História Which his side? - Twists

Dean consegue arrastar Sam até o Impala a contragosto. Sam vê Bela dentro do Impala sentada lendo o diário de John comendo M&M’s e ouvindo Train.

- O que a Bela faz aqui? – indagou Sam surpreso, afinal, Bela, Ruby e Dean se odiavam mutuamente.

- Ah! Voce não sabe? Eu adoro ler de noite em frente a parques em reformas, me faz entrar no clima do livro ou nesse caso, no clima do diário. – falou Bela sarcástica balançando o diário de John.

- O que voce faz com o diário do papai? – falou Dean irritado abrindo a porta do Impala e tomando o diário de Bela que rola os olhos.

- O que voce acha? Estou lendo. Não se tem muita coisa a fazer quando se esta algemada. - falou Bela entediada.

- Voce não sabe contar carneirinhos? Ou melhor, no seu caso, voce poderia contar os objetos que voce roubou. – falou Dean meio venenoso a uma pouca distância de Bela, encarando-a, Bela apenas sorri com o comentário. – E isso não foi um elogio! – Bela mantém o sorriso irritante. – E pare de sorrir! – advertiu Dean. – Anda Sammy! Temos que sair daqui! – Dean empurra Bela pra trás enquanto chama o irmão pela janela do passageiro e a morena aproveita e rouba seu celular bem debaixo do nariz do loiro.

- Nós não podemos cair fora e deixar a Ruby com a Abaddon! – falou Sam no momento que Dean ia colocar a chave na ignição. Sam se sentia culpado, mesmo tendo vindo contra sua vontade.

- A sociopata ainda está aqui? Por que não estou surpresa? – falou Bela irônica escondendo o celular de Dean discretamente debaixo de sua coxa.

- Nós não temos nada que possa deter Abaddon! A única coisa que pode deter ela era a primeira lâmina, mas Metatron roubou da gente. Ruby quis se sacrificar por nós e eu respeito sua vontade como último desejo. Agora entra no carro! – falou Dean autoritário chamando o irmão pela janela do passageiro novamente.

- Ela também não tem nada que possa deter Abaddon! Dean, não podemos simplesmente deixá-la pra trás e fugir... Isso não tá certo! – falou Sam se sentindo ainda mais culpado.

- Ah! Voces podem sim, eu faço isso sempre! – falou Bela colocando uma bolinha de M&M’s na boca.

- É bom saber que posso sempre contar com o seu apoio, Bela. – falou Sam irônico.

- Isso se chama sobrevivência! – rebateu Bela ostensiva colocando outra bolinha de M&M’s na boca.

- Meus M&M’s! – falou Dean finalmente notando Bela devorar seu chocolate.

- Quer um? – falou Bela oferecendo o chocolate, enquanto tocava Nicotine na rádio e Bela aumenta o volume.

- Primeiro que não quero músicas teen no meu carro. – falou Dean desligando o rádio. - E não coma meus M&M’s. – Dean toma o chocolate de Bela.

- Ei, eu adoro essa música! – falou Bela ligando o rádio de novo. – E Panic! At The Disco não é teen, é uma banda de rock com influências teatrais. – defendeu Bela.

- Pro seu governo essa banda é mais pop do que rock e eles pra mim são teen, então não quero essas baboseiras no meu carro e se voce ligar de novo, eu quebro suas mãos. – Dean desliga de novo.

- Essa baboseira é mais cultural do que os dinossauros do rock que voce escuta. – falou Bela provocativa apenas para deixar Dean ainda mais irritado.

- Sério que voces vão ficar discutindo sobre música agora? – falou Sam desacreditado dando as costas. – Eu vou atrás da Ruby!

- Sammy, espera! – gritou Dean descendo do carro e correndo até o irmão, segurando-o pelo ombro. – Eu entendo voce querer salvá-la, ainda mais depois do beijo, mas cara... Dessa vez, a gente tem que ir. Desculpe Sammy por falar isso, mas a Ruby é como a Madison, carta marcada. – falou Dean cauteloso por tocar no assunto da Madison.

Enquanto isso, Bela puxa o celular e digita a sms para Crowley se passando por Dean pedindo por ajuda, porém ela ainda não envia, tinha que esperar o momento certo. Bela havia prometido a si mesma dar o troco em Crowley depois dele confessar que colocou os cães do inferno na cola dela para encerrar o contrato e também, ela tinha que proteger seu trunfo contra Abaddon, os Winchesters.

- E o que voce sugere, Dean? Que finjamos que nada aconteceu? Ela te ajudou a me encontrar! Vamos simplesmente dar as costas a ela? – questionou Sam revoltado. Dean balança a cabeça dando a entender que sim. – Tudo bem, não preciso de sua ajuda! – Sam tira a mão de Dean do seu ombro violentamente e volta a caminhar em direção as árvores.

- Não vou deixar voce correr para os braços da morte, Sammy! E muito menos morrer pela Ruby. – falou Dean firme ficando no caminho dele impedindo-o de passar.

- Dean, sai da minha frente! – falou Sam empurrando o irmão.

- Isso é melhor que novela mexicana! – falou Bela observando a cena entusiasmada e depois encarando o celular de Dean, tentando decidir se envia a sms agora ou não.

- Sammy, pensa direito... – Dean para de falar assim que escuta um barulho que vinha das árvores. Dean e Sam ficam alertas, Bela fica ociosa esperando ver o que sairia dali, até que Ruby aparece mancando. Ao ver Sam e Dean, a loira fala indignada:

- Voces são idiotas? O que fazem aqui ainda?

- Voce achou mesmo que eu ia deixar voce pra trás? – falou Sam correndo para ajudá-la, ela murmura quando Sam toca em suas costelas.

- Cade a Abaddon? – perguntou Dean desconfiado, ele tinha problemas em confiar e também ele não acreditava que Ruby tinha dado conta sozinha, afinal, isso era impossível sem a lâmina e a marca.

- Ela vem aí a atrás, mas não estou a fim de ficar esperando... – falou Ruby exausta e se apoiando em Sam.

- Dá pra gente dar logo o fora daqui? Voces já acharam a Ruby, parabéns! – Bela bate duas palmas. - Agora vamos embora, porque tenho compradores me esperando! – falou Bela disfarçando sua impaciência para jogar Crowley na boca do lobo.

- Não vou discordar de voce! Se Abaddon vem aí, é melhor irmos embora mesmo! – falou Sam entrando no Impala com Ruby, os dois sentam no banco detrás. Bela aperta discretamente o botão de enviar a mensagem, agora era só esperar Crowley morder a isca.

- Vai pra lá! – falou Dean empurrando Bela pro lado, ele coloca a chave na ignição e pisa fundo. – Vai mais pra lá, Bela! – Dean passa a marcha, mesmo que a contragosto o dorso de sua mão atritasse com a coxa de Bela devido ao pequeno espaço.

- Eu até iria se eu não tivesse sido algemada. – falou Bela irritada balançando o braço algemado.

- Se voce fosse uma pessoa de confiança, eu não teria que fazer isso. – falou Dean dando uma curva fechada, o que involuntariamente puxa Bela fazendo-a cair desajeitada em seu colo. – Desculpe Bela, mas não estou no clima. – Ruby segura o riso e Sam fica sério.

- Dá pra voce tirar essa porcaria do meu braço? – gritou Bela.

- Não, porque estou dirigindo. - Dean coloca a mão no bolso e entrega a chave para Bela. – Toma, tira voce! – Dean ajeita o retrovisor. – Parece que conseguimos fugir, nenhum sinal da Abaddon.

- Estranho! Abaddon não demoraria tanto pra me alcançar ainda mais eu tendo torcido o pé. – deduziu Ruby.

- E voce esta achando isso ruim? – indagou Sam confuso.

- Não, é que estamos falando da Abaddon, ela não desiste. – falou Ruby estranhando aquilo.

- Talvez ela tenha encontrado uma distração... – disse Bela tentando tirar as algemas.

- Por que estou com a sensação de que voce esta metida nisso? – perguntou Dean olhando de relance para Bela que depois de muito esforço consegue se soltar.

- É apenas impressão sua. – falou Bela se fazendo de sonsa. Dean não engole essa desculpa, mas deixa quieto por enquanto.

- Duvido que seja, nesse ramo não existe sorte, nem coincidência. – falou Ruby se encolhendo e fechando os olhos com força. Sam vê expressão facial de Ruby que era de dor e fala:

- Dean, precisamos ir ao hospital!

- Não precisamos! Eu só preciso dormir por uns três dias e tomar uns analgésicos e estarei novinha em folha. – falou Ruby fechando os olhos com força devido a dor.

- Dean! Hospital. Agora! – ordenou Sam.

[...]

St. Joseph Hospital. Ala Feminina, Enfermaria 107.

- Eu já disse que estou bem. – falou Ruby tentando se levantar em vão.

- Voce teve uma torção no pé direito, fraturou quatro costelas, teve um ligamento do ombro rompido. Teremos que fazer mais exames, para encaminharmos voce para uma cirurgia de reconstrução do ligamento. – falou o médico segurando o prontuário.

- Cirurgia? Sério? Por que os médicos adoram nos fatiar como um presunto? – questionou Ruby.

- Se voce não fizer vai ficar impossibilitada de mexer seu braço e fazer qualquer atividade com ele, mas não se preocupem, atletas estão sempre fazendo esse tipo de cirurgia, não há risco nenhum de morte. A enfermeira vai administrar uns analgésicos para aliviar a dor, mas voce precisa descansar. – O médico sai deixando Sam, Dean e Bela a sós com Ruby.

- Devo considerar o “atleta” como elogio ou falta de sorte mesmo? – indagou Ruby fazendo um beicinho.

- Acho que só tentou tranquilizá-la mesmo. – falou Sam dando um sorriso sem mostrar os dentes.

- Desculpe interromper essa conversa maravilhosa, mas não dá pra voces começarem logo a desenhar esses sigilos, não? Eu não estou a fim de ficar aqui pra sempre. – falou Bela impaciente.

- Voce vai ficar o tempo que for necessário, voce deve essa a mim e a Ruby ainda mais depois que fizemos o favor de expulsar Furcifer de seu corpo. – falou Dean autoritário.

- Tecnicamente quem exorcizou foi eu, mas tudo bem. – corrigiu Ruby e Dean olhou torto para a loira.

- Agradecer? Voce me algemou, queria deixar a Ruby pra trás... – Dean interrompe Bela e fala:

- Quando o Sammy pediu a ajuda pra salvar Ruby sua resposta não foi favorável, não!

- E se ele perguntasse novamente eu diria a mesma coisa porque eu não sou hipócrita como um certo alguém que não perde a oportunidade de posar de mocinho. – retrucou Bela.

- Pessoal, se acalmem. – falou Sam tentando evitar que a briga de prolongue.

- O que voce quer dizer com isso? – falou Dean caminhando ameaçadoramente em direção a Bela, mas Sam o segura antes que ele perdesse a cabeça.

- Nada. Apenas faça sua obrigação invés de jogar conversa fiada fora, para que eu e minha bolsa de mojo possamos ir embora.

- Já chega! Eu vou fazer voce engolir os dentes. – falou Dean enfurecido partindo pra Bela, mas Sam intervém e segura o irmão.

- Acho que amo hospital agora! – falou Ruby se divertindo ao ver Dean ameaçar Bela de todas as formas possíveis, enquanto a morena lança mais provocações, depois de muito esforço Sam consegue controlar o irmão.

St. Louis, Missouri.

Após Castiel ficar horas sentado, ouvindo o falatório interminável de Metatron. Castiel já estava achando a opção de suicídio bem tentadora.

- Voce acha que devo escrever a parte em que Dean morre agora ou depois, Merdastiel? – perguntou Metatron.

Castiel mantêm um olhar entediado e concluiu que até ser torturado por demônios seria melhor do que ouvir a voz irritante de Metatron.

- É, voce tem razão, Merdastiel. Acho que está um pouco cedo para isso e o que voce acha de fazer os demônios capturarem Sam? Seria magnífico para a história! – falou Metatron com um sorriso debochado no rosto, porém Castiel dessa vez se pronunciou.

- Que tal voce escrever aí, a parte que um cão do inferno devora sua língua, pra ver se voce para de falar!

- Voce é sempre impaciente, Merdastiel! Não sabe... – Castiel interrompe Metatron se levanta dá um soco na mesa e fala transtornado:

- Pare de me chamar de Merdastiel! E dane-se voce e essa história idiota! Voce não é Deus! – Castiel pega a máquina de datilografia e a atira com toda a força contra a parede.

- Seu imbecil! O que voce pensa que está fazendo? – falou Metatron indo pegar a máquina. Enquanto, Castiel pega todas as folhas datilografadas e as atira no fogo. – Seu anjo retardado, voce estragou tudo! – gritou Metatron usando a telecinese e jogando Castiel contra a estante. – Eu deveria matar voce agora!

- E por que não faz? Isso seria um favor! Prefiro morrer do que ouvir voce contar mais uma de suas histórias idiotas! – gritou Castiel se levantando. Dois anjos escutam o barulho e entram na sala perguntando o que estava acontecendo.

- Levem-o para a sala de tortura, tentei ser cordial e dar uma chance a voce... – Castiel interrompe Metatron e fala:

- Por favor, me levem para longe dele! – Os anjos assim o fazem. Eles andam pelos corredores, Castiel dá um empurrão em um e chuta a barriga do outro anjo, eles começam uma luta.

Castiel consegue desviar de alguns golpes, mas é atingido por outros, o anjo enfia a espada em sua costela, depois de muito esforço, Castiel consegue se soltar do anjo, ele retira a espada angelical de sua costela e golpeia o anjo fatalmente. O outro anjo tenta partir pra cima, mas Castiel o empurra contra a parede e após tentarem um render o outro, Castiel o rende e rouba a graça do anjo, matando-o em seguida. 

Alguns anjos aparecem pelo caminho e Castiel corre para o banheiro se trancando lá. Ela faz um corte na mão e começa a desenhar o sigilo angelical. Os anjos arrombam a porta, mas antes que façam qualquer coisa. Castiel bate a mão no centro do sigilo e todos os anjos daquele lugar somem. Castiel volta até o escritório onde ele estava com Metatron e encontra a tábua dos anjos sobre a mesa. Metatron havia sumido com os outros.

- Finalmente recuperei voce. – falou Castiel pegando a tabua. Ele dá a volta na mesa e abre a última gaveta que era onde Metatron guardava a primeira lâmina. – Como os humanos dizem “Hoje é meu dia de sorte!”.

Chicago, Illinois.

Assim que Sam e Dean terminam de fazer os sigilos, Bela pega sua bolsa de mojo e sai imediatamente da enfermaria, Sam suspira aliviado, pois não teria mais que ser o “separador de brigas”, já Dean nota que estava sobrando e fala caminhando para a porta:

- Eu te espero no carro, Sammy. Não vou ficar segurando vela aqui. – O fato é que ele precisava colocar os pingos nos “is”.

- Como voce esta se sentindo agora? – perguntou Sam puxando assunto, antes de questioná-la sobre o beijo.

- Me sinto ótima, ainda mais depois que Dean e Bela deram um show aqui estilo Law & Order, nem preciso mais de Netflix. – falou Ruby rindo. Sam abaixa a cabeça e dá uma pequena risada.

- Preciso perguntar uma coisa... – Sam respira fundo para tomar coragem. - Por que voce me beijou? – falou Sam de vez, antes que ele desistisse.

- Ah, aquilo? Não foi nada, pode ficar tranqüilo. Eu apenas me deixei levar pelo calor do momento, talvez eu devesse parar de assistir filmes de Hollywood. – falou Ruby se controlando para não dizer que o amava, mas ela tinha que fazer isso. Ela não queria que Sam ficasse com ela por gratidão.

- Fico feliz em saber... – falou Sam parecendo meio chateado.

 [...]

- Voce vem comigo! – falou Dean segurando o braço de Bela com força e a puxando em direção ao Impala.

- O que vai fazer? Me algemar de novo? – falou Bela debochada assim que eles chegaram ao Impala.

- Não só isso, mas vou te colocar no porta-malas pra dar uma voltinha pela cidade no estilo Poderoso-Chefão. Isso se voce não cooperar e responder as minhas perguntas. O que vai ser, Bela? – falou Dean segurando o queixo de Bela fazendo-a olhar para ele.

- Voce vai me interrogar ou me beijar? – disse Bela debochada.

- Por que voce não me explica o que voce fez para Abaddon não nos seguir? – falou Dean se afastando.

- Eu criei uma distração. – falou Bela petulante.

- Distração? – falou Dean semicerrando os olhos.

Bela arfa, ela sabia que pra lidar com Dean tinha que ser paciente. Ainda mais se ela quisesse tê-lo como aliado. Ela não era de se explicar pra ninguém, mas nesse caso ela teria que abrir exceção se quisesse ganhar a confiança do Winchester.

- Eu roubei seu celular e mandei uma sms pro Crowley pedindo socorro, então... Se ele não morreu, deve estar sendo torturado nesse exato momento. – falou Bela como se fosse algo normal.

- Voce rouba meu celular e admite na minha cara? – falou Dean rindo sem acreditar. – Voce não tem amor à sua vida não?

- Tenho. É por isso, que entreguei Crowley de bandeja pra Abaddon, antes ele do que eu.

- Que bom pra voce, mas se ele escapar ele vai vir atrás de mim, voce pensou nisso?

- E daí? Não somos amigos, nem sócios, nem temos um relacionamento, então não tem pra que eu pensar em voce e também, voce é um caçador, voce mata demônios, tem experiência. Lide com isso. – falou Bela dando de ombros.

- Inacreditável! E voce ainda diz que quer ser minha sócia? Voce só pode ser doida! – falou Dean dando uma risada irônica.

- Não seja ingrato! Eu te dei o dossiê, ajudei o Castiel, trouxe as ervas escandinavas e ainda emprestei a bolsa de mojo.

- Porque eu te obriguei.

- Tanto faz... A questão é: Por que trabalharmos sozinhos, se podemos sair ganhando juntos?

 - Simples, porque eu sou um caçador, voce é uma ladra. Eu salvo pessoas, voce rouba pessoas. Somos como fogo e gelo, somos diferentes.

- O gelo também queima, isso só nos torna ainda mais iguais. – falou Bela dando as costas. – E voce ainda vai aceitar minha parceria.  

- Voce nunca escuta um “não”? – questionou Dean.

- Só quando sai da minha boca.