História White Magnolia - Magnolia Sambuensis

Sungmin chorava baixinho ainda em meus braços. E, eu não sei por que, mas não estava desconfortável com aquilo. Me sentia seguro, como se fosse eu encolhido em seus braços, e não o contrario. 

Por um momento senti uma vontade imensa de unir minhas lágrimas às suas. Colocar tudo que me incomodava pra fora, como passadas lágrimas. 

Não posso nem imaginar como é estar na situação em que Sungmin está. Qualquer que seja seu pecado, será que a eternidade é realmente uma punição válida? Não que eu ache que há realmente um motivo para se prender alguém e ainda impedi-lo de morrer para se libertar.

— Ele disse que tenho que levar todos vocês até a biblioteca amanhã, antes do pôr do sol. Ele vai nos contar a historia da maldição. - Sungmin se separou minimamente de mim, apenas para poder me olhar, e eu senti falta do calor de seu corpo, falta daquela sensação tranquila que emanava dele. Seus olhos vermelhos e bochechas molhadas só tornavam tudo aquilo mais absurdo.

— Não podem acreditar nele. Aquele monstro ira tentar coagir-lhes e torna-los contra mim. Por favor Kyuhyun, não me abandone agora. - ele me olhava desesperado, como se eu fosse sua última esperança. O peso de livrar-lhe de tamanho sofrimento estava inteiramente em minhas mãos. 

— Eu não vou a lugar algum - voltei a envolve-lo, deitando seu rosto sobre meu peito. — Não vou deixar que nada de ruim aconteça a você ou a Ryeowook. - disse acariciando seus cabelos e observando por um instante a porta a minha frente.

— Não prometas aquilo que não podes cumprir - ele disse baixinho, quase como um sussurro. 

— Posso até não conseguir certificar minhas palavras, mas prometo fazer tudo que eu poder e conseguir para isso. Você é meu amigo, e eu protejo os meus amigos.

— Obrigada, Kyu - ele se separou de mim, dessa vez por completo, com um leve sorriso no rosto. — Acho melhor entrar, Ryeowook ficou um tanto quanto alterado depois que saiu daqui. - apenas assenti, abrindo a porta para que pudéssemos entrar. Porém ele trocou de lugar comigo. Dirigi meu olhar a ele, confuso. — Ele precisa de ti, não de mim Kyuhyun. Prometo voltar mais tarde.

Suspirei vencido, me preocupo com Sungmin, mas isso não significa que posso impor a ele minha existência. Ainda mais se eu sei que Rye precisa de mim. Por mais que para mim fosse altamente colono naquele instante, só permanecer ali, acariciando seus novos cabelos platinados. A perfeita visão do perigo.

Entrei no quarto e pude ouvir Sungmin fechar a porta atras de mim. Ryeowook estava deitado de frente para mim e podia ver sua leve respiração, provavelmente Sungmin o havia ajudado a dormir depois de acalma-lo.

Me perdi no tempo em que o observei tão tranquilo. Seu rosto sereno escondia perfeitamente tudo que ele realmente havia vivido nas últimas horas. Eu realmente não o deveria ter deixado. 

Ouvi-lo chamar por mim e não poder voltar para busca-lo foi uma das coisas mais difíceis que já fiz em minha vida. Sentir seu desespero, e ainda assim precisar deixa-lo para trás. Mas não podia arriscar que ele piorasse, ou coloca-lo em risco. Sei muito bem que o maior desejo deste homem louco é por as mãos no meu pequeno. E isso, definitivamente, não vai acontecer.

Finalmente acabei com o espaço entre nós. Deitei-me atrás de seu corpo, não hesitando em envolve-lo e só então pude respirar realmente aliviado. Seu corpo não estava mais quente, sinal de que a febre havia baixado consideravelmente. Depositei um leve selar em sua nuca, apenas como um leve carinho, sorvendo seu perfume suave. 

É incrível como ele me faz sentir bem. A sensação de te-lo em meus braços é completamente diferente de ter Sungmin. É como se Ryeowook existisse única e exclusivamente para me fazer sentir completo, calmo e infinitamente feliz.

Mas não posso dizer que ter Sungmin em meus braços é menos agradável que ter Ryeowook, tão pouco seria igualmente ou mais agradável. São sentimentos tão diferentes e ao mesmo tampo tão bons. Se não fosse altamente egoísta, talvez eu escolhesse manter os dois. Apenas em meus braços, afinal, Ryeowook domina completamente o meu coração.

Te-lo tranquilo em meus braços. Aquele simples ato, mesmo que em seu sono profundo, me faz esquecer de todos os problemas. Queria eu poder ficar assim com ele para todo o sempre. Sem nada que possa incomoda-lo.

Se qualquer um pudesse ouvir meus pensamentos, provavelmente me acharia um idiota completo, bobo e que não tem mais nada em sua vida. Mas eu não me importo, afinal, ninguém me faz sentir como Ryeowook, nem mesmo Sungmin.

— Amor - selei mais uma vez sua nuca, numa tentativa de acorda-lo. Quero ficar com ele, passar o meu sábado apreciando sua existência, seu sorriso. Saber que tudo aquilo é destinado a mim e a mais ninguém. Que Ryeowook pertence a mim assim como eu pertenço a ele. E não vai ter maldição alguma, Mogleon alguma, que vai mudar isso. — Wook - chamei mais uma vez e pude ouvi-lo resmungar baixinho. — Sou eu, Kyuhyun.

— Kyu-ah - ele choramingou virando de frente para mim e me abraçando com força. Não pude não sorrir com seu jeito. — Por que me deixou aqui com eles?

— Por que você está doente e tem que descansar - expliquei a ele acariciando seus cabelos.

— Você vai ficar aqui comigo agora? - ele me perguntava como uma criança que pergunta ao pai se ele vai brincar com ela depois que chega do trabalho. Não consegui conter meu riso.

— Sou todo seu - respondi e pude ver um grande sorriso formar-se em seu rosto e não pude conter minha vontade de beija-lo.

Beijei cada pequeno pedaço de seu rosto, numa perfeita adoração que aquecia meu coração a cada toque. Foi sua ansiedade que acabou com meu momento, quando ele tomou meus lábios para si. 

Eu nem mesmo havia percebido o quanto eu senti falta destes momentos de nós dois. Sem se preocupar com os outros, ou o que quer que seja. Toda a agitação provavelmente adormecera meus pensamentos tranquilos. 

Nosso beijo foi se tornando cada vez mais quente, meus carinhos que começaram numa completa inocência agora já faziam a ponta de meus dedos formigarem, ansiando por um contato maior. Mas foi quando mordi seu lábio e pude o ouvir gemer baixinho que percebi o rumo que aquilo estava tomando.

— Rye…- chamei por ele. Mas ele apenas voltou a me beijar, fazendo com que me calasse. Ele sabia muito bem aonde aquilo ia dar. — Você esta doente - usei todas as minhas forças para afasta-lo, mesmo que aquilo não fosse realmente o que eu queria.

— Kyu, relaxa, eu não vou quebrar - ele me disse arfando. Seus olhos me pediam para que eu não fosse cuidadoso por mais que a vontade em mim fosse a de aprecia-lo como uma obra de arte. Uma deliciosa obra de arte da qual eu nunca vou cansar. 

— Eu sei que não - disse invertendo as posições e atirando ele sobre a cama. 

Aquele jeito dele de estar sempre pedindo por mais me deixa louco. Tudo que eu mais quero é dar a ele tudo que ele quer e mais.

Segurei suas mãos no topo de sua cabeça, o impedindo de me tocar enquanto meus lábios se deliciavam maltratando a pele de seu peito. Meus dentes criavam caminhos avermelhados que iam para todos os lados. Mas sempre para baixo.

Mordi de leve seu membro, ainda sobre a fina camada da calça de seu pijama, arrancando dele um gemido arrastado. Com minha mão livre, desapareci com aquele tecido que me atrapalhava, como também daquele abaixo dele. E então pude ver aquilo que tanto necessitava de mim.

Depositei um selar em sua ponta, logo raspando meus dentes por ele. Ryeowook se contorcia, tentando se livrar do aperto de minhas mãos e quanto se deixava levar pelos pequenos prazeres que lhe dava. Uma pequena tortura. Queria mostrar a ele que ele não quebra, mas não significa que eu não posso levá-lo à beira disto.

Retirei minha calça e minha cueca, meio desajeitado, tentando não soltar suas mãos e quando voltei a olha-lo pude ver que ele sorria de meu jeito desastrado. Precisei lhe sorrir de volta, completamente mergulhado em seu olhar carinhoso. Selei nossos lábios, unindo nossas testas, apenas para observa-lo por mais alguns instantes. 

Porém, antes mesmo que eu pudesse lhe fazer alguma coisa, vi seu rosto se contrair em dor.

— Amor? - chamei por ele soltando suas mãos, preocupado.

— Kyu, nós precisamos conversar - ele disse desviando seu olhar de mim. Fiquei completamente confuso. O que era tão importante que não podia esperar? E mais do que isso, o que era tão ruim para faze-lo contrair seu rosto daquela forma.

— Tudo bem. - me sentei na cama, lhe dando um pouco de espaço, e cobrindo meu membro frustrado com o lençol, para o caso de um dos garotos aparecer.

Ryeowook se sentou à minha frente, mas olhava para todos os lugares, menos para mim. O que será que aconteceu de tão grave? Comecei a ficar nervoso com toda aquela tensão, eu nem mesmo me importava mais dele ter destruído o momento.

— Lembra a noite em que você pediu para namorar comigo? - me perguntou ainda cabisbaixo.

— Claro que me lembro - não consegui não rir de sua pergunta.

— Lembra que disse que precisava contar uma coisa à você? - não me lembrava muito bem disso, então apenas assenti para que ele continuasse. — Ano passado, quando você estava namorando com aquela menina que morava perto da sua casa, a filha da amiga da sua mãe, e eu desapareci por uma semana do internato. - eu me lembro dessa época. Eu passei o fim de semana em casa e quando voltei Leeteuk estava desesperado procurando por ele. E eu obviamente me juntei a ele. Lembro que fiquei tão alterado naquela semana que Hoyun terminou comigo por que não estava dando atenção a ela, e eu nem me importei. Ryeowook reapareceu na segunda feira seguinte e se negou a falar uma palavra sobre o que aconteceu. — Preciso te contar o que aconteceu. - me arrepiei por inteiro.

— Fala de uma vez, Ryeowook. Eu estou ficando nervoso - pedi angustiado com todo aquele mistério.

— Eu e Kyungsoo resolvemos que deveríamos perder a virgindade um com o outro, como somos melhores amigos. Que seria melhor que deixar isso nas mãos de um qualquer, como Kangin se vangloriava tanto de nem saber o nome da garota.

— Pera ai. Você esta me dizendo que enquanto eu estava desesperado procurando por você e me culpando por ter te deixado sozinho, você estava o Cosmos sabe onde, fazendo…- não consegui concluir minha frase.

Minha consciência me dizia perfeitamente como ter ciúme daquilo não fazia sentido, por que eu até mesmo namorava com outra pessoa naquela época. Mas imaginar Ryeowook com Kyungsoo foi de mais para mim.

— Me desculpa, Kyu - ele se esticou em minha direção, segurando meu rosto com suas mãos, olhando em meus olhos. — Se eu soubesse que seria você, eu nunca teria concordado com isso. - suspirei chateado. Acho que se tivesse sido um qualquer, ou se eu soubesse disso em tempo real, não ficaria tão chateado. 

— Não precisa me pedir desculpa, amor - segurei suas mãos, que ainda estavam sobre meu rosto. — Não é como se você tivesse me traído ou coisa parecida. Eu presumi que nunca havia acontecido pra você por que você nunca tinha me dito nada. 

— Eu te amo - ele disse se atirado em meus braços e eu o abracei prontamente. — Estava com tanto medo de você terminar comigo por causa disso. - não pude deixar de rir de seu exagero. 

— Eu estou chateado, principalmente como seu amigo. Mas não terminaria com você por algo que faz parte do seu passado. Você é só meu agora não é? - perguntei e ele assentiu o mais rápido possível. Selei seus lábios com carinho, mas ainda tinha uma coisa me deixando encucado. — Vocês passaram uma semana transando? - perguntei sem ter certeza de que eu realmente queria saber a resposta. Ryeowook logo começou a rir.

— Claro que não. Eu fiquei com vergonha de voltar para a escola e dar de cara com você e todas as suas perguntas. - ele levou tanto tempo para voltar que quando finalmente aconteceu eu nem mesmo queria saber onde ele estava. Fiquei tão aliviado que deixei o interrogatório com Leeteuk.

— Todo esse tempo você dizendo que não tinha por que eu ter ciúme de Kyungsoo - disse o olhando numa falsa raiva, o assustando.

— Mas não tem. Eu juro! - ele falava rápido, agitado, como se precisasse de justificar antes que me irritasse. — Nunca tive nenhum tipo de sentimento por ele. Nada a mais que a amizade.

— Sei.. - disse mordendo seu lábio inferior. — E por mim, o que é que você sente?

— Eu te amo - ele disse aquelas palavras com todo o cuidado, como se precisasse me provar que ele realmente sentia o que dizia.

— Eu também te amo. E não quero mais que fique sozinho com Kyungsoo. - disse, sabendo que aquilo não iria o agradar. Ryeowook fez um bico mas não ousou discutir. — Só até eu me acostumar com a ideia, tudo bem? - pedi e ele assentiu. — Só aconteceu dessa vez né? - perguntei e vi meu menino corar violentamente.

— Não - me respondeu baixinho, quase como um sussurro. Respirei fundo, tentando afastar de minha mente todas aquelas cenas em que o rosto contorcido de prazer de Ryeowook era causado por outro. — Kyu? - ele me chamou temeroso, mais uma vez, me trazendo de volta de meus pesadelos.

— Eu to bem, é só…- ele me interrompeu, concluindo a frase.

— Ciúme?

— Ciúme - concordei e ele sorriu, deitando sua cabeça em meu rosto. — Sabe como você pode me ajudar a lidar com isso? - perguntei completamente malicioso. 

— Como? - ele riu de minha pergunta.

— Substituindo todas as imagens que a minha mente criou de você gemendo para ele, por imagens de você gemendo para mim. - ele riu ainda mais, voltando a corar.

— Kyu-ah - ele me chamou manhoso, mas se ele pensava que com manha ia me fazer mudar de ideia, ele estava muito enganado. 

Atirei o corpo de Ryeowook na cama voltando a me colocar cobre o seu corpo. Ele abriu suas pernas prontamente, me acolhendo entre elas. Reiniciei o caminho de beijos e mordidas que distribuía pelo seu peito, com menos cuidado que antes. Minha intenção era realmente marcar cada pedaço de sua pele alva como minha propriedade. Que todos vejam como Ryeowook só geme pra mim.