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História Where is Wonderland? - Os devaneios de Alice


Escrita por: Pseudonimos

Capítulo 3 - Os devaneios de Alice


Fanfic / Fanfiction Where is Wonderland? - Os devaneios de Alice

 

RELATÓRIO DO(A) PACIENTE  ALICE KINGSLEIGH:
   A paciente está a 2 dia sem medicamento, não apresenta anomalia no seu comportamento. Esta agindo pacificamente e segue com colaboração ao tratamento, não apresentando riscos psicológicos.
NECESSIDADE DE ELETROCHOQUE: NÃO
NECESSIDADE DE LOBOTOMIA: NÃO
NECESSIDADE DE ISOLAMENTO: NÃO

PROGRESSO 10%

 DIÁRIO DA ALICE
   Escutei aquela voz novamente e algum outro devaneio que tive, mas dessa vez soava ofegante, dizia algo como "Eu estou atrasado, estou atrasado para um evento muito importante. Não há tempo para dizer Olá, adeus, eu estou atrasado, estou atrasado". Me pergunto para onde ele estaria indo. Recordo de ele dizer que era um evento importante, gosto de pensar que deveria estar indo ao encontro um real, imagina que coisa mais interessante, encontrar um rei de verdade.
   Eu não me importo de perder horas do meu dia tendo esses devaneios, afinal, sãos os únicos momentos em que sinto que posso ser eu mesma é o único momento em que não preciso fingir ser alguém que não sou apenas para que eu possa ser aceita, pois no mundo da minha cabeça, todos são um pouco igual á mim então nem me preocupo com "como devo agir" ou " Dizer apenas o que faz sentido" pois nesse mundo perfeito, nada faz muito sentido, mas ao mesmo tempo tudo tem uma grande lógica.
   Fico observando como as pessoas agem, é como um fluxo tedioso de mesmice, todos iguais , seguindo propósitos clichês e sem emoção, escondidos atrás de máscaras fúteis e sem nenhuma cor. Levam uma vida cinza e monótona. Sim, tenho dó dessas pessoas e sinceramente, acho uma perda de tempo viver para ser um personagem trivial. Eu olho para o mundo e vejo coisas lindas como a neve e a pequena cachoeira que fica perto de casa. As vezes eu me pergunto se tenho direito de ter opinião já que tudo que sei sobre existência é restringido pela minha realidade nesse sanatório, mas o Doutor John me emprestas vários livros o que me dá uma bela noção de como as coisas funcionam (ou deveriam funcionar).

 Alice realmente pegou o hábito de escrever, ela entendeu que isso a mantinha ocupada e sentia como se tivesse um amigo para conversar, embora seu tempo de escrita fosse restrito apenas algumas horas ela sabia aproveitar seu tempo com maestria.
- Alice, está na hora de sua sessão com o Doutor John - a enfermeira disse interrompendo a fluidez da menina - Venha, vamos.
    Sem querer a enfermeira lembrou Alice de sua consulta e logo ela recordou que seria uma sessão de hipnose. Sentiu medo de como seria, pois ela temia fracassar nos exames e ficar presa ali por mais tempo. Sua liberdade dependia do diagnóstico do seu médico e isso a deixava aflita.

Tenho que parecer normal - Ela repetia isso na sua cabeça - Como vai ser essa sessão? Vou ter controle no que quero ou não falar? Vou conseguir mentir?.
   Ficou tão concentrada nessas dúvidas e no medo que nem se deu conta que já estava em frente a sala do Doutor John já a algum tempo.
- Entre logo -  A enfermeira disse empurrando a menina que por sua vez não ligou muito para aquele ato grosseiro. Ela bateu na porta e esperou a resposta de permissão para entrar.
- Entre, por favor. - Ela obedeceu deixando a enfermeira para trás.
- Boa tarde, Doutor John.
- Boa tarde Ali -  ele a fitava - Bom, vamos direto ao que interessa, por favor deite-se naquele sofá - Ele apontou para um um sofá marrom e meio velho, que para a surpresa de Alice, era muito confortável.
- Estou com medo Doutor.
- Entendo seu medo, mas fique tranquila, tudo vai dar certo se você cooperar.

Ele começou uma conversa que aos olhos da menina, mais parecia um interrogatório.
- Agora, eu quero que você relaxe, Ali.

Ela sentia seus olhos pesarem enquanto ele fazia um tipo de contagem regressiva, até que ela chegou num ponto de transe que a voz dele parecia vir de longe.
- Então Alice, pode me contar sobre o país das maravilhas? Como é la? - Ele foi direto ao ponto.
- É um lugar muito bonito, cheio de cor. É muito curioso, de fato, mas é realmente muito bonito.
- Certo, e você tem ido para lá ultimamente?
- Não -  sentiu um aperto no coração.
- E por que você não vai mais lá? - Alice pensou um pouco, e se deu conta que  estava perfeitamente consciente, podia falar o que quisesse.
- Porque não é real, é algo que criei quando era criança. Tudo só está na minha cabeça.
- É ótimo que reconheça isso.
   Tudo estava indo relativamente bem até que uma voz começou a ecoar na cabeça da menina e se deu conta de que não era a voz grossa do Doutor John." ALICE, VOLTE POR FAVOR". Ela começou a entrar em desespero, não era o momento perfeito para isso, sua liberdade estava em risco,  mas a situação se agravou quando ela viu uma pequena porta se aproximar, e dela estava saindo a voz que ficava cada vez mais alta e grave. Ela tinha noção de que não era prudente entrar naquela porta mas estava ficando cada vez mais difícil resistir, podia ser a oportunidade que ela tanto esperava para ter de voltar ao país das maravilhas .
- 3... - Ela precisava resistir - ...2... 1. Alice acorde. - Abriu seus olhos devagar e se deu conta de que estava no consultório novamente.
- Doutor John, desculpe, eu acho que acabei cochilando. - Mentiu.
- Não se preocupe, isso é bem comum quando você se sente muito relaxado - Ele anotava algo no seu caderno, e por mais que ele tivesse tentado tranquilizar a menina, ele não parecia sincero, seu rosto não era capaz de esconder a verdade - Bem, por hoje é isso, pode voltar para seu quarto.

 Alice saiu da sala com a plena noção de que não tinha ido bem no seu primeiro exame, ela precisava controlar as vozes de sua cabeça e então decidiu ir para o seu quarto e tentar achar um jeito de lidar melhor com a situação.

 


Notas Finais


Se você está gostando, por favor deixe seu comentário, ele é importante pra mim ;)


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