História Wiccano: A Arte de Salvar o Mundo. - Capítulo 1

Capítulo 1 - Descoberto

Billy era só mais um garoto de 16 anos, um garoto gay com poderes que não compreendia, mas ainda assim só mais um garoto.

  Morava na cidade de Gotham, lugar conhecido por suas incríveis espécies de morcegos e gatos, Estudava na mais prestigiada escola da cidade: Academia Brentwood de Gotham City a algumas semanas, quando foi transferido de Gotham High School por causa do bullying constante sobre sua sexualidade.

O colégio novo não era tão mal, alguns amigos da vizinhança estudavam lá, como Kate Bishop, a amiga de infância milionária sensata  e engraçada de longos cabelos negros e olhos verdes extremamente claros; Artemis Crock, a garota de cabelo curto loiro e uma descendência asiática que juntos concedem uma beleza única para a garota que é um prodígio matemático que passa longe do estereótipo Nerd e por fim Richard Grayson, o baixinho pálido de olhos azuis como o céu e cabelos bagunçados,  filho adotivo do filantropo  Bruce Wayne e ginasta talentoso. Billy Kaplan, por sua vez, era um jovem magro de cabelo castanho escuro e olhos castanhos esverdeados que estava passando por um período de stress. E se seus pais descobrissem que podia fazer ‘magia’? E se seus pais descobrissem que desejou fazer transferência por causa de um valentão que não sabia aceitar o simples fato de um garoto gostar de outro, e não por que o outro colégio era fácil demais?

                Bairro Bristol Hills, Gotham 15:37.

Billy estava lendo enquanto caminhava em direção à biblioteca. Tinha sorte de morar no bairro nobre e mais seguro da cidade, morando consideravelmente perto de Richard e Kate.

“E aí Bee? o que achou de ‘A cidade dos Mortos’?” Era Barbara Gordon, a bibliotecária o cumprimentando com um High Five. Era divertida e extremamente desastrada, usando um longo rabo de cavalo pra prender seu cabelo ruivo.

‘’Eu gostei Babs, realmente gostei, mas vamos ser sinceros: O jogo é melhor. ’’

‘’Assim como todos os anteriores, segundo você. ’’

‘’Conspiração Umbrella foi melhor que o jogo, isso eu admito. ’’

‘’O que vai ser pra hoje, Bee? ’’

Os dois andaram pelos longos corredores divididos por estantes altíssimas preenchidas com grossos livros, Billy amava isso. Decidiu que leria um romance e caminhou em direção ao bistrô onde deveria realizar a tradição ‘’Capuccino Diário’’ com Kate.

“Desculpa o atraso, fui entregar meu livro na biblioteca.”

“Você é um viciado, Billy, esse já é o seu segundo só essa semana.”

“Falou a colecionadora de revistas em quadrinhos” Respondeu Billy.

“Você fala como se não tivesse sua própria coleção! E você vai além, você escrevia Fanfics!”

Billy e Kate conversaram até o sol se por antes de caminhar de volta pra casa. Ao deixar Kate em casa, Billy passou no parque do bairro. Sentou em um banco e começou a pensar. Será que seus pais, psicólogos, já não tinham percebido que era gay? Billy preferiu deixar o assunto de lado, checou se a rua estava deserta e fez surgir uma esfera brilhante de energia azul em sua mão. Levou um susto ao ouvir um grito, fazendo a esfera dissipar em sua mão. Billy seguiu o som em um ato de coragem. “E se eu puder ajudar?” Billy estava na cidade mais perigosa da América, e morar num bairro seguro não mudava muito o fato que de vez em quando coisas como essa poderiam acontecer. Era um assalto: Dois homens tentando levar a bolsa de uma garota, que logo perceberam a presença de Billy.

“D-D-deixem a garota ir” Tentou falar em tom sério.

“Ou vai fazer o que, pirralho?” Disseram os assaltantes, voltando a atenção para Billy. Um deles tinha uma arma, que começou a apontar para o garoto. Billy havia treinado para controlar seus poderes, e havia aprendido algo útil com eles: Disparos de energia concentrada. Billy disparou, assustando os assaltantes, que se assustaram ao perceber que estavam lidando com um garoto meta-humano. Atiraram contra Billy que levou um raspão no braço antes de conjurar um escudo. Billy finalizou um dos assaltantes, disparando em seu abdômen fazendo-o cair inconsciente com a potência do feitiço. O outro manteve a garota de refém, que tremia de medo. Billy pensava “O que eu faço? O que eu faço? Meus disparos não são rápidos o suficiente para derrubar ele antes dele atirar nela...” Um vulto negro pendurou o assaltante de cabeça pra baixo, libertando a moça que não pensou duas vezes antes de correr para longe do beco. Era o Batman... Billy correu até sua casa, seus pais estavam viajando à trabalho. Quando Billy entrou no seu quarto, a janela estava aberta com o vento frio do inverno próximo fazendo as cortinas balançarem. Billy virou-se e lá estava ele.

“Senhor Kaplan, acho que devemos conversar sobre uma coisa.”

“Vou chamar a polícia se você não se retirar agora!”

“É sobre seus poderes, Billy.”

“O que têm eles? Você não pode contar pra ninguém!”

“Billy, você já chegou a pensar que você não é o único adolescente com poderes? Eu tenho uma oferta para o senhor.”

“Eu não sei nem quem você é de verdade, e meus pais me ensinaram a não aceitar presentes de estranhos.”

“Você conhece a Liga da Justiça?”

“Eu não vivo num buraco, morcego.”

A Liga era uma equipe formada pelas Nações Unidas e financiadas por grandes empresas como a Wayne Enterprises e a Stark Industries em busca da proteção do globo terrestre. Diversas equipes funcionavam ao redor do globo, como os Vingadores em Nova York, e os Titãs de São Francisco.

“Estamos fundando uma nova equipe para jovens poderosos aprenderem a controlar seus poderes e fazer o bem. O senhor tem uma vaga reservada.” Falou Batman.

“Billy, você deixou seu livro na minha bolsa...” Era Kate que paralisou ao ver o morcego em sua frente.

“B-B-BATMAN!”

“Kate Bishop.”

“Você sabe meu nome! Sou sua fã número um! Sério, te amo.”

”Obrigado pelo reconhecimento, mas preciso falar com o senhor Kaplan por um momentinho.”

“Se eu posso ouvir, Kate também pode.”

Batman reintroduziu o assunto, explicando á Kate o que estava acontecendo.

“Como eu havia dito, essa equipe está aberta a aceitar você, Billy. Se você quiser, posso te levar até lá agora mesmo.”

“Eu vou se Kate puder ir junto. Sim, ela não tem nenhum poder, mas você também não tem, não é? Kate me ajuda a controlar os poderes melhor, e ela é uma arqueira profissional, ela pode ir.”

Batman hesitou por alguns minutos, ele estava ali para recrutar Billy, não uma garota milionária, mas percebeu que se Kate não fosse Billy também não iria.

“Tudo bem.”

Batman os levou para um local onde havia uma cabine telefônica abandonada, que era na verdade um teletransportador disfarçado. Os três agora se localizavam no que parecia uma instalação tecnológica dentro de uma caverna. Havia tudo o que se podia imaginar numa mansão: Salas de TV, quartos, cozinha, sala de jantar, academia, fliperama entre outros cômodos.

“Vou chamar os outros.” Batman se retirou. Billy e Kate trocaram olhares antes de ter suas mentes de fã consumidas por tanta alegria.

“ISSO É TÃO INCRÍVEL! Nós vamos ser heróis Kate!”

“EU SEI!”

Os dois pularam juntos por alguns momentos, antes de Batman voltar, imediatamente voltando a ficar sérios. Porém, não acreditavam em quem estavam vendo.

“E aí gente. Fizeram os deveres de física? Podem me emprestar?” Era Richard.

“Vocês por aqui também? Quem diria! Já posso completar meu bingo! Dick você me deve 100 mil dólares.” Era Artemis.

Havia mais duas pessoas. Uma garota alta de pele escura com um belo cabelo afro que se chamava America Chavez, um garoto mágico conhecido por Zachary Zatara, de cabelo colorido como o arco íris e olhos turquesa pálidos . Era o início de uma nova era para Billy, que não estava mais sozinho. Agora ele fazia parte de uma causa, uma equipe, junto com seus amigos. Nada poderia ficar melhor que isso.