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História Who Is Elliot? - KINDNESS


Escrita por: thedarkswde

Capítulo 10 - KINDNESS


Fanfic / Fanfiction Who Is Elliot? - KINDNESS

Elizabeth Harriet, 1893.

Em minha mala, levo três trajes que costumava usar nos espetáculos do circo. Olho-os com insegurança, porém, uma pequena esperança sinto-me invadir. O dia está cinza como todos os outros, diferente do que eu esperava para um recomeço. Resolvo então andar por essas ruas estranhas, muito suja e com toda certeza não passo boa impressão à ninguém. Minhas pernas estão doendo e o sol está recolhendo-se, preciso encontrar alguém que possa abrigar-me, e rápido. "Por que não pensei nisso no primeiro dia?" "Sua tola! Idiota!"  digo à mim mesma em voz baixa.

Na frente de uma fábrica de calçados, deitei-me e assim adormeci. Acordo com o sol forte tocando-me os olhos; a fábrica ainda fechada, apenas uma senhora de pele escura anda com sua filha — ou neta, ou sei lá o que for — acariciando seus cabelos loiros claros e sorrindo para a criança. 

"Será ela!"

Ela será a amável senhora que não irá negar-me um lar temporário. Ao abordá-las com um sorriso leve, antes que eu fosse dizer algo, a senhora interrompe-me.

— Veja só, você, garotinha! Precisa de uma ducha muito quente, não acha?! Por que andas por aí sozinha?

— S-sim senhor-ra... e-eu preci... so.  tenho grande dificuldade para falar, por conta da sede e dores na garganta.
— Oh, meu Ganesha! Quantos anos você tem, minha jovem?

— Desenov... não. Vinte. — eu não me lembrei. Eu realmente não consegui lembrar. Seria vinte, então.

— Vamos! Minha jovem...  Viu só, Florie? Acabará assim caso contrariar os princípios de nosso Deus. Vamos... Por favor.

Eu não acreditava em sorte. Não até agora, na verdade. Quero dizer, acredito muito. Quando que eu teria tamanha sorte na vida? Enquanto caminhamos, a garotinha, Florence  que deve ter aproximadamente uns sete anos — um pouco gorducha e vermelha, me encara com uma expressão nítida de medo. 

"Que horror!"  sussurro muito baixo. 

 Eu me indigno por segundos até lembrar que eu sentiria medo de mim mesma, se fosse ela.

— Entre, pobre jovem... aliás, seu nome?

— É... Effy. — Elliot chamava-me assim, foi inquietante repetir esse apelido, mas escapou.  Elizabeth, na verdade.

— Lindo nome. Eu me chamo Sylvanne. Eu e Florie moramos aqui à quatro anos, viemos da Ásia quando sua mãe morreu. Sou sua tia-avó. Quer contar-nos como você terminou assim?

— Fui despachada. Infelizmente. Sou de Swanage. Estou dormindo na rua fazem dois dias, enquanto não acho um quarto  eu menti, é claro. Pois é isso que as pessoas fazem.

 Lamentamos. Sabe, Elizebette, a Florie fica sozinha no andar de cima, ficamos sozinhas em casa, e também temos um quarto sobrando. Se você pagar-nos pelo menos três libras por dia, poderá ficar à vontade. E... imagino que não deve ter.

Wow, senhora inteligente que erra meu nome! Eu não tenho sequer dinheiro para comer. Argh.

— Posso cuidar de Florence enquanto não arrumo um emprego. Posso lavar as roupas. Vou arrumar rápido, prometo. Por favor, deixe-me ficar!  proponho.

— Ah, tudo bem. Temos comida suficiente para o mês.

E ficamos conversando por muito tempo, ela não parou de fazer perguntas um segundo, eu não aguentei mais mentir, então, pedi para subir e conhecer o quarto. Era confortável, pequeno, aconchegante. Tinha uma pequena cômoda, um armário... nada demais.

 O cheiro de sossego e solidão me apetece. Como sempre. 


I was not happy, I looked out the window and saw nothing but pure solitude. My room is my bedroom, my home, my graveyard [...]



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