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História While you take care of me - Capítulo Dois


Escrita por: NanaDreyar

Notas do Autor


Olá pequenos cupcakes :33
Como estão? Ta tudo bem nessas vidinhas?
Espero que sim :3
Então, sem mais delongas pequenos cupcakes, vamos ao capítulo!
Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo Dois


Capítulo Dois

 

~Um ano atrás

 

      Afastou-se dela o suficiente para que pudesse observar seus olhos cor de chocolate. Olhos cheios de doçura e gentileza. Olhos que transmitiam fragilidade. Entretanto, quem a conhecia bem sabia o quão forte e independente ela era. Nunca precisou de ninguém para defendê-la. Não possuía fragilidade alguma. Sempre a achou incrível por isso. Mas o que mais chamava sua atenção nela, era sua capacidade de sorrir nos momentos mais difíceis. Sua capacidade de aguentar o pior dos problemas sem derramar uma lágrima sequer. E então, quando ninguém podia ver sua angústia, ela finalmente desabava.

 

- Você é uma mulher incrível, sabia? – Sussurrou seus lábios quase colados aos dela. – Você é uma inspiração para muitos da nossa agência. Tenho muito orgulho de você.

 

- Eu amo você, Rogue. Amo muito.

 

- Não parece.

 

     Rogue fechou a cara para ela, vendo-a se desvencilhar de seus braços e atirar-se ao seu lado na cama, enquanto sua risada preenchia o pequeno apartamento dos dois. Manteve-se em silêncio, abrindo um sorriso tímido e esperando a crise de riso de sua amada cessar. Sempre odiou cócegas, mas ela nunca se importou. Ela torturava-o o tempo inteiro fazendo cócegas.

 

- Você é um bobo. - A respiração dela estava acelerada e lágrimas banhavam sua face. Não lágrimas de dor, é claro. Lágrimas de quem riu por muito tempo.

 

      Limitou-se a puxá-la para seus braços novamente. Uma de suas mãos foi em direção as bochechas rosadas dela, enquanto a outra permanecia em sua cintura, segurando-a firmemente contra si. Fez um carinho gentil em sua bochecha com os olhos colados aos dela. Lindos olhos cor de chocolate. Amava-os. Os olhos dela o atraiam tão facilmente. Sentia que faria qualquer coisa por ela. E, sem pensar duas vezes, beijou-a.

 

 

~Agora

 

     Um suspiro escapou de seus lábios. Sentia-se perdido. Toda a esperança que alimentou de seu apartamento até o hospital foi reduzida a cinzas. Esperou encontrá-la viva e bem. E de fato, encontrou-a viva, mas nem perto de estar bem. E não sabia o que fazer. Não sabia como se aproximar de sua própria esposa. Inúmeras dúvidas rondavam sua mente. Um vazio doloroso formou-se em seu peito. Parecia que todos os seus momentos ao lado dela, foram reduzidos a nada. Ela não se lembrava.

 

     Seus olhos desviaram-se do chão e encarou-a sentada na cama de hospital. Ela estava sentada, entretida em comer a sopa que a enfermeira lhe entregou. Mesmo cheia de ferimentos, permanecia bela. E, apesar do medo presente em seus olhos, havia ali um vestígio de doçura e gentileza que antes possuíam. Sentiu uma pontada em seu peito. Quem havia feito mal para ela? Vendo-a nesse estado, havia um único desejo que queria cumprir, protegê-la. Mas ao mesmo tempo em que ansiava em protegê-la, também queria encontrar a pessoa que lhe fez mal.

 

- Você... Hum... – Ela encarou-o com medo no olhar. – Você disse que eu sou sua esposa.

 

- Sim.

 

- E... Hum... Como eu era?

 

     Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Uma mulher incrível, sem dúvidas. Forte, mas gentil. Talvez, para a pergunta de Lucy, essa resposta fosse ser o suficiente. Mas, por alguma razão, não achou que fosse. Como poderia descrever sua esposa para ela mesma? Sabia cada mínimo detalhe de Lucy. Conhecia-a por completo. Mesmo assim, não haveria forma de descrevê-la. Ergueu-se da cadeira, aproximando-se em passos lentos da cama de hospital. Lucy se encolheu na cama e seus olhos marejaram. Sentiu um nó na garganta. Ela ter medo dele tornava tudo pior.

 

- Eu conheço você muito bem, Lucy. Amo suas qualidades. Amo seus defeitos. Amo seu jeitinho de ser. Ou, pelo menos, o jeitinho que costumava ser. Mas eu não posso te dizer como você era antes de desaparecer. – Sentou-se na beirada da cama e, quase vacilou ao esconder suas emoções. Ela afastou-se dele o mais rápido que pôde. Doeu. – Eu poderia escrever um livro descrevendo cada mínimo detalhe seu. E, ainda assim, não seria o suficiente. Você precisa se conhecer sozinha.

 

- Você é um bom marido? – Ela sorriu sem jeito, o medo ainda em seu olhar, mas junto do medo, agora se encontrava a curiosidade.

 

- Eu acredito que não. Você está em um hospital, não é? Eu não te protegi.

 

~Norte, 08:47 p.m.

 

     Espreguiçou-se desajeitadamente sobre a cama. Não sentia vontade de sair do quarto dele. Ou de ir para sua casa. Seu desejo era de fechar os olhos e não acordar por muito tempo. Infelizmente, isso não era possível. Então, teria de despedir-se de seu porto seguro e ir para sua casa, onde seu pai e sua mãe lhe esperavam. Não queria ir. Provavelmente era uma garota mimada. Mas por que precisava sair do único ambiente em que se sentia bem? Que se sentia amada? Conviver com si mesma estava sendo difícil nas últimas semanas.

 

     Observou-o entrar no quarto e aproximar-se da cama com um olhar sério e indiferente. Muitos pensavam que ele não se importava ou não se preocupava. Mas ela o conhecia. E sabia o quanto ele se preocupava. Ele só não demonstrava. Sorriu minimamente para ele assim que o mesmo deitou-se ao seu lado. Ele sabia como ela estava. E, ao contrário do que imaginou, ele permaneceu com ela. Suspirou assim que os braços dele lhe envolveram e um beijo foi depositado em sua testa.

 

- Disse para seu pai que você ficaria aqui. – Ele sussurrou em seu ouvido. Encarou-o por alguns segundos e deu-lhe um rápido selinho enquanto sentia as lágrimas banharem sua face.

 

- Obrigada. – Ele balançou a cabeça enxugando suas lágrimas.

 

- Está tudo bem.

 

     Aconchegou-se nos braços dele. Sentia-se segura com ele. Segura e amada. Não desejava sair de seus braços tão cedo. E, se pudesse, nunca sairia. Ele a apertou em seus braços enquanto colocava em um canal que passava filmes de terror a todo o momento. Bufou. Ele sabia que ela odiava filmes de terror e que era medrosa para esses filmes e, mesmo assim, continuava fazendo-a assistir filmes de terror com ele. Mas, mesmo que sentisse medo, gostava de passar o tempo com ele assistindo algum filme. Era um dos raros momentos em que esquecia seus problemas e aproveitava sua vida.

 

~Leste, 09:12 p.m.

 

 

 

- Gajeel? – Aproximou-se do namorado que se encontrava debruçado sobre uma mesa fazendo o relatório de sua última missão. – Ele deu noticias sobre a Lu?

 

- Não. Ele diz que ainda não encontrou nenhuma pista. – O namorado a encarou com as sobrancelhas arqueadas. – Sinto que ele está escondendo alguma coisa.

 

- Você tem certeza? Ele foi namorado da Lu. Não acho que esconderia alguma coisa sobre ela de nós. – Abraçou-o por trás puxando o relatório de suas mãos e lendo-o rapidamente. – Meu garotinho cresceu. Que orgulho!

 

- Cale-se. – O moreno bufou puxando o relatório das mãos da namorada. – Falando em crescer. Você andou diminuindo alguns centímetros, não? E eu achando que as pessoas só começavam a diminuir depois de velhas...

 

- Idiota! – Suas bochechas ganharam uma coloração avermelhada com a provocação do namorado.

 

     Puxou uma cadeira e sentou-se ao lado do namorado, entrelaçando seus dedos com os dele. Sentia falta da amiga. E, apesar de Gajeel dizer-lhe o contrário, começava a pensar que sua amiga havia partido. E, se seus pensamentos se concretizassem, não saberia o que fazer. Era sua melhor amiga. O que faria se ela estivesse morta? Balançou a cabeça negativamente. Não deveria pensar nessas coisas agora. Deveria aproveitar o momento com o namorado, que já finalizava seu relatório.

 

- O que você acha de sairmos para jantar? – Ofereceu. Estava precisando sair de sua rotina monótona. – Hum? Você paga, é claro.

 

- Abusada. – Sorriu pondo suas mãos uma de cada lado do rosto do namorado. – O que foi?

 

- Bobo. – Beijou-o.

 

~Sul, 10:41 p.m.

 

 

     Observou-a descansar sobre a cama de hospital. Lembrava-se perfeitamente das noites em que acordava de madrugada e não conseguia dormir novamente. Passava horas olhando-a dormir e velando por seu sono. Mesmo que fosse ruim não conseguir dormir, gostava de ficar deitado ao seu lado olhando para sua expressão serena enquanto dormia. E, muitas vezes, perdia-se tanto enquanto cuidava-a dormindo, que quando percebia, ela estava acordada encarando-o de volta com um sorriso doce nos lábios.

 

     Ela agitou-se na cama e um grito escapou de seus lábios. Rogue esbugalhou seus olhos correndo para perto dela. Ela sentou-se na cama com a face banhada pelas lágrimas. Sem se importar com o medo que ela sentiria de si, puxou-a para seus braços, abraçando-a apertadamente. Ao contrário do que imaginou, ela agarrou-se a sua camisa, os soluços escapando de seus lábios.

 

- O que aconteceu? – Perguntou em um sussurro.

 

     Não obteve resposta. Na verdade, tudo o que obteve como resposta, foi um aumento de suas lágrimas e seus soluços. Apertou-a mais, sentindo seus próprios olhos marejarem. O que quer que ela tenha sonhado, não havia sido algo bom. Sentiu-se inútil. Ela estava sofrendo e ele não podia fazer nada. Ela não se lembrava dele. Era um completo estranho para ela. Tão estranho que ela possuía medo dele. Por que tinha de ser tão inútil para cuidar de sua própria esposa?

 

- Senhor Cheney? – O médico abriu a porta do quarto olhando-o com preocupação. – Aconteceu alguma coisa? Ouvimos um grito.

 

- Pesadelo, eu acho. – Respondeu encostando seu queixo no topo da cabeça da esposa.

 

- Se precisar de algo, é só chamar. – O médico deixou-os a sós novamente.

 

- Não me deixa sozinha. – Ela pediu em meio às lágrimas. Surpreendeu-se com o pedido e sentiu-se mal por ficar feliz com esse pedido.

 

- Nunca vou te deixar. 


Notas Finais


Enton, mereço pedradas? Mereço chocolate? Hum?
Espero que tenha ficado bom.
Beijos e até o próximo capítulo :3


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