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História Which his side? - Remake


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Aqui está mais um capítulozinho maroto pra voces. Bem, aqui vai ter de tudo, desde uma pitadazinha nice de humor à momentos mais críticos. Além conter outros fatos sobre a "gratificação" que Dean recebeu que não mencionei nos caps anteriores. E voces tbm vão entender pq o nome capítulo é "Remake". Enfim, apertem os cintos and let's go! Espero que gostem, boa leitura xoxo.

Capítulo 48 - Remake


Lebanon, Kansas.

Depois dos eventos conturbados dessa madrugada, Sam concluiu que seria melhor retornar para o bunker e esperar a poeira baixar ou pelo menos esperar todo mundo se reunir para planejar o próximo passo. Ruby liga para Castiel dando sua localização e informando que estava com Sam não tão longe de onde o anjo estava. Já Sam tenta ligar para Dean, porém o mesmo não atende e logo começa a encher a caixa de mensagem do irmão avisando sobre Abaddon.

- Ruby! Sam! – disse Castiel estacionando o carro atrás deles e descendo em seguida.

- Castiel! Até que você foi ligeiro. – disse a loira indo até ao anjo.

Sam tem uma idéia e decide arriscar enviando um sms para Bela. Cogitando a possibilidade dela olhar o celular achando que era um comprador e assim pudesse avisar a Dean para não voltar ao motel. Isso se não fosse tarde demais.

- Como você resgatou... – Ruby interrompe Castiel antes que ele termine de perguntar:

- É uma longa história! Eu conto no meio do caminho... – Ruby nota Sam encarando o celular um tanto inquieto. - Sam? - O moreno não responde, pois estava focado no celular. - Alô! Terra para Sam.

- Hã? O que foi? – perguntou Sam meio distraído.

- O que você tanto olha aí? – indagou Ruby. - Vamos embora antes que tenhamos mais surpresas nessa noite.

- Eu... – Sam não termina a frase e volta a olhar para o celular novamente com uma ansiedade notável.

- Voce está bem? – perguntou Castiel agora reparando nos ferimentos de Sam que assim que sente o celular vibrar com um torpedo, imediatamente ele abre a caixa de mensagens e vê que Bela respondeu avisando que acabará de dar o recado. Um segundo depois, chega um torpedo de Dean dizendo que estava a caminho, o que faz Sam suspirar aliviado.

- Ok, podemos ir. Apenas estava tentando falar com o Dean e sim, eu estou bem apesar de não parecer. – respondeu Sam se voltando para Castiel e Ruby.

[...]

Ruby já estava rezando mentalmente para que um meteoro caísse em cima do bunker, pois não agüentava mais as perguntas de Castiel, o que estava fazendo com que Sam também ficasse no meio termo, apesar que ele não a questionou em nenhum momento, mas ela o conhecia bem. Porém seus olhos brilham quando a porta do bunker se abre e Dean avança para dentro.

- Dean! – exclamou a loira praticamente saltando da cadeira para que Castiel voltasse sua atenção no Winchester mais velho que acabará de chegar.

- Voce demorou mais do que o previsto. – disse Sam verificando as horas no relógio de pulso.

- Claro, tive que fazer uma tocaia para ter certeza que Abaddon não estava mais no motel. Eu não iria deixar nossas armas pra trás. – justificou-se Dean descendo as escadas com as mochilas dele e de Sam. - E cara, você está horrível parece que foi atropelado por uma locomotiva.  

- Eu sei, mas fique tranqüilo. Eu estou bem. Um pouco dolorido, mas bem. – disse Sam com a mão sobre a costela fraturada.

- Abaddon. Metatron. Isso está começando a ficar fora de controle. – disse Castiel colocando a mão na testa, e encurvando um pouco os ombros. Como sua graça estava acabando a sensação de que ele estava queimando por dentro só aumentava.

- Cas? Voce está bem? – perguntou Dean preocupado vendo o anjo fazer expressões de como quem esta sentindo dor.

- Não se preocupe comigo, apenas comi algo que não me fez bem... Droga! – mentiu Castiel colocando a mão sobre o estômago e fingindo estar com indigestão.

- Acho que tem um sal de fruta no armário da cozinha. – falou Sam pegando sua mochila no chão. Castiel dá um sorriso agradecido e depois se vira para ir a cozinha, porém Dean o impede dizendo:

- Espera, você disse Metatron? Voces encontraram ele?

Castiel acena a cabeça confirmando.

- Na realidade, foi a Ruby que teve contato com ele. – respondeu Sam mexendo na mochila certificando de que seu notebook ainda estava lá.

- É, eu tive o infortúnio e a sorte de encontrá-lo, mas isso o Sam pode explicar melhor pra você. Agora eu vou com o Castiel ajudá-lo com o sal de fruta. Pobrezinho. – disse a loira dando um sorriso fraco, mas na realidade, ela apenas queria fugir do assunto. E também, ela sabia que Castiel estava mentindo.

- Obrigado, mas não precisa. Eu posso fazer isso sozinho. – disse o anjo querendo ficar só com suas mazelas que a falta da sua graça original estava fazendo.

- Não seja tímido, às vezes até um anjo precisa de um cuidador, nesse caso, cuidadora. – Ruby o conduz até a cozinha deixando Sam e Dean na sala conversando. Ela fecha a porta, se vira para Castiel e o interroga:

- O que está havendo com voce? E não me venha com essa conversa de dor estomacal. A única coisa que você comeu foi pipoca comigo e que eu saiba pipoca não é uma comida ofensiva.

Castiel se encosta na pia e encara o chão, ele parecia mais cansado.

- Cas... – insistiu a loira tocando em seu ombro.

- Não há nada que você possa fazer. – Ele olha de relance para Ruby retornando a encarar o chão.

- Sempre a algo a fazer.

- Mas não quer dizer que seja o certo.

- Metatron. – Ela balança a cabeça entendendo a onde ele queria chegar. - Voce não vai superar isso, não é?

- Sam pode ter acreditado, mas eu sei que Metatron pediu algo de você, Ruby. O que ele pediu? – perguntou Castiel com um olhar amigo, demonstrando que ela poderia contar com ele para ser seu confidente.

Ruby engole seco, esconder os fatos fazia ela sentir que à todo momento ela estava apunhalando Castiel e Sam pelas costas, mas o que ela poderia dizer? Dizer que pra salvar o Sam, ela tem que empalar Castiel? Isso estava fora de cogitação.

- Eu já disse tudo, Cas. – Ruby se afasta ficando de costas para o anjo. - Eu queria muito mais muito mesmo saber o que Metatron pretende com esse “ato de generosidade”. – Ela se vira para Castiel dando o seu melhor de “atriz hollywoodiana”. - Mas também tenho medo de descobrir...

Sam abre a porta da cozinha e avisa:

- Estamos partindo.

- Para onde? – perguntou Ruby franzindo a testa.

- Davenport.

- O que tem em Davenport? – questionou Castiel.

- Crowley ligou para o Dean e tudo que disse é que era uma emergência. – falou Sam entediado, ele odiava Crowley e correr para ajudá-lo só fazia ele odiar ainda mais.

- Pode ser uma armadilha. – advertiu Castiel. Ele já havia experimentado várias vezes o quanto Crowley é traiçoeiro.

- Eu sei, mas meio que precisamos dele. Pra lidar com a Abaddon. – disse Sam a contragosto.

- Parece que já estamos partindo, melhor eu arrumar minhas coisas. – disse a loira, Sam olha torto prestes a protestar, porém ela o corta. - Não adianta tentar me convencer do contrário e vir com a conversa que tenho que me recuperar porque você está mais arrebentado do que eu. E também adoro as pizzas de lá, eles sempre colocam muita calabresa.

- Ruby, você pode... – Ruby o interrompe e completa de forma humorística:

- Ir? Awn, Sam! Eu sabia que você seria compreensivo. – Ela dá um selinho nele e depois deixa a cozinha imediatamente.

- Eu ia dizer que “você pode se machucar”. – disse Sam baixinho, mas depois ela balança a cabeça e ri. Ruby em relação às caçadas era como uma formiguinha após encontrar açúcar, não consegue ficar parada.

 Sam caminha até a porta e depois se vira para Cas para perguntar:

 - Voce vem com a gente?

- Não. Eu ficarei aqui pra descansar e me recuperar do estômago. – mentiu Castiel.

Sam balança a cabeça concordando com a escolha do anjo e diz um “se cuida”.

Daverport, Iowa.

- O que eu disse a você, Sam? Muita calabresa e ainda veio com batata-frita de graça. Admita Davenport tem as melhores pizzas de Iowa. – disse a loira dando uma mordida no pedaço de pizza.

- É, as pizzas daqui são realmente incríveis. – Sam sorri com a empolgação da loira com a pizza, enquanto finalizava o seu pedaço.

- Continue me apresentando lugares assim e você vai começar a ganhar minha confiança. – disse Dean com a boca cheia, depois dando um gole no refri de latinha e controlando o volante do Impala com uma única mão.

- Acho que chegamos no local. – disse Sam checando o endereço no papel e olhando pelo retrovisor o nome da rua que estava em uma placa na esquina.

- É, parece que é aqui. – disse Dean estacionando o carro de frente a uma mansão abandonada.

- O que é isso? A mansão do Conde Drácula? – debochou Ruby, mas por dentro ela sentiu um arrepio, aquele lugar tinha um toque tenebroso.

- Eu espero que não. – disse Sam meio receoso relembrando o que Castiel disse.

Os três descem do Impala e caminham em direção a porta da mansão.

- Devemos bater ou invadimos? – perguntou Dean esperando Sam dar uma sugestão.

- Acho melhor darmos uma olhada primei... – Sam não termina de falar e Ruby quebra a janela. Ele lança um olhar a repreendendo.

- O que foi? Se for uma armadilha já caímos nela só pelo fato de concordar em vir pra cá. – rebateu Ruby entrando na mansão pela janela e abrindo a porta para os rapazes.

- Odeio admitir, mas ela tem razão. – falou Dean dando um tapinha do ombro do irmão que o questiona surpreso:

- Voce concordou com a Ruby?

- Não.

- Voce concordou com a Ruby! – afirmou Sam.

- Eu não sei do que você está falando. – desconversou Dean deixando Sam um pouco pra trás.

Assim que eles passam pelo salão vendo coisas empoeiradas, uma resta de luz aparece debaixo da porta do que deveria ser um escritório. Sam, Dean e Ruby sacam as armas. Sam sinaliza para Dean ir na frente, enquanto dava cobertura. Ao se aproximar da porta, Dean gesticula para o irmão se preparar, Ruby conta até três nos dedos e Dean abre a porta de supetão. Sam avança imediatamente com a arma em punhos seguido pelo irmão e pela namorada para dentro do escritório se deparando com Crowley sentado tranquilamente bebendo uísque.

- Por que demoraram tanto? – indagou o demônio.

- Isso é o que era de tão urgente? Ver você beber uísque a luz da lareira? – perguntou Dean indignado.

- Não, nós temos assuntos importantes a tratar.

- Acho melhor você não me ter feito dirigir até aqui pra nada... – ameaçou Dean.

- Crowley, diga logo o que você quer. – exigiu Sam impaciente.

- O que eu quero? Isso é uma piada, não é? Voces sabem o que eu quero. Eu quero a vadia da Abaddon morta! – Crowley bate o copo sobre a mesa. - Eu me arrisquei por vocês, os conduzi até a Marca, vasculhei o Oceano Atlântico para achar a Primeira Lâmina. Tudo isso para que vocês tivessem a chance de encarar a cadela de igual pra igual e por fim, matá-la! Mas ao invés disso, os dois patetas ficam brincando de American Pie! – gritou Crowley revoltado.

- Já terminou? – perguntou Dean sem dar importância aos dramas de Crowley.

- Por quê? Voce precisa estar em um encontro com alguma ladra de corações? – provocou Crowley.

-Ok, já vi que você vai ficar só de enrolação, por isso, vou cair fora porque tenho mais o que fazer. Vamos nessa, Sammy! Ruby! – disse Dean dando as costas ao demônio ignorando suas indiretas e gesticulando para o irmão e para a loira que eles deveriam dar o fora.

No entanto, antes que Dean alcance a porta, Crowley usa a telecinese e a tranca.

- Só acabamos aqui quando eu dizer que acabou. – disse Crowley autoritário.

- Ou podemos arrancar sua cabeça, o que também dá no mesmo. – rebateu Ruby.

- É, ou podemos fazer o que ela disse. O que vai ser Crowley? – disse Dean apontando para Ruby sem olhar para ela.

Sam olha discretamente para a janela certificando-se de que não tinha demônios, o que por sorte não tinha, mas aquilo estava cheirando a armadilha.

- Tudo bem, vou ser direto. Parece que ter a marca e ser o portador da lâmina tem sido um fardo pra você, Dean. – Crowley balança o copo para mexer o uísque. - Por isso, quero ajudá-lo. Me entregue a lâmina, renuncie a marca e deixe o trabalho árduo de eliminar o Cavaleiro do inferno com os profissionais.

- E você. Logo você. É o tal profissional? – riu Dean apontando com menosprezo para Crowley.

- Pelo menos não gasto todo meu tempo e disposição fodendo uma certa ladra trapaceira perdendo a oportunidade de acabar de uma vez com todas com a cadela da Abaddon! – lançou Crowley os fatos em rosto do Winchester mais velho.

- O quê? Dean e Bela ficaram...? – Ruby nem termina sua suposição e faz uma careta, quando ela reflete sobre as evidências, ela leva a mão sobre a boca em total choque. - Espera, o encontro que o Dean teve era com a Bela? – perguntou Ruby se virando pro Sam que acena a cabeça confirmando. - Oh meu Deus! Eu não acredito!

- Eu não te falei isso por telefone? – indagou Sam.

- Voce falou que ele tinha um encontro, mas não mencionou que era com ninguém menos do que Bela Talbot. – disse Ruby exaltada por Sam ter escondido esse fato dela.

- Eu ainda estou aqui, sabia? – protestou Dean encarando Ruby e o irmão que se calam, depois ele se volta para Crowley já de saco cheio. - E daí que eu transei com a Bela? Eu não tenho que te dar satisfação sobre com quem eu transo.

- Não é a toa que te chamo de esquilo. Voce tem um cérebro tão pequeno... – gesticulou Crowley aproximando o dedo indicador do polegar para dar ênfase ao que acabará de falar. - Agora você deve estar se achando o máximo, talvez até querendo repetir a dose, mas você não viu nem a ponta do iceberg. Não me admira o fato dela sempre estar um passo a sua frente.

- É impressão minha ou parece que alguém está com dor de cotovelo e espero que não seja por minha causa, porque não quero ser grosso, mas você não faz meu tipo. – debochou Dean.

- Zombe o quanto quiser, esquilo. A verdade é que Bela tinha mais do que segundas intenções com você, ela pretendia envenená-lo. – disse Crowley bebericando seu uísque.

- E por que eu acreditaria em alguma palavra que você diz? – indagou Dean, mas no fundo ele estava cogitando a possibilidade, já que depois do sofá, ele viu que Bela lhe entregou a taça dela, mas na hora ele nem ligou. Apenas achou que ela se confundiu.

- Se não acredita em mim, ligue pra ela.

- Odeio ter que dizer isso, mas talvez ele tenha razão. – disse Sam refletindo sobre os fatos.

- Eu estou presa em um pesadelo ou você está concordando com o Crowley? – perguntou Ruby fechando a cara pro Sam.

- Não acredito que vou dizer isso, mas concordo com a Ruby... Pela segunda vez só hoje. – acrescentou Dean, mas no fundo ele sabia que Bela era escorregadia e esperar que ela fosse inocente de qualquer acusação era como esperar que o Bruce Dickinson admita que o Metallica é melhor que o Iron Maiden.

- Pessoal, vocês não estão pensando direito. Voces não acham coincidência demais que na mesma noite em que Dean tem um encontro com a Bela, a Abaddon bate na minha porta? – disse Sam meio conspiratório.

- Isso não tem fundamento. Bela jamais voltaria a trabalhar com a Abaddon, não depois da gravação falsa. – defendeu Ruby com toda certeza, pelo fato delas terem pactuado acabar com o Cavaleiro do inferno, momentos antes da freira Claire aparecer na sinuca durante o Natal.

Dean se mantém calado pensando sobre tudo. Talvez fosse uma mera coincidência, mas no ramo de trabalho deles, não existe coincidência. Porém ele torce para que o irmão esteja errado.

- Eu não gosto disso tanto quanto você, mas como você explica tudo isso, Ruby? – questionou Sam.

- Ok, vamos supor que Bela esteja de complô com a Abaddon, o que ela ganha com isso? – retrucou Ruby arqueando uma das sobrancelhas esperando a resposta do moreno.

- Como vou saber? Talvez... Talvez ela esteja jogando nos dois lados, sei lá. – disse Sam dando de ombros.

- Bem, só há uma maneira de saber. – Crowley olha para Dean. - É só ligar pra ela, garanhão. Confirme os fatos e descubra o tipo de vadia que Bela Talbot é. Ou está com medo da verdade? – alfinetou Crowley.

- Tudo bem. – Dean dá um sorrisinho forçado. - Eu ligo só pra provar que ontem teve apenas um encontro casual sem intenções homicidas. – disse Dean torcendo para que Bela não tivesse tentado o envenenar, porque senão... Ele não consegue nem pensar no que faria com ela se aquilo fosse verdade. Dean disca o número da ladra que não demora muito pra atender. - Oi Bela.

- Olá Dean. – disse Bela um tanto sorridente na outra linha, ele pode notar seu entusiasmo.

- Preciso saber de uma coisa e espero que seja honesta. Ontem à noite não foi só pra me agradecer por ter salvado sua vida, foi? – perguntou Dean encarando Crowley que estava com um sorriso confiante demais.

- Não. Abaddon me manipulou para eu matar você. – respondeu Bela sem rodeios.

- Como é? – indagou Dean desacreditado.

- Bem, ela me fez acreditar que eu estava envenenada e que para eu obter o antídoto eu teria que matar você. Porém só descobri isso depois que você dormiu.

- Voce só descobriu depois que eu...? – repetiu Dean as palavras de Bela para processar a informação. - Inacreditável... – Dean tenta manter a calma, mas não consegue. - Voce ia bancar a viúva-negra para cima de mim, invés de me contar a verdade? Eu salvei sua pele duas vezes em uma noite! – disse Dean emputecido quase fora de si.

- E foi recompensado pelas duas vezes. – rebateu Bela falando em uma tranqüilidade incomparável.

- Mas você tentou me envenenar! – acusou Dean com a voz elevada.

Bela rola os olhos entediada.

- Desculpe. Na hora, eu não sabia que era armação da Abaddon como a gravação falsa. E também não sei por quê está tão estressado, eu troquei nossas taças. Evitei uma fatalidade. Ninguém morreu.

- Ninguém morreu. Ainda. – falou Dean pausadamente em tom ameaçador.

- Parece que estamos presenciando a primeira briga do casal. – debochou Crowley.

- Calaboca Crowley! Se não quiser que eu te mate agora! – rosnou Dean. Ele já estava puto com Bela, por tê-lo o enganado, o usado e omitido a verdade mesmo depois de tudo o que ele fez e com toda certeza, ele também não iria aturar as zombarias do rei do inferno. - E Bela, espero que no seu guarda-roupa tenha um colete à prova de balas, porque... – A ladra o interrompe e indaga já deduzindo que foi o demônio que deu com a língua entre os dentes sobre o veneno:

- Espera, Crowley está aí com você? Pois, você vai adorar saber o que eu tenho pra contar.

- E o que seria? – perguntou Dean já cansado daquilo tudo.

- Seu amigo Crowley me forneceu o veneno e quando soube para quem era, ele ficou tão empolgado que até se voluntariou para me ajudar a dar um fim em você, caso eu precisasse. – Um sorriso brota no rosto de Bela, ela tinha acabado de virar a mesa contra Crowley.

- Por que está me dizendo isso? – indagou Dean.

- Não gosto de dever nada a ninguém. Voce me ligou para avisar sobre Furcifer, agora, eu estou lhe avisando sobre Crowley. Simples assim. – A ligação se encerra e Dean guarda o celular no bolso. Depois ele encara Crowley com uma expressão nada feliz e o demônio comenta:

- Espero que isso tenha feito você aprender a não... – Dean não espera Crowley terminar e acerta um gancho de direita no rosto do demônio que se desequilibra e cai no chão.

- O que diabos você pensa que esta fazendo? – gritou Crowley irritado ainda no chão limpando o sangue da boca e encarando o loiro.

- Dean? – perguntou Sam confuso vendo o irmão tirar a lâmina de Caim de dentro da jaqueta.

- Ok, o que foi que eu perdi? – perguntou Ruby tentando entender o que estava acontecendo ali além do fato do Dean ter realizado seu sonho que é dar um soco no Crowley.

- Esse filho da mãe foi quem vendeu o veneno pra Bela e ainda se voluntariou pra ajudá-la a me matar. – disse Dean com a voz rascante apontando com a lâmina para Crowley.  

- Típico dos demônios pé de chinelo. – provocou Ruby fazendo Crowley a encarar por um segundo, mas depois ele volta sua atenção para loiro e diz:

- E você acreditou no que ela disse? – Crowley balança a cabeça dramatizando estar desapontado com Dean. - Acho que me enganei. Talvez ela não tentou te envenenar, talvez ela tenha batizado sua bebida com alguma porção que te transformou em um demente! Isso se você já não foi sempre um...

- Agora, chega! – disse Dean já sem paciência o golpeando com a lâmina, o que dá tempo apenas de Crowley voltar seu rosto para o chão. Sam grita para que Dean esperasse, mas já era tarde demais. Dean já havia o esfaqueado pela segunda vez bem no meio do coração.

- E agora? Como vamos saber o por quê ele queria te matar? – falou Sam agora frustrado.

- A resposta é simples, Sammy. Ele... – Dean não chega a terminar a frase, quando nota que algo está errado. - Espera, ele não fez aqueles show de luzes quando o esfaqueei.

- É, eu também notei que não. – disse Ruby se aproximando quando uma fumaça vermelha sai debaixo da mesa e avança em sua direção a arremessando contra a poltrona e entrando em sua boca.

- RUBY! – gritou Sam correndo em direção a loira que abre os olhos que estavam completamente vermelhos e sorri dizendo:

- Olá rapazes!

- Desgraçado! – murmurou Dean avançando em direção a loira, agora possuída, para atacá-la, porém Sam o segura o bloqueando e fala:

- Se você matá-lo, a Ruby também morre.

- Isso mesmo! Se me matarem, a Miss Sunshine aqui também morre. – disse Crowley analisando o corpo da loira, apalpando seus seios. - Hum, eles são tão firmes. Agora sei porque você não larga ela, alce.

- Tire suas mãos dela! – gritou Sam enfurecido largando Dean e tentando partir pra cima de Crowley, porém o demônio usa a telecinese prendendo Sam contra a parede e Dean sobre a mesa.

- Esse era seu grande plano? Virar uma garota? E eu pensando que você tinha algum plano demoníaco... – zombou Dean erguendo apenas o pescoço já que seu corpo continuava imóvel devido a telecinese.

- Não chegou nem perto, Dean. Meu plano é tomar a lâmina de você e usá-la eu mesmo contra a Abaddon. Já que você não é apto para o serviço. – disse Crowley pegando o copo e colocando mais uísque.

- Seu plano até poderia dar certo, se não fosse por um fato. A lâmina não tem utilidade de nada sem a marca. – rebateu Dean vitorioso.

- Eu sei, por isso, aprendi um feitiço com a líder do Gran Coven, seqüestrei uma freira e você vai renunciar a marca. Quem seria mais digna do que uma freira caridosa para receber a marca? – Crowley estrala os dedos e o armário se abre revelando uma freira toda amarrada e com mordaças. - Mas como vocês fizeram o favor de trazer esse lindo presente. – Crowley desliza as mãos pelo corpo de Ruby. - Não vou precisar mais da freira. – Ele faz um movimento com o dedo indicador soltando as amarras. - Voce tem um minuto para dar o fora daqui antes que meu cão do inferno te encontre e faça de você seu lanchinho da tarde, irmã!

Sem perca de tempo a freira corre como o diabo fugindo da cruz, mas ao longe eles escutam os gritos da freira misturados com latidos. Depois um longo silêncio.

- Voce não vai se safar dessa, Crowley! Eu juro que vou matar você! – gritou Sam tentando a todo custo se mover.

- Blá, blá, blá. Promessas e mais promessas. Voces Winchesters poderiam ter tentado a carreira de políticos. – Crowley dá um longo gole no uísque e depois coloca o copo sobre a estante. - Mas vamos ao que interessa. – Crowley segura o braço direito de Dean que continha a marca e fala um encantamento. - Agora renuncie ou a Ruby aqui vai deixar seu irmão sem fôlego! – A loira estende a mão contra Sam que começa a ficar cianótico pela falta de ar.

- Sammy! – gritou Dean desesperado vendo o irmão agonizar e implorar para que ele não dê o que Crowley quer. - Tá legal, eu renuncio a marca, mas deixe o Sammy em paz!

- Boa escolha. Eu sabia que a cabeça de cima não estava aí só de enfeite. – Crowley abaixa a mão e Sam volta a respirar mesmo ofegante. - Agora repita comigo. – Dean repete o encantamento de Crowley, porém nada acontece.

- Parece que seu plano falhou. – debochou Dean com um sorriso triunfante vendo que ainda estava com a marca.

- Talvez isso aconteceu porque a namoradinha do Sam não faz parte da categoria dos justos na terra. – disse Crowley pensativo. - Foi um erro ter libertado a freira.

- Deu errado porque tem um demônio podre a possuindo. – rebateu Sam rancoroso desejando ardentemente matar Crowley.

- Bem, isso não importa. Eu tenho um plano B. – Crowley dá a volta na mesa e retira o livro “Supernatural – No Rest For The Wicked” por Carver Edlund da gaveta. - Esse é um dos meus capítulos favoritos do Evangelho Winchester. É tanto que me inspirou a fazer esse remake dos últimos minutos de vida de Dean antes do pacto se encerrar.

Sam olha para Dean que estava imóvel sobre a mesa e Dean olha para Sam preso na parede, ambos olham para Ruby que estava possuída e posicionada de frente a porta da mesma maneira que Lilith estava antes de mandar o cão do inferno matar Dean.

- E o que vai fazer? Me matar? Genial! Eu já havia esquecido que você era o cara fodão que não fica se escondendo em um buraco feito um rato a cada vez que mencionam o nome da Abaddon. – ironizou Dean.

- Bela tinha razão quanto uma coisa, eu quero matar você, mas não permanentemente. Acho que nem seria matar e sim, libertar. Enfim, chega de papo. É hora do show! – Crowley coloca dois dedos na boca e assobia chamando seu cão do inferno. Logo, eles escutam os latidos.

Sam mergulhado em total aflição grita para que Crowley pare com isso, Crowley apenas sorri, enquanto Dean olha para a marca esperando que ele faça a mesma coisa que fez no esgoto do México.

- Hora da contagem regressiva, pessoal! – disse Crowley segurando a maçaneta da porta, já Sam se lembra de quando estava possuído por Lúcifer e assumiu o controle, talvez Ruby fosse capaz de fazer o mesmo.

- Ruby, eu sei que você está acordada em algum lugar aí dentro! Voce precisa tomar o controle! Voce precisa expulsá-lo! Eu sei que você consegue! Tem de conseguir! – gritou Sam torcendo para que a loira pudesse o ouvir.

- Não adianta gritar, ela está longe do alcance de vocês agora. – disse Crowley se preparando para abrir a porta, quando os latidos estivessem mais nítidos.

- Ruby, sua vadia! Se você não o expulsar e eu morrer, eu juro que... – Dean não chega a terminar a frase e os olhos de Ruby voltam ao normal e ela grita com ele:

- Me chame de vadia de novo e eu arranco seus dentes, bastardo cretino!

- Ruby! – disse Sam agora livre da parede correndo até a loira, quando o cão do inferno bate na porta quase a abrindo, mas Sam a ajuda a segurar.

- Dean, o armário! – gritou Sam segurando a porta e Ruby se afasta começando a sufocar com pequenos fios de fumaça vermelha tentando sair de sua boca. - Ruby?

- Não! – gritou Ruby fazendo a fumaça voltar para seu interior, enquanto Dean empurrava o armário para frente da porta, ganhando um pouco de tempo contra o cão do inferno.

- Ruby, o que você está fazendo? – perguntou Sam a segurando pelos ombros. Crowley já deveria ter sido expulso.

- Pessoal, precisamos ir agora! – alertou Dean vendo o armário chacoalhar com as investidas do cão do inferno contra a porta.

- Não! Voces precisam me matar e acabar logo com esse desgraçado do Crowley! – gritou Ruby tentando prender o demônio dentro dela.

- Não! Eu não vou matar você! Isso é loucura! – disse Sam segurando seu rosto.

- Voces não entendem. Crowley tem de morrer! – afirmou Ruby se encurvando e utilizando toda sua força para mantê-lo preso.

- Voce tá doida? Por mais que você me irrite, mas não vou te esfaquear até a morte! – disse Dean achando aquilo um absurdo.

- Não seja um marica! Me mate agora ou ele vai transformá-lo em um demônio! – gritou Ruby em plenos pulmões para Dean que olha para o irmão chocado com aquela informação tanto quanto Sam. - O que vocês estão esperan... – Ruby nem termina a frase e a fumaça vermelha saí da boca da loira que caí nos braços de Sam com as pernas meio bambas.

Uma tábua da porta voa em direção a Dean que grita ordenando:

- Todo mundo pra janela agora!

Os três pulam a janela caindo nos arbustos e correm em direção ao Impala conseguindo chegar ao carro em segurança. Assim que entram, Dean pisa no acelerador e sai cantando pneu.

- Acha que despistamos ele? – perguntou Dean olhando pelo retrovisor.

- Creio que sim, afinal, não ouço nenhum latido. – respondeu Sam que olha para Ruby. - Voce está bem?

- Não, fui possuída por aquele cretino de novo. E só vou me sentir bem, quando eu cortar a garganta dele e vê-lo engasgar no próprio sangue! – disse Ruby fechando o punho com força.

- De novo? E quando foi a primeira vez? – perguntou Dean olhando para Ruby pelo retrovisor.

- Logo quando sai do inferno com a Bela. E por falar nela. – Ruby dá um soco no ombro de Dean, o que deixa Sam confuso e pasmo com aquela atitude. - Voce é um idiota!

- Por que você me bateu? Voce tá louca, mulher? – questionou Dean massageando o ombro que acabará de levar um soco.

- Não, não estou! E isso é o mínimo que você merece. – disse Ruby apontando para Dean de forma acusadora. - Agora me diz, você é retardado ou o quê?

- Mas o que diabos você está falando? – disse Dean ainda sem entender nada.

- Voce poderia ter transado com a Bela em qualquer lugar do mundo, mas não você tinha que transar com ela em Chicago sabendo que a “Aba-doida” estava na mesma cidade, colocando em risco a vida do seu irmão e a dela. Que grande irmão e amante, você é! – criticou Ruby.

- Aba o quê? – disse Sam rindo.

- Aba-doi... – Dean dá uma freada brusca o que quase faz Ruby bater a testa no banco da frente. - Voce está tentando me matar? – gritou a loira revoltada.

- Se eu quisesse, eu já teria feito lá atrás, não acha? Agora me escuta aqui, enquanto você defende a pobre indefesa Bela, você esqueceu um fato importante. Além dela tentar me envenenar, foi ela que colocou o Sammy em perigo. Conte a ela, Sammy. – Dean dá um tapinha de leve com o dorso da mão no braço do irmão.

Ruby fica olhando para Sam que balança a cabeça e diz a contragosto:

- É verdade. Se Bela tivesse ouvido o aviso de Dean para não ir a Chicago, nada disso teria acontecido.

- Tá vendo? Parece que sua amiga não é tão santa assim. – disse Dean ainda sentido.

- E mesmo assim, mesmo sabendo que ela colocou o Sam em perigo, você foi lá e levou ela pra cama. Quanta hipocrisia! – rebateu Ruby.

- Pensando bem, isso poderia ter sido evitado se você praticamente não ficasse importunando a Bela atrás de uma gratificação. – concluiu Sam encarando o irmão de forma culposa.

- Sammy, afinal, você está do lado de quem? – questionou Dean ficando de cara amarrada.

- Agora que analisei melhor, eu tô do lado da Ruby. – respondeu Sam apenas para zoar com a cara do irmão.

- Sabe, vocês dois se merecem! Seu traidor, Maria vai com as outras. – resmungou Dean, o que acaba tirando risadas de Sam e Ruby.

Depois de uma hora de viagem, eles fazem uma pausa no Biggerson’s para comprar um lanche pro resto da viagem. Sam e Ruby esperam do lado de fora encostados no Impala, enquanto Dean vai até o balcão fazer os pedidos.

- “Desculpe. Na hora, eu não sabia que era armação da Abaddon.” – resmungou Dean imitando a voz de Bela. - Ah, então me desculpe Bela, quando eu acidentalmente atirar em sua cara e passar com meu carro encima de você, sua cadela ordinária! – Dean dá um tapa no balcão chamando a atenção de todos.

- Senhor...? – perguntou a atendente receosa segurando os pedidos.

- Err... Deu quanto tudo?

- 29 dólares.

Dean joga o dinheiro sobre o balcão, pega os pedidos e sai da loja vendo Sam sozinho encostado no Impala olhando o movimento da rua.

- Cadê a diaba? – perguntou Dean procurando Ruby com os olhos.

- Ela decidiu dá um tempo nas caçadas para se recuperar, por isso, roubou um carro para ir pra New York e acompanhar a Fashion Week. – respondeu Sam pegando seu X-Salada e entrando no Impala.

- Ainda bem, assim tira o cheiro de enxofre do carro!

- Dean! – disse Sam o repreendendo.

- O que foi? Eu estava brincando. – disse Dean dando um sorriso travesso, mas por dentro estava agradecendo por ela ter ido embora.

 

 

 

 


Notas Finais


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