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História Which his side? - Too Late


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Quero dizer q voces que não tenho mais reservas de capítulos, então, futuramente posso demorar a postar a fic, enfim, boa leitura, espero que gostem xoxo.

Capítulo 38 - Too Late


Dean acorda ouvindo Bob Marley nas alturas, ele nota que estava algemado dentro de um porta-malas, sua perna estava com câimbra e dolorida. O dia ainda estava claro, então ele não passou tanto tempo apagado.

- Deixe o carro ligado. – Dean ouve a voz abafada de Midnight seguido da porta do carro batendo.

- Sim, senhor. – disse o motorista e Dean começa a chutar tentando abrir o porta-malas e exercitar a perna. - Acho que a Bela Adormecida já acordou...

- Ao menos, pode desligar essa porra de música? – gritou Dean batendo no porta-malas e o motorista aumenta o som. - Babaca! - resmungou Dean retirando um clip do bolso.

Midnight não demora mais que cinco minutos na casa de Agatha, ele sai de lá perplexo. Paul estava vivo dentro da casa, já Agatha estava ficando moribunda.

- Aquele idiota tem razão, Paul voltou dos mortos. Precisamos falar com ele. – disse Midnight assim que entrou no carro.

- Eu te avisei. – falou Dean convencido sentado ao volante, ele se vira para trás dando um sorriso, Midnight gela por um minuto. – Não se preocupe seu motorista estava cansado e foi tirar uma soneca no porta-malas.

- Paul está na casa de Agatha, ele está roubando a energia vital dela. - falou Midnight abaixando a cabeça se sentindo culpado.

- Pois é, casamentos fazem isso, não é? Mas não fique assim, só teremos que fazer churrasquinhos no cemitério e tudo voltará ao normal. – disse Dean dando a partida.

- Churrasco? Do que voce esta falando? – falou Midnight pasmo e Dean dá risada.

- Voce é um mestre vodoo e não sabe o que vamos fazer? – debocha Dean. Midnight permanece quieto. – Eu não acredito nisso! – Dean ri ao ver a expressão de Midnight pelo retrovisor.

[...]

- Eu venci, Ruby.

- Não, melhor de três. A não ser que voce esteja com medo de perder pra uma garota. – provocou Ruby.

- Já que voce insiste... – diz Sam dando um sorriso confiante.

- Eu vou tirar esse sorriso convencido de seu rosto. – Os dois se preparam para a segunda rodada de jokenpo e jogam. Eles olham para as mãos para verificar o resultado. – Pedra esmaga tesoura. Ganhei! – celebra Ruby.

- Voce só fez empatar, ainda temos a rodada de desempate. – disse Sam não se abalando.

- Pode começar a preparar seu discurso moralista para convencer o Dean ligar para Bela, amor.

- Eu não estou tão certo disso. – Eles jogam e vêem o resultado. – Ah-ha! Papel ganha de pedra. – Sam cobre o punho fechado de Ruby.

- Ganha nada! Segure uma folha de papel e deixe eu acertar uma pedrada nela pra ver se ela fica intacta. – falou Ruby indignada.

- Aceite a derrota, Ruby. Será até bom voce falar com ele, assim voces se entendem de uma vez. – Sam tenta dar um selinho em Ruby, mas ela vira o rosto e ele ri.

- Voce é quem deveria falar com ele, o irmão é seu. – rebateu Ruby dando as costas. Sam a abraça por trás e fala ao ouvido:

- Eu sei. – Sam beija o pescoço de Ruby. – Mas... – Sam deposita outro beijo agora mais molhado, fazendo Ruby se arrepiar. – Pedra perde para papel.

- Eu odeio voce. – Ruby se solta dos braços do moreno.

- Eu duvido. – Sam a puxa para si a beijando, de imediato ela agarra sua nuca com uma mão e com a outra toma o impulso pra quebrar o beijo.

- Melhor eu ir, antes que a gente comece a brigar por causa da lógica idiota do jokenpo...

Sam retorna as ruas de New Orleans para caçar o fantasma de Misaki e pedir um terceiro round. Fazia mais de trinta minutos que ele caminhava pelos becos usando o EMF, ao chegar ao beco perto da padaria, o aparelho começa a enlouquecer. Assim que ele entra, ele vê uma garota distraída mexendo no celular e o fantasma da Misaki aparece bem atrás.

- Garota, saia daí! – gritou Sam correndo em direção ao fantasma e a garota corre para rua desesperada.

- Voce me acha bonita? – pergunta Misaki escondendo a tesoura.

- Não sei... – Sam ergue a barra de ferro, ele só iria acertá-la se fosse necessário, o objetivo era distraí-la pelo maior tempo possível, o que evitaria que ela criasse novas vítimas. – Voce me acha bonito? – pergunta Sam ofegante. Misaki levanta a tesoura, mas se impede de atacar e questiona confusa:

- O que voce quer dizer?

- Eu me pergunto, voce se acha bonita? – perguntou Sam usando a psicologia reversa.

- Voce me acha bonita? – A mão de Misaki tremia, mas ela não conseguia atacar Sam.

- Voce acha que vai chover? – falou Sam olhando de relance pro céu.

- Voce me acha bonita? – insistiu Misaki olhando para a mão novamente.

- Demorei tanto para ter coragem de fazer perguntas para voce. – falou Sam rindo.

Quarker Valley, Oregon.

Bela estava tonta devido ao soro, sua vista estava turva, as cores estavam em forma de ondas, tudo desfocado. A luz da lâmpada fazia seus olhos se irritarem. Seu corpo estava mole, dando uma sensação de que ela havia virado uma gelatina.

- Como se sente, má cherie?

- Uma droga. – falou Bela sentindo a cabeça pesada e a visão agora confusa como se tivesse um filtro.

- Seja mais clara. – Crowley se põe a sua frente.

- Me sinto indefesa, como se eu tivesse usando o vestido de carne da Lady Gaga em um canil.

- Isso é normal, não precisa ficar receosa. Voce está numa situação nada favorável e voce tem ciência de que não a nada que possa fazer e nem ninguém que possa salvá-la. – Bela fecha os olhos tentando lutar contra o efeito. – Entendeu?

- Sim. – respondeu Bela automaticamente e abrindo os olhos. Ela olha pra si mesma. – O que... – Crowley sorri. – Não.

- Como assim não? Voce está na palma da minha mão? Posso fazer voce dizer até a cor da sua peça íntima, se eu quiser. – debocha Crowley. Bela fecha os olhos novamente. – Bela, qual a cor?

- Vermelha. – falou Bela abrindo os olhos.

- Minha cor favorita. – brinca Crowley. – Agora diga-me, por que me entregou a Abaddon?

- Porque queria voce morto.

- Como voce manipulou o Dean para fazer eu cair na armadilha?

- Não manipulei. – disse Bela a contragosto, mas não tinha nada que pudesse fazer.

- Não? – perguntou Crowley surpreso.

- Eu roubei o celular dele.

- E fugiu também com a Ruby, pensei que a odiasse. Voce não a odeia? – Crowley agora estava ainda mais interessado.

- Não, nunca odiei. – disse Bela depois de uma pequena demora.

- Então, por que a traiu?

- Não trai.

- Conte-me sobre isso. – Agora Crowley estava maravilhado.

- Foi tudo armação de Abaddon, ela notou que eu fazia jogo duplo. – Bela se sentia como se tivesse labirintite, ela não sentia nada fixo, era uma sensação horrível e o rosto de Crowley se retorcia em ondas lentas e largas como se ela tivesse olhando por um espelho d’água.

- Responda mais rápido, Bells. Sem pensar. Quem voce odiava mais? Papai ou mamãe?

- Mãe. – falou Bela fechando a cara. Ela não podia acreditar que Crowley a submeteu a isso, a esse assunto.

- Por quê?

- Ela sabia de tudo e nunca se opôs. – Havia rancor na voz de Bela.

- É, eu sei. E quando ela morreu... Como se sentiu?

- Culpada.

- Por que? Eu os matei em um acidente de carro. Por que se sentiria culpada?

- Não por eles, mas por mim. Poderia ter matado eles sem ter que comprar ingresso vip pro inferno. – falou Bela olhando para o nada.

- Voce falou que não traiu a Ruby...

- Sim.

- Mas ela não acreditou em sua inocência. Como se sentiu?

- Culpada.

- Mas voce disse que não a traiu, por que se sentiria culpada?

- Porque a dedurei e ela quase morreu. Foi minha culpa! – O olhar de Bela agora estava baixo.

- Uau! Não sabia disso e nem que voce era tão sentimental. E por falar em sentimentos... – Crowley pega um uísque. – E quanto ao Dean? Não falamos muito nele, não é? Voce parece gostar dele.

- Eu... – Bela balança a cabeça tentando resistir. – Ele... Gosto. – Bela abaixa a cabeça se dando por derrotada.

- Então, voce esta apaixonada por ele? – supôs Crowley com um ar debochado e conspiratório, estava óbvia a resposta, mas ele queria algo ainda mais claro.

- Sim. – afirmou Bela se martirizando mentalmente por confessar.

- Quer ficar com ele? – Crowley dá a volta na cadeira ficando atrás de Bela perguntando junto ao seu ouvido.

- Sim. – Ela se vira para Crowley que sorri.

- E por que não fica?

- Já causei muito dano a ele. – Bela se lembra das vezes que trapaceou e roubou Dean, em especial a Colt que resultou na morte de ambos.

- Tenho certeza que ele te perdoaria. Voces tem muito em comum. São dois ferrados, voce gosta dele, ele deve gostar de voce, afinal, fiquei sabendo que voces fizeram uma festinha à dois. Agora chega de falar sobre sua vida amorosa. Diga-me além de mim, Abaddon e Dean pra quem mais voce bancava a agente dupla?

- Ninguém.

- Última pergunta. Voce viu se a tábua dos demônios está no bunker?

- Tábua dos demônios? – perguntou Bela confusa e curiosa.

- Nunca ouvir falar na tábua dos demônios?

- Não.

New Orleans, Louisiana.

- Fazer um ritual a Loa para descansar os espíritos é a melhor opção! – afirmou Midnight abrindo o portão do cemitério.

- Salgar e queimar que é a melhor opção e tem cem por cento de eficiência, além de evitar falhas. – rebateu Dean olhando com desprezo para Midnight.

- Eles só precisam ser devolvidos ao lugar que pertencem não precisa queimar seus corpos, nem fazer essa profanação de túmulos desrespeitosa. – retrucou Midnight.

- Desrespeitoso é... – Dean nota Ruby sentada na lápide observando a cena. - Ruby? O que faz aqui? Voce não deveria... – A loira o interrompe e fala:

- Estar bancando a babá do fantasma da estrada? – Dean balança a cabeça. – Já dei conta dele, está tudo sob controle por enquanto... O fato de eu estar aqui é que... – Ruby lembra de Sam. – Huff, pedra não deveria perder pra papel...

- Ruby!

- Enfim, eu perdi pro Sam no jokenpo e estou encarregada de convencer voce de ligar para Bela Talbot e pedir para ela roubar o punhal do Tutancâmon para que possamos mandar esses espíritos para a paz eterna. – disse Ruby em um fôlego só.

- Não sei de onde voce tirou essa história de punhal de Tutancâmon, mas a forma de banir fantasmas sempre será essa. – Dean balança um saco de sal e mostra o isqueiro.

- Não vai funcionar. – rebateu Ruby.

- É o que estou tentando dizer a ele. – reforçou Midnight.

- Veremos. – Dean lança um olhar para os dois aceitando o desafio e sobe as escadas da cripta de Misaki.

- Tudo bem, faça como quiser. – disse Ruby com o tom de voz elevado para chamar a atenção de Dean que para e frente a porta da cripta e se vira para a loira.

- Que eu saiba nós estamos caçando fantasmas. Fantasmas, Ruby! A não ser que voce diga que tem um deus pagão na cidade, eu não tenho pra que procurar um punhal! – falou Dean apontando com o pé de cabra para a loira e depois ele chuta a porta da cripta com toda a força fazendo ela ir a baixo.

- Ainda acho que um ritual a Loa é a melhor opção. – reafirmou Midnight como uma criança teimosa.

- Santa paciência! – resmunga Dean. – Me escutem voces dois! Desde criança que eu sou caçador e eu sei o que estou fazendo, a única razão de voce estar aqui. – Dean aponta com o pé de cabra para Midnight. - É que voce causou toda essa merda. Então, cale sua boca e me deixe trabalhar ou eu vou adicionar mais um corpo pra ser queimado! – ameaçou Dean já de saco cheio.

- Voces conhecem a música do martelo que acha que tudo é um prego? – questionou Ruby dando um pequeno sorriso, entrando na cripta após Dean e seguida por Midnight.

- Não. – respondeu Midnight, enquanto Dean começa a quebrar a gaveta onde estava o corpo de Misaki.

- Pode ser mestre do vodoo e voce, um caçador que evitou o apocalipse. – Ruby olha para Midnight e depois para Dean respectivamente. - Mas a situação aqui é bem específica. – escarneceu Ruby menosprezando a ambos.

- E o que voce sabe, mestra do nada? – falou Midnight arrogante.

- É, o que voce sabe, Ruby? – indagou Dean entregando o pé de cabra para Midnight terminar de quebrar a gaveta.

- Sei que uma reza a Loa não vai funcionar, assim como sal e gasolina também não. Precisamos do punhal do Tutancâmon. – afirmou Ruby.

- Se quer tanto o punhal, então, vá voce mesma buscar! – falou Dean impaciente. Midnight puxa o corpo de Misaki para fora e Dean começa a salgar.

- Tem certeza que só três corpos levantaram? – indagou Midnight ignorando a loira e tapando o nariz devido ao cheiro insuportável de putrefação.

- Só sei dos três porquinhos. – debocha Dean agora jogando gasolina. – Adios, vadia.

- Eles ainda vão me ouvir. – disse Ruby a si mesma.

O loiro acende o isqueiro, o fogo começa, mas o corpo não queima e logo se apaga.

- Mas o que... – Dean estava perplexo.

- Eu disse que era melhor fazer um ritual a Loa. – realegou Midnight.

- Como é possível? Ela nem sequer chamuscou! – Dean toca nas vestes de Misaki vendo que estava intacta.

- Vai ver que ela é a Daenerys Targaryen, a não-queimada. – debocha Ruby. – Agora voce acredita que precisamos do punhal ou não?

Quarker Valley, Oregon.

- Bem, acabamos por aqui. – Crowley termina o uísque. – E sobre o Dean, eu até a encorajaria a ir atrás dele e abrir seu coração ou ir atrás da Ruby e se desculpar, mas não gosto de dar falsas esperanças. Voce não tem mais nenhuma utilidade para mim e... – Crowley caminha até a mesa para preparar outra seringa. – Voce prefere morrer de overdose com um coquetel de medicamentos ou envenenada por cianeto?

- Eu não quero morrer.

- Ninguém quer, mas eu não posso te libertar, não depois do que voce fez. Eu preciso me vingar para manter minha reputação, voce entende... – O celular de Bela que estava no bolso de Crowley toca. – Só um momento, má cherie.

Ele olha no visor e desliga.

- Por falar no diabo... Sabe quem acaba de ligar? Dean Winchester. Não sabia que voces estavam nesse nível de relacionamento, trocando ligações. – debocha Crowley, o celular toca novamente. - Uau! Realmente ele deve estar desesperado. – Crowley baixa a ligação novamente. – Como voce se sente sobre isso?

- Motivada.

- Por que?

- Vejo uma oportunidade de sair daqui. – Bela se amaldiçoa mentalmente, mas não podia fazer nada. Era a droga do efeito do soro da verdade.

- Sério? E como faria isso?

- Dean deve estar pensando que eu estou ignorando as ligações, mais cedo ou mais tarde, ele virá atrás de mim tirar satisfação e vai acabar descobrindo que estou aqui.

- Voce acha que ele virá salvá-la? Voces já estão tão íntimos assim? – indaga Crowley maravilhado por ver Bela Talbot depositar todas suas fichas em Dean Winchester.

- Sim, não é a primeira vez que ele me salva. – Bela se lembra do navio fantasma e de Furcifer. – E já ficamos juntos, mas não estamos juntos.

O celular toca novamente, Crowley rola os olhos. – Seu namorado é muito imperti... – Crowley ia baixar a ligação, mas se surpreende ao ver o nome no visor. - Ruby? – Bela fica surpresa com isso, já Crowley parecia preocupado. Ele guarda o celular no bolso e sai dá sala imediatamente.

- Reforcem a guarda e levem nossa convidada de volta para o congelador. – ordenou Crowley.

- Senhor, pensei que voce iria matá-la agora! – manifestou o açougueiro.

- E irei. Depois que pegar o Cracken. Ah! Não se esqueça de algemá-la! Não quero mais ratos andando pelo tubo de ventilação de novo. – adverte Crowley desaparecendo.

New Orleans, Louisiana.

- Eu não acredito que ela desligou na minha cara! Sei que não somos amigos, mas ainda assim quem ela pensa que é? – falou Ruby revoltada ao ver que Bela ignorou a chamada.

- Ela só pode estar de brincadeira. – Dean tenta novamente, mas dessa vez a ligação cai na caixa postal. – Cadela!

- Esqueçam o punhal de Tutancâmon, eu irei pedir a Loa que leve as almas... – Ruby interrompe Midnight.

- Voce não aprendeu nada? Sua magia foi quem trouxe eles para cá e voce quer usar mais magia? Voce quer transformar isso aqui em A Noite dos Mortos-Vivos?

- Voces já tentaram por seus métodos e fracassaram. Agora é a minha vez, se eu tive poder de trazer eles dos mortos, posso colocá-los de volta aonde pertencem! – disse Midnight soberbo.

- Que comece o show! – ironizou Ruby, quando algo chama sua atenção. Dean estava caminhando para perto de uma lápide com o celular no ouvido. – Ele ainda está tentando ligar para Bela? – A loira sorri e deixa Midnight para trás tentando invocar Loa em vão. Ela se aproxima por detrás de Dean astuciosamente, para não chamar sua atenção e poder ouvir o que ele dizia.

-... Eu não sei o por quê voce não atende essa porcaria de celular, mas se voce estiver me ignorando porque não quero fazer parceria com voce ou porque ainda se sente ofendida por eu te despachar depois que matei aquela coisa bizarra, eu juro que... – Dean arfa. – Droga! Ok, me desculpe pelo outro dia, eu não quis... – Dean escuta um barulho atrás dele e se vira de imediato dando de cara com Ruby, ele gela por um segundo. – Melhor voce retornar, porque eu sei onde voce mora. – ameaçou Dean meio embaraçado e depois desliga.

- Eu ouvi tudo e não adianta esconder, está na cara que voce está preocupado com ela. – Ruby se escora numa lápide e cruza os braços.

- Estou mais é desconfiado. Faz tempo que ela não dá as caras, com certeza ela deve estar tramando algo. – desconversou Dean torcendo para que Ruby não o interrogasse sobre o pedido de desculpas.

- Ok. – sussurra Ruby. - Quanto tempo que ela não aparece? – perguntou Ruby estranhando o sumiço da ladra e o encarando.

- Duas ou três semanas sem ter sinal dela, o que foi bom, já que não fui mais roubado. – Dean dá um sorrisinho falso, mas depois cai na real. – Merda!

- O que foi?

- Bela está desaparecida. Droga! – Dean dá um soco no ar. – Eu conheço ela. Bela não deixaria de atender minhas ligações mesmo que ela não ajudasse, porque...

- Ela adora justificar os pedidos de ajuda negados mostrando ainda mais sua arrogância pra nos tirar do sério? Já notei isso. – completou Ruby. Dean meneia a cabeça concordando.

- Não deu certo. Loa não tomou o espírito de Misaki de volta. Melhor pegarmos os corpos de Justin e Paul, e levarmos para o centro vodoo. Talvez Loa não atendeu meu pedido porque estamos em solo contaminado. – disse Midnight limpando o terno.

- Sério que voce ainda tá nisso? – escarneceu Ruby com sarcasmo.

- O que quer dizer com isso? – Midnight encara a loira, mas antes que ela lhe responda. O celular de Dean toca. Ao ver no visor que era Bela, ele fica relutante em atender e olha para Ruby.

- Tá esperando o quê? Atende logo! – disse Ruby.

- Estava começando a me preocupar com voce. – disse Dean com sarcasmo ao atender, apesar dele começar a sentir falta das implicâncias, mesmo que ele não quisesse admitir isso.

- Depois de tudo que passamos, isso me alegra. – debocha Crowley na outra linha, enquanto olhava uns enlatados.

- Por que está com o celular da Bela? – Dean agora estava preocupado, ainda mais depois dela ter admitido ter armado pra Crowley. Ruby faz uma careta e se aproxima de Dean para ouvir a conversa, enquanto Dean tenta ganhar privacidade.

- Ela me traiu para salvar voce da Abaddon. Então, estou tentando reavê-la. Isso claro, se voce tiver o bom senso de pagar suas dívidas. – Crowley dá um gole no café. – Acho que não terei que enviar um dedo dela numa caixa para motivar voce, afinal, um passarinho me contou que voce esteve no apartamento dela e as coisas foram calientes...

- O que voce quer, Crowley? – disse Dean com a voz rascante.

- Traga-me a tábua dos demônios e ela ficará bem. – Ao ouvir Dean fica calado imaginando o por quê dele querer a tábua ainda mais agora. – Assumo pelo seu silêncio que não vamos brincar de “que tábua?”. Agradeço, mas deixe-me ser claro. Se não tiver minha tábua, vou abrir o crânio dela e colocar o cérebro em um moedor de carne. – Dean permanece quieto, mas estava profundamente irritado. – Julgando pela sua falta de palavras, esse impasse irá mudar nossa amizade para sempre. – debochou Crowley.

- Diga-me onde faremos a troca. – disse Dean praguejando mentalmente, determinado a matar Crowley na primeira oportunidade que tiver.

- O que ele quer em troca da Bela? – perguntou Ruby assim que Dean guardou o celular, sua expressão estava séria.

- Não importa! Eu vou atrás do Crowley dar um fim nessa palhaçada! – disse Dean dando as costas e indo até o carro do Midnight.

- E o que eu faço? E quanto ao seu irmão? – perguntou Ruby andando apressada para alcançar o loiro.

- Ligue pro Sammy. Ele é expert em criar planos B, C, D, o alfabeto todo. – Dean dá a partida e Midnight grita:

- Meu carro! – Dean some no horizonte. – Droga!

- Tudo bem, mãos à obra! – Ruby entrega o pé de cabra para Midnight que a encara. – Voce quebra a cripta do Justin e do Paul. Enquanto, eu ligo para o Sam e tentamos bolar um plano B e torcemos para... Eu não acredito que vou dizer isso, mas que a Bela esteja bem.

Quarker Valley, Oregon.

Já era de noite quando Dean chega ao local combinado para fazer a troca. Ele desce do carro de Midnight, um Mercedes-Benz S Class AMG 2011, o motorista que Dean havia nocauteado ainda estava no porta-malas e continuava a bater pedindo pra sair. Crowley estava em pé de frente ao outro carro.

- Eu quero vê-la. – ordenou Dean totalmente sério.

- Voce não quer colocar o papo em dia? Tenho tanto para contar. – disse Crowley se aproximando e vê a cara dura de Dean. – Fica pra próxima. – Ele coloca as mãos no bolso. – Traga a escoteira.

Dean não tira os olhos do carro esperando Bela sair, os faróis se acendem para tirar a visibilidade de Dean, o demônio puxa Bela que está encapuzada com as mãos atadas. Dean força os olhos e coloca a mão na frente para evitar a luz e ver melhor, ele reconhece o sobretudo da morena.

- Aí está! – disse Dean entregando uma mochila pequena para Crowley, mas antes que o demônio confira, Dean desliza a espada angelical pela manga de sua jaqueta e tenta golpear Crowley que usa a telecinese o jogando contra o carro de Midnight.

- Tsc Tsc Tsc... – Crowley balança a cabeça decepcionado ao ver que era uma armadilha para matá-lo e não tinha tábua do demônio nenhuma dentro da mochila e sim, um tijolo. – Não se dá mais para fazer negócios com caçadores, porque eles são desonestos! E depois reclamam dos demônios... – dramatiza Crowley. – Enfim, sua desonestidade... – Crowley quebra o pescoço de Bela usando a telecinese. – Matou ela.

- Nãooooo!!! – gritou Dean correndo em direção a Bela que primeiro cai de joelhos e depois de bruços. – Bela!!! - Dean praticamente se joga no chão e puxa o corpo para si, enquanto Crowley entra no carro despreocupado sumindo na selva de concreto.

 


Notas Finais


A morte é só o príncipio. #RIPBelaTalbot Comentários? xoxo


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