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História Which his side? - The Trap Nun


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Aqui está finalmente mais um capítulo, desculpe por ele ser um pouco extenso, mas é porque não tinha como encurtar, mas enfim, espero que gostem, porque esse cap é um dos meus filhinhos amados <3 kkkkk Enfim, boa leitura xoxo

Capítulo 43 - The Trap Nun


Villa Del Cárbon, Mexico.

- Um convento? – perguntou Ruby com desdém, assim que eles chegaram ao endereço indicado. 

- E o dia só melhora... – disse Dean entediado. - De um avião para um convento. Tem certeza que o endereço é esse mesmo?

- Tenho sim. Avenida Nueva, nº 366, Villa Del Cárbon. – disse Sam relendo o endereço dado por Claire que ele anotou no bloco de notas do celular.

- Não tem como você ligar para a Claire e confirmar? Acho que estamos no lugar errado. – disse Dean recusando a idéia de ficar em um convento, torcendo para que Claire tivesse se enganado e desce o endereço de uma boate de strippers.

- Não precisa. – Ruby falou quase automaticamente, ela estava detestando essa história de Claire e iria fazer o possível e o impossível para manter o Sam longe dela. - Estamos no local certo, se não fosse assim não teria toda essa policia. – disse Ruby apontando com o queixo para os policiais.

- Sendo assim... Parabéns Casanova! – brincou Dean malicioso dando um tapa no ombro de Sam que fica confuso, Dean estava provocando Ruby, já que ela cortou suas esperanças sobre a boate de strippers. A loira entende a referência e olha torto para Dean.

Os três caminham em direção ao prédio que estava cercado pela polícia.

- Escúchame! No tiene permiso para entrar la aquí. Es una escena criminal. – advertiu o policial.

- Pode começar o serviço, Srta. Google Tradutor. – disse Dean para Ruby.

- Fuimos llamados por una americana, Claire, es su nombre. La has visto? – perguntou Ruby ao policial.

- Estoy aqui. – respondeu a freira que estava atrás deles.

- Claire? – perguntou Sam surpreso. Dean olha para a freira, depois para Sam, depois para a freira de novo e continua boquiaberto.

“Puta merda! Ele bancou o Casanova mesmo.” Concluiu Dean admirado, julgando que as negações de Sam sobre ele e Claire terem alguma coisa, era apenas porque Ruby estava presente.

- O que ela faz aqui? – indagou a freira olhando com desprezo para Ruby.

- Ela sabe falar espanhol. Estaria perdido sem ela. – justificou Sam, o que coloca um sorriso convencido em Ruby.

- Não precisava ter trazido ela ou ele. – disse Claire encarando Ruby e depois Dean que franze a testa pensando “o que fiz de errado?”. – Deveria ter dito para vir sozinho.

- Na próxima vez seja tão transparente quanto sua camisola. – rebateu Ruby venenosa. Claire a encara com ainda mais desprezo, Sam olha torto para a loira e Dean abaixa a cabeça tentando segurar o riso.

- Sigam-me. Não podemos falar aqui. – disse Claire deixando essa passar e caminhando para dentro do convento. Dean segura o braço de Sam o atrasando e deixando Ruby ir na frente para cochichar:

- Como voce pegou uma freira? Voce nem ao menos consegue pegar a Ruby que esta aí na sua horta.

- Eu já disse, eu não peguei a Claire... Espera... Desde quando voce me aprova com a Ruby? Pensei que voce a detestasse. – questionou Sam.

- E detesto, mas não sou cego e nem injusto. A Ruby é gostosa e eu a pegaria. – disse Dean dando um sorriso torto e malicioso.

- Ok... Voce definitivamente não é meu irmão. Então, quem é voce? – debochou Sam, mas no fundo estava com uma pontinha de ciúmes da loira.

- Qual é, Sammy? Vai dizer que...

- Voces vem ou não? – indagou Ruby parada na porta observando os dois. – Eu não acho indicado eu ficar sozinha com a irmã revoltadinha, posso acabar cravando um crucifixo no coração dela.

- Eu concordo, por isso já estou indo. – disse Sam agradecendo a Deus mentalmente por se livrar daquela conversa inconveniente do irmão.

[...]

- A polícia trabalha para o homem cuja esposa está morta e o bebê desaparecido. Eles interrogaram todo mundo, mas ninguém viu nada. – disse Claire andando pareado com Sam que usava o EMF para detectar algum espírito, enquanto Dean e Ruby procuravam enxofre ou cheiro de ovo podre.

- Pela queimadura em seu busto, está claro que não procuramos um suspeito humano. – afirmou Sam vendo o EMF enlouquecer quando parou na porta do berçário que estava com umas faixas de cena de crime.

- Um demônio esteve aqui. – disse Ruby mostrando o enxofre.

- Ou talvez uma convenção deles, nunca vi tanto enxofre. – disse Dean apontando para a janela.

- Eu não tenho dúvidas quanto a isso. – disse Claire encarando Ruby sem disfarçar as insinuações.

- Bem, só há um jeito de descobrir... – Sam olha para Dean que retira da mochila os ingredientes para fazer um ritual de invocação.

- O que vocês vão fazer? – perguntou Claire receosa segurando o crucifixo forte.

- Vamos invocar o demônio que roubou o bebê e matou a mãe e, depois vamos matar o filho da mãe desgraçado. – disse Dean fazendo um corte na mão deixando o sangue escorrer.

- Pare com isso! – Claire joga a vasilha no chão. – Não posso deixar que vocês invoquem uma divindade infernal no convento! – Claire se vira para Sam. – Voce pode ser melhor que isso, Sam. – disse Claire decepcionada.

- Voce precisa me escutar, essa é a única... – Claire interrompe Sam falando:

- Solução? É, você já me disse isso uma vez. E veja no que deu? Voce desgraçou minha vida e agora por ironia tenho que recorrer a você. Deve ser castigo com certeza, mas não vou deixar que você desgrace a vida de mais pessoas!

- Escuta aqui, Shirley Temple. Não pegamos uma sardinha voadora para vir para a terra do Chespirito para ouvir você reclamar de sua vida patética de gótica religiosa. – disse Ruby apontando para a batina preta da freira. Dean engole seco segurando a risada.

- Ruby, por favor... – insistiu Sam a repreendendo, mas a loira o ignora e continua.

- Agora ficaríamos muito gratos se você calasse a porra da boca e deixasse a gente fazer o nosso trabalho ou serei obrigada a destruir sua arcada dentária como o Josué fez com as muralhas de Jericó. Entendeu?

- Depois dessa, talvez eu faça vista grossa para você e a Ruby tomar aquela tequila juntos... – brincou Dean cochichando para o irmão que fica vermelho.

A freira se cala.

- Vou entender esse seu silêncio como um sim.

- Claire, me desculpe por isso... – Sam tenta amenizar as ameaças ácidas de Ruby que o interrompe dizendo:

- Qual o seu problema? Por que está se desculpando? Ela é quem deveria... – Sam puxa Ruby para fora do berçário e fecha a porta dando a entender que era uma conversa particular.

- Ruby, eu sei que voce está de saco cheio da Claire, mas peço que se esforce e tente pegar mais leve...

- Perdão? – Ruby se faz de desentendida. – Ela tem sido uma vadia com voce e vem tratando a mim e ao seu irmão de forma nada hospedeira e tenho que aceitar isso na boa? Voce só pode estar louco!

- Ruby... – insistiu Sam.

- Sam! Isso que voce está me pedindo, vai além do meu limite! Me desculpe, mas não vou ficar calada em meio a afrontas. - disse Ruby passando por Sam para voltar pra dentro do berçário, mas ela a segura pelo braço.

- Por favor, Ruby... – Sam faz um carinho na mão da loira. – Eu sei que voce consegue se conter. – Ele dá um beijo na bochecha da loira como um agrado.

- Voce não vai me comprar fácil, Sam. – disse Ruby olhando em seus olhos e segurando o queixo do moreno. – Mas se voce me dizer que passado vocês tem, eu posso pensar no seu caso...

- Ok. – Sam dá um pequeno sorriso. – Bem, Claire não entende que o que eu fiz... – Sam até tenta explicar, mas é interrompido pelo seu celular que vibra com a notificação de uma sms.

- E o que voce fez? – perguntou Ruby curiosa, enquanto Sam lia a sms.

- Hã... Depois eu explico. Agora precisamos resolver esse caso de uma vez por todas! – disse Sam ocioso puxando Ruby para dentro do berçário.

- Voce vai compartilhar o que tinha na mensagem pelo menos pra deixar voce todo preocupado? – perguntou Ruby assim que eles entraram no berçário.

 - Que mensagem? – perguntou Dean arqueando uma das sobrancelhas ao ver os dois entrarem.

- Nada demais. – mentiu Sam. Dean e Ruby fecham a cara e cruzam os braços.

- Fale a verdade, Sammy! – disse Dean.

- Uff... – Sam arfa. – Era a Bela, satisfeitos? – disse Sam abrindo os braços.

- O que ela queria? – questionou Dean gostando ainda menos dessa história.

- Só avisar que conseguiu o objeto e que eu deveria me apressar. – disse Sam dando um sorriso amarelo, mas o fato é que Bela ameaçou saquear o bunker e abrir fogo contra Rudy, caso Sam não viesse tirar logo o mala-sem-alça da cola dela.

- E que objeto é esse? – perguntou Dean curioso, até então Sam  não especificou o que era exatamente.

- Um totem. – disse Sam a primeira coisa que lhe veio a cabeça. - Agora podemos nos concentrar aqui? – Sam aponta para os ingredientes sobre a mesa, mas Dean e Ruby continuavam na mesma com os olhares desconfiados. – Pessoal... – insistiu Sam chamando a atenção deles.

- Depois precisamos conversar! – advertiu Dean apontando para o irmão e indo terminar de desenhar a armadilha do diabo.

- Eu digo o mesmo. – disse Ruby passando por Sam e indo pegar outra latinha para ajudar Dean a terminar o desenho.

- Eu tô ferrado. – murmurou Sam dando um sorriso fraco.

[...]

- Tem certeza de que você fez isso certo? – indagou Dean vendo que o ritual não surtiu efeito.

- Sim, eu tenho. – respondeu Sam coçando a nuca confuso.

- Ok, então cadê as luzes piscando? O cheiro de enxofre ou ovo podre? E toda aquela coisa demoníaca? – questionou o loiro.

- Eu não sei, eu não entendo. Deveria ter funcionado!

- Já que isso não resolveu, melhor limparem essa bagunça... – ordenou Claire.

- Olá. Posso ajudar? – perguntou a noviça sorridente entrando de supetão naquele salão deixando todos atônitos. Sam semicerra os olhos, ela lhe parecia familiar.

- Meu Deus! Será que é patológico? – disse Dean baixinho e pasmo ao ver a verruga enorme e cabulosa no rosto da noviça acima do lábio superior da boca, porém Ruby escuta e cochicha:

- Pra mim, ela parece estar viva e tentando se comunicar com a gente. – Dean faz uma pequena careta e engole seco.

- Está tudo bem, noviça. Eles estão... – Claire tenta pensar numa desculpa.

- Limpando a cena do crime porque amanhã chegará uma nova verruga... – disse Ruby toda atrapalhada e Dean arregala os olhos. - Digo mãe, não é mesmo, irmã Claire? – completou Ruby dando um sorriso falso para a freira que por pouco não rosnou.

- Verdade. – disse Claire seca.

- Ah, desculpe por interromper. – disse a noviça que se vira agora para Dean que por pouco quase recua ao ver a verruga tão de perto. – Uma das irmãs o viu. Ela pensou que você fosse algum ator.

- Ator? – questionou Dean tentando disfarçar os olhares enojados para a verruga que parecia se mexer conforme a boca da noviça se movia ao falar.

- Do Magic Mike. E eu concordo de certa maneira, até porque você é um pedaço de mal caminho. – disse a noviça sorridente fazendo o sinal da cruz e depois se abanando. Dean pisca os olhos repetidas vezes para ter certeza de que não estava tendo um pesadelo. Realmente uma freira com uma verruga monstruosa estava cantando ele?

- Santíssima Maria! – exclamou Claire fazendo o sinal da cruz. – O que você pensa que está fazendo, noviça?

- Não sei por que tanto alarde, eu nem sequer cheguei a falar com a Serpente... – respondeu a noviça maliciosa.

- Quê? – disse Dean fazendo uma expressão facial de pânico ao acidentalmente imaginar a cena.

- Tô passada! – disse Ruby de queixo caído com a ousadia da freira que conseguiu roubar mais atenção que a própria verruga.

A noviça sorri.

- Irmã! – gritou Claire advertindo. – Que testemunho de mulher devota à Deus, voce acha que está dando com esse comportamento mundano? Recomponha-se! Ou terei que comunicar isso a Madre Superiora.

- Ela não precisa dar testemunho nenhum, até porque devoção a Deus não é uma característica de demônios. Não é mesmo, Lamashtu? – disse Sam confiante exaltando a voz encarando a noviça, o que deixa todo mundo confuso.

Ao ouvir o próprio nome, a noviça se transfigura ficando com os olhos brancos igual ao de Lilith. Ruby engole seco, ela se lembra da noite em que Lilith expulsou o outro demônio que usava sua identidade e a possuiu, ordenando que os cães do inferno matassem Dean de forma brutal.

- Como voce sabe quem eu sou? – indagou Lamashtu com a voz grossa.

O fato é que Sam reconheceu Lamashtu do centro vodoo, quando ela o atacou, ele pensava que ela vestia uma túnica preta tipo dos muçulmanos, mas na realidade era uma bata de freira. E a falta de claridade daquele momento impediu que ele visse com mais clarividência.

- Isso não importa mais, sua máscara caiu. Agora nos diga o que fez com os bebês! – exigiu Sam, porém Lamashtu avança para dentro da armadilha do diabo, levantando Sam pelo o pescoço e grita:

- Nunca! – Ela o joga com uma força sobrenatural no chão de madeira o que rompe a armadilha fazendo ele cair no andar debaixo.

- Sam! – gritou Ruby.

- Ajude o Sammy, eu tomo conta da vadia! – gritou Dean para a loira e em seguida, ele parte para Lamashtu. Claire permanece imóvel, chocada. Já Ruby pula no buraco feito por Lamashtu caindo agachada ao lado de Sam, ele se esforça para se levantar e ela o ajuda perguntando se ele está bem, ele meneia a cabeça confirmando quando eles escutam o barulho de vidros se quebrando seguido de um clarão feito com raios brancos.

Dean havia sido arremessado pela janela e caído dentro da fonte do pátio.

- Dean! – disse Sam preocupado, ele corre para fora do convento em direção a fonte mesmo sentindo as costelas e deixando Ruby pra trás.

- Sam, espera! – gritou a loira o seguindo, mas ela para ao ver um eclipse lunar se formar de repente. – Não estou com um bom pressentimento acerca disso...

- Dean! – gritou Sam vendo Lamashtu tentando afogar Dean na fonte. Dean se debate um pouco, sem ar, Sam tenta socorrê-lo, mas Dean emerge da água enfiando a lâmina de Caim na costela do demônio que grita de dor.

- Toma vadia! – gritou Dean com os olhos negros, a marca estava brilhando em seu braço, Sam para de correr e observa aquilo pasmado. Lamashtu se solta de Dean e foge deixando um rastro de sangue negro.

- Dean? – perguntou Sam receoso e os olhos de Dean voltam ao normal.

- Precisamos ir atrás da vadia, ele não irá muito longe ferida... – disse Dean espremendo a camisa molhada para tirar o excesso de água. Nem sequer havia se passado na cabeça do loiro que seus olhos haviam ficado negros segundos atrás. Sam continua a encará-lo com um pé atrás. – Cristo, Sam! Sei que sou bonitão, mas isso já está sendo constrangedor. – debochou Dean quando eles vêem Ruby correndo para o outro pátio.

Eles se entreolham e a seguem se deparando com a irmã Claire e Ruby discutindo diante de um bueiro aberto.

- Querida, deixe o trabalho para os profissionais e volte a rezar! – disse Ruby impaciente.

- Não, se Lamashtu esta com os bebês, eu não ficarei de braços cruzados. – Claire olha para Sam. – Não desta vez!

- Claire, melhor você ficar de fora... – Claire corta Sam dizendo:

- Portland foi falha minha. Voce não me deve nada por aquilo. Te culpei porque era a forma mais fácil, do que assumir meu erro, mas isso não vai se repetir. Não mais. – Claire pula dentro do bueiro.

- Claire, não! – Sam pula em seguida.

- Isso só pode ser brincadeira! – disse Ruby indignada e desacreditada vendo Sam bancar o Guarda-Costas para a Claire. - Será que eu morri e estou no meu inferno pessoal? – resmungou Ruby baixinho e mal humorada, porém Dean escuta.

- Seu inferno pessoal é meu paraíso. – provocou Dean.

- Quero ver voce achar isso quando voce acordar sem suas bolas! – respondeu Ruby apertando com força as bolas de Dean que murmura gemendo de dor:

- Filha da mãe...

- Bem, voce está certo quanto isso. Te espero lá embaixo, Dean boy! – Ruby dá uma piscadela e depois entra no bueiro.

[...]

- Claire, voce precisa me ouvir... – insistiu Sam, mas ele é cortado por Claire que afirma convictamente:

- Não adianta tentar me convencer, eu irei até o fim!

- Bravo! Bravo! – disse Ruby se aproximando e batendo palmas. – Já terminou o primeiro ato, Soraya? Agora que tal falar menos e agir mais? Tipo a Jill Valentine.

- Ruby... – suspirou Sam se dando por vencido, era impossível convencer a loira a moderar nas alfinetadas.

- É exatamente o que vou fazer. - disse Claire firme indo para o túnel da esquerda sem esperar pelo consentimento de ninguém.

- É tão emocionante ver eles partindo... – zombou Ruby o que faz Claire fechar os punhos furiosa, porém ela continua.

- Realmente era necessário fazer isso? – questionou Sam como sempre agindo como o bom samaritano.

- Eu que pergunto isso sobre o omelete. – disse Dean um pouco distante vindo em direção a eles.

- Que omelete? – perguntou Sam confuso.

- Pergunte a Ruby... – disse Dean ainda com uma expressão de dor. Sam se vira para Ruby, não tendo um bom pressentimento sobre isso.

- Desculpe Dean, mas não tenho a mão leve como a Bela. – respondeu Ruby apenas pra causar a discórdia e Dean a metralha com os olhos.

- Ok, melhor deixar isso pra lá. – sugeriu Sam se sentindo agora desconfortável com essa ambiguidade.

- Estou de acordo, Sam. – disse Ruby sorrindo e dando um tapinha no ombro do moreno, enquanto Dean mentalizava mil formas de torturar a loira.

 [...]

- Voce realmente está muito tagarela, Sammy! Eu mal posso ouvir meus pensamentos... – disse Dean entediado, afinal, ele tentava puxar assunto com o irmão, mas Sam apenas dava respostas curtas. – Se voce está preocupado de acontecer alguma coisa por ter mandado a Ruby ir atrás da Claire... Sammy, agora é torcer.  Porque voce basicamente colocou a arma na mão do assassino. Deixar Ruby ir atrás da Claire? Com certeza cabeças vão rolar...

- Voce ainda é você? – perguntou Sam do nada. Ele não agüentava mais desconfiar do irmão e o fato de ter arriscado deixar Ruby e Claire sozinhas é porque ele temia que Dean tivesse outro surto demoníaco devido a marca de Caim e acabasse as atacando.

- O quê? Do que você está falando?

- Seus olhos ficaram negros quando voce esfaqueou a Lamashtu, Dean! E estou perguntando se você ainda é você ou...

- Claro que sou eu! Sou seu irmão e seja lá o que você acha que viu, você não viu!

- Dean, eu tenho certeza que eu vi. – afirmou Sam.

- Eu não sou um demônio! – disse Dean se sentindo ofendido. Sam tenta argumentar, mas Dean toma a faca mágica da mão do irmão e faz um corte no braço. – Isso responde suas perguntas? Eu não sou o porra de um demônio! Eu continuo sendo eu e estou bem. Digo isso com cem por cento de certeza.

- Eu não teria tanta certeza disso, Dean Winchester. – disse Lamashtu aparecendo na entrada do outro túnel. – Logo, você será um de nós.

- Isso nunca vai acontecer! – disse Dean girando a lâmina de Caim na mão.

- Voce vai se tornar um demônio assim como eu e você sabe disso! A cada coisa que você mata, mais sede de matar você tem!

- E eu vou matar você, se não calar a porra da boca! – Dean caminha em direção a Lamashtu que abre os braços e diz:

- Isso, mate-me e seja um de nós!

- Tirando a parte de ser um de vocês, o resto eu faço com o maior prazer! – Dean ergue o braço para golpeá-la e Sam grita:

- Dean, não faça esse jogo! – O loiro tenta acertá-la, mas ela segura o pulso dele e o provoca:

- Use todo seu ódio para te dar força! Isso se você quiser me matar, porque se não matar, eu irei pegar as pessoas que você ama e fazê-las queimar no teto assim como Azazel fez com a doce Mary Winchester.

- Calaboca, maldita! – gritou Dean forçando a lâmina.

- Dean, pare! – gritou Sam vendo a marca começar a brilhar. – Se você a matá-la... – Dean consegue enfiar a lâmina no coração de Lamashtu que começa a eletrocutar e depois cai inerte no chão. -... Estará fazendo o que ela quer... - Dean a encara no chão e começa a golpeá-la mesmo depois de morta. – Dean? Pare com isso! – gritou Sam correndo até ao irmão e segurando seu braço.

Dean o empurra contra a parede e tenta golpeá-lo, seus olhos estavam negros.

- Dean, você precisa lutar contra a marca! Esse não é você! – gritava Sam vendo que a lâmina estava começando a ferir seu tórax. – Dean!!! – Os olhos de Dean voltam ao normal e ele se afasta do irmão assustado.

Enquanto isso...

Ruby havia alcançado Claire e, as duas após discutirem chegam a um acordo e caminhavam esgoto a dentro sem trocar uma palavra, até que elas escutam o som de choro de bebês. Ruby faz sinal para Claire não dizer nada, a freira coloca a mão dentro do bolso certificando sem que Ruby percebesse que ela estava com o revolver.

- Ali! – disse Ruby apontando para o que parecia um altar pagão. Elas se aproximam e pegam os dois bebês que choravam inconsoláveis após ouvir um rosnado. – Merda! Precisamos sair daqui!

- Ou talvez voce devesse ficar. – disse Claire apontando o revolver para Ruby.

- Voce está louca? Abaixe essa arma, precisamos sair daqui com os bebês! – reforçou Ruby.

- Se voce não me entregar o bebê, eu irei estourar seus miolos! – disse Claire destravando a arma.

- Eu sei que nos odiamos mutuamente, mas vamos deixar pra resolver nossas pendências depois, as crianças precisam ir para um lugar seguro... – Ruby é interrompida pelo rosnado agora mais alto vindo do túnel atrás de si. – Merda... – murmurou a loira tendo a sensação de que havia alguém atrás dela.

- Durgia, aqui está as crianças. Agora execute minha vingança sobre essa vadia e sobre Sam Winchester! – ordenou Claire puxando o amuleto que estava em seu bolso.

- Finalmente a vadia mostra a verdadeira face! – disse Ruby dando um sorriso cínico. – Uhm... Então, tudo isso não passou de uma armadilha... Voce atraiu o Sam para cá para entregá-lo a um demônio? Mas me conte o que o Sam fez pra voce querer vingança, Claire? Ele te deixou na friend zone? Te trocou por uma “Angelina Jolie”? Ou disse que voce estava com uns pneuzinhos...? 

- Calaboca maldita!!! Ele arrancou o meu tudo e irei retribuir fazendo o mesmo, começando por voce. Durgia, mate ela agora! – gritou Claire apontando o amuleto para o demônio.

- Além de voce ser uma vadia, voce é uma covarde? Aperte o gatilho, irmã! Não deixe outros fazerem seu trabalho sujo por voce! – provocou Ruby.

- Durgia!!! – gritou Claire impaciente, mas o demônio usa a telecinese para arremessar o amuleto longe. – O que voce pensa que está fazendo? Eu mandei voce matá-la!

- Ouse me dizer o que fazer mais uma vez e irei fazer voce virar pelo avesso. – ameaçou Durgia. - Agora voce! – Durgia aponta para Ruby. – Me dê a criança!

- Deixe-me adivinhar, aposto que hoje é o dia de algum ritual macabro, certo? Notei que lá fora esta tendo um eclipse lunar. Agora só me resta descobrir qual a finalidade, já que pelo que acabo de notar, a criança tem que estar sem nenhum arranhão, certo?

Durgia rosna.

- Talvez voce comece a colaborar, se eu matar essa alma inocente afogada... – blefou Ruby se abaixando e aproximando o bebê da água suja. 

- Voce não faria isso... – disse Durgia com os punhos fechados.

- Não me teste. – disse Ruby séria, o bebê chora ainda mais. – Agora diga, o que voce pretende!

- Matar seu namorado, que coincidentemente é quem matou minha irmã Lilith. – respondeu Durgia.

- Sam... – concluiu Ruby. – Mas pra vocês matarem ele, não precisam de um eclipse lunar e de crianças para sacrificar. Ele é um caçador e não o Majim-Boo. – Ruby aponta com o queixo para o altar pagão. – Tem mais coisa aí nessa história!

- Voce tem razão. Nós queremos libertar nosso pai!

- Lúcifer? Isso não é possível! Pelo que ouvi no inferno, apenas os anéis dos cavaleiros do apocalipse podem abrir a jaula. – rebateu Ruby.

- Está enganada! Eu, Lamashtu e Naamah somos a Brujaria e podemos abrir a jaula juntamente com todos os portões do inferno... – Durgia é interrompida por Abaddon que sai de um dos túneis dizendo:

- E faremos o novo inferno na terra!

- Abaddon! O que faz aqui, mestra? – disse Durgia sorridente.

- Ruby... Não esperava encontrar voce em um esgoto no México e intimidada por uma freira? Onde está a garota que chuta traseiros que eu conheço? Essa não é voce. – falou Abaddon ignorando Durgia.

- Não se dá para lutar aqui sem se sujar e estou usando minha blusa favorita. Não quero estragá-la. – brincou Ruby um pouco tensa.

- Abaddon, tenho boas notícias! Eu e minhas irmãs vamos abrir a jaula hoje! Lúcifer finalmente será liberto e poderá nos governar! – disse Durgia empolgada se aproximando da ruiva.

- Isso não será possível! Lamashtu e Naamah estão mortas. – respondeu Abaddon sem dar importância, depois se vira para Ruby. – Agora vamos ao que interessa... Por que Bela Talbot ainda não está morta? Eu te dei uma ordem, lembra?

- Mortas? Quem as matou? – gritou Durgia enfurecida.

- Lamashtu estava morta em um dos túneis e Naamah, eu a matei. – disse Abaddon fria.

- Como voce ousa, Abaddon? – gritou Durgia.

- Voce acha mesmo que vou deixar que o maldito do Lúcifer governe o inferno? Eu sou a Rainha agora! Eu decido quem vive, quem morre e o que fazer daquele arcanjo desgraçado! – disse Abaddon com um sorriso convencido.

- Traidora! – gritou Durgia que tenta atacar Abaddon, mas a ruiva apenas estrala os dedos fazendo Durgia explodir em mil pedaços.

Claire aproveita a distração do momento e corre para um dos túneis, Ruby corre logo atrás de Claire afim de conseguir pegar o outro bebê, porém Abaddon aparece na frente das duas.

- Para onde voce vai com tanta presa, Ruby? Eu vim aqui exclusivamente pra te ver. – perguntou Abaddon sorrindo diabolicamente.

- Tome a criança! – Claire entrega o bebê para Ruby. – Fuja daqui! Eu exorcizarei o demô... – Abaddon não deixa Claire terminar a frase e explode a freira fazendo com que Ruby toda suja com o sangue da freira.

- Droga! – disse Ruby arfante sacudindo o rosto para sair o excesso de sangue.

- Adoro o senso de humor das freiras. – brincou Abaddon caminhando ameaçadoramente em direção da loira que recuava conforme Abaddon avançava.

- Arrrgh... Mais que merda, Abaddon! – disse Ruby nauseante chacoalhando o ombro, ao notar um pedaço de intestino da freira, enquanto os dois bebês se esgoelavam de tanto chorar, devido aos sustos.

- Agora me responda por que Bela Talbot ainda não está morta? Eu te dei uma ordem e voce não a executou. E voce sabe que eu odeio quem não faz suas obrigações. – disse Abaddon agora ficando séria.

- Abaddon... Eu mataria Bela Talbot com o maior prazer, mas sério? Criar uma fita falsa para me jogar contra a Bela? Isso é baixo até para voce... A pergunta em questão é: Como que uma garota como Bela que está mais preocupada em achar um vestido que combine com um Louboutin pode ser uma ameaça para a tão destemida “Rainha do Inferno”? – rebateu Ruby se arriscando o seu pescoço.

- Voce sabe que eu posso te dar o mesmo destino que a Brujaria e a freira, certo? – ameaçou Abaddon.

- Oh, eu sei. Voce me mata, eu volto pro inferno e espalho para os demônios que a tão adorada Abaddon quer deixar Lúcifer apodrecendo na jaula, daí mais cedo ou mais tarde, ele vai descobrir e claro, que não importa quanto tempo passe, um dia ele saí e quando ele sair, ele irá atrás de voce. E o melhor de tudo? É que eu estarei no camarote do inferno para assistir sua queda!

- Voce apenas se esqueceu de uma coisa, querida... Eu vou matá-lo, assim como vou matar voce! – Abaddon estende a mão contra Ruby o que causa uma forte pressão em sua cabeça, fazendo com seus olhos, narinas e ouvidos sangrem. Ruby gritava sem parar com tanta dor, se esforçando para não soltar os bebês, pois eles morreriam afogados nas águas do esgoto. – O que foi, Ruby? Vai uma aspirina aí? Espere só até eu começar a comprimir seus pulmões e quebrar suas vértebras... Seria um processo bem doloroso e demorado!

[...]

- Voce precisa se afastar da lâmina, ela esta induzindo voce, Dean! – alegou Sam tentando convencer o irmão a se afastar da lâmina.

- Mas precisamos dela para matar Abaddon. – disse Dean olhando para a lâmina.

- Nós vamos descobrir outra maneira, sempre tem outra maneira. Mas preciso que voce confie em mim. – disse Sam entendendo a mão para que Dean entregasse a lâmina.

- E se não houver? – indagou Dean, de alguma forma ele não queria se separar da lâmina.

- Então passaremos por isso juntos, voce pode ter a marca, mas voce não precisa enfrentar Abaddon sozinho. Então, voce está comigo? – perguntou Sam esticando mais o braço.

- Claro que eu estou, Sammy. – Quando Dean estava prestes a entregar a lâmina, eles ouvem um grito distante.

- Voce ouviu isso?

- Ouvi. Parecia a...

- Ruby! – disse Sam desesperado correndo esgoto a dentro seguindo os gritos e Dean vai logo atrás. Até que eles param de supetão ao ver Abaddon em pé diante da loira que estava de joelhos coberta de sangue segurando dois bebês que choravam enquanto ela gemia de dor.

- Abaddon! – gritou Dean segurando firme a lâmina de Caim chamando a atenção da ruiva para que Sam pudesse socorrer Ruby.

- Olá de novo, Dean! – perguntou Abaddon debochada assim que Dean partiu em seu encontro para atacá-la com a lâmina, mas ela bloqueia seus ataques e depois imobiliza o Winchester mais velho contra a parede. – Sentiu saudades de mim?

 - Nem um pouco... – disse Dean que tentava golpear Abaddon com a lâmina, mas ela segurava seu pulso com força deixando o braço quase que imóvel contra a parede.

- Não diga isso, eu sei que quando voce me vê, voce fica com falta de ar... – Abaddon sorri e levanta Dean o segurando pelo pescoço o asfixiando, porém Ruby vendo que Dean estava em apuros, manda Sam ajudá-lo que consegue chegar por trás da ruiva e golpeá-la pelas costas com a faca mágica. – Maldito!!! – gritou Abaddon se virando para Sam.

- Engole essa, vadia! – gritou Dean aproveitando que Abaddon abaixou a guarda e a golpeia no ombro com a lâmina de Caim.

- Desgraçados! – Abaddon recua se apoiando na parede vendo seu corte brilhar. - Isso não vai ficar assim! – ameaçou Abaddon depois desaparecendo.

- Essa foi por pouco. Agora vamos sair daqui, mas cadê a irmã revoltadinha? – perguntou Dean olhando para os lados a procura de Claire.

- Abaddon explodiu ela. Nossa amada freira estava trabalhando com a Durgia, irmã de Lilith, e queria matar o Sam.

- Mais que vadia!

- E onde está Durgia? – perguntou Sam.

- Abaddon explodiu ela também. – respondeu Ruby naturalmente. Sam e Dean se entreolham confusos.

- E por que Abaddon faria isso? Afinal, não são tudo demônios? – questionou Dean.

- Lamashtu, Naamah e Durgia são a Brujaria, elas queriam libertar Lúcifer, já Abaddon quer que ele apodreça na jaula por isso as matou.

- Faz sentido já que ela é atual Rainha do inferno, obviamente não vai querer descer do trono. – disse Dean dando de ombros.

- Tanto faz! A única coisa que me importa nesse momento é sair de esgoto e tomar banho. – disse Ruby entregando um dos bebês para Dean que sente que a frauda do bebê estava pesada e fala levantando o bebê:

- Merda dupla!

- De fato. – disse Ruby rindo e Dean saca que ela entregou o bebê com a frauda pesada de propósito e começa a reclamar, o que acaba tirando boas risadas de Sam.


Notas Finais


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