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História Why You Leave Me. - Chapter 7.


Escrita por: chokyowa

Notas do Autor


Olá... Olha quem ressurgiu das cinzas depois de tanto tempo, eu mesma, Kyo Mello. Então gente, eu não vou enrolar demais pedindo desculpas por sumir pela milésima vez, mas pois é, retornei e aqui está mais um capítulo da minha amiga WYLM que foi betada pela minha Pollyzinha, então se algum erro escapou, eu peço desculpas e ela também, certo?

Tenham uma boa leitura, sweeties~

Capítulo 8 - Chapter 7.


A residência da família de SungMin surpreendeu o seu amigo quando chegou à mesma, não imaginava que a mesma estava situada em um bairro de classe alta, sabiam que ele sempre havia tido uma boa vida, mas não imaginava que era tanto assim, estava tão acostumado a se encontrarem em sua casa que nunca tiveram a oportunidade de conhecer as outras, mas acabou procurando ser o mais discreto possível enquanto atravessavam um corredor cheio de portas até entrarem em uma grande biblioteca que, na verdade, era uma sala de estudos e também o escritório do Sr. Lee que, apesar de estar sendo treinador da instituição, também era um grande empresário, detalhes que poucos sabiam por trabalhar em seus negócios apenas em casa, a empresa em si era comandada pela Sra. Lee, mãe do estudante.

- Então, sobre o que vocês queriam conversar? – o homem foi direto ao assunto enquanto já tratava de se sentar em sua poltrona e indicava que os garotos poderiam ocupar os assentos logo a sua frente.

- É o seguinte... Ser expulso ou receber uma advertência do time pelo que fez é pouco para aquele... Garoto. – se segurou para não xingar ao notar o olhar de seu pai. – Sei que todo o time não deveria pagar por aquilo também, mas se for dessa forma, por que nós fomos repreendidos pelo DongHae ter derrubado um dos jogadores dele?

O amigo ao lado acabou torcendo os lábios e suspirando longamente totalmente desanimado ao perceber o assunto, ainda se culpava, e muito, por ter feito com que seu time perdesse o campeonato.

- SungMin... – ele não lhe ouviu. – Eu... – foi interrompido por uma palma virada em sua direção.

- Eles podem fazer algo para que o nome do time não fique sujo por aí, então o nosso fica? Você acha mesmo que quando nos formarmos esse ano, no próximo, quem ficar, terá uma chance no campeonato? Tudo bem que no próximo ano não terá nós quatro, que éramos os melhores jogadores, mas se isso acontecer, ser divulgado, você tem noção de que isso pode fazer com que não consigamos ter o nome do colégio competindo tão cedo?

Aquelas palavras eram escutadas atentamente, inicialmente ambos não sabiam muito bem como reagir por mais que tudo fizesse total sentido, por isso apenas o deixaria falar até o final, talvez desta forma pudessem entrar em alguma espécie de acordo por mais que isso parecesse difícil.

- DongHae, você é o capitão do time, entendemos porque você fez aquilo, mas se todos nós estamos sendo punidos por isso, por que para eles só um é punido e eles podem continuar jogando e nós não? O que aquele outro fez foi bem mais grave. Aquele HyukJae só caiu e se machucou, foi um acidente, agora você foi parar no hospital, vai saber o que poderia ter acontecido se o irmão do Yeye não tivesse chegado a tempo.

- Para mudarmos isso teríamos que falar com os organizadores do colégio e, além disso, precisaríamos de alguém do time deles que cooperasse em confirmar a nossa versão da historia, sabe muito bem que podem pensar que isso é apenas uma vingança, uma birrinha entre adolescentes que não aceitam perder um jogo. – o treinador foi direto expressando sua opinião, os garotos apenas assentiram e abaixaram a cabeça sem esperanças de que conseguiriam alguma coisa.

O silencio predominou naquela grande sala, até que SungMin ergueu o seu rosto rapidamente, parecia que havia tido algum tipo de ideia, por isso tratou de pegar o celular em seu bolso, mas se recordou de que não teria o número, antes que lhe perguntassem, já foi logo se pronunciando.

- HeeChul! Ele nos ajudou antes, convenceu o HyukJae a fazer alguma coisa, por que ele não faria isso por nós mais uma vez? Ele me pareceu alguém bem justo. – DongHae?!

- O YeSung que tem o número dele, se formos mesmo tentar fazer alguma coisa, teria que ser amanhã, ele já foi pra casa e... Até chegarmos lá... – torceu os lábios.

- Ok, fale com ele depois e explique tudo, eu falarei com o KyuHyun, nos encontramos na sua casa, como de costume?

- Pode ser!

- Então, garotos, que tal agora deixarmos de falar sobre isso e irmos até a cozinha? Faça um lanche com o DongHae, meu filho. Depois eu te levo pra casa.

- Sim, senhor. – responderam em conjunto.

~ ❅ ~

A ideia não foi nem um pouco aceita por HyukJae que era uma pessoa extremamente difícil de lidar, HeeChul tentava explicar para os garotos como havia sido a conversa com seu amigo e desta forma todos poderiam ver como o garoto estava realmente possesso por toda aquela situação e isso iria acabar complicando para todos.

- Olha pessoal... Eu entendo o lado de vocês e adoraria ajudar, mas esse time, esse campeonato é praticamente a vida do HyukJae, ele não vai fazer nada para ajudar vocês se isso arriscar o nosso próximo jogo, entende? Ele não vai desistir do campeonato ou se mover para que vocês voltem a competir pela medalha de bronze ao invés de já considerarem o outro colégio vencedor, já que vocês foram desclassificados. 

- Isso não é justo! – DongHae acabou reclamando em voz alta antes de se levantar do banco da praça e começar a andar de um lado para o outro. – Como ele pode ser tão egoísta?

- E você? Quem é você pra dizer alguma coisa? Desculpa se isso é meio grosseiro, mas você não agiu sem pensar quando simplesmente chutou uma bola contra o HyukJae o apagando? Eu sei que ele é chato e irritante, mas você acha mesmo que ele não iria agir dessa forma por vingança também? Eu conheço meu amigo, ele faria qualquer coisa pelo time, digo... Nada tão fora das regras, mas faria. – o garoto se levantou e limpou o tecido da calça depois de tanto tempo sentado naquele banco de praça. – Bem, é isso... Eu sinto muito por sua equipe.

- Será que sente? Vocês não perdem nada com isso, só ganham, você deve estar é feliz. – SungMin não escondeu a insatisfação ao chegar a suspirar e revirar os olhos em seguida. – Ah, como eu queria dar um jeito nisso.

- Ei, perdedores. – o ruivo apareceu na praça com um pequeno sorriso de deboche quando o olhar se encontrou com o líder deles em especial. – Já estão sabendo da novidade, não é mesmo? Será que vocês poderiam ficar longe de mim e da minha equipe agora?

- Hyukkie. – o amigo tentou impedir que ele se aproximasse. – Como que...?!

- Sua irmã me disse que você estava aqui... Com eles. – apontou para o grupo de rapazes e deu de ombros em seguida. – Vamos, nós precisamos treinar para o próximo jogo, já que nós fomos para a final, diferente de... – foi prontamente interrompido quando um dos rapazes se aproximou e lhe agarrou pela gola da camiseta.

- Escuta aqui, moleque... Você pensa que é melhor do que nós por causa de um jogo? – o olhar de KyuHyun brilhava de tanto ódio.

- E o que você vai fazer se eu concordar? Me dar mais motivos para que vocês não tenham mais chances de jogar um dia? – o sorriso só crescia por seus lábios, vitorioso quando fora solto já que tinha razão no que dizia. – Esqueça, não vou ajudar vocês, agora parem de perturbar o HeeChul. – a dupla se retirou e saiu sem dar mais atenção para o grupo que trocou olhares pensando em uma nova solução para os seus problemas por mais que estivesse parecendo cada vez mais difícil.

- Estamos completamente perdidos. – DongHae sussurrou mais para si mesmo antes de abaixar a cabeça completamente derrotado.

 

 

Os dias foram passando e só tinha cada vez mais certeza de que não encontraria uma forma de resolver tudo de uma forma que parecesse justo para ambos os times, por isso resolveu desistir de tudo e pedir uma trégua, não queria confusão ou ter rivalidade com pessoas que mal conhecia, não poderia causar mais problemas como nos últimos dias, ainda mais porque tudo isso ficava lhe martelando a mente de uma forma que não conseguia se concentrar em mais nada.

A aula estava prestes a acabar e antes de guardar todo o seu material para que retornasse a sua casa, parou para pensar se tinha ao menos uma chance de se aproximar daquele grupo, em sua mente eles não eram pessoas ruins – com exceção àquele que lhe machucara.

- Talvez eu... – mordiscou o seu inferior para que tentasse conter a ansiedade que lhe dominava e então olhou para sua amiga que estava com sua equipe de lideres de torcida. SoHyun poderia lhe ajudar, por isso a encarou de onde estava, até esta notar e acenou, disfarçou em seguida depois de cumprimentá-la e tentar não deixar claro que precisava da mesma. – Eu vou fazer isso sozinho... Tenho que parar de deixar todos se meterem nos meus problemas, comecei isso, então consigo terminar. – falou consigo mesmo.

Talvez estivesse sendo maluco quando saiu do colégio e mentiu para seus amigos dizendo que iria direto para sua casa dessa vez porque queria dormir um pouco antes de estudar para as provas que estavam chegando, esperou que todos se separassem antes de seguir para o ponto de ônibus, sentando-se no banco e batendo um dos pés impacientemente no chão para tentar conter toda a ansiedade que dominava o seu ser, era a primeira vez que o procuraria sozinho e teria que o encarar, tentando controlar tudo que aquele garoto lhe proporcionava.

DongHae não entendia o que era aquilo, desde o momento em que esbarrou no hospital, toda vez que o olhar se cruzava com o daquele ruivo de olhos tão profundos, suas pernas chegavam a ficar completamente bambas, aquela força que ele tinha em si era algo que lhe deixava completamente confuso.

Os pequenos olhos foram se fechando conforme respirava fundo para que tentasse manter a calma, não poderia voltar atrás, ainda mais porque ouviu o som do ônibus chegando e então tratou de se levantar para que entrasse no mesmo, pagando a sua passagem antes de seguir para o fundo em busca de um assento vazio, mas como não tinha, encostou-se perto da porta, observando a janela por um instante e em seguida suspirou longamente antes de pensar no que diria quando chegasse ao seu destino.

- Você consegue, não vai ser tão difícil, ele vai aceitar a trégua, vai aceitar e ninguém mais vai brigar... Ele é uma boa pessoa, ele é... Ele tem que ser... – murmurava para si mesmo, mas ao perceber que pensar em voz alta em um ônibus lotado não era uma atitude muito inteligente, por isso que somente respirou fundo enquanto repetia palavras positivas mentalmente para não acabar surtando arrependido e descesse em qualquer parada só para que corresse para o mais longe possível do colégio, daquele ruivo que mexia tanto consigo... Afinal, porque Lee HyukJae lhe irritava tanto e ao mesmo tempo lhe chamava tanta atenção?

O rosto se virou para a porta de saída, observando pelo vidro onde estava, arrumou-se de frente para a mesma ao perceber que já teria que descer. Estava tão focado em pensar no que fazer quando ficasse diante do outro que não havia percebido que o caminho havia sido percorrido tão rápido.

Ao pisar na calçada a primeira coisa que fez foi fechar os olhos pela milésima vez naquela tarde antes de respirar fundo, soltando o ar aos poucos antes de iniciar os passos na direção do colégio tendo de desviar de alguns alunos que saiam pelo trajeto oposto para voltarem para suas devidas casas, teve que torcer mentalmente para que conseguissem o encontrar ali, seria péssimo se o mesmo já tivesse ido embora e tivesse feito todo aquele percurso por nada.

O portão para o prédio do colégio era extensão, a instituição era maior do que imaginava, a ponto de seu queixo ter caído por um instante enquanto observava tudo atentamente e até uma pista de corrida na lateral, não era para menor de um colégio tão conhecido, mas tentou deixar a admiração de lado para que pudesse encontrar o outro, não seria tão difícil, acreditava que não teriam muitos estudantes ruivos, não era sempre que os alunos poderiam pintar seus cabelos daquela forma e seu cabelo sempre arrepiado também poderia o fazer se destacar diante dos outros e não estava errado, foi fácil o reconhecer até por causa da loira baixa ao seu lado que reconhecera ser irmã de Kim HeeChul, MiMi, a informante do grupo deles, assim como sua SoHyun.

- Ok, é agora... Eu consigo... – respirou fundo e entreabriu os lábios como quem iria chamar, mas a sua voz parecia ter sumido, o seu corpo se tornou trêmulo e as mãos suavam demais.

O nervosismo lhe atingiu tão intensamente que sentiu como se estivesse prestes a ter um ataque de pânico, não poderia voltar atrás agora que estava tão perto, ou será que podia? A primeira coisa que fez foi se chamar de idiota por ter tido uma ideia péssima como aquela quando já iria se virar para que saísse dali nem que fosse correndo o mais rápido que pudesse até seus pulmões doessem pela falta de ar, sua vontade era de sair dali e fosse para o mais longe possível torcendo para que ninguém tivesse o visto ali e estava pronto para fazer isso quando se virou para a saída quando aquela voz... Aquela voz rouca e atraente chegou ate sua audição.

- O que você está fazendo aqui?! Cara, eu não pedi pra... – iria ser grosso, isso era óbvio, mas ele pareceu controlar o que iria dizer quando recebeu um olhar da garota ao seu lado. – Eu pedi pra você não me procurar, já resolvemos as nossas pendências.

Então era isso?! Ele não iria ser agressivo com uma garota ao seu lado? Talvez fosse isso que repentinamente tivesse lhe dado coragem o suficiente para falar.

- Eu precisava conversar com você sobre uma coisa... Não vou mais te perturbar depois disso, eu prometo.

- Está bem. – tão rápido?! – Me siga. – ele se virou para a menor só para se despedir da mesma e em seguida fez um sinal para que lhe seguisse, não sabia se deveria ou não, mas apenas o fez depois de engolir em seco e iniciar os passos ao seu lado. – Escuta aqui... Você teve sorte que a MiMi estava comigo e ela não merece ver mais dessa confusão, o que você quer comigo?

- É sobre tudo que acontec... – não teve nem tempo de terminar já que o viu fazer sinal para um ônibus, parecia que estava prestes a ir embora sem ao menos deixá-lo falar o que desejava. – Ya!

- O quê? Eu disse pra me seguir, preciso voltar logo pra casa. – o viu revirar os olhos e adentrar o veículo, quando se deu por si já estava no mesmo, sentando-se ao seu lado em um banco no fundo.

As suas mãos começaram a suar, as pernas estavam trêmulas e seu estômago estava estranho, como se milhões de borboletas voassem em seu interior, deixando-o tonto e completamente indisposto só por pensar que estava sozinho com o garoto, e ainda por cima indo até a casa deste.

- Então, vai falar ou não?! – quebrou o silêncio.

- Desculpe. – foi tudo o que conseguiu dizer inicialmente. – Então... Eu queria me desculpar por insistir tanto em falar com você e dar um jeito para que parecesse justo para ambos os lados... Vocês lutaram, treinando para chegar até a final e nós perdemos, eu... Não deveria ter me esquentado e feito aquilo... Sinto muito se o tombo te machucou... Não costumo agir... Dessa forma... – o olhar baixo e os suspiros mostravam que suas palavras eram demasiadas sinceras.

A ideia era explicar para ele como o seu time também sonhava com aquele momento e em como competir pelo menos pelo terceiro lugar lhe significava e achava melhor ter que ser o único impedido de continuar, mesmo que isso fosse definitivo, pelo bem do seu time. O olhar baixo e os lábios torcidos a cada suspirar mostrar o quanto parecia até mesmo desespero a cada palavra citada, ainda mais pela voz ter se tornado trêmula por um breve instante, por isso que tenha respirado fundo e fechado os olhos para não demonstrar tanta fraqueza assim.

DongHae estava cansado de estragar tudo e para todos, de se sentir um fracasso na vida e por isso estava se arriscando, dando tudo de si, para conseguir ao menos algo pelas pessoas que amava, aquela tristeza, a dor intensa no peito que fazia com que seus olhos ardessem cada vez mais junto com o nó em sua garganta que parecia se tornar pior a cada instante, só percebeu que acabou ficando muito tempo calado quando notou uma mão sobre o seu ombro, fazendo com que o seu rosto se virasse para poder ver do que se tratava e era a mão de Hyukjae, quando os olhares se encontraram o garoto acabou apertando a região como se de certa forma, mesmo mudo, lhe pedisse para que fosse forte.

Aquele momento lhe surpreendeu de um jeito que não conseguiu nem ao menos disfarçar a surpresa em seu olhar e os lábios que se entreabriram em uma forma de tentar se comunicar antes de voltar a se fechar então completamente sem palavras. Era difícil acreditar que ele estava sendo... Compreensível e afetivo? Talvez isso fosse sua mente lhe iludindo.

Os olhares ficaram cruzados e o silencio predominou entre os dois, até que o mais alto apenas se levantou de seu acento e foi seguindo até a porta, apenas lançando um olhar para que mostrasse que este deveria voltar a te seguir, então desceram do ônibus, seguindo por uma rua movimentada antes de virarem em uma espécie de condomínio, onde o ruivo entrou sem dizer nada quando o porteiro simplesmente permitiu a sua passagem. Estarem calados era inquietante e até pensou em dizer alguma coisa, mas ouviu o outro suspirar e virar o corpo para que ficassem de frente um ao outro.

- Escuta, entre na minha casa quieto, não diga que você é do outro time que ocorreu o acidente, não diga que estamos resolvendo um problema, não diga nada, apenas sorria e cumprimente minha mãe, não enrole, apenas me siga e não diga nada além disso.

Felizmente não era o único que estava escondendo toda aquela confusão de seus pais, assentiu em silêncio depois de fazer um sinal de quem ficaria calado como lhe fora pedido, talvez devesse apenas entregá-lo, falar tudo o que ocorrera para que seus pais lhe castigassem e desta forma conseguisse uma forma de conseguir algo a seu favor, mas vingança era algo que nunca existiu na vida de DongHae.

A casa parecia ser simples a se ver de fora, mas apenas tentou não observar demais já que, em sua mente, era a única vez que chegaria perto daquele local e de qualquer forma nem havia prestado atenção no caminho. Ao adentrarem na sala espaçosa, onde pôde avistar uma senhora saindo da cozinha em passinhos rápidos enquanto limpava as mãos no avental.

- Oh, meu filho está em casa, que bom que você chegou a salvo, meu querido. – ela iria o abraçar, mas foi interrompida por um movimento de sua mão.

- E porque eu não chegaria a salvo? Eu estou bem, eu já disse, mãe. Enfim, esse é o... O...

- DongHae. – sussurrou.

- DongHae. Ele é um conhecido dos treinos que faço na pracinha, nós vamos subir e eu não quero ser perturbado. – sem aguardar por uma resposta, o garoto saiu andando depois de movimentar sua cabeça, mais uma vez estava o seguindo sem ao menos relutar sobre.

Ao entrarem no quarto depois de subirem um lance de escadas e atravessarem um corredor para que entrassem na última parte deste, não deixou de observar os adesivos tanto na parte de dentro como na de fora da porta, coisas aleatórias, como também um “Keep Out”. Aquilo parecia tão coisa de filme que por um minuto sorriu consigo mesmo pensando em como seria aquele garoto caso tentasse o conhecer melhor, não era hora de se iludir com seus pensamentos, ainda mais quando notou o seu olhar desconfiado, talvez estivesse sorrindo sozinho por tempo demais, por isso que limpou a garganta para que tentasse disfarçar o que acabara de ocorrer.

- Então... – tentou quebrar aquele silêncio.

- Então, DongHae... Eu sei que não foi justo com vocês de certa forma, mas não posso fazer nada, são as regras. Você cometeu uma falta e acabou desclassificando o time, eu não tive nada a ver com isso por mais que ache bem feito, não posso negar. – ele erguia os ombros como quem realmente não se importava com o ocorrido. – Os juízes decidiram isso e foi por uma votação na hora, a maioria dos jogadores acharam que sim, vocês mereceriam um castigo. Entende agora que por mais que vocês insistam, não posso mudar nada?

- Eu realmente... Vim até aqui... Pra ouvir que consegui realmente arruinar tudo pra minha equipe... Merda. – falou mais sozinho do que com o outro garoto, resmungando algo para si mesmo enquanto suspirava longamente e mexia impaciente nas alças da mochila. – Desculpa vir até aqui e te perturbar por isso... Eu realmente pensei que poderia ter uma chance, nem que seja sair da equipe.

- Você estaria mesmo disposto a se sacrificar para que o seu colégio volte a competir? – ele parecia interessado.

- Com toda certeza do mundo!

- Ok... Eu vou ajudar você.

Aquelas palavras quando chegaram a seus ouvidos fizeram com que todos os seus sentidos parassem de funcionar, o corpo ficou completamente imóvel e teve certeza de que os lábios estavam entreabertos, talvez estivesse parecendo um idiota, mas não dava para reagir de outra forma, não imaginava que escutaria aquilo tão fácil, achou que precisaria se humilhar, ajoelhando-se e implorasse por uma chance de mostrar que poderia fazer tudo diferente.

Os seus batimentos cardíacos bateram tão rápidos que o ar faltou por um instante antes que notasse que ficou tempo demais sem reagir e então finalmente os lábios finos foram se curvando em um grande sorriso, o seu olhar sempre muito bem expressivo brilhavam ainda mais e notou que o ruivo parecia notar isso, o olhar de ambos se cruzaram de uma forma intensa, profunda, mas diferente de DongHae que expressava tudo muito bem, HyukJae era mais neutro, era difícil imaginar o que se passava em sua mente, isso era deveras interessante às vezes.

- Você... Vai... Realmente... Tentar dar um jeito nisso? – estava emocionado, mas não queria que o outro pensasse que era mole demais, por isso tentou disfarçar o sorriso e a emoção. – Eu vou ficar te devendo essa, HyukJae... De verdade... Obrigado...

- DongHae, eu não sou tão ruim quanto parece, sou justo quando as pessoas precisam. – ele suspirou longamente. – Eu vou falar com o treinador e ver o que posso fazer por vocês.

Aquele momento parecia que seria inesquecível para si, depois de tanta luta conseguiu o que desejava, só se sentiu um pouco tolo de não ter tentado algo do gênero há mais tempo, talvez, se não metesse gente demais nisso e tivesse falado diretamente com o garoto desde o inicio, tudo aquilo não teria acontecido, mas agora não era hora de pensar demais, ainda mais quando o seu aparelho tocando dentro da mochila cortou seus pensamentos e se apressou em atender o mesmo. Era sua mãe perguntando onde estava, só então percebeu que se esqueceu de avisar que demoraria um pouco para chamar e esta poderia almoçar primeiro.

- Oh... Eu preciso ir!

 

 

Na porta da casa de HyukJae, os garotos trocaram olhares por uma última vez antes que tentasse lhe dizer alguma coisa, mas foi interrompido pelo ruivo que, talvez pela primeira vez em todo o tempo que já tinha o visto, desde quando se conheceram no hospital, se permitiu curvar os lábios chamativos em um pequeno sorriso gentil.

- Até logo, DongHae.

Então, afinal, aquilo não parecia um adeus.


Notas Finais


Então... Por enquanto é isso aqui, então espero que tenham gostado e aguardo vocês em um futuro próximo, ok? Lembrando que caso queiram falar comigo direitamente, meu twitter é: @kyohaek.
Fiquem a vontade pra comentar e eu prometo responder rápido dessa vez caso chegue alguma coisa, sim? Atézinho.

kisskiss, sweeties~


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