História Who are you: Where's Love? - One of those nights

Ele definitivamente queria algo a mais mas eu não. 

-Hoje não.- Disse saindo de cima dele. 

-Ok parei.

-Quando terminares eu volto para te ajudar nos trabalhos.- Abri a porta e sai. Estava cheia de dores se barriga que lentamente ia se espelhando pelas pernas. Entrei no banheiro e reparei que algo escorria pelas minhas pernas. Ótimo! Agora estou menstruada. Puta merda. Peguei meu celular e liguei para a Matty. 

-Doida vem aqui no meu quarto pegar um absorvente (Penso) e umas roupas para mim? 

-De período? 

-Óbvio. 

-Ta ja to indo. 

-Obrigado.

Tirei o uniforme e tomei um banho. Minutos depois a Matty já estava com as roupas aqui, vesti as e ela esperava me no quarto. 

--Por que demorou tanto na escola hoje? 

-Tenho uma forma de ter contacto direto com o diretor. 

-Qual? 

-Aquele grupo! Red White e só tenho que passar nas audições. 

-Acha que consegue? 

-Claro não lembras eu e tu a treinarmos para a audição da Sm?- Disse meio tristonha. 

FlashbackON 

Estava vestindo o meu uniforme escolar de educação física, estava quase escurecendo e hoje iria para o parque praticar uma última vez para as audições de amanhã junto com a minha melhor amiga Matty. 

"Então já estás pronta?" Uma mensagem chegava de Matty. 

"Sim estou indo." 

Enviei depois de sair do quarto. Não demorou muito para nós encontrarmos no parque. Treinamos muito, aquela era chance da nossa vida para concretizar nossa sonho. Ficamos la até anoitecer. 

-Nossa já esta tão tarde assim? 

-Sim, vamos comprar uma Melona* e depois vamos para casa?- Falei sorrindo, ela assentiu com a cabeça. Era verão e esta noite estava mais quente do que o dia. 

Entramos na loja de conveniência e cumprimentamos a senhora que estava quase sempre lá. As vezes saia quando estava mais cansada e deixava a loja com a Yoona uma menina que sempre estava sorrindo. Ela era sempre simpatica. Seguimos para o fundo da loja que era onde ficava os refrigeradores. Pegamos as melonas e abrimos ali mesmo, apesar de ser proibido. Seguimos para a caixa de novo e pagamos. 

-Hoje vou ficar sozinha de novo. Minha mãe vai viajar não sei para onde de novo.- Matty disse enquanto caminhava olhando para os pés. 

-Que pena queria ficar com você mas não posso. As coisas na minha casa estão cada vez mais estranhas, eu não sei o que esta acontecendo. Eu sinto que a qualquer hora alguma coisa ruim vai acontecer. 

-Não se preocupe, nada vai acontecer.- Ela disse sorrindo e tocando no meu ombro como se estivesse me confortando. Sorri de volta. Estávamos quase na minha casa, na rua a frente nós teríamos que nos separar.

-Que amanhã corra tudo bem connosco.- Eu disse abraçando ela. Ela retribuiu. 

--Vai correr. Agora tchau.- Se desfez do abraço e fez o seu caminho, eu fiz o mesmo. 

Virei na rua que era suposto e andei calmamente. Ainda faltava um pouco pois morávamos na parte detrás do bairro perto do rio. 

Estava ainda andando calmamente quando escutei gritos e o choro de alguém vindos da minha casa. Corri muito para ver o que era. Quando cheguei lá vi muitas coisas quebradas no chão e minha mãe abraçando o meu irmão Taehyung. Não fazia muito tempo que tínhamos voltado a viver na cidade, antes eu e minha mãe vivíamos em uma praia do outro lado da ponte. Eu estava feliz por poder voltar a viver com meu irmão e o pai. 

-Ora, chegou só estava a tua espera.- Ele disse pegando no celular e ligando para alguém chamado Sr.Lian. 

-Pai o que está acontecendo?!- Perguntei desesperada pois minha mãe estava machucada.

-Ah Olá, Sim ela já está aqui podem vir buscar los. Daqui a vinte minutos ok, não se esqueça do dinheiro.- Soltou uma risada sinistra.- Ok, até já.- Olhei desentendido para ele. 

-Alguem me diz o que está acontecendo? 

--Diz para ela, querida.- ele disse a última parte com imenso tom de piada. 

-O seu pa... Esse homem vair vender nos para a prostituição p-porque p-precisa d-d-de dinheiro...- Ela disse enquanto deixava as lagrimas rolarem pelo seu rosto. Meu rosto estava com uma expressão totalmente chocada. Olhei para ele e depois para os outros dois, minha cabeça balançava negativamente e eu sempre repetia não. 

--Isso não é possível... Meu pai nunca faria isso...- Diante dessa situação ele apenas ria, ria muito. Fui dando pequenos passos até a porta, quando cheguei na mesma tentei correr mas ele me puxou brutalmente pelos cabelos. 

-Onde pensa que vai? Não teste a minha paciência, já tive que lidar com esse dois aqui.- ele disse puxando meus cabelos ainda mais. Tentei me defender dando, ou melhor tentando, dar socos e chutes mas o que consegui foi levar um chute na barriga feito por ele. Com isso ele se distraiu da minha mãe, que vendo a situação saiu correndo com o Taehyung nos braços. Ele foi no quarto pegou uma arma me pegou novamente pelos cabelos e me arrastou pelo mesmo caminho que minha mãe foi, como se ele soubesse exatamente o que ia ela ia fazer. Estavamos indo em direção a ponte que tinha perto de casa. Ele passou o braço pelo meu pescoço e apontou a arma para minha cabeça. Eu chorava sem parar de olhos fechados e quando eu abri me deparei com a imagem da minha mãe subindo na ponte junto com o meu irmão. 

-Se você se jogar eu mato sua filha.- Ele gritou. Minha mãe olhou para mim com uma expressão sofrida. 

--Minha filha me desculpe mas não posso aguentar viver mais isso. Mamãe sente muito por te deixar assim sabendo do quanto você vai sofrer. Mamãe te ama muito.- Depois dessa palavras o meu pai tentou apertar o gatilho mas não tinha balas. Me jogou no chão e foi até a minha mãe. Quase ao mesmo tempo homens de preto aparecem e me pegaram pelo braço. Me debatia muito e gritava pela minha mãe. Era inexplicável a dor que eu sentia naquele momento não só o dor no estômago pelo chute ou pela força que estão usando no meu braço. Era por ver a minha naquele estado, ela estava prestes a suicidar se. Parei de gritar quando ouvi algo cair sobre a água. 

FlashbackOff 

-Eu não e você também não quer lembrar.- ela disse sorrindo. Fiz uma careta quando sentir as cólicas me atacarem.

-Tens remédio?- perguntei massageando a barriga para amenizar a dor. 

-Infelizmente os comprimidos da casa acabaram. 

--Então eu vou fazer o jantar e depois vou na farmácia. 

-Tens a certeza? As farmácias vão fechar logo.

-Mesmo se não der eu fico sentindo dor mesmo, também não gosto de tomar comprimidos. 

--Você é doida.

-Não sou nada, agora eu vou dar uma de professora. 

-Ok, bye. 

Saimos do quarto e cada uma seguiu o seu caminho. Voltei para o quarto do Simon e o mesmo estava secando o cabelo. 

-Já podemos fazer os trabalhos. 

(...) 

-Então você aplica a fórmula resolvente. Depois disso está pronto. 

-Ah graças a deus não aguento mais isso.- ele disse se espreguiçando. 

-Seu preguiçoso, agora vou fazer o jantar descansa.

-Sim obrigado por me ajudares. Te amo.

-Para  ficar dizendo que me amas, existem muitas meninas no mundo. 

-Lá no fundo eu sei que gostas de mim.- Piscou me um olho, ri me e fui para a cozinha. 

-Vais fazer o jantar?- Disse a menina de mais cedo, aquela de cabelos castanhos que é irmã do Simon. 

-Vou sim.- Sorri simpática. 

-Quer ajuda? 

-Quero sim, obrigada... 

-Reed.- ela completou.- É comida para quantas pessoas? 

-Hm deixa eu ver... Simon, Wayne, Matty, Nono, Kris, Jun.K, V.O, eu, tu e aquela outra menina. Então somos 10.

-Já sabes o que vais fazer? 

-Sim, carne grelhada com arroz e sopa de legumes.

-Eu posso fazer o arroz e a sopa e tu tratas e  tratas do resto, pode ser? 

-Claro. 

(...) 

Depois de fazermos quantidades absurdas de comida a mesa estava posta só faltava chamar as pessoas. Pedi para a Reed pedir ao Wayne para fazer isso pois eu estava super cansada e cheia de dores. Todos demoraram cerca de uns 30 minutos para chegarem na mesa. Estava quase para sair batendo em todo mundo. Graças a deus depois de tanta espero começamos a comer. 

--Então descobriram alguma coisa?- Disse Simon. 

-Eu tentei mas nada, os alunos pelos vistos não sabem quase nada sobre o diretor.

--Vamos mesmo falar de uma missão tão importante na frente delas?- Nono se pronunciou pela primeira vez hoje. 

--Ela tem razão.- Kris disse. 

-Eu sei que estão com medo. Afinal o meu pai só deixou eu e a minha irmã sairmos para isso. Colocou todo tipo de dispositivos nas nossa roupas e malas, é por isso que estamos nesse estado porque não seguimos o plano dele. Mas nós vamos comer em outro lugar não queremos incomodar.- Sorriu simpática. Wayne ficou com uma expressão triste após ouvir isso. 

-Podem comer no meu quarto.- ele disse abrindo um sorriso que ele só faz quando quer se mostrar. Elas pegaram nos pratos e foram. 

-Há um girlgroup que tem contato direto com o diretor, eu fiz uma audição hoje. Por isso eu cheguei tarde.

-Queres mesmo continuar com isso?--Simon disse.- Tu não és obrigada a nada. (Nota da autora: A frase que mais digo kkkk) 

-Sim, eu quero. 

(...) 

Não havia muitas coisas para se discutir já que não descobrimos muita coisa. Estava arrumando umas roupas e coisas necessárias para os dias que ia passar fora. 

--Você já namorou com o Wayne?- Dei um pulo depois de ouvir alguém dizer isso atrás de mim. Era a Reed. 

-Já porque? 

-Porque ele parece que ainda gosta de você.

-Impossível, até porque foi ele que terminou o relacionamento e não eu. 

-Mesmo que ele goste de você ele vai se casar comigo. 

-Todo seu. 

--Você namora o Simon? 

--Porque tantas perguntas?- Disse parando de arrumar as coisas e colocando a mão na cintura. 

-Só curiosidade, enfim se quiser eu paro. Não precisa se chatear comigo. 

--Tudo bem, eu só não estou com paciência. Em princípio sim estamos, quer dizer não, mais ou menos. Ainda não estou pronta para um relacionamento. Acabaram as perguntas?- ela acenou que sim com a cabeça.- Que bom porque agora eu tenho que ir. 

--Tudo bem Unnie vemos nos por aí.- ela disse me abraçando. 

-Ok...

Fui para sala onde o Wayne já estava pronto. 

-Até amanhã Matty.- disse dando dois beijinhos nela.- Tchau Simon gritei e o mesmo respondeu algo como até amanhã, não ouvi direito. Então fui para o carro junto com o Wayne. As minha cólicas não pararam uma única vez, eu estava praticamente morrendo. Nem estava conseguindo aguentar. Comecei a respirar fundo e a contar para ver se eu esquecia. 

-Yah... Vamos passa em uma farmácia? 

-Claro mas o que se passa?- ele perguntou preocupado. 

--Nada demais só cólicas.

-Mas daquelas que tinhas no passado, bem fortes? 

-Infelizmente. Presta atenção na estrada que eu não quero morrer. 

-Desculpa.- Fizemos o nosso caminho até a farmácia mas ela estava fechada. A questão é que a outra farmácia era bem longe daqui. 

-Esquece vamos para casa. Amanhã temos aula. 

-Tens certeza? 

-Tenho. 

Não demoramos muito para chegara, assim que entrei em casa corri para tomar um banho. Não demorei muito porque... dor! 

Vesti o meu pijama e detei na esperança de dormir pelos menos um pouquinho. Mas eu apenas rolava na cama de um lado para outro tentando encontrar alguma posição em que não sentisse dor. O sono tomava conta de mim mas não dava sentir. Fiquei horas nisso até que o Wayne entra no meu quarto. 

-Ah estou fazendo muito barulho? Desculpa.- Disse em um tom fraco. 

-Não é isso. Toma esse chá vai ajudar um pouco.-ele ajudou me a levantar embora não fosse preciso.- Bebe devagar.- Sentou ao lado. 

-Obrigado.- Entregui o copo em sinal que já tinha acabado. 

-Agora deita.- ele disse enquanto ajeitava os cobertores para mim. 

-Vais fazer o que eu estou pensando?- Sorri ao dizer.

-Sim se isto te ajudar.

Logo após de falar isso, ele começou a massegear a minha barriga e também a cantar.

Quando as nuvens negras puderem desaparecer 

Vão esconder se por detrás do arco íris 

Vai se iluminar o céu do anoitecer como gostas as estrelas irão por vir brilhar 

E lá do sul 

Não consegui mais ouvi o resto, a voz dele me acalmava de uma tal forma que me fez adormercer de imediato. Aquela voz que eu tanto amamava. 

-Obrigado GeGe*.