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História Who said it? - Sonho lúcido ou manipulado?


Escrita por: GaaraAndI

Notas do Autor


Olá. meus anjinhos! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Boa leitura <3

Capítulo 5 - Sonho lúcido ou manipulado?


Sakura povs on:

 

Ino era louca. Como levaria um desconhecido para sua casa? E pior! Um desconhecido que está ligado aos estranhos acontecimentos de ultimamente! Era ela louca mesmo.

Depois de ter tido uma alucinação com Sasuke por causa da fome…Sim, eu decidi que foi por isso. Eu estava com tanta fome que vi ele no reflexo da minha janela. Tudo uma alucinação. Mas voltando, não consegui dormir, porque achava que ele estava me encarando em todos os reflexos que poderiam ter no meu quarto.

Paranoica? Eu? Você acha?

Então, como não conseguia dormir, peguei um casaco grande e fui para o café 24 horas que havia ali perto. Andava pela rua, fechando o casaco, escondendo meu pijama de ursinho. Eu só pretendia tomar o chá quentinho de camomila que havia lá e talvez alguns biscoitos. Era o melhor chá que eu já havia tomado, para falar a verdade. Com certeza eles usavam ervas frescas, pois era só eu tomar que o sono já vinha. Era muito eficiente para uma noite bem dormida.

Ao entrar pela porta, ouvindo o sininho tilintar, notei que não haviam muitas pessoas. Talvez cinco. A atendente já era uma conhecida minha porque eu ia bastante ali quando cansava de estudar no meu quarto. Era um lugar útil para mim.

 

-Noite difícil, Senhorita Haruno? –Ela sorriu, simpática. Me perguntava como ela conseguia sorrir sendo quase uma hora da manhã. Seus cabelos castanhos, divididos em dois coques altos, como sempre, dava uma impressão de infantilidade e alegria para ela.

-Nem imagina…-Ri fraco. Ela realmente não imaginava. –Como consegue sorrir uma hora da manhã?

Ela riu alto. Ela era bonita sorrindo. Seus olhos se fechavam enquanto seu sorriso se abria. Os clientes que ainda estavam sentados, nos olharam curiosos. Vi um loiro me lançar um pequeno sorriso e franzi o cenho, fazendo cara de brava. Aprendi com Ino que era desse jeito que eu afastava pessoas indesejáveis.

-Eu sou uma coruja, praticamente. –Ouvi sua voz, enquanto colocava um pouco de chá em uma xícara. Nem havia percebido o momento em que ela foi pegar aquilo. –Troco o dia pela noite.

-Ah, sim…Faz sentido…-Murmurei mais para mim do que para ela. Confusa, me lembrei, ou melhor, notei que não sabia seu nome. –Qual é o seu nome?

-Oh, Mitsashi Tenten!

-Obrigada, Tenten. –Sorri, tomando um gole do chá. Senti o vapor batendo em meu rosto, liberando todo o meu canal respiratório e expulsando todo o frio que ali tinha. Ah, como era bom uma bebida quente em um dia frio. Ou noite.

 

Me sentia mais calma depois de ter acabado com mais uma xicara de chá e três coockies, então estava na hora de eu ir embora e dormir. Mas quando deixei o dinheiro em cima da mesa e fui me direcionando para a porta, notei que um celular estava caído no chão.

-Tenten –Chamei, pegando o celular e o levando até o balcão. Segundos depois ela apareceu com o rosto sujo de chocolate. Ué. –Achei um celular…

-Ah…-Mordeu os lábios. –O dono ficará sem ele até quinta…

-Por que? –Mais curiosa do que me importando, decidi perguntar.

-A mulher do Sr. Akira está no hospital, fazendo uma cirurgia. Só voltaremos a funcionar quinta-feira. –Ela explicou, estendendo a mão para pegar o celular, mas eu recusei.

-Posso ficar com o celular e ver se consigo ligar para o dono ou alguém próximo. –Me ofereci. Não sei exatamente o porquê, mas sabia qual era a sensação de perder o celular. Nada agradável.

-Tudo bem! –Ela acenou e, ao me virar, ela disse: -Espera! Um cookie para a viagem como agradecimento!

-Desse jeito vou até começar a ser altruísta, Tenten. –Ri, aceitando e agradecendo o cookie embalado.

 

Agora, caminhando para casa, sentia o vento atravessando meu casaco. Deus, como estava frio. Esfregava as mãos, enfiando o cookie no bolso, para esquenta-las. Cheguei na calçada de casa, mas algo estava estranho. A luz do quarto de meus pais estava acesa.

Franzi o cenho, entrando com cuidado em casa, para não fazer barulho nenhum. Me matariam se soubessem que eu tinha saído sem companhia tão tarde. Subi as escadas nas pontas dos pés, com todo o cuidado do mundo, mas um barulho me fez assustar e parar em frente ao meu quarto.

-Você está louca, Mebuki?! –Meu pai gritou. Ele não era de gritar…Seu temperamento era tão sossegado que eu realmente assustei.

-Não! Kizashi! Temos que falar para Sakura…-Ela falou mais baixo desta vez. Um silencio se instalou no quarto. Não sabia se eu não estava escutando ou se eles haviam parado de falar, então cheguei mais perto da porta do quarto deles.

-Não é um momento para falar para ela. Os vestibulares estão chegando.

 

Não vou dizer que não fiquei brava ou que não tive vontade de derrubar aquela porta e entrar gritando para que eles me contassem o que estava acontecendo ali, mas não foi preciso. Eles falaram segundos depois. Eles, não. Minha mãe.

-Kizashi, Sakura tem o direito de saber que ganhará um irmãozinho.

 

Foi isso o que eles falaram.

 

Não achei ruim.

Por que achavam que eu iria achar aquilo ruim?

A gravidez era de risco?

Ela iria abortar?

Eu seria expulsa de casa por isso?

 

-Está ai, Sakura?

-Não…? –Respondi, meio incerta. Como eu sou estupida.

-Está triste conosco, querida?

-Por que estaria? –Franzi o cenho, olhando para a porta fechada. Tenho pais bizarros. Eles estavam se comportando como adolescentes que engravidaram cedo demais.

-Li um artigo em que falava que filhos únicos não gostam de nova concorrência na casa. –Meu pai falou.

-Pai, já disse pra parar de fazer experimentos comigo. –Abri a porta do quarto, negando com a cabeça.

-Eu disse pra você que ela não iria acreditar, Kizashi. –Minha mãe riu da cara de insatisfação do meu pai. Esses dois.

-Mas se você fosse ganhar um irmãozinho, ficaria triste? –Neguei com a cabeça. Meu pai não parava. Era engraçado e um tanto assustador quando eles se juntavam para testar algo comigo.

Não entendam errado, não sou nenhuma Eleven ou coisa assim. Meu pai tinha um preconceito muito grande com psicologia, ele achava que era tudo suposição, sem base cientifica. Bom, se eu contasse para ele que uma das minhas opções era seguir para psiquiatria, ele riria da minha cara para sempre. Então espero que um dia, esse preconceito dele mude. Psicologia é muito útil, principalmente na sociedade de hoje, onde todos estão lotados de estresse, ansiedade e depressão.

Dei boa noite para meus pais e segui de volta para o meu quarto. Como era bom ter tomado aquele chá. Agora, deitada em minha cama, coberta por dois cobertores fofinhos e uma gata, eu estava pronta para pegar no sono.

 

Quando abri meus olhos sabia muito bem que eu estava sonhando. Adorava ter sonhos lúcidos. Um grande campo verde, misturado com o roxo das flores das lavandas plantadas, dava a visão perfeita para um quadro ou uma foto. Seria incrível poder registrar aquilo. As luzes do sol batiam em cada canto do campo aberto, fazendo tudo ser mais colorido e aconchegante.

-Você gosta? –Virei bruscamente, encontrando nada mais nada menos que Sasuke Uchiha. Ele estava vestido de uma forma estranha. Não digo estranha no significado de feio, mas…não parecia ser algo que se vestiria hoje em dia.

-Por que você está em todos os lugares? –Dei um passo para trás, me afastando e tentando faze-lo sumir do meu sonho. 

Ele não disse nada. Novamente, apenas sorriu com os lábios colados um no outro. Sem dentes, um sorriso com apenas um dos cantos repuxado, dando sentido de certo deboche ou…Eu não sei. Era difícil decifrar aquele sorriso. Eu era boa em decifrar expressões faciais das pessoas.

Seus lábios se mexiam, mas eu não ouvi. Um vento forte arrastou meus fios de cabelo para frente dos meus olhos, deixando toda a cena com pequenos fios rosas balançando por ali. Seus cabelos negros também se bagunçavam com o vento, o fazendo sorrir novamente, porém dessa vez não era um sorriso de deboche. Era um sorriso triste.

 

Acordei com Neko cheirando meu rosto. Era desse jeito que ela me acordava quando sua comida acabava durante a noite. Demorei alguns segundos para processar tudo o que eu tinha sonhado. Peguei meu celular, vendo que ainda era de manhã. Como agora estávamos de férias, esperando a resposta das faculdades, não precisava mais acordar cedo.

Desbloqueei a tela do celular indo direto para as notas, para escrever o sonho e não me esquecer de nada. Não que eu achava que alguma hora eu esqueceria, mas era bom sempre ter guardado, não?

Levantei da cama, indo até o pote de ração da Senhorita Neko e colocando sua comida. Após me certificar que ela estava comendo, desci as escadas com a intenção de comer um bom bolo de laranja de café da manhã. Minha mãe adorava cozinhar, então sempre que dava, ela procurava receitas novas de vários lugares do mundo. Não acho que falei com o que minha mãe trabalhava. Ela escreve roteiros para novelas. Apesar de serem clichés, faziam bastante sucesso.

Era irônico que ela escrevia histórias de amor e a própria filha nunca teve uma.

 

Me sentei na mesa, observando meu pai tomar sua xicara de café e comer uma torrada enquanto conversava com Dona Mebuki. Minha mão, sim, havia encontrado uma história de amor. Talvez por isso suas novelas faziam sucesso, porque o sentimento era real.

-Por que estava fora tão tarde da noita, mocinha? –Meu pai me olhou sério, quando minha mãe se levantou para pegar o bolo.

-Fui encontrar Hinata no café ali na esquina. -Certo, eu havia mentido, mas não completamente.

-Hum…-ele estreitou os olhos. Isso significava que ele não acreditava em mim.

-Deixa ela, Kizashi! –Minha mãe riu, colocando o bolo em cima da mesa –Já estava na hora dela ter um namorado.

-Quem está namorando? –Eu não estava prestando atenção na conversa dos dois, estava concentrada no meu lindo bolo de laranja. Adorava comer bolo quentinho.

-Oras, Mebuki, a Sakura tem cabeça! –Com aquela frase, parei um segundo para entender o que ele estava querendo dizer.

-Namorar não é ser burra! É aproveitar a vida! –Imaginem minha mãe falando isso, com uma música do Bob Marley de fundo. –Carpe Diem, meu amor.

-Pare com essa bobagem hippie, Mebuki. –Meu pai ria da cara dela. Não posso dizer que sou como minha mãe. Eu queria ser, mas sou um tanto neurótica demais para ser “paz e amor”.

 

Mais tarde, no mesmo dia, eu estava no parque no centro da cidade. Gostava de lá porque tinha uma grande árvore onde os passarinhos cantavam, os beija-flores vinham beijar as flores, a sombra era grande o bastante para eu fazer um piquenique ali. Falei para Ino e Hinata me encontrarem lá, para que pudéssemos interrogar o ruivo, o qual Ino insistia em lembrar que o nome dele era Gaara toda vez que chamávamos assim.

Com uma pipoca em uma mão e a outra enfiada no bolso do casaco, senti algo tremer. Levantei em um pulo, agarrando o objeto, me lembrando da existência do celular da pessoa desconhecida, que agora ligava atrás do aparelho.

Respirei bem fundo antes de atender:

-Sim..?-Não sabia muito bem como atender um celular que não é seu. Talvez falando seu próprio nome, já que a pessoa não sabe quem é você?

-Você está com o meu celular?-Pude sentir alivio na voz dele. Era um homem, então. Se fosse o tal cara que ficou me encarando naquela noite, seria um azar tremendo.

-Estou…Meu celular…N-não, meu nome é Sakura. –Me embaralhei ao falar. Estava nervosa. Sem sobrenome, sem stalker, certo?

-Obrigado por não vender meu celular! –Que?

-De nada?

-Onde posso busca-lo? –Certo. E se eu deixasse aqui e ele que se virasse para procurar? Ou eu poderia mandar pelo correio. Demoraria, mas prefiro isso que um enterro, óbvio. –Sakura?

-Oi! –Pensei um pouco e me segurei para não suspirar. Era bom esse cara não me matar. Não fiz vestibular para morrer tão cedo! –Er…Estou no parque central, sabe onde é?

-Ah! Sei! –Ele riu um pouco e falou algo longe do celular. –Eu estava indo ai agora. Chego em uns 10 minutos.

-Certo, mas….

-Então, até mais!

Antes de eu dizer qualquer coisa, ele desligou.

Ele era burro ou o que?! Como ele iria saber quem eu era?! Como eu iria saber quem ele era se nem seu nome eu tinha?!

Deus, por que eu fui boazinha? Um cookie não paga por isso.

 

-O que está fazendo parada ai sozinha? –Levantei a cabeça em direção à Hinata, que estava ajudando o tal Gaara à andar. Meh, fracote. Não foi sério, não precisava desse drama todo.

-Um cara perdeu o celular e está vindo buscar. –Dei os ombros. Franzi o cenho, confusa por não ver Ino junto com os dois. –Onde está a Ino?

-Foi estacionar o carro e comprar uma pipoca. –Falou sentando-se com Gaara no banquinho que eu estava sentada antes. Eu ainda pretendia me sentar ali.

Era estranho o clima ali. Gaara não falava nada, não olhava nos olhos de ninguém. Era muito diferente de quando Ino desmaiou no estacionamento do colégio.

-Está melhor? –Perguntei para desfazer o silencio ali. Muito silencio era incomodo. Por isso gostava de andar com Ino, ela nunca ficava quieta, então eu não precisava falar muito.

-Estou. –Ele limpou a garganta antes de continuar. –Ino me ajudou bastante.

-Imagino. –Mordi o interior da bochecha.

-Eu sou incrível, não sou? –A loira chegou, já toda animada, saltitante e alegre.

-Você atropelou alguém com o meu carro. –A lembrei. Coitado do meu carrinho.

-O importante é que tudo está bem!

-Está? –Hinata estava com a boca cheia de pipoca, quando começou a engasgar. Ótimo, ela morreria ali e me deixaria sozinha com uma gazela saltitante loira e o esquisito sem sobrancelha e com uma tatuagem na testa. Grande amiga, a Hinata. Vou escrever isso no tumulo dela.

-Sakura, faz alguma coisa! –Ino me empurrou para frente, como se eu tivesse superpoderes. Ino me endeusa demais. Nem fiz faculdade ainda!

Corri para trás de Hinata, me apoiando em Gaara, que ficou endurecido de repente. Não tinha tempo para perguntar “e ai, cara? Tudo beleza? Tá com dor? Tem nojo de que toquem em você ou algo assim? Ou é só comigo mesmo?”. Dei um tapa em suas costas, sabendo do perigo de descolar seus pulmões, mas não foi um tapa tão forte. Ela não estava tão engasgada….

-Sakura…-Ouvi ela sussurrar com medo. Antes de falar qualquer coisa, ouvi uma voz masculina chamando meu nome.

Devagar, olhei para cima.

Não.

Não podia ser.

Senti meu peito começar a arder novamente, meus olhos queriam entornar lágrimas que eu não conseguia prender.

Era ele.

Era Sasuke.


Notas Finais


Alguém ai pediu começo de explicações?????


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