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História When You Look Me In The Eyes - Are You Sure About That?


Escrita por: mihsswan

Notas do Autor


O capítulo da semana! Quando digo para ficarem atentos, é porque devem ficar atentos!
No mais, só tenho a dizer: Boa leitura!

Capítulo 31 - Are You Sure About That?


Fanfic / Fanfiction When You Look Me In The Eyes - Are You Sure About That?

Fogos de artifícios, o descompasso das batidas do coração; a conotação tão clichê, “me sinto flutuando”, nunca foi tão cabível em um momento como pareceu ser no instante em que Zelena tocou seus lábios nos de Belle. A escritora enlaçou os braços no pescoço de Zelena – precisando ficar na ponta dos pés –, logo após a ruiva deslizar as mãos de seu rosto para seus braços e, em seguida, a puxou pela cintura, anulando qualquer distância entre elas. Sentir os cabelos da ruiva entre seus dedos, o roçar dos lábios, algo delicado e ao mesmo tempo tão intenso, poderia se comparar à beleza de uma poesia. O tempo parou, parecia só existir elas e aquele momento; o momento em que seus lábios se entreabriram, dando início a deliciosa dinâmica de suas línguas se saboreando pela primeira vez.

Elas se buscaram e encontraram a tão desejada e perfeita sincronia. Inebriante, envolvente, doce; aquele composto de emoções invadiu a ruiva de uma maneira nunca antes experimentada. Assim como um soneto que precisa de seus versos para se compor, Zelena sentiu seu mundo se perfazer com a imensidão que aquele beijo carregava. Não sabiam para que caminho aquilo iria as levar, porém, ambas sentiam que estavam no lugar certo: uma nos braços da outra. Zelena envolve mais a cintura da escritora, quase a tirando do chão, Belle, por sua vez, aperta mais seus braços ao redor do pescoço da ruiva, prolongando aquele momento o máximo que puderam, separando apenas quando o ar foi imprescindível.

– Macios, aveludados! – Zelena suspira, ao cessarem o beijo e encostar a testa na de Belle, tocando os lábios da escritora com o polegar. Suas palavras eram uma alusão a um trecho do livro da escritora.

– Zelena, isso foi... – Belle suspira, ainda trêmula, tenta normalizar a respiração.

– Shiu. Não, não diga que foi errado, ou algo assim. – Zelena cala os lábios de Belle com seus dedos. – Eu não vou me desculpar por esse beijo, visto que eu não me arrependo de nada. – Sussurra.– Eu quis isso, Bell, tanto quanto senti que você queria.

– Eu quis, Zelena, e há muito eu queria..., porém, eu tinha receio por nossa amizade. – Respira, separando suas testas para encarar a ruiva – Por Robin.

– Não vamos pensar em nada que possa atrapalhar esse momento. Só vamos apreciar uma à outra. – Zelena esboça um sorriso. 

– É tudo que eu desejo nesse momento. Mas, o que eu ia dizer, quando a senhorita me interrompeu, é que foi o melhor beijo da minha vida. – Belle diz, corando a face, abrindo um lindo sorriso.

– Hum! Eu preciso confessar uma coisa, menina do livro. – A ruiva pontua, em tom sério – Eu nunca tinha beijado uma garota. Mas, se eu soubesse que te beijar era tão bom assim, eu teria feito antes. – Sorri arrancando uma gargalhada de Belle.

– Zelena Mills, você é incrivelmente encantadora! – Belle indaga, meneando a cabeça negativamente. Acaricia o rosto da ruiva, antes de tomar a iniciativa e beijá-la. Dessa vez, de forma mais intensa.

***

Regina estava sentada na mesa, encarava o prato, que nem ao menos tocara. Seu apetite se fora, tentou, mas acabou desistindo da refeição. Pegando sua taça de vinho e dirigindo-se ao sofá, onde permitiu refestelar o corpo, mas não sem antes deixar um sorriso escapar de seus lábios ao relembrar que algumas semanas ela e Emma se amaram, de forma tão intensa, naquele mesmo móvel. Depois de dar mais um gole em sua bebida, pegou o celular sobre a mesinha de centro, verificando algumas mensagens e respondendo as mais importantes. Entretida, nem se deu conta de Cora chegando.

– Regina? – Cora a chama, sem sucesso. – Regina? – Faz uma nova tentativa, dessa vez, em tom mais alto, atraindo a atenção da filha.

– Eu? – Regina sai do transe, se arrumando no sofá. – O que aconteceu?

– Eu quem pergunto: o que há com você? – Cora questiona, sentando-se na outra ponta do sofá.

– Não há nada, nada que você venha a se interessar. – Regina responde ríspida, se levantando para ir para seu quarto.

– Regina, espere! Precisamos conversar. – Cora, cessando os passos de Regina, que se vira para a mãe, encarando-a.

– Eu não tenho mais forças para discussões mãe, por favor!

– Eu não tenho a intenção de discutir, eu só quero conversar de forma civilizada. – Cora pontua e observa Regina voltar a sentar-se no sofá.

– Fale mamãe, estou ouvindo... – Regina diz, sem encarar a mulher.

– Regina, nós não podemos continuar nesse clima sobrecarregado. – O tom de voz de Cora parecia ameno. – Eu entendo que esteja chateada, e até me culpe pelo fim de seu namoro com a arquiteta. – Revira os olhos, e a morena volta a atenção para a mãe. – Talvez eu não devesse ter me metido na sua vida, talvez eu tenha exagerado em ter testado Emma Swan, mas por outro lado, se eu não o tivesse feito você não saberia suas reais intenções. Porém, eu estou vendo, Regina, que depois desse meu ato, você está sofrendo, e isso me faz sofrer também. – Cora se aproxima da filha, ao perceber os olhos da morena marejados – Tenha certeza, o que uma mãe deseja para seu filho é que ele seja feliz... – Cora tentava convencer Regina de suas boas intenções. – Então, me perdoe minha filha, se direta, ou indiretamente, eu lhe causei sofrimento. – Cora expõe, surpreendendo Regina, que a fita por alguns minutos silenciosamente.

– Perdão… – Regina ri, irônica – Perdão se dá ao arrependimento. Está mesmo arrependida mamãe? – A morena questiona, ganhando o silêncio como resposta. – De qualquer forma, o que está feito, está feito. E as consequências foram essas, não é? Então, só vamos tentar conviver em paz. – Regina respira pesarosa.

– Sinceramente, eu sinto muito por você ter se decepcionado – Cora tenta uma aproximação, colocando sua mão sobre a de Regina, que vira o rosto para encarar a mãe. – Você a amava, não é?

– Eu não a amava. Eu a amo! Por mais que Emma não esteja ao meu lado, por mais que você tenha me mostrado tudo aquilo, o que eu sinto simplesmente não pode desaparecer de uma hora para outra. – Confessa sentida.

– Mas isso vai passar, Regina! O tempo tudo leva! – Eu gostaria de fazer um convite para você e Zelena. – Fala, e Regina ergue uma sobrancelha. – Um jantar no sábado. Só nós três. Acho que precisamos disso para colocar uma pedra no que aconteceu. Deem-me a chance de ser mãe. – Pela primeira vez, Regina sentia sinceridade nas palavras da mulher.

– Está bem, mamãe! Falaremos com Zelena!

– Por falar na sua irmã, passei no apartamento dela e não a encontrei, onde ela está?

– Ela foi ver Belle!

– A escritora prima de Robin? – Questiona e Regina responde com um menear de cabeça. – Zelena está andando demais com essa moça ultimamente, não? – Cora pontua.

– Não se preocupe, Dona Cora, no seu ponto de vista, Belle é um excelente partido. Já que ela tem tanto, ou mais dinheiro que Robin. Boa noite, mãe! – Regina alfineta, se levantando e rumando para o quarto, deixando a mulher só.

– O que quer dizer com isso Regina? – Cora diz, em alto tom, mas não obtém resposta.


       ***

Zelena chegou na Mills uma hora depois do horário, devido ao fato de ter passado horas com Belle e ter retornado para casa já tarde da noite. Seu sorriso era notório enquanto percorria o corredor na direção da sala de Regina, recebera várias mensagens da irmã informando que precisava falar com ela. Passou por Mulan e desejou um bom dia, a secretária respondeu e não deixou de perceber a animação no cumprimento da chefe. A ruiva abriu a porta da sala da irmã, sem ao menos se dar ao trabalho de bater antes, a encontrando concentrada na tela do computador.

– Bom dia, sis! – A ruiva cumprimenta, ao adentrar o ambiente.

– Está atrasada, Zelena! – Regina, responde sem desviar o olhar do que fazia.

– Eu sei... – Zelena caminha até a cadeira de frente para a irmã e senta-se, suspirando. Regina desvia seu foco para Zelena que a encarava com um imenso sorriso nos lábios, franze o cenho, ao ouvir um suspiro da irmã.

– Você está bem, Zelena? – Questiona arqueando uma das sobrancelhas.

– Melhor impossível, sis!

– Chagando atrasada, suspirando, com um sorriso que não cabe nos lábios... – Regina sorri. – Belle? Vocês...

– Eu a beijei. – Zelena confessa. – Regina, foi tão bom, que eu não consigo mensurar, foi como se eu fosse reportada para outra dimensão. – Zelena respira fundo.

– Você? – Regina começa a rir. – Eu não acredito, Zelena!

– Posso saber o motivo do riso, sis? – Zelena questiona, franzindo o cenho.

– É que nunca imaginei você assim tão melosa. – Regina pontua. – Como você dizia mesmo sobre mim e Emma? Ah, lembrei: vocês me deixam enjoada.

– Não faça piadas, sis... – Zelena repreende.

– Eu jamais perderia a oportunidade! Mas eu estou muito feliz por você, Zelena. Esse seu brilho no olhar é algo que não me recordo de ter visto antes.

– Eu não sei para onde isso vai nos levar, eu só sei que não vou me privar de viver o que estou sentindo por ela.

– E faz bem... – Regina suspira, trazendo algumas recordações à memória. 

Ficaram conversando por alguns minutos, até que ouviram uma batida na porta, Regina prontamente dá permissão para a entrada, e Ruby aparece na porta

– Posso entrar?

– Claro, Ruby, entre! – Regina responde. – Algum problema?

– Alguns contratos que estão com prazos curtos para assinar. – Ruby faz uma pausa – E o contador me entregou a rescisão da Emma. – Regina desvia o olhar para o computador, tentando desviar o desconforto das palavras de Ruby.

– Me passe os contratos, Ruby – Pede e a advogada lhe atende prontamente. 

– Ruby, por favor, diga à Emma que venha na próxima segunda para resolvermos isso, eu mesma cuidarei desse assunto. – Zelena voltando seu olhar para Ruby que acena com a cabeça.

– Aqui está, Ruby! – Regina devolve os papeis para a mulher, depois de conferi-los e assinar.

– Obrigada, Regina! Bem, era só isso! – Ruby se preparava para sair, quando Zelena a interrompe, com uma ideia que lhe veio à mente repentinamente.

– Ruby, espere um minuto, eu estive pensando aqui. E quero fazer uma proposta para você e Mulan. Que tal uma noite das garotas nesse sábado? Que tal, Regina? – Questiona, animada, oscilando o olhar entre as duas mulheres.

– Zelena, eu não estou com ânimo para uma noite das garotas. – Revira os olhos. – E outra, creio que nem que você queira poderá ir... mamãe marcou um jantar conosco para esse sábado. 

– Isso é sério, Regina? – A ruiva bufa.

– Eu sinto muito ruiva, mas eu também terei que recusar seu convite, Mulan e eu já temos compromisso. Nós vamos fazer uma espécie de despedida com a Emma. – Ruby revela, olhando para Regina. – Ela resolveu voltar para Boston.

– Emma vai embora de Nova York? – Zelena questiona não acreditando no que ouviu. Olha para Regina que parecia paralisada e nada disse.

– Regina, você não vai... – Antes que Zelena terminasse de falar, Regina se levantou da cadeira e saiu sem dizer nada.

 Zelena e Ruby apenas se olharam e menearam a cabeça negativamente.  

***

O sábado à noite chegou como num piscar de olhos. Zelena, que estava no quarto de Regina – enquanto essa se arrumava para o tal jantar com a mãe –, tentou tocar no assunto Emma Swan, mas a morena deixou claro que não queria, em hipótese alguma, falar sobre aquilo e pediu para Zelena respeitar. Mesmo a ruiva insistindo para a morena ir atrás da loira e impedi-la de deixar Nova York. Cora, que estava parada no corredor próxima a porta, ouvira toda a conversa e um sorriso brotou de seus lábios com a resposta decidida de Regina. Deu alguns passos adiante, adentrando o quarto da filha mais nova.

– Já podemos ir? – Perguntou.

– Sim, mamãe! – Regina respondeu.

– Bom, então vamos logo que eu estou faminta!

– Quando você não está, Zelena? – Regina revira os olhos, pegando sua bolsa e seguindo com a mãe e irmã para fora do edifício.

Alguns minutos depois, a três mulheres elegantes traspassaram a porta do requintado restaurante que Regina havia reservado. Se sentaram em uma mesa mais ao canto do local, mas que dava ampla visão.

Fizeram seus pedidos; enquanto Zelena e Cora conversaram a respeito do funcionamento da Mills, Regina estava com a atenção voltada para o celular, fator que incomodou a matriarca.

– Regina, eu não marquei esse jantar para você dar mais atenção a esse celular do que a mim. – Repreende.

– Desculpe, mas eu precisava responder alguns e–mails que não consegui durante o dia e são de máxima urgência. – Pontua, colocando o celular dentro da bolsa.

– Aposto que está mais interessante que isso aqui. – Zelena sussurra.

– Zelena! – Regina se segura para não rir.

Alguns minutos se passam e os pedidos, juntamente com um dos vinhos mais caros e sofisticados, são servidos. Enquanto comiam, tentavam manter a conversa descontraída.

– Então, ainda não se cansou de Nova York? – Zelena alfineta.

– Não, mas estou quase. Esse lugar é tão monótono.

– Você nunca gostou dos Estados Unidos, mamãe. Sempre quis viver em Londres.

– Eu prefiro um lugar que faça jus ao meu estilo refinado. Se estou aqui, sabem que é por vocês. – Cora deixa claro, levando sua taça de vinho à boca.

– Pois eu amo essa cidade; tão agitada, tão quente, tão colorida, tão… – Zelena perdeu as palavras, ao reconhecer, numa mesa mais ao fundo, as pessoas que a ocupavam. – Belle...

– O que está dizendo, Zelena?

– Regina, olha quem está naquela mesa. – Aponta discretamente. Regina segue com o olhar e visualiza na mesa quatro mulheres. Ruby, Mulan que sentavam lado a lado. Belle e logo ao seu lado Emma

– É... – A morena suspira. – Emma!

– Como? – Cora vira o corpo e se depara com a imagem das mulheres sorrindo e fazendo algum tipo de comemoração, franzindo o cenho. – Entendem porque não simpatizo com essa cidade? Não é difícil encontrar pessoas indesejadas.

– O problema não é a cidade, mamãe, são as pessoas que não sabem apreciar. – Zelena alfineta, se levantando da mesa.

– Aonde você vai Zelena? – A morena a questiona.

– Ora, que pergunta, Regina, vou cumprimentar a minha... – Zelena, cai em si, desviando o olhar da irmã para a mãe que a fitava – Amiga Belle.

– Zelena, vamos apenas ignorar a presença dessas pessoas e continuar nosso jantar. – Cora mostrava desdém em suas palavras.

– Não levará mais que dois minutos, mamãe. – Se volta para Regina em seguida – Você não vem, sis?

– Eu não tenho nada para fazer lá, Zelena. – Regina que, até então, contemplava a imagem da loira que parecia se divertir com as amigas, muda seu foco de visão.

– Regina, eu não a entendo. Vai deixar Emma ir? – Questiona indignada – Vocês nem mesmo conversaram. E você está aí, tentando passar uma indiferença que sei que não é real. Não acha que deve à Emma pelo menos uma conversa?

– Não devo nada à Srta. Swan e pare de dizer o que você não sabe – Regina responde com rispidez.

– Zelena, por favor, sua irmã sabe o que faz. E você não deveria defendê-la depois do que ela fez com Regina.

– Eu não estou totalmente convencida disso. – Zelena declara.

– Está querendo insinuar algo com isso, Zelena? – Cora indaga, carrancuda.

– Estou querendo dizer que não vou mais falar nada para você, Regina. Cansei! – Zelena bufa, se vira e sai.

 Na mesa mais afastada, Belle, Emma, Mulan e Ruby degustavam seus jantares de forma animada quando Zelena as abordou.

– Boa noite, belas senhoritas! – Zelena as surpreende, chamando a atenção das mulheres, mas travando seu olhar no de Belle, que lhe devolve o sorriso que a ruiva lhe dedicou.

– Zelena, que surpresa! – Ruby é a primeira a se pronunciar, seguida pelas demais. Apenas Emma acena com a cabeça, sentindo-se desconfortável na presença da ex–patroa.

– Sente-se conosco, Zelena! – Belle a convida.

– Eu adoraria! – Suspira, pesarosa. – Mas estou em um jantar de família com minha mãe e Regina. – Aponta para a mesa em que a mãe e a irmã se encontravam.

Olhando na direção que Zelena indicava, Emma pôde ver os olhos de Regina lhe observando. Fitaram-se como se só existissem as duas, aquele instante poderia durar para sempre, pois seus olhares falavam por si, mas esse, acabou quando a morena quebrou o contato para dar atenção à mãe.

– Boa sorte com isso! – Ruby disse.

– É uma pena você não ficar conosco, Zelena, apesar do motivo, estamos nos divertindo. – Mulan revela.

– Eu também lamento, Mulan. E Emma ... – Zelena se direciona à loira. – Apesar dos pesares, eu desejo que tudo corra bem para você. – Fala sincera –  A aguardo na segunda-feira na Mills – Diz com pesar.

– Obrigada, Zelena. Ruby me informou o horário, estarei lá. – Emma se limita a responder.

– Bem, eu vou voltar para minha mesa antes que o olhar fulminante de Dona Cora me incinere. Bom jantar! – Antes de sair, pisca para a escritora, que sorri com o ato da ruiva. Porém, isso não passa despercebido por Ruby.

– Eu perdi alguma coisa? – A advogada pergunta para Belle.

– Não, nada. – Responde e depois vira-se para Emma. – Está tudo bem?

– Vai ficar. – Emma responde, com um meio sorriso, olhando na direção de Regina.

As quatro mulheres tentam manter o mesmo clima descontraído, mas a atenção da loira não saía da outra mesa, mais especificamente de Regina. A morena tentava, mas era impossível não voltar sua atenção para Emma. Cora tentava distrair contando sobre suas diversas viagens pelo continente europeu, mas Regina pouco estava atenta. A matriarca então entendeu que o melhor a se fazer, era finalizar aquela desastrosa noite e irem embora, antes que Regina fraquejasse e fosse falar com Emma.

– Podem pedir a conta enquanto vou ao toilette? – Cora disse se levantando, pegando sua bolsa.

– Está bem, a aguardamos na saída. – Zelena avisa.

A Mills mais velha se dirige ao banheiro, logo adentrando em uma das cabines. Saindo de lá, parou de frente para o espelho, tirou um batom de sua bolsa e retocou os lábios.

– Olha só que coincidência, Cora Mills. – A loira diz, com um sorriso irônico ao sair de uma das cabines.

– O que está fazendo aqui? – Cora diz, se virando para Emma.

– Deve saber que estou deixando Nova York. Deve estar contente por isso, não? Mas antes, acho que precisamos ter uma conversinha!

– Eu não tenho mais nada pala falar com você. – Cora diz, com ar de superioridade.

– Mas eu tenho, e muito... – Emma pontua, sem se intimidar.

– Ora, eu não vou ficar perdendo meu tempo com você. – Cora pega sua bolsa e se encaminha para a porta de saída.

– Bom, então talvez eu possa dizer às suas filhas a ligação tão afetuosa que tem com Killian Jones. – Emma joga, fazendo Cora parar e virar-se para ela.

– Do que está falando? – Cora diz, nervosa.

– Quer mesmo saber, Senhora Mills? Então me encontre amanhã no meu apartamento, no período da tarde. Estou disposta a negociar com você. – Emma diz, sarcástica.

– Eu sabia que não estava enganada. Você é uma oportunista. E se eu não for?

– Se não for, pelo menos terei o gosto de devolver o favor. Mostrarei às suas filhas as provas da mãe delas em visitas noturnas em um certo flet. – Emma rebate – Vejo-a amanhã – Diz, e sai.

– Mas que inferno! – Cora deixa o lugar esbravejando irritada.

Domingo

– Regina, por favor, vamos! – Zelena implorava pela milésima vez. – Eu quero muito ver esse filme!

– Está bem, Zelena! – Bufa – Vá se aprontar que em meia hora nós saímos. – Regina ordena. – Não quer vir conosco, mamãe?

– Oh, não mesmo. – Cora revira os olhos. – Não sou adepta a esse tipo de evento populacional. Vão e divirtam–se.

Corridos os trinta minutos, Zelena e Regina deixavam o edifício no carro da engenheira. Cerca de vinte minutos depois Regina estacionava em frente ao prédio de Belle.

– Está entregue! – Regina diz. – Bom filme para vocês.

– Obrigada, sis! – Beija o rosto da irmã. – Certeza que não quer vir?

– Não quero atrapalhar as namoradinhas. – Regina ri. – Não se preocupe comigo, eu sei me virar enquanto minha irmã namora.

– Não somos namoradas. – Zelena ri. – Estamos nos conhecendo melhor, algo como amigas coloridas. – Diz, abrindo a porta do carro e descendo – Até mais tarde, sis!

– Até! – Regina dá partida e vai embora.

***

Cora Mills ponderou por várias vezes se iria ou não ao encontro de Emma, mas o receio da loira realmente ter algo que a colocasse contra as filhas falou mais alto. Então, tomada pelo medo de que Regina e Zelena pudessem descobrir o que ligava ela e Killian Jones, Cora se encontrava naquele momento parada diante da porta de Emma Swan. Tocou a campainha, esperou, estava impaciente pela demora, tocou novamente, dessa vez a porta foi aberta pela loira que esboçou um sorriso de lado.

– Eu sabia que viria, Cora! – Disse, dando passagem para a mulher entrar. – Sente-se, por favor! – Emma aponta para uma poltrona, mesmo a contragosto, a mulher se senta.

– Diga logo o que quer, não tenho tempo para rodeios. – Fala, direta.

– Primeiramente, lhe devolver o favor. – Emma mostra para Cora algumas fotos onde aparece ela adentrando no flet de Jones, a mulher arregala os olhos. – Surpresa? Aprendi com a melhor!

– Como conseguiu isso? – Cora questiona.

– Detetives particulares são ótimos e muito discretos. – Diz sarcástica. – Seja mais cuidadosa. – Emma pôde ver o olhar de raiva da mulher.

– Você mandou me investigar? Quem você pensa que é? Sua... – Cora se levanta bruscamente.

– Não muito diferente de você! – Emma se ergue, assim como o tom de voz. – Por causa da sua armação, eu perdi o meu emprego, você fez de tudo para acabar com meu relacionamento com sua filha. Forjou provas, manchou minha integridade. Acusou-me de ter vendido meu amor por Regina. A questão é que eu nunca recebi esse dinheiro. – Emma abranda a voz. – E como agora pretendo deixar nova York, nada mais justo do que recebê-lo.

– Eu nunca me enganei com você, Srta. Swan – Cora diz. – Você é uma aproveitadora que só queria o dinheiro da minha família.

– Ok, senhora Mills, você já disse isso quinhentas vezes. – Emma revira os olhos – Vamos, faça logo o cheque.

Cora imediatamente volta a sentar–se na poltrona que estava a minutos atrás, tira o talão de cheques de sua bolsa.

– Ah, senhora Mills, acho que deveria preencher com o triplo do valor do cheque anterior. – Emma dá um sorriso irônico.

– Você só pode estar louca se pensa que vai me extorquir desse jeito. – Cora diz, enraivecida.

– Talvez mude de ideia quando souber que Jones me confessou que ele colocou, a mando seu, os papeis que eu assinei, entre os contratos da Mills. – Emma diz, e Cora arregala os olhos.

– Jones é um imbecil! – Diz cerrando os dentes. – Você não tem como provar isso.

– Está aí, uma coisa que concordamos: Killian Jones é um imbecil, e quanto a provas, realmente eu não as tenho.

– Jones é um idiota, mas pelo menos serviu para me ajudar a tirar você do meu caminho e da minha filha, garota insolente. E eu faria tudo de novo. – Cora diz, entregando o cheque para a loira. – Aqui está sua gorjeta. Vá embora e não se atreva a nunca mais atravessar o caminho de uma Mills, ou passo por cima de você como um trem. – Cora diz, de frente para Emma.

– Sabe por que a chamei aqui? Para ter a certeza de que nunca se preocupou com Regina ou a felicidade dela, nunca se preocupou com ninguém além de você. E também para lhe afirmar mais uma vez: eu não estou à venda, senhora. – Emma rasga o cheque e deixou que cada pedaço caísse ao chão.

– Você é uma tola, mesmo. – Cora ri com deboche. – Vai ficar sem dinheiro e sem amor.

– Sempre tão segura, mas nem sempre se pode vencer todas, senhora Mills. – Emma afirma, sorrindo de forma irônica.

– Eu sempre venço, Srta. Swan. Eu a venci, isso é um fato. Você nunca ficará com Regina.

– Você tem certeza disso, mamãe? – A voz tão conhecida por Cora, soa no ambiente, num misto de irritação, de mágoa.

– O que? – Cora arregala os olhos e sente o corpo gelar ao ver a figura da filha mais nova saindo do corredor que dava acesso aos quartos e aparecer na sala. – Regina!


Notas Finais


Vivos? Segurem as marimbas! Até o próximo, amores!


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