História Wheres L0v? - Letter

COMO ASSIM KIM JOON ESTÁ AQUI???

COMO ISSO ACONTECEU???

Todos no local estavam olhando para Kim Joon, alguns com cara tipo:

“Ele é gatinho”

“Ele vai estudar com a gente? Que sorte nós temos!!”

“Quem é esse cara!? Conquistando todas as meninas assim do nada? Ele merece uma boa surra, isso sim”

E outros com cara tipo:

“Como ele ousa interromper um anuncia do nosso amado Kai?”

“Ta se achando demais!!”

E minha cara era tipo:

“O que ele ta fazendo aqui?”

***

-Esse cara de novo?- Falou Kai se lamentando.

-Para sua felicidade, você está me vendo novamente- Disse Kim Joon com um sorriso no rosto.

-Kim Joon, como você entrou aqui?- Perguntei a minha primeira pergunta de muitas.

-Eu queria ter falado com você antes, mas não estava conseguindo me comunicar com você.

-Você me deve uma explicação, muito bem explicada- Disse apontando para ele.

-Se você não é estudante daqui, pode ir circulando- Disse Kai com um olhar mortal.

-Mas eu sou um estudante daqui, a partir de hoje- Respondeu Kim Joon calando Kai.

-Quem deu permissão para isso?-Kai falou depois de sair do congelamento.

-Uma prova de seleção, porque vai me expulsar no primeiro dia?

-Se eu pudesse claro que faria isso, mas infelizmente não tenho esse poder ainda.

-Então... Kim Joon vamos para cantina, que assim você pode me explicar, direitinho tudo que está acontecendo- Interferi antes que pudesse começar uma briga.

-Claro Cha Hun- Disse Kim Joon colocando o braço no meu ombro.

-Ei!!! Pode ir tirando essa patinha do que não é da sua propriedade. Ela é minha namorada- Disse Kai com raiva.

-O que eu já te falei sobre eu não ser uma propriedade?- Disse indignada.

Depois disso eu lembrei que estávamos na frente de um milhão de pessoas (a maioria fofoqueiras).

Fui logo empurrando Kim Joon dali para ver se diminuía o problema que provavelmente iríamos ter mais tarde.

Kai não veio atrás, pois ele deve ter pensando (uma coisa muito difícil para ele), que se viesse iria me causar mais problema.

***

Fomos até a cantina, e nos sentamos em uma mesa mais no fundo, que trazia certo aconchego.

-Agora que estamos aqui, você vai me explicar tudinho do que está acontecendo- Disse imperativa.

-Tudo bem, é uma história bem curtinha- Disse Kim Joon.

-Mesmo que seja apenas uma frase, eu quero escutar tudo.

-Ok. Para começar posso dizer que depois que todos foram embora do cruzeiro, fiquei bastante interessado nesse colégio. A partir disso, resolvi tentar uma bolsa, pois se pagasse não sairia nada barato para o orçamento do meu pai. Para minha surpresa, eu passei na prova, e agora estou vivendo aqui com meu pai- Contou Kim Joon.

-Seu pai veio junto?

-Sim, ele está trabalhando de garçom em um restaurante de mingau.

-Depois quero ir visitá-lo, para conhecer quem criou esse dançarino de primeira- Disse rindo.

-De primeira mesmo, mas que teve uma ótima dupla um tempo atrás.

-Eu sei que sou ótima- Disse convencida.

-Mas mudando totalmente de assunto miss convencida, o que foi esse lance do Kai ser seu namorado?- Perguntou Kim Joon morto de curiosidade.

-Aquilo... Bem é verdade, mesmo eu não acreditando até agora.

-Será que eu cheguei atrasado?

-Como assim atrasado?

-Eu iria pedir para você sair comigo Cha Hun.

-Que??

-Brincadeira pamonha.

-Que susto!!- Disse dando um soco no seu peito.

-Gostei de saber que vou poder estar no mesmo colégio que você. Isso me tranqüiliza um pouco.

-Eu acho que você não deveria se tranqüilizar. Eu sou a pessoa mais odiada desse colégio. E praticamente não tenho um dia de sossego.

-Adoro uma vida animada. Pra começar minha vida de estudante colegial você poderia me mostrar o colégio?

-Posso te mostrar o que eu conheço, porque esse colégio é muito grande, e me parece que não conheço nem metade.

-Mesmo assim você vai ter que ser minha guia turística um tempo.

-Quero pagamento hein?

-Meu pagamento vai ser minha eterna amizade- Disse Kim Joon abrindo os braços.

-Eu trabalho de graça então- Disse brincando.

-Vamos?

-Sim.

A partir daí começamos o nosso tour pelo colégio.

Kim Joon on.

Por mais que eu gostasse da Cha Hun não poderia deixar de esconder algumas coisinhas sobre minha vida. Tinha inventado minha história enquanto estava em um avião para cá.

Na verdade meu pai quase me matou (isso é verdade entre gângsters) quando soube que eu iria começar a estudar nesse colégio.

Tinha feito tudo isso pela Cha Hun, porque quando vi ela pela primeira vez, senti que tínhamos alguma coisa que nos ligava.

Nunca tinha encontrado uma garota assim antes, tão pé no chão.

Mesmo que ela esteja namorando com o Kai (o que eu acho meio impossível), eu queria que ela percebesse o cara incrível eu posso ser, e o quanto eu posso protegê-la.

A verdadeira batalha entre Kai e eu está prestes a começar.
Kim Joon off.

Depois do tour com Kim Joon e nossa despedida, resolvi procurar Ui-Sik, que na verdade estava muito quieto ultimamente.

Fiquei procurando por todo colégio, mas parece que do nada ele tinha evaporado e ninguém sabia suas notícias.

Quando estava correndo para a saída do colégio, trombei com o professor de geografia.

-Cuidado Cha Hun, assim você vai acabar se machucando- Disse me ajudando a levantar.

-É que eu estou procurando por uma pessoa, e estava um pouco desatenta. Desculpe- Disse fazendo uma reverência depois de levantar.

-Quem a senhorita está procurando?

-Ui-Sik, você por acaso não o viu por ai?

-Você não ficou sabendo da notícia?

-Que notícia?

-Ui-Sik saiu do colégio. Ele foi embora ontem.

-QUE??-Gritei no ouvido do professor.

-Não precisa gritar senhorita.

-Como não gritar? A única pessoa que me ajudou quando entrei nesse colégio foi ele e agora ele vai embora sem dizer nada?

-Se acalme.

-Você não sabe o motivo?

-Os motivos são desconhecidos, sua mãe apenas veio aqui e pediu sua saída, na verdade ela estava muito abatida.

-Abatida? Será que aconteceu alguma coisa séria? Eu preciso saber agora- Disse saindo correndo.

-Esses jovens de hoje, são cada vez mais loucos e barulhentos- Gritou o professor de longe para eu escutar.

***

Quando estava no ponto de ônibus, vi que Kai estava se aproximando do ponto.

No momento que o sinal da rua estava vermelho, fui correndo para o carro do Kai.

Bati no vidro pedindo para ele o abaixasse.

-Eu preciso de uma carona agora- Falei depois que o vidro foi abaixado.

-Porque você não pede para seu amiguinho novato?- Disse Kai virando o rosto para o outro lado.

-Isso não é hora de ciuminho bobo. Eu preciso mesmo de ajuda.

-Ciuminho bobo?

-Abre esse carro.

Ele destrancou e eu entrei pedindo para que ele começasse a dirigir para o endereço de Ui-Sik.

-Para onde você está indo?- Perguntou Kai depois de um tempinho.

-Eu preciso saber o que aconteceu com Ui-Sik.

-Você pode me explicar o que aconteceu, para que eu possa pelo menos tentar ajudar?

Contei tudo do quase nada que sabia, e esperei que ele compreendesse o que estava acontecendo para que eu ficasse tão aflita.

-Entendi, como você me explicou o motivo de tanta agitação, e eu estou devendo uma desculpa pra ele de tudo que eu fiz, eu te levo lá. Mas eu quero uma coisa em troca.

- E o que seria essa coisa?

-Um jantar?

-Eu aceito, mas só se for um jantar de pessoas comuns.

-Eu vou pensar cuidadosamente no seu caso.

-Bom mesmo, agora dirija mais rápido.

-Sim senhora- Disse Kai com um sorriso entre os lábios.

***

Quando chegamos ao destino, percebo que Ui-Sik era bem mais pobre do que eu. E que pelo jeito sua família deveria estar muito orgulhosa por ele ter ido para um colégio como o nosso.

Kai ficou esperando encostado no carro.

A casa onde paramos era praticamente metade do apartamento da minha tia, era um lugar bastante simples.

Toquei a campainha, e logo uma mulher veio atender a porta.

Aquela visão me deu um aperto no coração. Ela estava chorando, como se tivesse ido a um funeral.

-Em que posso ajudá-la senhorita?- Disse a mulher depois de tentar limpar um pouco as lágrimas.

-Eu estou procurando Ui-Sik, você o conhece?

Depois que disse o nome de Ui-Sik a senhora começou outra crise de choro. Tento acalmá-la, mas parece que nada estava adiantando.

-Você é conhecida dele?- Perguntou a senhora entre soluços.

-Eu sou Cha Hun, uma amiga próxima de Ui- Sik.

-CHA HUN? Eu estava procurando o endereço da senhoria esses dias- Disse a senhora se levantando.

-Por quê?

-A senhorita podia entrar em minha casa para que eu possa explicar melhor tudo isso?

-Eu trouxe meu namorado, ele poderia entrar comigo?

-Claro.

Chamei Kai e assim entramos na casa.

Vi que por dentro a casa era bastante arrumada, com flores em todas as partes. Eu me sentia bem ali.

-Você poderia chamar o Ui-Sik? Eu precisava falar com ele- Pedi depois de me sentar.

-Pelo jeito você não soube.

-Não fiquei sabendo de que?

-Meu filho foi para o exército- Disse a senhora começando mais uma sessão de infinitas lágrimas.

Naquele momento nem Kai nem eu, conseguimos falar nada.

Eu estava prestes a desabar.

Como meu melhor amigo tinha ido para o exercito sem me dizer nada?

Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto sem nem ao menos eu perceber. Kai começou a enxugá-las, mas depois de algum tempo, era impossível pará-las.

-Ele me falava muito da senhorita. E antes de ir embora ele mandou que eu lhe entregasse algumas cartas- Disse a senhora estendendo a mão, onde se encontrava um bolo de cartas.

-Eu lhe peço que leia. Esse foi o ultimo pedido que Ui-Sik me pediu antes de partir.

-Pode deixar que eu irei ler uma por uma- Tentei falar.

Aquelas cartas poderiam ter tudo o que o Ui-Sik poderia estar pensando.

Mas as mesmas, me faziam sentir um peso no coração que eu não estava suportando.

Na hora que eu lesse essas cartas não sei se conseguiria aguentar mais...