História Where Do We Go From Here? - Sterek Version - Thinking of you

Durante a reunião, Derek queria apenas poder sair dali. Ele era tão jovem, sentado na cadeira principal de uma mesa rodeada por senhores e senhoras com mais de 40, querendo ditar os avanços da tecnologia. Preciso inventar a máquina de teletransporte, vai ser minha maior invenção, e sorriu consigo, mas voltou a prestar atenção na reunião, afinal era importante. Eram seus investidores, então só sorria e acene Derek, sorria e acene. Ele sabia que aquelas pessoas o amavam, fazia um certo esforço pra ser amado. Odiava o fato de como sempre agia querendo a aprovação de todos ao seu redor, mas não conseguia mudar. Precisava daquilo, então apenas aceitou. A reunião finalmente acabou, e agora ele teria que trabalhar na criação de um novo app pra edição de fotos, não podia deixar de ironizar aquilo, não importa quantos milhões o projeto rendesse. E eram muitos, pensou satisfeito. Noah o olhava o tempo todo e aquilo já estava o deixando tenso demais, então ajeitou o paletó e saiu. Pretendia sair, mas Noah disse que precisavam conversar, e ele jamais fugiria de Noah quando ele usava aquela frase e aquele tom.

- O que aconteceu? O que eu fiz?

- Posso ser direto Derek?

- Prefiro que seja.

- O que há entre você e Stiles?

Derek congelou. Paralisou. Não tava muito cedo pra aquela conversa? Seu coração batia tão rápido, que no ambiente silencioso tinha medo que Noah escutasse. Noah o olhava como alguém que realmente esperava uma resposta, mas o que Derek iria dizer? Não tinha nada, não que ele não quisesse, longe disso, era só porque realmente não tinha.

- Desculpe Noah, como?

- Stiles. Meu filho Stiles. Aquele que você ficou olhando no jantar, e que eu sempre percebi que olhava você. Lembrou agora?

- O que você quer dizer com isso?

- Derek, amo você mas vejo a forma que leva sua vida, nessa área sabe. As repórteres, baladas e os rapazes, sua última namorada séria foi aos 18 e depois de Jennifer, você nunca mais olhou ninguém da mesma forma. Stiles é... Diferente. Não quero que machuque meu menino, não o use. Não vou permitir que machuque ele.

Derek olhava Noah com um misto de magoa e confusão. Ele realmente achava que Derek iria machucar Stiles? Era mais fácil que Stiles o machucasse! Juntou todo o resto de sua coragem (o que era muito pouca quando se tratava de Stiles), e respondeu a Noah.

- Não, não vou machucar Stiles, Noah. Sei que ele é diferente. Esperei dois anos para ter certeza do que eu sentia, ter certeza que realmente era apaixonado por ele. Porque eu sou. Não aconteceu nada entre nós, mas eu quero. Quero fazer certo com ele, quero conquistar ele, quero ir devagar. Stiles é especial, Noah, muito. Ele não é a Jennifer, e muito menos uma diversão. Quando penso nele, penso em um relacionamento, uma vida. Achei que você realmente tivesse falado sério quando disse que podia investir nele, porque não quero causar problemas, nem pra você, nem pra ele. Mas o quero. Quero fazer ele feliz. Nada é mais importante pra mim no momento do que fazer ele feliz.

- Então, OK. Certo. Gostei disso. Tem minha permissão, pra conquistar meu filho, mas se você o machucar, Derek, vai esquecer seu nome, não vou permitir. - Nessa altura, Noah já estava sorrindo. Tanto ele quanto Cláudia sabiam dos sentimentos, tanto de Stiles, quanto de Derek, e só queriam que eles percebessem, porque Derek parecia um ótimo candidado a genro.

- Isso é sério?

- Você quer, não é?

- Obrigado Noah - Derek respondeu sorrindo. - Não vou desapontar, prometo.

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Era seis horas e ele estava no carro, esperando Cora uma rua depois da faculdade. Sempre se perguntou porque a irmã não queria ser vista com ele, usavam o mesmo sobrenome , mas ela aprendeu a não se importar. Finalmente, ela chegou, abrindo a porta do carro com sua brutalidade única.

- Não sabia que você sabia fazer portas Cora.

- Desculpa.

- Esquece, põe o cinto. Você tem vergonha de mim?

- O quê? Não! Mas não quero pessoas me mimando porque meu irmão é o Derek Hale. Se gostarem de mim, é de mim, e não de você. - Cora disse isso tão fria, que Derek se sentiu surpreso, mas não reclamou, entendia exatamente o sentimento.

- Queria lhe dizer que não entendo, mas estaria mentindo e não faço isso sem necessidade.

Dentro do carro falaram sobre tudo: séries, filmes, músicas, amigos da Cora, um vestido lindo que ela viu e ele disse que ela podia comprar, os planos dela pro futuro que já era garantido, já que seu irmão era o dono e CEO do maior conglomerado tecnológico do mundo, e Cora reafirmou mais uma vez que a faculdade era por causa de Derek, o fazendo sorrir. Derek era como um pai pra Cora, só que bem mais jovem e bonito, e por isso bem mais legal também. Lógico, sentia falta de seus pais, tanto quanto Derek, mas eles haviam aprendido a ter um ao outro, e ela morria de orgulho do irmão, mesmo que não quisesse que soubessem dele. Derek era um gênio, e Cora esperava ser metade do que ele era um dia. A faculdade de ciências da computação foi para ela como "valorizar o legado da família", e ela era muito feliz com sua escolha. Sabia o quanto Derek a amava, e era estranho ficar tão perto daquele homem tão temido, e o ver como uma pessoa normal, mas sabia que seus amigos não iriam. Era uma droga, mas tinha que admitir pra si mesma a verdade: se soubessem que seu irmão era Derek, iriam se aproximar dela pra se aproveitarem da mesma maneira que fazem com ele. Ela não queria isso pra ela.

Chegaram no apartamento, pediram a comida chinesa e viram Glee pela milésima vez, e abençoado seja Ryan Murphy porque aquilo nunca ficava ruim. Começaram a conversar ao som de Rumor has It/ Someone like you, e bem, digamos que Naya Rivera era o crush de Cora e Derek sabia disso e nunca perdeu uma oportunidade de rir da irmã por causa disso.

- Ela é tão... Linda

- Fecha a boca Cora, você tá babando. Além do mais, sua namorada não vai gostar não é? Quando ia me contar Coraline?

Era um fato: aquela conversa estava tomando um rumo perigoso e Cora não sabia se queria continuar, mas já tinham adiado tanto, precisavam fazer aquilo. Outro fato era que ela escondia a namorada de Derek fazia dois meses, e estava tudo bem com Erica, ela não queria que as coisas mudassem. Iriam ter aquela conversa. OK, vamos fazer isso, Cora pensou consigo.

- É estranho contar a você e não poder trazer ela pra te conhecer.

- Porque não pode?

- Derek...

- Cora, porque?

- Porque não quero ser você, Der! Não quero que me queiram pelo que tenho, e não pelo que sou, e diferente de você, não gosto de ser usada. Nós somos sobreviventes Derek, não merecemos isso. Você tá sempre só, sempre com uma bebida, ou um cigarro, ou um projeto, ou um terno novo, sua única alegria é beber e transar, além dos Stilinski's claro, mas eu não entendo porque não consegue ver que é rodeado de pessoas que te querem pelo que tem Cora, e não me importo, não me importo se você gosta disso ou não percebe, eu não mereço isso. Não mereço e não quero Derek. Não quero ter medo de Erica só me querer por causa do meu irmão, minha família. Dinheiro continua sendo a raiz de todo mal Derek. Não posso, não vou ser solitária como você. - só ao terminar Cora percebeu o peso de suas palavras e o impacto que havia causado em Derek, que estava com os braços cruzados, em pé, com os olhos cheios de lágrimas mas mesmo assim queimando em raiva, a causando medo e culpa ao mesmo tempo. Espero ele falar ansiosa, enquanto o olhava nos olhos, incomodada pelo silêncio constrangedor ali, olhando para um Derek tão vulnerável que nem parecia ele mesmo.

- Já terminou Cora Susane Hale?

Então Derek estava falando seu nome de nascença, e aquilo era ruim, bem ruim. Ele só fazia isso quando estava com raiva ou triste, e Cora não sabia qual dos dois eram, mas estava se sentindo péssima.

- Me desculpe, não quis fazer isso Derek.

Ele se sentou com os braços ainda cruzados e os descruzou aos poucos, e a olhou. Sua irmã, lhe dizendo tudo que ele sabia que era verdade mas sempre ignorou. Aquilo era como uma faca de dois gumes, o deixando horrível mas ao mesmo tempo sendo o que ele precisava. Obrigado Cora, pensou ele.

- Pesada é a cabeça que usa a coroa Cora. Não escolhi isso. Só queria ter sucesso, mudar as nossas vidas. Sabe que fiz a maior parte disso pensando em você. Por você e pra você. Não sou de todo ruim, Cora. Sei que a maioria das pessoas querem meu dinheiro, ou meu sucesso, ou uma noite comigo para se gabarem pra os amigos, mas eu não ligo Cora. Aprendi a não me importar, porque não esqueci quem sou. Não pensei que você houvesse esquecido. Eu tinha uma escolha Cora: o amor ou o império. Eu escolhi o império,para que você pudesse escolher o amor, e talvez um dia Cora, eu também consiga o amor. Eu mereço e eu sei disso, não é você que me fará crer o contrário. Nunca mais fale comigo dessa maneira de novo. Não está errada, mas sempre tentei não lhe magoar, e me dói ver que não faz o mesmo. Vá pro seu quarto ou faça qualquer coisa. Não posso ficar aqui, tenho que ficar sozinho. Saia.

Cora tremeu. Nunca se sentiu tão culpada na vida, mas sabia que ele a amava, e daqui a pouco estariam se abraçando novamente. Iria retribuir, iria mudar, se ele não se importava porque ela iria se importar? E era como ele sempre a dizia afinal "Dinheiro não afasta seus amigos Cora, seleciona os verdadeiros". Iria mudar por ele. E já tinha a ideia perfeita.