História Where is my daughter? - Harry Styles - Capítulo 11

Meu coração batia furiosamente dificultando minha respiração. Meus olhos estavam arregalados e lacrimejados.

- On..onde?- forço minha voz que sai fraca. Olho para Harry que estava estático.

- A trouxemos para o hospital de emergência. Podem vir aqui?- aceno e murmuro um ‘aham’ desligando a chamada. Saio da cozinha imediatamente e pego minha bolsa no sofá correndo para garagem. Harry aparece ao meu lado e pega a chave de minha mão me abraçando, e me permito a chorar.

- Eu dirijo- diz e deixa um beijo em minha testa me guiando para o passageiro.

O caminho é feito em silencio e agradecia por isso. Meu coração parecia se espremer em meu peito a cada minuto me deixando mais ansiosa para chegar ao hospital. Ainda não acreditava, seria isso um sonho? Aperto minhas mão em punho e aperto meus olhos com força. Isso não pode ser um sonho.

Quando ouço a voz do Harry anunciando que tínhamos chegado, meu corpo paralisa olhando o grande hospital em minha frente. Minha respiração estava falha. Passo meus dedos frios pelo rosto e respiro fundo. Harry aparece do meu lado e logo saio do carro agarrando sua mão e andando em passos longos para dentro do grande prédio. Quando abro a porta o típico cheiro de hospital me invade fazendo meu estômago retorcer. Olho em volta tentando achar o rosto conhecido de Sienna, mas não a encontro. Ando até o balcão e uma mulher com óculos levanta seus olhos do computador me olhando com tédio.

- Qual é sua emergência?- tinha vontade de arrancar o chiclete de sua boca à força.

- Estamos atrás de uma menina de dois anos que deu entrada aqui. Seu nome é Darcy- Harry diz rápido e a mulher ajeita seus óculos sorrindo para o mesmo.

- Claro- sorri colocando a caneta entre os lábios me fazendo bufar. Começa a digitar algo em seu computador e eu bato as unhas na pedra fria em que estava apoiada- Tem uma menina que entrou acompanhada de uma mulher chamada Sienna- olha para Harry e eu reviro os olhos.

- Onde?- digo ríspida e ela arqueia a sobrancelha.

- 4º andar no quarto 232- saio sem agradecer e praticamente corro para o elevador puxando Harry comigo. Uma enfermeira estava ali empurrando uma cadeira de uma senhora que sorri simpática, tento repetir o ato, mas tenho certeza que fracassei. As portas se abrem e olho para o fim do corredor onde vejo Sienna sentada com alguns policiais, corro até eles que se assustam com minha chegada repentina.

- Sienna- sento ao seu lado- Onde está minha filha?- pergunto com a voz falha.

- O médico está com ela- diz e vira seu corpo para mim.

- A machucaram?- pergunto baixo e a mulher na minha frente se vira pegando em minhas mãos.

- Escuta- seus olhos procuram os meus- Conseguimos achar a localização do casal e invadimos a propriedade, mas eles conseguiram fugir- prendo minha respiração- Eles estavam no andar de baixo e a menina no de cima por isso não deu tempo deles a pegarem. Mas sei que eles vão tentar recuperar Darcy- uma lágrima solitária rola por todo meu rosto- Ela está machucada fisicamente e psicologicamente. Ela está chorando desde que chegou aqui, e se encolhe quando alguém se dirige a ela- mordo meu lábio e respiro fundo sentindo meu coração apertar.

- Vamos poder levar ela pra casa?- Harry pergunta enquanto encosto-me a cadeira e apoio minha cabeça na parede tentando manter a calma.

- Temos que fazer algumas perguntas para a menina. Mas logo poderá ir pra casa- explicou Sienna e Harry acenou e logo um silêncio se estabeleceu pelo local. Podia ouvir baixos barulhos de maquinas pelo o corredor e portas abrindo e fechando. Fecho meus olhos e respiro fundo.

A cada minuto que passa me tornava mais ansiosa. Queria poder ver Darcy. Queria poder ver minha filha pela primeira vez depois de 1 ano e 5 meses. Queria poder ter ouvido sua primeira palavra. Queria poder vê-la crescer em meus braços. Queria ver Darcy agora.

- Doutor- ouço a voz de Sienna e abro meus olhos com rapidez e assim que vejo um homem de jaleco branco me levanto imediatamente- Esses são Harry e Sophie. Os pais de Darcy- o homem estica a mão a qual apertamos rapidamente.

- E então, como ela está?- pergunto e minha voz sai desesperada.

- Cuidamos dos ferimentos de Darcy. Ela fisicamente se encontra bem- um nó se instala na minha garganta. O senhor de meia idade leva seu olhar até Sienna e continua- Ela não está em perfeitas condições, por favor, não force a menina a falar- Sienna acena minimamente e eu olho para eles confusa. Não vou ver minha filha?- Uma psicóloga infantil irá acompanhar- estica sua mão para o corredor e a mulher caminha silenciosamente até uma das portas entrando no quarto.

- Não podemos vê-la?- pergunto baixo.

- Sim. Mas primeiro deixem que a investiguem. Assim a psicóloga irá acalma-la e vocês vão poder leva-la para casa- esclareceu o senhor e acena me sentando novamente.

- Quando ela poderá ir pra casa?- Harry pergunta.

- Iremos mantê-la aqui por observação por um tempo. Ela ainda esta em choque e não queremos força-la a nada- explicou- Aconselho vocês irem pra casa e se acalmarem. Amanhã vocês voltam cedo e provavelmente a menina já estará liberada, já que não está tão ferida fisicamente- Harry acena e me olha. O médico pede licença e caminha pelo corredor.

- Não podemos deixa-la sozinha- minha voz falha.

- Temos que ir pra casa amor. Precisa descansar amanhã voltamos e podemos leva-la para casa- beija minha testa e concordo relutante. Caminhamos novamente até o elevador e vejo dois policiais entrarem também- Eles vão com a gente- Harry explica depois de ver meu olhar confuso- Não sabemos se aqueles dois loucos resolvem voltar.

A porta do elevador se abre e caminhamos pra fora do hospital. Os dois policiais caminharam ate uma trailblazer (1) preta depois de dizer que iria nos seguir. Caminhamos até a Range Rover branca em silêncio. Não queria conversar, queria apenas levar minha filha para casa e tentar recuperar o tempo que tinha perdido. Não queria ter que esperar até o dia seguinte para poder vê-la.

Faço um coque frouxo e respiro fundo quando vejo que Harry entra na garagem e da passagem para os policias. Desço do carro e Harry faz o mesmo indo conversar com os dois homens. Abro a porta da sala e a mesma se encontra vazia. Vou até a cozinha e encontro Amelia e Anthony conversando, mas a conversa cessa assim que entro no local.

- Tudo bem menina?- Amelia pergunta. Sei que ela tinha ouvido a conversa que tive com Sienna antes de sair correndo.

- Sim- minto- Peça que limpem o quarto de Darcy. Por favor- peço e Amelia acena.

Pego uma garrafinha de água na geladeira e saio da cozinha subindo as escadas. No corredor, caminho até meu quarto, mas paro olhando para o quarto ao lado onde seria de Darcy. Ainda tinha algumas coisas que era para ser dela. O quarto tinha sido pintado dois meses antes de Darcy nascer e todo decorado nas cores rosa e branco. Depois que voltei do hospital nunca mais tinha entrado ali e mandei todos ficarem longe do cômodo.

Ando até a porta que tinha uma plaquinha escrito o nome de minha filha e abro a mesma. O quarto estava igual ao que me lembro nada estava fora do lugar. Poeira cobria os moveis e objetos, me fazendo torcer o nariz. No canto do quarto estava o berço branco com mantas rosa. Ao lado do pequeno travesseiro estava um ursinho, caminho até o mesmo e o pego dando um pequeno sorriso. Harry havia comprado quando estava com 5 meses e disse que aquele seria o ursinho que ela iria mais gostar.

- Desculpa- olho para trás e Anna estava parada na porta com alguns produtos de limpeza- Não sabia que a senhora estava aqui- explica e nego com a cabeça.

- Não faz mal. Estava de saída- pouso o ursinho no berço e me viro para a mulher- Por favor, lave e coloque para secar o ursinho- aponto para o mesmo- Preciso dele para amanhã- a mulher acena e peço licença saindo do quarto e seguindo para o meu.

(...)