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História Where is my daughter? - Harry Styles - Capítulo 04


Escrita por: SecretRandM

Notas do Autor


Desculpe a demora.
Mas mudei de cidade e já estou com alguns trabalhos e provas marcados.
Prometo escrever e postar em momentos vagos.

Capítulo 4 - Capítulo 04


Apertei minhas mãos em punho e sinto minhas unhas a cravarem na pele. Duas lágrimas teimosas descem pelo meu rosto e as seco rapidamente. Observo em volta para ver se alguém nos olhava, porém, todos estavam perdidos no seu próprio mundo, alheios de mais para prestar atenção à sua volta.

- Estava saindo da empresa onde estava trabalhando na área da minha profissão quando fui levada para um carro desconhecido e lá me desacordaram.  Quando acordei estava nua sobre uma cama em um lugar com o odor insuportável- falo com raiva não podendo mais controlar minhas lágrimas- Meu corpo doía e eu sabia o que tinha ocorrido enquanto estava inconsciente. Não precisava de palavras para confirmar. Eu havia sido violada- murmuro raivosa- Um corpo encapuzado sempre entrava e saia do quarto e nunca falou nada, apenas observava minha miséria.  Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, mas a polícia me encontrou alguns dias depois por denuncia anônima de um vizinho que ouviu meus gritos pedindo ajuda- Jennifer me olhava assustada e com os olhos cheios de lagrimas não atrevendo a derruba-las- Me sentia humilhada, suja. Levaram-me para delegacia e pediram para que eu descrevesse tudo o que eu tinha visto. E me sentia frustrada e revoltada por não ter visto o desgraçado que me violou apenas uma tatuagem que milhares de pessoas poderiam possuir. Cobra em volta de seu pulso esquerdo, eu nunca vou esquecer isso- respiro fundo e tento acalmar minha voz tremula- Duas semanas mais tarde eu me sentia estranha e contei a Harry que me levou para o Hospital imediatamente. Fizeram-me fazer muitos exames e quando peguei o resultado foi como se me jogassem um balde de gelo. Eu estava grávida do violador. Não tinha mais forças. Não queria aquela criança de jeito nenhum ao contrario de Harry. Ele não queria que eu magoasse aquele feto, por mais que não era fruto do nosso amor, disse que cuidaria dela como se fosse seu filho e podíamos esquecer-nos de tudo aquilo- passo a mão pelo rosto tentando me acalmar falhando tragicamente- Meses se passaram e minha barriga crescia mais e mais. No dia que minha bolsa rompeu e Anne e Robin, mãe e padrasto de Harry, me levaram para o hospital ele chegou em êxtase. E assistiu a todo parto segurando minha mão pedindo para ser forte. Quando pegou Darcy pela primeira vez chorou emocionado à chamando de sua pequena- frizei- Horas mais tarde veio a grande bomba. Haviam levado Darcy para fora do hospital. Não sabiam, quem ou a que horas. Procuramos por todo o hospital, desesperados. Pela câmera de segurança os policiais viram uma falsa enfermeira levando minha filha para fora e a partir dali, Darcy nunca mais foi vista- apoio minha cabeça nos meus braços sobre a mesa esperando que as lágrimas se cessem. Escuto a cadeira de Jenni ser arrastada e logo seus braços sobre os meus ombros. Sussurrava palavras doces tentando me acalmar.

- Meu Deus! Eu sinto muito por te levar a lembrar dessas memórias- balanço a cabeça negativamente tentando passar a mensagem que ela não precisava se preocupar. Jennifer chama o garçom mais uma vez e pede um copo de água e me faz o beber assim que o mesmo nos é entregue- Me desculpe mesmo. Eu não sabia- lamenta.

- Tudo bem. Não se preocupe- passo a mão pelo rosto limpando as lágrimas e tentando cessar o choro. Jenni me olhava com desespero- Vamos mudar de assunto, por favor- peço e respiro fundo.

- Anh.. Eu não sei o que falar- diz depois de uns minutos em silencio e passa suas mão pelo seu rosto em frustração.

- Como está Olivia e Isabella?- Jennifer era casada com Daniel e teve com ele duas garotas. Casou-se cedo, e todos diziam ser uma péssima ideia por ser muito nova, porem, não quis saber, casou e manteve seu casamento saudável. Sempre admirei o relacionamento dos dois.

- Elas estão ótimas. Isabella já está cursando o segundo ano do ensino médio e Olivia sétimo ano do ensino fundamental- respondeu e seus olhos brilhavam e eu sorri pela sua voz carinhosa falando das filhas- Elas perguntavam de você no começo. Titi Sofi- comenta e rio lembrando-me de quando ia à casa de Jennifer e as duas garotinhas agarravam em minha perna me levando ao chão. Como ela e seu marido trabalhavam eu cuidava das duas durante a tarde, já que estudavam de manhã assim como eu. Saia do colégio e ai ia buscar as duas levando para casa e passando ali a tarde toda.

- Sinto saudade delas.

- Elas também sentem. Mas e você? Harry é um bom marido?- pergunta e meu coração falha uma batida.

- Ótimo- sorrio boba- Sempre me ajudou com tudo, no começo ele foi grosseiro, mas depois que começamos a nos envolver descobri o quão carinhoso e amoroso era. Harry levava toda aquela postura por medo de sofrer igual sofreu a um relacionamento passado. Hoje ele quer me proteger de tudo e todos por medo que me machuquem mais uma vez- tenho certeza que estou com cara de adolescente apaixonada, porém, não ligo.

- Isso foi fofo- murmura e sorri- Queria poder o conhecer e agradecer por cuidar de você- diz simples e eu aceno- Antes de ir embora você vai nos visitar?- pergunta e leva uma batata a boca e repito o seu gesto.

Talvez ela não queira saber se eu vou visitar somente suas filhas, mas sim a mãe. E eu pergunto a mim mesma.

Eu quero?

- Não sei- digo sincera e cutuco a batata que iria levar a boca com o palito.

- Talvez ela não mereça, mas você sim. Tira esse peso de cima de seus ombros. Você merece paz e sossego em sua vida. E para isso, comece a apagar seu passado. Sobre a parte que você me contou. Ela vai voltar. E quando isso acontecer, você e seu marido vão estar mais calmos para cuidar da filha de vocês e com a mente limpa- acaricia delicadamente minha mão e me olha carinhosa. Assinto e lhe lanço um meio sorriso.

- Prometo tentar- ela acena e começamos a comer e beber conversando coisas banais.

(...)

- Eu to dizendo. Essa cidade não evolui- gargalha.

- Vamos lá. Não é possível que não mudou nada em oito anos- digo indignada.

- Eu falo serio- afirma e é minha vez de gargalhar.

Nossa porção já tinha acabado e estávamos apenas enrolando ali, pois já havíamos pagado e a conversa esta divertida. Começamos a falar sobre as cidades e disse como é viver em New York.

A grande cidade é magnífica e nas suas ruas você encontra pessoas de todo o lugar. Alguns apressados, outros ali parados para tirar foto de alguma paisagem para guardar de lembrança ou mostrar a alguém. Uns nos seus telefones e pastas na mão tentando chegar a tempo para o trabalho ou adolescentes fazendo farra. É surreal e mágica a cidade, tudo ali te encanta.

- Vocês podiam ir para lá. O que acha?- pergunto e Jennifer solta uma risada irônica.

- Não- disse obvia como se eu falasse a coisa mais absurda de todos os tempos.

- Por que não?

- Primeiro que para fazer uma viajem para o exterior fica muito caro, passaporte, passagens, hotel, blá blá blá. E segundo é que tenho medo de avião- olho para ela como se fosse uma louca.

- Primeiramente é que vocês não precisariam se preocupar com as passagens porque Harry tem um jato e não se preocuparia de vir buscar vocês quando tudo estiver planejado e pronto. E segundamente que vocês obviamente não ficariam em hotel e sim em minha casa- tento, mas Jenni nem me dá muita atenção olhando assustada para algo em minhas costas. Ela tinha mania de quando ficar sem respostas fazer gracinhas para me convencer a mudar de assunto então nem me preocupei a olhar para trás.

- Para de graça Jenni- digo risonha- Você vai sim para os Estados Unidos me visitar. Pode dar um jeito de perder esse medo ou beber remédios para dormir- gargalho, mas sou interrompida por uma voz.

- Jennifer!- arquei a sobrancelha e a mulher em minha frente está pálida como se estivesse visto um fantasma- Te achei. Estávamos te procurando.

Uma silhueta aparece do lado de nossa mesa e levanto o olhar me arrependendo de imediato assim que a reconheci.

- Mãe? O que está fazendo aqui?- pergunta desesperada e sua voz a trai. A mulher em pé me olhava com os olhos lacrimejados e com espanto, como se não acreditasse que estava ali.

- So..Sophie?- gagueja e é minha vez de empalidecer.

Oh grande merda!



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