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História White Sugar - Capítulo Único


Escrita por: AmemMX

Notas do Autor


Olá amorescos! Fiz esse imagine de recompensa para a ganhadora do "Quem é o Idol" na Amém Monsta X. Espero que gostem! Eu não sou muito boa escrevendo imagines oneshot, mas eu juro que eu tentei e foi de coração <3

Boa leitura ><

Capítulo 1 - Capítulo Único


Hoje é o “grande” dia, duas turmas do 2° ano foram selecionadas para um incrível passeio à reserva florestal da cidade. Os professores estão dizendo que será uma espécie de aula de campo, porém sei que será apenas mais um dia com milhares de mosquitos em cima de mim e com toda certeza chegarei em casa coberta por arranhões causados pelas plantas que ficarão no meu caminho.

A opção de não ir ao passeio era plausível, mas infelizmente minha média não estava muito boa, eles ofereceram um ponto em Exatas apenas pela presença no local, não poderia de forma alguma perder a oportunidade de passar de ano. A segunda opção nunca falharia, acredito que não teria coragem de me matar com a faca da cantina, até porque não sei onde guardam os utensílios daquele lugar.

As horas se passaram e minha cara de tédio continuava a mesma, ao chegar à escola era visível em meu rosto que não me importava nem um pouco com a viajem. No meio de todos aqueles sorrisos animados com a excursão, encontrei o de um garoto cujo todas que ousaram o fitar se apaixonaram. Changkyun, o rapaz é considerado pelas garotas daqui um dos mais bonitos e encantador da escola, um garoto com um sorriso angelical, fios castanhos e olhos negros.

O mesmo estudava na sala ao lado da minha, já havia o visto sendo expulso uma ou duas vezes pelo professor por bagunçar em aula. Tudo que ele fazia era errado, me perguntava como que as garotas se derretiam pelo rapaz com uma postura tão rebelde.

- Façam uma fila! – Gritou um dos coordenadores. – O ônibus que levará vocês já está lá fora, eu espero não ter de brigar e me preocupar com absolutamente nenhum de vocês nessa viajem. – Finalizou de forma autoritária.

Sem hesitar formamos uma fileira e fomos em direção ao transporte que nos esperava em frente à escola. Não me importava com quem ficaria ao meu lado durante a viajem, vamos dizer que não sou o tipo de garota que faz amigos com muita frequência, sem contar que preferia ficar sozinha, sem ninguém enchendo meu saco durante as três horas que passaria a caminho do inferno.

Meus olhos estavam perdidos na paisagem que passava em uma velocidade relativamente rápida, quando senti a cadeira ao meu lado que antes se encontrava vazia ser totalmente tomada por um dos alunos barulhentos do final do ônibus. Fingi nem ao menos perceber tal movimentação sobre a poltrona, porém sentia a inquietação da pessoa ao meu lado.

-Com licença. – Uma voz rouca tomou espaço sobre meus tímpanos.

Virei o rosto levemente e vi Changkyun com os olhos avermelhados, sua aparência era de desespero. Minha respiração não se conteve em mudar, talvez por preocupação.

- Meu Deus! Está tudo bem com você? – Perguntei aflita.

- Você poderia me dar um pouco da sua água? – O mesmo sem me responder perguntou.

Dei um sorriso ao fitar as pessoas no fundo do ônibus rindo e apontando para o garoto que quase não conseguia respirar, abaixei para pegar a garrafa de água e balancei a cabeça em reprovação para aquele tipo de brincadeira.

- Olha, não sei o que te deram, mas deveria parar com essas brincadeiras... Elas vão acabar te matando. – Sibilei o entregando a garrafinha.

O mesmo não mediu esforços em derramar quase toda água goela abaixo, puxei a mesma de suas mãos, afinal aquela pequena garrafa era para o resto do dia. O fitei com os olhos semicerrados, quase que brigando por ele quase acabar com minha única fonte de hidratação.

-Obrigado. – Changkyun sorriu por alguns segundos enquanto me fitava aliviado.

- Você quase acabou com tudo. – Indaguei me segurando para manter a calma.

- Relaxa, você nem vai sentir falta. – Disse o rapaz já se levantando e voltando para o seu lugarzinho na traseira do veículo.

- Folgado... – Resmunguei.

 

 Depois de três horas chegamos à reserva, desci calmamente do ônibus e me deparei com a imensidão de verde ao meu redor, nem se quer havíamos entrado na floresta e já estava incomodada com a umidade presente no local.

Entramos mata adentro em uma fileira, era proibido sair dali, a ordem dada para todos era de seguir o guia até o final da trilha, porém Chang e seus amigos eram acostumados a não respeitar a maioria das ordens impostas. Os mesmos saíram da fila sem que ninguém percebesse, a não ser por mim. Arregalei os olhos ao ver tal atrocidade, ali era perigoso, sem contar que os mesmos se perderiam.

- Ei... – Os chamei quase que em um sussurro. – Changkyun! Isso é errado. – Continuei tentando fazê-los parar, mas o moreno apenas me olhou e sorriu de canto, não demorando a voltar sua visão para o lado oposto.

Talvez ele não tenha me escutado direito, talvez tenha de ir até ele e dizer que aquilo que o mesmo estava fazendo não é o certo.

Pensei e não demorei em seguir o garoto, o chamava a cada passo dado. Meu medo de sermos pegos ali “fugindo” da trilha era visível. Bati o pé no chão decidida a não deixar ele e os outras dar mais um passo e os chamei uma ultima vez:

- Chang! Se vocês não pararem agora eu juro que grito.

Terminei a frase com os punhos cerrados e controlando minha respiração. Os outros garotos talvez nem sequer me ouviram falar, porém Changkyun se virou e andou até mim calmamente. Ele estava sério, chegando a me dar um pouco de medo com sua expressão.

-Garota, eu te conheço? Nem sei quem você é, porque não cuida da sua vida? – Seu timbre era calmo, mas aquilo me fez ficar sem palavras.

Abaixei minha cabeça para suas palavras rudes e sibilei constrangida:

-Meu... Meu nome é Nicole, estudo do lado da sua sala. – Respirei fundo engolindo por completo meu orgulho e vergonha. – Seu grosso! Eu só estou tentando ajudar você, será que você não cansa de ser sempre um idiota?! E quer saber, cansei de ser boazinha, vou contar tudo para o coordenador.

Meu corpo foi virado em um impulso de raiva em direção oposta do garoto, minha respiração estava rápida e meus punhos tão cerrados que qualquer pessoa que aparecesse na minha frente naquele momento poderia ser socada.

- Pra onde você vai? – Sua pergunta veio atrás de mim, em um grito, pois já estávamos um pouco distantes um do outro.

-Para trilha idiota! Contar sobre você e seus amiguinhos...  – Parei por um momento e pude raciocinar onde estava, na verdade não conseguia saber onde estava. Os alunos e o guia já haviam sumido e os amigos de Changkyun também desapareceram mata adentro.

- Não sei se você já percebeu, mas eles não estão aqui. – Changkyun falou já perto de mim outra vez.

- Me leva pra casa! – Exigi.

- O que? – O garoto soprou um riso.

- Você escutou, me leve para casa! Você deve saber voltar, afinal estava saindo da trilha.

- Isso não significa que eu saiba voltar, eu só estava seguindo eles. – Disse o garoto formando um sorriso em seu rosto.

-Isso é engraçado?! Estamos perdidos no meio da mata e você está rindo?!

- “É melhor rir do que chorar em situações como essa”. – Citou o garoto.

***

Andamos por mais ou menos duas horas á procura de uma alma viva naquela floresta, e encontramos, o problema era que nenhuma era a alma de um ser humano. Nada além de insetos, animais estranhos e arvores de diferentes formatos. Depois de quatro horas eu já não conseguia mais andar, meus passos eram lentos, minha garganta doía e eu e Changkyun já não nos falávamos fazia uma hora e meia. Apenas o seguia como se o mesmo fosse meu guia.

-Eu não aguento mais! – Gritei e me abaixei, parando no mesmo lugar. Coloquei a cabeça entre meus joelhos fitando o chão.

-Não seja tão fraca, vamos! Temos que encontrar um jeito de voltar para casa. – Disse o moreno.

O mesmo estendeu a mão até meu rosto, o fitei por um segundo e percebi o quanto ele também parecia cansado. Respirei fundo e segurei sua mão que logo me ajudou a levantar.

-Sobe nas minhas costas – Continuou o mesmo. –  Você está bem mais cansada que eu, não vou me importar de te carregar.

- O que?!  Claro que não – Indaguei.

-Olha, eu que coloquei a gente nessa situação não é? Se subir nas minhas costas ficamos quites, ok?

Formou-se um bico mínimo nos meus lábios com a proposta do garoto, hesitando um pouco balancei a cabeça incerta do que estava fazendo e segurei nos ombros do mais velho que logo se levantou e me segurou em suas costas.

Andamos por mais trinta minutos até começar uma breve chuva, nos protegemos dentro de uma caverna pequena, onde cabiam apenas nossos corpos.

O tempo havia mudado, o frio agora era quem dominava o ambiente. Meus lábios já não se concentravam em ficar parados, tentava me aquecer com minhas próprias mãos até sentir Changkyun me envolver em seus braços.

- Não me leve a mal. – Disse o garoto a centímetros de distancia de meus lábios, com um sorriso mínimo nos lábios. – Mas essa é a única maneira de nos aquecer aqui.

Meus tímpanos haviam parado de funcionar por cinco segundos, foquei em seus olhos negros que me fitavam tão de perto, em seus lábios e pude sentir até mesmo seu cheiro levemente passar sobre minhas narinas.

Balancei minha cabeça positivamente sobre o pronunciamento do rapaz e abaixei a mesma para não perder novamente meus sentidos olhando para sua face.

-Nicole. – Me chamou suavemente. – Eu sinto muito, por tudo isso.

Meus olhos continuavam fixos no chão, não queria olha-lo nos olhos. Era visível o quanto Changkyun era diferente do que eu pensava, ele estava sendo gentil e se desculpando pelo o que aconteceu.

Virei o rosto de encontro com o do mais velho em um impulso involuntário, nos fitamos por alguns segundos até a vergonha tomar conta de todo meu rosto e me fazer soprar um riso, me fazendo desviar o olhar para a lama que se formava quando os pingos de chuva caiam sobre a areia no chão.

- A gente vai sair daqui, e, não se desculpe! Você me carregou, então estamos quites. 

Não pude me conter, a vontade de fita-lo novamente era mais forte que eu mesma. Levantei meu olhar novamente de encontro com o dele e lá estavam seus olhos me encarando, o rapaz parecia me hipnotizar. Nossos rostos se aproximaram, foi quando percebi que estava por completo sob seu efeito. Não sentia fome, não sentia dor, apenas uma vontade imensa de selar meus lábios nos seus, e foi o que aconteceu.

Nosso beijo foi calmo, um selar simples seguido de carinho e sentimentos inexplicáveis. Infelizmente minha mente voltou a si e me fez afastar do garoto ao perceber que a chuva havia passado. Os pensamentos de apenas mais uma na lista daquele se fez presente, me fazendo ter medo do futuro daquilo.

- Acho que é melhor continuarmos... – Disse confusa.

-Nicole... – O garoto me chamou mais uma vez.

- Não Changkyun, por favor, vamos esquecer que isso aconteceu, tudo bem?

Sem deixa-lo responder levantei-me e limpei minhas roupas.

- Vamos! Temos que sair daqui. – Proferi enquanto dava meu primeiro passo, mas fui parada ao sentir o garoto puxar meu pulso me fazendo voltar e o fitar novamente.

Ele parecia querer dizer algo, parecia querer se declarar ali mesmo. Para falar a verdade aquilo seria bom de mais para ser verdade, Changkyun, o garoto mais desejado da escola se declarando para mim. Talvez só estivesse pensando besteiras.

O moreno abriu a boca, pegou fôlego para falar, mas foi interrompido ao ouvir os gritos dos guardas do local:

- Estão ali!

Virei meu rosto e um sorriso imenso dominou minha face, corri até o guarda que estava acompanhado do coordenador, que pela cara do mesmo estava furioso.     

 

***

Nunca pensei que acabaria sentada na sala da detenção por culpa de um playboy mimado metido a galã. A escola toda falava que fugimos para “ficarmos a sós”, se é que me entende... Changkyun também pagou pelo o que fez, na verdade ficávamos juntos na mesma sala de detenção todo santo dia depois da aula. Não posso mentir, eu gostava. Trocávamos papeis com coisas engraçadas e em seguida saiamos para qualquer outro lugar.
 

Eu tentei, mas o playboy mimado metido a galã não quis esquecer o beijo, e o medo de ser só mais uma em sua lista desapareceu por completo quando ele me pediu em namoro em dos papeis trocados na detenção.

 Quer saber? Me perder na mata com um dos  caras mais estúpidos da escola não foi tão ruim assim. Apesar de tudo, esse cara estúpido acabou virando a pessoa que me faz sorrir e sentir-me bem apenas estando ao meu lado.


Notas Finais


É isso galeres! Espero que tenham gostado o/

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