiu sua pele ser tomada pelo arrepio. Sua mente vagava por cada conotação dada a algo que ela sempre julgou não ser mais que sensações e instintos naturais do ser humano. Como alguém poderia descrever isso poeticamente? E seria real todas aquelas colocações?

– Por Zeus, isso é tão ... – a ruiva suspirou – Ah, Belle, ainda estou em dúvidas se você existe mesmo. – Zelena voltaria a viajar para outra dimensão se não fosse o toque da campainha lhe fazer voltar para a terra. – Essa campainha sempre atrapalhando minha diversão – bufa, revirando os olhos. – Logo na melhor parte. – Coloca o livro na mesa de cabeceira e vai atender a porta, quase sendo derrubada por Regina.

– Eu preciso de uma cópia da sua chave. – A morena diz, com semblante irritado ao transpassar a porta.

– O que aconteceu, para você entrar aqui como um furacão, sis? – Zelena encosta a porta.

– Sua mãe, Zelena! Eu não aguento mais isso. – Bufa. – Eu posso dormir aqui com você?

– Claro que pode, sis! – Zelena responde, mede a irmã, arqueando a sobrancelha – Mas, por que você está toda arrumada assim e sem sapatos?

– Eu saí, fui dar uma volta. – Confessa. – Quando cheguei, Cora estava me esperando e acabamos discutindo.

– E onde você estava a essa hora Regina? – Zelena questiona franzindo o cenho.

– Por aí Zel, precisava respirar um pouco. – Revela.

– Venha, me conte o que aconteceu. – Zelena caminha, abraça a irmã e a conduz até seu quarto.

Após Regina tomar um rápido banho, sentou-se na cama de Zelena olhou o livro que a irmã lia, deu um sorriso singelo, maneando a cabeça de um lado para o outro ao abrir na página que Zelena havia marcado. Escuta os passos da irmã que saia do banheiro e lhe fita.

– Você está gostando? – Regina levanta o livro para mostrar a Zelena.

– É muito interessante. – Se limita a dizer, sentando-se na cama, ao lado de Regina

– Sabe que eu talvez tenha esquecido de perguntar e você tenha esquecido de me dizer, como foi seu encontro com Belle na outra noite!

– É, foi muito bom como sempre! Nós fomos jantar perto da praia, depois caminhamos na areia. – Zelena não conseguia esconder o sorriso diante das lembranças que povoavam sua mente. – Sentamos para admirar a Lua…

– E o que mais? – Regina pergunta, encorajando-a. – Anda Zel… eu posso ler em seus olhos que não é só isso… – Depois de fazer uma breve pausa, Zelena decide se abrir com a irmã.

– Nos sentamos na areia para admirar o luar, e ela disse que gostava de mim, por um momento ela se aproximou e eu achei que ela iria me beijar, Regina! – Suspira, ganhando o olhar surpreso. – Mas ela recuou. – Disse em tom de decepção.

– E você, Zel o que sentiu?

– Eu senti vontade de beijá-la. – Zelena confessa. – O problema é que depois daquele dia, ela não atende as minhas ligações. – Diz triste.

– Ela deve estar tão confusa quanto você. O gostar sempre vem com o medo anexado. Medo de sofrer, de perder... – Regina busca o ar.

– Com Emma foi assim? – Zelena pergunta receosa, Regina responde com um manear positivo de cabeça. – Por que não a procura Regina? Por que você...

– Zelena, por favor, nós já falamos sobre isso! – Regina tenta mudar de assunto. – Estamos aqui para falar de você e sua paixão pela escritora. Então, o que vai fazer a respeito.

– Definitivamente não sei como agir... quando estou com Belle é diferente, desde a primeira vez, ela me faz sentir única, especial… entende? Eu nunca me senti assim, ainda mais com uma mulher. – Sussurra.

– Belle é uma mulher linda, inteligente, e está mais que na cara que gosta mesmo de você. E se você sente o mesmo, não deixe isso se perder. Viva! – Regina aconselha. – Você é uma Mills, Zelena, e uma Mills sempre sabe o que fazer. – Pontua, apertando a mão da irmã. – Boa noite, sis! – Beija a bochecha da irmã e se dirige para o quarto de hóspedes, deixando para trás uma Zelena pensativa.

 ***

A sexta feira na Mills foi agitada e repleta de trabalho, desde que Emma sairá, os trabalhos acumularam de forma exponencial – afinal não tinha ninguém cuidando de seus projetos iniciados. Regina tentava dar conta de tudo. Fugindo do protocolo, marcou uma pequena reunião para pontuar alguns itens necessários para a próxima semana; como por exemplo, as vistorias que ela fazia regularmente, passou para Sidney, que não titubeou. Durante toda a pauta Regina se mostrava sisuda e imponente, respondendo às questões de maneira fria. Vez ou outra, seu olhar caía sobre a cadeira vazia à sua direita, onde Emma sempre se sentava. A triste realidade voltava a lhe bombardear. Mais um dia que ela não sairia daqui caminhando de mãos dadas com Emma. Respirou fundo e finalmente encerrou aquele carregado dia de trabalho. Porém, antes que encerrasse, a inconveniência de Killian se fez presente.

– Regina, se me permite perguntar – Killian chama a atenção de todos para si. – Agora que Swan se mostrou uma pessoa de péssima índole, está certo de que não fará mais parte de nossa equipe. Então, quando teremos um novo arquiteto? – Alfineta, ganhando o olhar enfurecido da morena e a indignação dos demais.

– Acredito que esse assunto não lhe diga respeito, já que seu departamento não é o RH. – Regina responde furiosa. – E sobre pessoas de péssima índole e caráter, talvez nós ainda não nos livramos de todas elas. – Rebate, pegando alguns papéis e se encaminhando para a saída, não sem antes dizer: – A reunião está encerrada.

Logo que saiu da Mills, Zelena mudou o rumo do caminho que costumava seguir. Zelena queria saber o que significava a frase que Belle lhe disse “no momento, eu gosto de você” havia se passado mais de uma semana e aquilo martelava em sua mente. Ela não poderia mais esperar. Seguiu caminho até o apartamento da escritora. Chegando na portaria, se certificou de que a escritora estava em casa e com seu poder de persuasão infalível, convenceu o porteiro a não lhe anunciar.

Do elevador até o andar de Belle, eram só alguns minutos, mas para Zelena pareceu uma eternidade. Agradeceu aos Deuses quando as portas do elevador se abriram, porém, repentinamente o nervosismo cresceu em seu interior. Suas pernas travaram por um instante. Titubeou em voltar atrás. – Belle não saberia mesmo que ela estivera ali. – Mas como um sinal, as palavras de Regina lhe tomaram os pensamentos: “não deixe isso se perder”; “você é uma Mills, e uma Mills sempre sabe o que fazer” Tomou uma dose cavalar de coragem e, tocou a campainha da escritora. A espera agonizante termina segundos depois, quando Belle aparece do outro lado da porta, sua face carregava uma expressão surpresa, mas um brilho encantador no olhar. Zelena se perdeu naquele momento.

– Zelena! – Belle indaga, surpresa!

– Não me convida para entrar? – Zelena diz, um pouco tensa.

– Oh, claro! Me desculpe, que indelicadeza! – Belle observa a mulher passar pela porta, e a fecha em seguida. – É, você está bem?

– Não, eu não estou. – Zelena responde sincera, caminhando na direção de Belle, que ainda estava parava, quase recostada na porta. – Eu quero entender o porquê de você não atender minhas ligações. – Zelena diz, se aproximando mais.

– Zelena eu… – Belle gagueja, seu coração faltava sair pela boca de tão intensos que eram seus batimentos, a cada passo que Zelena dava em sua direção.

A ruiva estava próxima demais, olhava intensamente aqueles olhos azuis da mulher mais baixa, desviava o foco para os lábios de aparência tão macia, estavam envolvidas uma na imensidão da outra. Zelena se aproximou mais e dessa vez Belle fechou os olhos, sentindo sua respiração pesar, assim como a de Zelena.

– Você é como um poema, que impregnou na minha alma, Belle, que eu não consigo passar um dia mais sem ler.

– Zelena... – Belle sussurrou ao sentir as mãos de ruiva em seu rosto.

Zelena não tinha mais como, e nem queria voltar atrás. Naquele momento, teve a plena convicção de que ela nutria algo mais que amizade por Belle, e não negaria isso. Invadida por uma imensidão de sensações, a ruiva se entrega ao momento e une seus lábios aos da escritora.


Notas Finais


Eu disse no capítulo anterior que vocês ficassem atentos aos fatos, com esse não foi diferente.
Próximo capitulo revelações começarão a surgir. Não percam os detalhes! Até mais seus lindos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...