Lebanon, Kansas.
- Avenida Nueva, nº 366. Villa del Cárbon. – dizia Sam repetidamente.
- Sammy! Sammy! SAMMY! – gritou Dean chamando a atenção do irmão que digitava o endereço no bloco de notas do celular.
- O que foi? – perguntou o moreno notando o olhar de todos.
- O que você deve àquela maluca? – indagou Dean não gostando muito da situação. – Não me diga que você e ela...? Cara, eu esperava mais de você.
- Não, não é nada disso. – disse Sam nervoso, ele sempre ficava desconfortável com insinuações.
- Se não é isso, é o que então? – disse Dean estreitando os olhos.
- É uma longa história... – desconversou Sam.
- Bem, tempo é o que não falta pra mim. – insistiu Ruby séria.
- Hmm... – murmurou Bela cruzando os braços e observando aquela situação divertidamente.
- Eu prometo explicar tudo... À todos voces, mas não agora. – justificou Sam se sentindo como se estivesse pisando em ovos devido aos olhares nada contentes da loira. – Agora precisamos ir! – Sam se vira para a porta e Dean grita:
- Alto lá! – Sam gela por um momento e se vira devagar para o irmão que estava parado com uma expressão de determinação. – Não vou embora sem antes obter minha resposta!
- Dean, eu... – disse Sam, mas ele foi interrompido por Dean que fala:
- Silêncio! – Sam engole seco ao ver a expressão séria do irmão, mas logo relaxa ao ver que seu olhar estava direcionado a Bela.
- Não me olhe assim, eu posso acabar me apaixonando... – brincou a morena.
- Corte o papo furado, Bela! Onde está a caveira de cristal? E diga logo sem rodeios! – questionou Dean com a voz rascante e se aproximando ameaçadoramente.
- Que horas são? – perguntou Bela despreocupada.
- Para de me sacanear e fale de uma vez! – disse Dean impaciente, Sam observa que os punhos de Dean estavam fechados, ele deduz que o irmão estava dando o melhor de si para não perder a cabeça.
- As horas, Dean! – insistiu Bela. Dean olha no relógio.
- 21:59 , satisfeita? Agora a caveira... – Antes que ele possa terminar a frase, Bela fala dando um belo sorriso:
- Sua caveira de cristal está zarpando para Dublin dentro de duas horas. Melhor se apressar, Dean!
- Ora, sua... – rosnou Dean a metralhando com os olhos em uma distância curta, quando seu celular toca, ele vê o visor, era Castiel. – Isso não vai ficar assim. – advertiu Dean se afastando para atender o celular sem tirar os olhos de Bela enquanto mentalizava alguma forma de torturá-la. – Onde você está? OK... Certo... Estou a caminho! – Dean desliga. – Vamos embora, Sammy!
- O que houve? – perguntou Sam preocupado.
- Castiel descobriu uma coisa sobre o diário de Metatron. – Dean se vira para Bela. – Depois eu e você nos acertamos. – Bela apenas mantém um sorriso vitorioso o que deixou Dean ainda mais irritado, ele tenta ameaçá-la, mas não consegue terminar uma frase o que torna a situação ainda mais divertida para Bela. – Eu ainda tiro esse sorriso da sua cara! – prometeu Dean.
- Vou adorar ver você tentar. – provocou Bela. Dean já estava quase partindo pra Bela e, Sam notando isso, intervém dizendo:
- Melhor a gente ir logo atrás o Cas. – Sam olha para Ruby. – Depois conversamos, ok?
- Acho bom mesmo. – disse Ruby séria com os braços cruzados, o que deixou Sam meio tenso o que o apressou a sair rapidamente.
- É impressão minha ou você adora irritar o Dean? – perguntou Ruby olhando de relance para Bela enquanto via Sam e Dean se distanciarem.
- Não é impressão, é um hobbie. – disse Bela dando uma piscada pra Ruby e terminando a bebida.
Enquanto isso, Sam caminha até o Impala, o irmão estava com pressa e fazendo sinal para ele entrar logo no carro.
- O que o Cas descobriu? – perguntou Sam receoso de o anjo ter achado o esconderijo de Metatron.
- Nada. – disse Dean dando a partida.
- Nada? Então, por que... – Sam agora estava confuso.
- Eu menti. Cas não descobriu nada sobre o tal diário, mas ele localizou um dos clãs da Seita. E também se formos rápidos podemos recuperar a caveira de cristal. – disse Dean pisando fundo no acelerador, saindo numa arrancada.
- Ah, o clã... – disse Sam relaxado, ele realmente temia que eles estivessem indo parar na armadilha de Metatron. – Sabe, não quero ser pessimista, mas acho que é melhor desistirmos da caveira de cristal.
- De jeito nenhum. Não vou deixar Bela sair ganhando todas! – disse Dean levando aquilo para o lado pessoal.
- Tudo bem, mas você não perguntou para Bela onde especificamente a caveira de cristal está. Tudo que ela disse foi que a caveira está zarpando para Dublin e sabe? Achar um navio com destino a Dublin em um porto é tão fácil quanto achar uma agulha no palheiro.
Dean segura o volante com força, seus dentes rangiam e ele solta um grito em plenos pulmões:
- FILHA DA MÃE!!!!!!!!!!!
[...]
Horas depois...
Lawrence, Kansas.
- Castiel, atrás de você! – gritou Sam retirando a faca mágica do peito de um dos membros do clã que ele acabará de matar, o anjo se virá de imediato e acerta o coração do demônio com a espada angelical. Do outro lado do galpão, Dean sai com o rosto sujo de sangue dizendo:
- Não se preocupem, não é meu!
- Acho que esse foi o último! – disse Castiel retirando a espada.
- Finalmente! Eu estava começando a pensar que eles estavam se proliferando feito baratas. – falou Sam limpando o sangue da faca mágica.
- Agora só precisamos queimar tudo e cair fora! – disse Dean indo até o Impala pegar a gasolina.
- Voce parece preocupado, está tudo bem? – perguntou Castiel.
- Estou apenas tive um dia difícil. – disse Sam dando um sorriso fraco e Dean chega com a gasolina para queimar tudo. Eles caminham de volta para o Impala e Sam para no meio do caminho. – Preciso contar algo a vocês.
- Não dá pra fazer isso amanhã? – perguntou Dean exausto e meio que sentindo o ombro.
- Não. Eu deveria ter contado antes, mas aconteceu tanta coisa que não tive tempo.
- Sammy, você não vai assumir que é fã do Justin Bieber não, vai? – debochou Dean.
Sam rola os olhos entediado.
- Já sei, você vai vir com aquela história maluca que você é o Kyle Reese e veio do futuro para acabar com a Skynet, certo?
- Dean, é sério... Eu viajei no tempo... – Dean interrompe Sam e fala sem dar credibilidade
- Qual é?!
- Do que vocês estão falando? – perguntou Castiel confuso.
- Sam acha que veio do futuro, eu sabia que você não deveria ter assistido De Volta para o Futuro seis vezes. – relembrou Dean.
- Por que é tão difícil você acreditar? Nós já viajamos pro passado, você mais vezes do que eu. Por que está sendo tão resistente a acreditar nisso? – indagou Sam.
- Simples. Porque não faz sentido. Agora vamos voltar pro bunker. – disse Dean destrancando o carro.
- Acho que deveríamos ouvir ele. – sugeriu Castiel.
- Obrigado Cas. – disse Sam.
- Ok... Então, explica isso. – disse Dean se encostando ao Impala.
Sam começa a contar tudo do futuro sobre o Furcifer, o vinil do diabo, a armadilha de Metatron, Crystal Lake, Midnight, até o caso duplo com o espírito da Misaki (asiática da tesoura) e do Justin (o garoto acidentado da árvore), além de contar que Dean larga o caso para resgatar Bela que estava sendo feita cativa pro Crowley.
Sam também conta que após confrontar Lamashtu, ele acaba voltando no tempo, porém ele omitiu o caso de Mnemoth onde Dean beija Bela no supermercado e sacrifica Rudy, pois ele tinha um plano para evitar aquilo.
- E isso é tudo. – disse Sam colocando as mãos no bolso.
- Isso é loucura! É insanidade! Não faz sentido, eu largar uma caçada para salvar a ordinária da Bela das mãos do Crowley?! E não precisamos de um punhal de um faraó egípcio para lidar com fantasmas, só precisamos de sal e gasolina. – afirmou Dean incrédulo.
- Não eram fantasmas comuns. As Trevas Ascendentes meio que materializaram eles, daí só o punhal poderia colocá-los para descansar. – rebateu Sam.
- Mediante a isso, creio que você não viajou no tempo e sim, voltou no tempo. – afirmou Castiel depois de fazer uma longa análise.
- E isso não é a mesma coisa, gênio? – disse Dean fazendo pouco caso.
- Não. Se ele tivesse viajado no tempo, teríamos dois Sam, mas como ele voltou no tempo é como se ele tivesse “resetado” o que viveu. Isso explica o porquê quando ele voltou, ele já estava participando do nosso presente. – concluiu Castiel.
- Sammy, por acaso nós jogamos jokenpo no futuro? – perguntou Dean meio conspirador.
- Não, por quê? – indagou Sam confuso.
- Porque isso significa que não estou em desvantagem. – disse Dean dando um sorriso.
Sam franze a testa.
- Então, esse diário é uma armadilha do Metatron? – perguntou Castiel.
- Sim, se formos atrás dele, ele irá fazer você de prisioneiro e ainda irá roubar a lâmina de Caim. Se quisermos enfrentar Metatron temos que ter um plano eficaz. – respondeu Sam.
- Maldito! – praguejou Castiel contra Metatron. – Nós precisamos recuperar minha graça para enfrentá-lo!
- Ou podemos ignorar isso tudo. – sugeriu Sam.
- Ignorar? – falou Dean e Cas ao mesmo tempo.
- Sim, vamos deixar como está. Afinal, ele está nos observando e não o importa o que a gente faça. Nada o pegará de surpresa. – disse Sam dando de ombros.
- Eu não posso ignorar isso! – retrucou Castiel.
- Eu sei, mas por isso que você irá! Agora vamos ao bunker! – disse Sam confiante e Dean nota que o irmão tinha um plano.
[...]
Na manhã seguinte...
Lebanon, Kansas.
Bela entra em uma lanchonete do Biggerson’s e avista Sam sentado perto da janela acenando para ela, ela arfa pensando no que ele poderia querer, com certeza, era um favor e ela odiava fazer favor. Ela até tentou ignorar as ligações dele, mas Sam era insistente demais e logo começou a lotar sua caixa postal.
- Oi. Agora você vai querer alguma coisa? – perguntou a garçonete olhando para Sam assim que Bela se assentou junto a mesa.
- Só chá, por favor. Camomila. – respondeu Bela colocando a bolsa de lado, antes mesmo de Sam poder enunciar qualquer sílaba. Sam a encara e nota que a expressão da morena não era nada feliz, ela já deveria estar adivinhando que ele pediria um favor, mas com Bela não existia favor, apenas negócios.
- Lamento, não temos chá de camomila.
- Então um de bergamota, desde que não seja Earl Grey. – disse Bela um pouco impaciente esfregando a testa. Resultado da bebedeira com Dean na noite de natal.
- Não temos chá de bergamota.
- Uau. Estão acabando com minhas opções. – debochou Bela. Sam tenta se pronunciar, mas é cortado por Bela. – Café da manhã inglês, então.
- Temos Lipton. É a única opção. – sugeriu a garçonete já começando a ficar irritada com Bela que a encara por um segundo com desdém.
- Uma xícara de água quente filtrada, se possível, e uma rodela de limão. Suponho que não tenha stevia... – A garçonete faz uma careta. – Esqueça. Eu trouxe a minha. – A garçonete se retira sem anotar o pedido de Sam.
- Vejo que você acordou com o pé esquerdo, Bela... – disse Sam relaxando na cadeira.
- Eu teria acordado melhor se você parasse de me ligar e se for pedir ajuda sobre aquela Gasparzinha do bar, esqueça...
- Não é pela Claire.
- Ótimo! Então, diga logo o que você quer, para eu dizer não e cada um seguir com sua vida.
- É pelo Dean.
- Desculpe, mas não faço o pacote namorada de aluguel. – Bela se levanta, mas Sam a segura pelo pulso.
- Vou falar sua língua então, vamos negociar! – Bela olha para a mão de Sam, ele a solta. – Podemos? – Ele aponta para a cadeira.
- Tudo bem... – Bela olha para o relógio. – Te dou cinco minutos, preciso ir para São Francisco à negócios. Então, seja breve.
- Preciso que você me arrume um avião particular que leve a mim e ao Dean pro México e, preciso que você traga Rudy de volta para os Estados Unidos o quanto antes. – Sam empurra a foto do amigo para a morena que caí na gargalhada. – O que foi? Por que está rindo? – Sam agora fica confuso.
- Obrigada por melhorar meu humor, Sam. Mas tenho coisas importantes a fazer do que brincar de ser o Jason Bourne... – disse Bela ainda rindo, ela se levanta da mesa e Sam já sabendo que ela não faria nada sem ter garantia então, se arrisca mesmo sabendo que Dean poderia matá-lo por isso:
- Se você aceitar o negócio, eu deixo você escolher um objeto místico do bunker para você vender.
- Quatro objetos e fechamos o negócio.
- Mais que exploradora! – resmungou Sam tirando outra risada de Bela. - Dois.
- Três! É pegar ou largar! – disse Bela firme.
- Dois. E ainda fico te devendo um favor! – ofertou Sam sentindo a consciência pesar.
- Feito. – Bela dá um sorriso maquiavélico.
[...]
Fontana, Kansas.
- Voce vai me falar o que voce fez a aquela garota ou vai me deixar no suspense? – perguntou Dean enquanto dirigia rumo a fazenda Netherfield.
- Longa história e nós não temos tempo. – desconversou Sam verificando pelo celular onde ficava o endereço que Bela deu.
- Voce vai me contar porque estamos indo pra uma fazenda invés de ir logo pro México ou vai ficar fazendo suspense também? – disse Dean meio desconfiado, afinal, o irmão estava muito calada pra seu gosto e, dirigir para a fazenda não fazia sentido algum.
- Bela disse que deveríamos vir pra cá, porque ela arranjou um outro meio de atravessarmos a fronteira como nossas armas sem sermos pegos pela polícia federal... – Dean interrompe Sam indagando:
- Quando foi que você falou com a Bela?
- Hoje... – disse Sam meio culpado, agora era questão de tempo para Dean descobrir o que a “generosidade” de Bela lhe custou.
- E agora voce confia na Bela?
- Eu pensei que estava tudo certo agora. Já que você estava jogando sinuca com ela, pensei que...
- Pensou errado! – exclamou Dean meio nervoso. - O que é que eu sempre te digo, Sammy? Nunca confie em Bela Talbot! – advertiu Dean.
- Voce nunca me disse isso. – rebateu Sam.
- Estou dizendo agora!
[...]
- Voce não pode me vender assim! – reclamou Ruby assim que soube que Bela incluiu ela no pacote acompanhante para o piloto.
- Era os termos dele... – Ruby interrompe Bela dando o brado da revolta:
- Foda-se os termos! Foda-se ele! Foda-se você também sua Judas!
- Eu não vendi você, está bem?
- Não? E ser acompanhante do piloto é o quê?
- Voce não será acompanhante, os termos dele são “só levanto vôo, se tiver uma garota”. Como eu não posso ir, então, confiei essa missão a voce. – disse Bela com um sorriso largo.
- Bela. – Ruby coloca a mão sobre os ombros dela. – Vai se foder! Eu não vou pro México. Não vou bancar a passageira promíscua!
- Mas pra você tudo bem, me fazer ser a massagista promíscua, certo? Voce me deve uma! – acusou Bela virando o jogo.
- Aquilo é diferente e, não finja que você não gostou de se enrolar na toalha do Dean. – rebateu Ruby.
- De todo modo, voce precisa ir. O Sam precisa de você. – retrucou Bela.
- Não use o Sam comigo... – Bela corta Ruby dando a cartada final:
- Te dou a senha do Netflix.
- Voce está blefando... – Ruby semicerra os olhos desconfiada.
- É, realmente estou. Se você não embarcar, você vai deixar o Sam livre para a tal Claire e acho que ele é bem mais importante pra você do que a senha do Netflix, eu suponho. – disse Bela de forma manipuladora.
- Eu odeio você, Bela. Sério. Do fundo do meu coração, eu te odeio. Mas não pense que isso vai ficar assim, eu vou me vingar. – ameaçou Ruby ainda mais revoltada.
- Mal posso esperar... – disse Bela rindo e depois vê o Impala se aproximando. – Eles chegaram. – disse Bela caminhando ao encontro deles junto com Ruby estava mentalizando mil formas de torturar a ladra.
- Isso realmente é necessário? – perguntou Dean descendo do carro apontando ao redor olhando os extremos da fazenda.
- Olá Dean, conseguiu recuperar a caveira de cristal? – provocou Bela.
- O que você acha? E por que estamos aqui? Vamos contrabandear drogas para estar no meio do nada? – disse Dean impaciente.
- E voce acha que um avião particular iria ter espaço para pousar aonde? – rebateu Bela como se fosse óbvio.
- Avião? – perguntou Dean engolindo seco, quando o barulho do avião particular se aproxima chamando a atenção de todos devido ao som ensurdecedor de seu motor.
O avião pousa e Dean olha para Sam perguntando não tão confiante quanto ao pequeno avião vermelho:
- Voce quer que a gente vá nessa coisa? Já se esqueceu da última vez que embarcamos em um avião?
- Sim, nós salvamos ele. E dessa vez não temos nenhum demônio para exorcizar nas alturas.
- O que foi, Dean? Voce tem medo de viajar de avião? Que fofo! – perguntou Bela debochada abrindo um sorriso.
- E por que não teria? Aviões caem. – afirmou Dean.
- Voce tem medo de voar? Só pode estar brincando! – disse Ruby rindo.
- Pareço que estou? – disse Dean sério.
- Tudo bem, você não precisa ir se não quiser. Eu posso cuidar disso sozinho com a Ruby. – sugeriu Sam.
- Ficou maluco? Eu não vou deixar você ir pro México sozinho com a Ruby. Voce iria acabar se embriagando com tequila e indo nadar pelado. Por isso, vou junto! Pra garantir que você ande na linha!
- Gostei da idéia do que a tequila pode fazer... – brincou Ruby meio conspiradora lançando olhares para Sam que fica corado e Dean olha torto para a loira.
- Parece que México não é apenas comida apimentada e churros, como aparenta ser... Enfim, agora vou indo se não perco meu vôo para São Francisco. – disse Bela indo para seu Mercedes.
- São Francisco? E quanto à Cartum? – indagou Sam.
- Relaxe, isso já está resolvido.
- Resolvido o quê? – perguntou Dean curioso e com uma pulga atrás da orelha, ele sempre tinha a sensação de que Bela estava aprontando. Bela sorri e entra no carro sem dar resposta a Dean, ela dá a partida deixando apenas poeira para trás.
- Filha da mãe! – disse Dean tossindo.
- O que tem em Cartum? – perguntou Ruby desconfiada, definitivamente ela estava em alerta com Bela e suas maquinações.
- Nada, ela apenas tinha dito que iria pra lá... – desconversou Sam.
- Não me faça de boba, Sam. – Ruby cruza os braços nada convencida da história.
- Eu não estou te fazendo de boba. – rebateu Sam um pouco tenso, ele recua indo ao porta-malas do Impala para pegar sua mochila.
- Ótimo! Então, fale logo de vez! – insistiu a loira.
- Não tem nada pra falar, sério. – mentiu Sam.
- Voce mente tão mal... – disse Ruby tombando a cabeça de lado com cinismo.
- Eu não estou mentindo. – defendeu-se Sam.
- Odeio dizer isso, mas concordo com a Ruby. Pensei que fosse impressão minha, mas você está todo cheio de segredinhos com a Bela. Voce já esqueceu que ela não é de confiança, Sammy? – disse Dean sem rodeios.
- Tá legal, vocês me pegaram. Culpado aqui. – Sam levanta os braços e depois aponta para si mesmo. – Eu negociei com a Bela, ela iria pra Cartum pegar uma coisa que causaria problemas e iria vender, então, eu o comprei.
- Com que dinheiro pra começar? – indagou Dean desconfiado.
- Nenhum. Eu... Meio que me vendi a Bela... – disse Sam puxando a gola da camisa.
- Voce o quê? – disse Dean e Ruby em coro.
- Eu fico devendo um favor a Bela que ela pode cobrar quando quiser, acho até que estou perto de fazer amizade com ela... – brincou Sam dando um sorriso amarelo receoso.
Dean e Ruby começam a lhe dar um sermão listando vários motivos para não confiar na Bela, porém ele não entende nada, pois os dois falavam ao mesmo tempo, até que Sam protesta dizendo:
- Vamos deixar nossas desavenças de lado e vamos nos focar no que é importante nesse momento que é: embarcar naquele avião!
- Tudo bem, Sammy... Mas se sobrevivermos a isso, eu juro que mato voce. Se o avião cair, eu te mato antes. – advertiu Dean.
- Bem, de toda forma estou morto, então, vamos embarcar. – disse Sam colocando a mochila nas costas, ele passa por Ruby que o alerta quase como um ultimato:
- Eu e você. Temos que conversar depois!
- Claro. – Sam dá um sorriso fraco. Ruby tenta acompanhá-lo, mas Dean a esbarra.
- Ei, pra onde você pensa que vai?
- Embarcar, óbvio. – respondeu a loira.
- Seria uma boa, se voce fosse junto. – Sam e Ruby encaram Dean que devolve os olhares. - Mas não podemos arriscar, não sabemos o que nos aguarda no México.
- Awn, você está preocupado comigo? – disse Ruby fazendo um beicinho com sarcasmo.
- Não, estou preocupado comigo mesmo. Voce com certeza irá trocar farpas com a ex-namoradinha do Sam e isso vai nos dar um grande problema.
- Quero deixar claro aqui que Claire nunca foi minha namorada. E Dean, pare de implicar com a Ruby. – disse Sam.
- Tudo bem, Sam... Ele tem razão. – Dean sorri vitorioso. – Porém só tenho uma última perguntinha. Tu por acaso sabes andar en la Mexico?
Dean respira fundo.
- Não vai mesmo levar uma pessoa que sabe falar espanhol fluentemente? – disse Ruby convencida.
- Eu tenho o Sammy. – rebateu Dean.
- Acho que a gente pode se virar lá, pelo menos sei que “sombrero” é chapéu e não guarda-chuva. – disse o moreno sorrindo. Dean lança um olhar torto para o irmão dizendo:
- Ok, voce venceu. Ela vem com a gente.
Sam e Ruby embarcam primeiro, Dean se aproxima devagar do avião sentindo as borboletas no estomago. Ele fica parado por um minuto encarando o avião e engole seco. Ruby já impaciente com a demora de Dean, fala:
- Voce vai subir hoje ou não?
- Eu vou... Mas... Porra... Sério que não tem outro jeito? – disse Dean nervoso bagunçando o cabelo devido a tanta tensão.
- Infelizmente não. – reafirmou Sam.
- E se a gente dirigisse até a fronteira e tentasse passar com os imigrantes ilegais? – sugeriu Dean.
- Dean, as chances disso dar certo são mínimas e ainda seriamos presos, lembre-se que ainda tem registros nossos no banco de dados do FBI, mesmo que estejamos considerados mortos, mas se eles descobrirem... – Dean interrompe Sam e suspira:
- Droga...
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