História Which his side? - Crystal's Skull

Sam estava irritado pelo fato de ter brigado com Dean, Sam tinha razão, Dean não podia se aliar logo a Crowley e Sam não abriria mão de sua razão, a não ser que não houvesse mais nenhuma alternativa, e Sam sabia mais do que ninguém o quanto não era nada vantajoso trabalhar com demônios.

Sam caminha até a janela de dentro do quarto de motel esperando que Dean aparecesse, ele estava demorando, já era meia-noite e Sam conclui.

- Com certeza, ele não vem mais hoje, se eu o conheço bem.

Sam se afasta da janela e senta na cama, pensativo. Quando, de repente ele ouve alguém batendo na porta. Sam se levanta e vai atender.

- O que há entre voces e motéis baratos? É tão desprezível. – Ruby olha para o teto espelhado. - Eu meio que gosto disso.

- Ruby? – falou Sam surpreso e automaticamente saca a arma. – Como voce esta viva? Meu irmão matou voce, eu segurei voce.

- Me segurou? – Ruby fica confusa.

- Sim, mas pro Dean matá-la. – Ruby pensa “a demônia possuiu outra garota e eles não deixaram morrer, eles a mataram. Melhor eu tomar cuidado com esses psicopatas.”.

- Típico. – falou Ruby rolando os olhos, depois volta a atenção para a arma de Sam que ainda esta mirando para ela. – Bem, pode abaixar essa arma. Eu não sou uma fumaça preta estupida, se é isso que voce quer saber... Se voce bater em mim, eu irei sangrar. Mas vou logo avisando eu não sou sadomasoquista. – Sam fica um pouco encabulado, Ruby sorri e estende o braço direito.

- Faça os testes. - Sam faz os testes e fala sem dar importância, nem ocorreu na cabeça do moreno pensar como que Ruby poderia ser humana:

- Por que voce esta aqui?

- Porque quando eu sai do inferno, eu jurei que iria me vingar e matar voce. – falou Ruby séria, Sam ia sacar a arma novamente e Ruby dá uma gargalhada.

- Brincadeirinha Sam. Vamos apenas conversar... – falou Ruby se aproximando de Sam, perto até demais. Ela mantém-se com uma confiança sedutora... uma sexualidade habilitada, o que deixa Sam confuso, se talvez ela vai te levar para casa... ou talvez ela vai chutar sua bunda. Sam abaixa a arma.

- Bem. Bom trabalho, Sam. Você fez bem hoje. – falou Ruby a centrimetros de Sam.

- Bom? Duas pessoas estão mortas. – falou Sam recuando.

- Não. Duas pessoas foram mortas. E você matou. – Ruby acusa Sam.

- Cale a boca. – Sam começa a se irritar.

- Eu quero dizer, bang, bem entre os olhos. – Ruby aponta com os dois dedos entre seus próprios olhos. - Voce não deixa sua fachada de fofinho cair, você ... Você é um tiro mortal. Acho que estou apaixonada. – falou Ruby debochada.

- Ela estava possuída e já estava morta! Não havia mais nada a fazer! – falou Sam com uma raiva crescente.

- Voce nem ao menos tentou salvá-la, Sam. Só porque ela levou uma facada na barriga não quer dizer que ela já estava morta... Apenas acho que talvez você poderia ter encontrado outra maneira. Sem voce sabe, “atirar” na cabeça dela. – falou Ruby dando enfase ao “atirar”.

- Voce saiu do inferno, só pra me acusar? Voce não tem nada melhor pra fazer, não? – falou Sam passando a mão na cabeça estressado.

- Não, com certeza não havia escolha. Claro, voce fez o melhor que podia. A pobre donzela do Dean estava em perigo, antes que morra outro. E voces ainda querem ser chamados de heróis...

- Se voce esta aqui apenas pra encher meu saco, é melhor ir embora! – falou Sam indicando a porta.

- Não... Eu vim pra te ajudar, eu e voce temos interesses em comum de 7 letras que se veste todo de preto.

- Crowley?

- Garoto esperto. – Ruby sorri, eles ouvem o barulho do motor do Impala. – Esta com seu celular aí?

- Estou, por que? – falou Sam tirando do bolso e Ruby arrebata da mão dele e salva o número dela na agenda.

- Se quiser ajuda para dar cabo no Crowley, é só me ligar. – Ruby fica mais perto de Sam, há um ar de sedução aqui. Ela bate o celular contra o torax de Sam e se afasta de supetão. Deixando o moreno um tanto confuso. Ruby caminha até a janela e a abre. – Acho que o Dean não ficaria feliz em me ver, melhor voce não falar pro Dean sobre mim. – Ruby dá uma piscadela e passa uma perna pela janela. – A propósito, voce precisa treinar sua mente, se voce ficou irritadinho com as coisas que falei, será muito fácil pro Crowley roubar o Dean de voce. – Ruby sai pela janela. Dean entra no quarto em seguida e Sam faz uma cara de espanto como se tivesse sido pego fazendo algo de errado. Dean olha desconfiado para o irmão e nota a janela aberta.

- Olha! Não precisa despachar a garota pela janela, Sammy. Se quisesse mais tempo era só ter me mandado um torpedo... – Sam interrompe Dean e fala:

- Não tinha nenhuma garota aqui. – Dean faz uma cara que denuncia sua malícia.

- E a janela aberta? Voce nunca foi de abrir a janela, por que agora?

- Eu estava com calor e abri, o que há de mal nisso? – falou Sam coçando a nuca.

- Então voce não se importa, se... – Dean corre até a janela e Sam reage. – Ah ha! Eu sabia tinha alguém aqui e então como ela era?

- Eu respondo depois que voce e eu conversarmos sobre voce querer ser amigo do Crowley. – falou Sam tentando desviar o assunto, já que não tinha como contornar a situação.

- Eu não quero ser amigo do Crowley, apenas estou usando ele pra acabar com a Abaddon. – falou Dean dando de ombros.

- E depois que a Abaddon morrer...?

- Nós acabamos com ele. Simples assim. Matamos dois coelhos com uma paulada só. É um plano genial! – falou Dean abrindo os braços. – Mais alguma pergunta, Sammy?

- Não. – falou Sam deixando por isso mesmo.

- Agora me fale sobre a garota. – falou Dean entusiasmado. Sam boceja e fala:

- Agora estou cansado, amanhã eu te conto os detalhes. Boa noite, Dean. – Sam se joga na cama e finge empacotar com sono.

- Sammy! Sammy! Ah! Qual é? – falou Dean olhando de relance. – Vadio!

[...]

Lebanon, Kansas. Bunker dos homens das letras, nesse caso, o que restou deles, os Winchesters.

- Voce realmente não vai falar sobre a garota? – perguntou Dean falando de boca cheia com o sanduiche na mão.

- Não. – falou Sam seco. – Encontrei um caso em Louisiana.

- Sou todo ouvidos. – falou Dean dando outra mordida no sanduiche.

- O pessoal de New Orleans estão agindo estranhamente... – falou Sam impressionado.

- O que eles estão fazendo? – falou Dean curioso.

- Veja voce mesmo! – falou Sam virando o notebook para Dean.

- Voce esta de brincadeira! – falou Dean rindo. – Isso é sério?

- Isso que é sério. – Sam aumenta imagem e mostra o video de uma garota vestida de Princesa Lea matando 7 pessoas vestidas de soldados imperiais de Star Wars e o Mickey bebendo uisque comemorando as mortes.

- Por que estamos perdendo tempo aqui? Vamos logo pra New Orleans. – falou Dean empolgado.

Na estrada...

- Mais alguma informação adicional sobre o Space Jam do mal? – falou Dean tamboreando os dedos empolgado no volante do Impala.

- Acho que tem uma explicação pra isso estar acontecendo, ouça isso “caveira de cristal é roubada do museu”. – falou Sam apliando o texto.

- Indiana Jones é suspeito? – brincou Dean.

- Pode ser qualquer um, voce viu a Princesa Lea matando pessoas. – Dean ia abrir a boca pra falar, mas fecha, pois Sam não notou sua piada e deixa por isso mesmo.

Assim que eles chegam em New Orleans no estado de Louisiana, eles se deparam com o Capitão América e o Hulk se beijando, a Mulher-Maravilha e o Homem-Aranha fazendo pole dance na rua, a Minnie e o Pato Donalds assaltando um banco, o Goku e o Batman batendo carteira e o Edward Cullen trocando tiros com o Harry Potter.

- Cara... Isso aqui tá um inferno! – falou Sam descendo do carro.

- Pensei que voce iria gostar, afinal, isso é o paraíso nerd. – falou Dean ironico e Sam lança um olhar mortal. Eles começam a caminhar em direção ao motel e as pessoas começam a olhar torto para eles. – É impressão minha ou eles estão nos encarando?

- Não, não é impressão! – falou Sam apressando os passos e uma multidão colorida começa perseguí-los. Os Winchesters correm, quando Dean escuta o barulho de vidros se quebrando. Dean olha pra trás e grita ao ver a liga da justiça vandalizar seu carro.

- Desgraçados! – Dean tenta voltar, mas Sam agarra seu braço e eles continuam a correr. Eles entram em um beco sem saída.

- Droga! – resmunga Sam.

- Por aqui, Winchesters. – falou uma voz feminina familiar. Eles olham pro lado e vê uma pessoa vestida de Mulher-Gato. – Venham logo! – falou acenando para eles entrarem.

- Vamos! – falou Dean dando um tapinha no braço de Sam, eles correm pra dentro daquele prédio que na realidade era o fundo de um restaurante chinês. A Mulher-Gato fecha a porta. Dean parte pra cima da vilã da DC e a rende na parede. Dean puxa a máscara revelando o rosto e para a surpresa dos irmãos, era ninguém menos que...

- Bela?! – falou Sam e Dean em sintonia.

- O que voce faz aqui? – perguntou Sam maravilhado e um pouco receoso. Afinal, Ruby já havia aparecido, agora a Bela, quem seria a próxima? Meg Masters? Lilith?

- Estou a passeio, fiquei sabendo dessa convenção de super-herois e decidi participar, e aliás, eu amo gatos. – falou Bela dando um sorriso largo. – Acho que voce já pode me soltar, Dean. A não ser que voce tenha outros planos... – Dean percebe a ambiguidade e solta Bela imediatamente.

- Como voce esta viva? Na última vez... – Bela interrompe Dean e fala:

- Voce sabia que há uma passagem no inferno que leva a um atalho chamado purgatório? Pois é, eu fiz uma tour por lá.

- Tudo bem... Agora voce já pode dar o fora da cidade. Eu não ligo se voce trapaceou no passado, mas se voce tentar me trapacear de novo. Eu te mato e te faço virar cinzas pra voce nunca mais sair do inferno. – ameaçou Dean.

- Eu até queria ir embora, mas os coloridos lá fora fecharam a cidade. – Bela se senta sobre a mesa, só então Dean percebe que Bela estava vestida de Mulher-Gato, e aquela roupa de couro justa lhe caiu bem. Muito bem.

- Mas a gente entrou numa boa aqui, ninguém nos impediu. – Sam falou se esforçando para manter seu campo de visão acima dos ombros de Bela, vê-la vestida de Mulher-Gato não facilitava as coisas, apenas serviu para reacender a chama de seu pequeno crush que ele tinha nela.

- Eu só sei que ninguém sai. Todos entram, mas ninguém sai. Eu roubei uma viatura pra tentar sair, mas eles furaram os pneus e usaram um lança-foguetes. Tive sorte de sair viva. – falou Bela balançando as pernas de propósito, ela sabia que aquilo estava constrangendo o pobre e inocente Sam e isso para ela era divertido.

- Eu não acredito em voce! – falou Dean sem dar nem sequer uma gota de confiança.

- Pergunte isso ao seu precioso Impala destruído. - rebateu Bela. Dean fecha a cara e lança um olhar duro. Bela não se importa.

- Bela... – Sam tenta controlar o nervosismo. - Voce sabe alguma coisa sobre o caveira de cristal? – Sam começa a suar. Dean estranha o fato de Sam estar agindo esquisito e olha pro irmão como se perguntasse “O que há de errado com voce?”, Sam nota que Dean estava estranhando seu nervosismo, ele respira fundo e se tranquiliza rapidamente. Sam dá de ombros dando a entender que não era nada. – Ou onde ela esta?

Dean puxa para Sam o canto da parede e pergunta sorrateiramente:

- Voce está louco? Ela é uma ladra. Se trabalharmos com ela, ela vai passar a perna na gente!

- Relaxe! Eu sei o que estou fazendo! – falou Sam quase como um murmúrio. Bela observa os dois e fica com um sorriso estampado na cara, ela tinha de admitir, ela sentiu falta disso. Dean olha pra Bela e conclui se ela esta sorrindo, ela esta tramando algo.

- Diga Bela. Voce viu ou não a caveira de cristal? – exigiu Sam se esforçando para manter se manter calmo e não agir como um adolescente quando fala com a garota pela primeira vez.

- A caveira de cristal esta com um maluco que pensa que é o Darth Vader. Só precisamos sair daqui, passar pelo exército de heróis de HQs e capturar a caveira de cristal.

- Voce falando assim faz as coisas parecer tão simples... – falou Dean abrindo a porta que leva a saída da cozinha do restaurante. – Mas pra passar por eles precisamos de fantasias ou senão seremos atacados. – Havia empolgação na voz de Dean.

- Voce esta adorando isso, não é? – indagou Sam, ele odiava usar fantasias. Bela passa por Dean sendo a primeira a sair dali e ir para o local onde estava as mesas do restaurante.

- Voce também deveria aproveitar, Sammy. Essa é a caça mais louca que tivemos desde que jogamos como Leon Kennedy e Jill Valentine enfrentando os zumbis com o Bobby e a Mills lá em Sioux Falls. – falou Dean dando um tapinha nas costas de Sam e indo logo atrás de Bela.

Sam espiona a rua pela persiana e falou a contragosto:

- Onde vamos arranjar nossos disfarces?

- Eu posso arranjar, mas teremos que negociar. – falou Bela. Ela esta dando aquele sorriso de quem esta aprontando de novo, concluiu Dean.

- Fala sério, Bela. São apenas roupas! – falou Sam olhando de relance pra Bela.

- Eu ajudei voces a não serem linxados pela Liga da Injustiça e vou arranjar os disfarces, ou seja, dois contra zero. Só voces estão sendo beneficiados, eu preciso receber algo em troca. Isso são negócios, já que não somos amigos, como voce mesmo me disse uma vez, Dean. – Bela olha de relance pra Dean que deseja mentalmente quebrar o pescoço dela.

- Eu tenho uma ideia melhor, eu mato voce e aí já tenho o disfarce do Sam. Só vai faltar o meu. – falou Dean com sarcasmo sacando a arma.

- Voce esta de brincadeira comigo, né? - falou Sam irritado e fuzilando Dean com os olhos e Bela abre um sorriso e fala:

- Não precisa atirar em mim, se querem o meu disfarce, eu cedo. – Dean franzi a testa. Bela faz como quem vai tirar a roupa e Sam reage desesperado segurando as mãos dela.

- Eu não vou sair vestido de Mulher-Gato, nem que me dessem uma vaga pra direito na Harvard. – afirmou Sam tenso. Sam olha pra Bela. – Voce pode ficar com sua fantasia, consiga a nossa, nós vamos negociar com voce.

- Sendo assim, então aceito, eu confio em sua palavra, Sam. – Bela olha Dean vitoriosa, o loiro semi-cerra os olhos e a xinga mentalmente. Sam solta as mãos de Bela e a morena caminha em direção a porta.

- Acho bom voce não passar a perna na gente. Porquê se voce não voltar, eu vou atrás de voce e não me importo se a liga da justiça, os vingadores ou se todos os siths e jedis estão lá fora, eu te encontro e te mato!

- Voce mataria sua única fonte que pode lhe dar a localização exata do Darth Vader? – falou Bela caminhando em direção ao Dean.

- Se voce sabe, então me diga onde ele está. – Dean encara Bela, olho no olho. Bela sorri debochada.

- Eu não sou idiota, Dean.

- Eu também não, Bela. Sabe o que é estranho? – Dean dá a volta ficando atrás de Bela. - Voce esta disfarçada, mas ainda assim se escondia aqui, por que?

- Porque eu estou marcada, eles já sabem que a Selina Kyle aqui estava tentando fugir da cidade. – Bela se vira pra Dean.

- Se eles sabem que voce é uma foragida que garantia tenho que voce volte? Afinal, voce mesmo disse que voce esta marcada, eles poderiam simplesmente capturá-la. – Dean cruza os braços e a analisa com total desconfiança.

- Agradeço sua preocupação. Mas eu sou uma grande ladra e sei entrar nos lugares sem ser percebida. A noite me dá uma vantagem. Mas... Eu não tiro sua razão. Se eu fosse voce, eu também não confiaria em mim. – Dean fica surpreso com a afirmação de Bela sobre ela mesma. - Até porquê eu não seria estúpida em me arriscar a buscar disfarces para os irmãos Id & Ota e sair de mãos abanando? Quer uma garantia segura de que eu irei voltar? Façamos um acordo! Simples assim.

- Então, voce iria cair fora, não é?

- Não me culpe, foi voce que mandou. – Bela faz um bico com ironia. Dean a encara com ódio observando toda aquela mesquinhagem, Bela era uma oportunista.

- Desde quando voce faz o que mando? – Dean questiona e Bela apenas o encara. Dean não conseguia ler o olhar dela, se era deboche ou um bate-rebate.

- Ela já abriu o jogo, Dean! Anda e acerta logo com ela, sem querer ofender Bela, voce não presta, mas pelo menos voce honra os acordos. – falou Sam se sentando na cadeira.

- Eu não me ofendi. – Bela sorri.

- Quais os seus termos? – Dean pergunta como se tivesse um bolo na garganta.

- Depois resolvemos isso. Vamos primeiro resolver nosso problema comum, vou pegar as fantasias. – Bela dá um giro no calcanhar, recoloca a máscara, caminha em direção a porta.

- Voce acha que ela vai voltar ou dar no pé? – pergunta Sam vendo ela se distanciar pela vidraça.

- Pro bem dela, é melhor ela honrar sua palavra e voltar...