Normalmente, Johnny relutaria.
Instigaria River com todas suas forças e esforços.
Seria teimoso, como sempre fora. Como sempre se obrigara a ser, desde Joey e aquele fatídico acontecimento.
Mas Johnny já não podia mais relutar, não tinha forças para fazê-lo. Apenas chorar. As duas pessoas mais importantes da sua vida se foram, as viu esvaírem-se para o além, e o jovem Wyles nada pôde fazer para salvar seu irmão, ou pagar o tratamento de River.
Resolveu aceitar.
Olhou para o céu daquela noite. River cessara seu respirar há alguns minutos atrás, dando lugar a um quarto silencioso, inquietantemente fleumático.
Observando a lua, Johnny sentiu vontade de alcançar todas as estrelas ali presentes. Quem sabe, tornar-se uma. Assim, como sua amada sempre desejara desde criança, se tornaria amigo delas. Pois elas seriam, a partir daquele dia, sua luz.
Os únicos meios para que um sorriso resplandecesse em seu rosto plácido cansado. Pois, River era seu céu.
A imensidão azul-escura do céu era a mesma profundidade da cor de seus olhos.
As esparsas estrelas eram as tímidas sardas que salpicavam suas coradas bochechas.
E a lua era o seu brilho.
Johnny riu.
Fechou os olhos.
Um dia, quem sabe...
Visitaria a lua.
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