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História Wicked Game - Love and Hate


Escrita por: Minke-

Notas do Autor


EU VOLTEEEEEI >3<

Eu sei que voces nem sentiram minha falta, mas tô aqui de novo.
Já vou avisando que HOJE TEM POV DA TAEYEON hehe

Boa leitura u.u

Playlist Oficial da Fanfic: https://open.spotify.com/playlist/1fbNE67XQWBVZzV0u1UwsX

Capítulo 9 - Love and Hate


Fanfic / Fanfiction Wicked Game - Love and Hate

 

 

Taeyeon tentava incriminar Kwon e eu não fazia ideia de como ela faria isso, na verdade eu tinha quase certeza de que nós três, Jessica, Taeyeon e eu seríamos presas por nossas mentiras, mas a teimosa Taeyeon continuava repetindo que tinha uma carta na manga e que sabia de coisas que nós não sabíamos, porém ela se recusava a nos contar que coisas eram essas. Isso era frustrante, por minha cabeça passavam-se um milhão de coisas, eu simplesmente não sabia como contornar aquela situação e o nervosismo de Jessica só piorava tudo, ela deveria estar tentando me ajudar a pensar em algo que nos inocentasse, mas estava ocupada demais entrando em pânico com sua prima.

Em um ponto Jessica tinha razão. Taeyeon convenceu muito bem Soonkyu, mas não fez o mesmo com Sooyoung. Aquela mulher era esperta demais para cair em algo tão bobo quanto isto. Logo elas fariam perguntas a Kwon e veriam que aquilo era um grande erro. Nós estamos muito ferradas. Minha mente hora ou outra voltava a quando tudo isso começou, a anos atras quando Yuri se mostrou interessada em Jessica e foi rejeitada. Quando Jessica se mostrou mais do que só uma prima a Taeyeon e foi posta de lado pela mesma. Quando Yuri quis vingança pela sua perda e agora Taeyeon, o seu acerto de contas. Eu não parava de pensar em como aquilo tudo estava interligado, como éramos não mais um triângulo, mas um quadrado amoroso, onde uma gostava da outra, que gostava da outra, que gostava da outra e isso nunca terminava. E o pior de tudo, esse ciclo de sentimentos tinham consequências horríveis.

Senti pequenos flocos de neve caindo sobre a minha cabeça, o vento começava a ficar cada vez mais forte e mais gelado ao tempo em que discutimos no beco sem nenhum resultado. Jessica estava tão irritada que andava de um lado a outro batendo o pé em qualquer coisa que encontrasse em sua frente, ela praticamente gritava mas Taeyeon continuava quieta encostada na parede e com um leve sorriso nos lábios, pra ela estava tudo bem e sob controle mas eu sabia que não era bem assim.

Taeyeon não faz ideia de quem Yuri seja, não sabe do que a morena é capaz. Yuri pode nos destruir em um piscar de olhos se quiser, ela tem recursos pra isso e nós não temos provas para incrimina-la por algo que ela não fez. Não é fácil prender alguém que não tem culpa no cartório, isso só acontece quando os responsáveis pela investigação são preguiçosos e burros, o que não é o caso de Sooyoung e Soonkyu. Elas estão tão necessitadas de achar um culpado que com certeza vão procurar muito bem por provas que deem a elas total certeza do que fizeram, não haverá dúvidas de nada.

Não tinha mais o que ser dito naquele momento, Taeyeon não entenderia no que nos meteu nem que fosse desenhado para ela. Jessica já tinha desistido de argumentar com a mais baixa e passou a andar a passos largos para longe de nós der repente, indo embora. Eu a chamei para que voltasse mas ela se recusou, Taeyeon continuou na mesma posição sem mexer um dedo ou esboçar nenhuma reação ao ver sua prima nos deixando. Admito que ao ver a castanha tão irritada seguindo sozinha fiquei preocupada, o carro de Jessica ainda estava na garagem do meu prédio o que quer dizer que ela não tinha muitas opções de como voltar pra casa agora e nem eu. Queria que ela parasse um pouco com a birra e começasse a raciocinar direito, aquele ódio todo por Taeyeon não serviria de nada agora, por mais que a menor merecesse uns bons tapas pelo o que fez.

Em pouco tempo Jessica já se encontrava longe dá nossa visão. Ficamos ali paradas, eu e Taeyeon, uma de cada lado em um silêncio ensurdecedor, só de estar sozinha no mesmo ambiente que ela, respirando o mesmo ar eu podia sentir os pelos do meu corpo se arrepiarem. Eu não tinha como voltar pra casa, e seria um pouco demorado e cansativo voltar a pé. A delegacia ficava em um lugar meio deserto e longe de táxis e qualquer outro meio de transporte que não fosse as suas proprias viaturas. Eu podia pedir que um policial me levasse de volta assim como me trouxe mas a última coisa que eu queria naquele momento era ter um policial por perto, estava tão assustada e nervosa com toda aquela situação que poderia explodir e contar logo de uma vez toda a verdade para eles. Minha única opção nesse momento era pedir que Seohyun me tirasse daqui o mais rápido possível, mas dizer a maknae que eu estava em uma delegacia com certeza a deixaria no mínimo nervosa e eu sei como Seohyun dirige quando esta nervosa, é assustador. Ela provavelmente já estava preocupada o suficiente comigo já que não apareci para comprar o carro com ela e Yoona como combinamos no dia anterior. Eu realmente não queria piorar ainda mais as coisas.

A minha opção mais viável no momento era a Taeyeon, mas só de imaginar a sua cara de ódio ao me ouvir pedir algo assim eu já estava quase desistindo. Eu não queria pedir, não me sentia nesse direito e também tinha quase certeza de que levaria um “Não” em alto e bom som como resposta. Ainda mais depois dos olhares que recebi dela em nossas discussões no hospital e agora aqui na delegacia eu só conseguia pensar que ela nunca me perdoaria pelo o que fiz. Me deixei ser vencida pelo medo e coloquei uma das mãos nos bolsos a procura do meu celular, mesmo que isso preocupasse a Seohyun, ela era a minha única boa opção agora, mas antes que eu pudesse fazer a ligação Taeyeon já estava em frente ao seu carro, a poucos metros de mim me observando ou me esperando, não sei exatamente o que ela estava fazendo. A olhei com um olhar questionador que ela entendeu perfeitamente, acenando com a cabeça ela fez sinal para que eu entrasse em seu carro e eu simplesmente não podia acreditar.

O que era aquilo, afinal? A última coisa que podia acontecer hoje seria Taeyeon se oferecendo para me levar para casa, se é que ela me levaria para lá mesmo. Não me surpreenderia se ela me levasse a sua casa e me torturasse por ter beijado outra enquanto ela estava em coma, o ciúmes de Taeyeon era algo tão doentio que isso não era nada estranho de acontecer. Eu entrei no carro e permaneci quieta enquanto ela começava a dirigir, naquele momento pensei em aproveitar aquele silêncio e aquela áurea de bondade e fazer uma tentativa de me desculpar novamente sobre ter ficado com Yuri, tentar lhe explicar que eu realmente a amava e que a queria de volta, mas não acho que mudaria alguma coisa, eu conhecia bem a Tae, ela precisava de tempo para que finalmente esquecesse isso ou pelo menos superasse e me perdoasse.

Depois de mais ou menos meia hora de trânsito, nós nos vimos paradas em um grande engarrafamento, talvez um acidente ou uma briga entre motoristas estava fazendo toda a pista ficar interditada por carros sem condições de passagem. Taeyeon bufou de raiva ao meu lado batendo seu punho no volante que acabou ativando a buzina alta do carro. Quase pulei pra fora quando a ouvi.

— Eu não entendo… por que ela ficou tão irritada?! - Falou com os olhos ainda vidrados no trânsito a nossa frente. Com certeza falava de Jessica, sua reação também foi algo inesperado para mim.

— Você nos colocou em risco e principalmente colocou a si mesma. - Falei em um tom acusatório sem ao menos pensar, as palavras simplesmente escaparam dá minha boca e senti um frio na barriga quando a vi me encarar chateada.

— Eu sei o que estou fazendo, Tiffany. Não sou nenhuma criança brincando de policia e ladrão. Não vai acontecer nada conosco, eu não colocaria vocês em risco se não soubesse exatamente o que estou fazendo. - Ela falou de forma convicta e por um segundo senti que tudo ficaria bem de algum jeito.

— Jessica está preocupada. Você não conhece Kwon, não faz ideia do que ela é capaz de fazer conosco. - Eu queria que ela entendesse, Jessica estava com uma raiva excessiva mas ela tinha motivos suficientes para isso. A situação estava ruim para nós. Taeyeon riu fracamente do que eu disse, será que ela estava levando tudo aquilo realmente a sério ou era só uma simples vingança pra ela?

— É aí que você se engana. Eu conheci Yuri, a muito tempo atrás.

Fiquei perplexa e confusa com o que ouvi. Milhares de perguntas começaram a ser feitas em minha mente. Afinal, como Taeyeon e Yuri se conheciam? Yuri nunca citou tal coisa, Jessica também nunca mencionou algo como isso. Era uma coisa bem difícil de acreditar. Fiquei tentada a perguntar se aquilo era verdade ou só mais uma nova mentira, mas Taeyeon moveu o carro bruscamente fazendo ele dar a volta por onde viemos e entrar em uma rua diferente e com menos movimento de carros, ela queria me levar o mais rápido possível.

— Uma vez vi Jessica e essa garota juntas. Eu não sabia quem ela era e achei estranho Jessica estar conversando tão próxima daquela garota. Então fiz minhas pesquisas. - Ela dirigia com rapidez, com sua atenção voltada apenas para o trânsito.

— Hum… vejo que estava muito interessada nas amizades da sua prima, não é? - Minhas palavras saíram em um tom irônico, eu não queria parecer irritada ou com ciúmes mas eu estava. E isso ficou transparente em minha voz. Taeyeon soltou uma breve gargalhada. Algo que eu já não ouvia a muito tempo.

— Ela é minha prima, tenho que protegê-la.

— Você não é babá e Jessica já é bem grandinha. - Estávamos tendo uma discussão mais uma vez por causa de Jessica e Taeyeon como sempre estava adorando como eu fico nervosa quando sinto ciúmes, ela adorava esse joguinho.

— Está com ciúmes, Tiffany?

— Não, Taeyeon. Não estou, afinal vocês são só “primas” não é mesmo? - Ela sorriu e acenou com a cabeça. Era certo que eu estava com ciúmes mas não admitiria isso nem sob tortura.

Depois disso seguimos o resto do caminho quietas sem dizer uma palavra, eu ainda queria saber toda essa nova história de como Yuri e Taeyeon se conheciam mas o clima pesado e ruim estava de volta e eu rezava para que chegássemos logo ao meu apartamento sem ter que discutir com ela por causa de Jessica ou qualquer outra coisa. Quando isso aconteceu, Taeyeon estacionou o carro tirando as mãos do volante e pela primeira vez naquele dia me encarando de verdade ao dizer algo.

— Me convida para entrar? Acho que precisamos conversar. - Eu estava espantada e um pouco assustada ao mesmo tempo, mas também estava feliz. Talvez essa seja a oportunidade perfeita de consertar tudo entre nós. Acenei que sim com um sorriso tão grande nos lábios que eu mal podia me conter, saímos do carro em direção ao elevador que dava para o meu andar. Eu esperava que a nossa conversa não se resumisse apenas em como incriminar Kwon mas sim em nosso relacionamento e que finalmente ela me entendesse.

Ao voltar pro meu apartamento, percebi que já era tarde e o sol que se escondia por entre as nuvens cinzentas, já começava a se pôr deixando o lugar um pouco mais escuro a cada minuto. Taeyeon ao entrar observava cada detalhe do local como se reconhece cada objeto em cada canto daquele pequeno lugar e aquilo lhe trazia lembranças que só ela poderia saber.

Rapidamente me livrei do meu casaco e dos meus saltos jogando eles em qualquer lugar dá grande sala, assim que eu fiquei mais confortável ela fez o mesmo e me seguiu até a cozinha onde eu começava a preparar algo para comer. Passamos a manhã inteira e boa parte da tarde dentro de uma sala fechada sem comer praticamente nada, apenas barras de cereal e algumas frutas oferecidas por alguns polícias de lá. Minha barriga já estava reclamando a tempos e provavelmente a dela também. Taeyeon se sentou na mesa de jantar me observando enquanto eu preparava alguns sanduíches de atum para nós. Eu sei, sanduíche de atum não é bem um jantar mas eu não sou expert em culinária, aquilo era o melhor que eu podia fazer em pouco tempo.

Quando servi os sanduíches a ela, seus lábios se abriram em um sorriso debochado. Taeyeon sabia bem que eu nunca tive dotes culinários mas adorava fazer piadas e rir disso, eu não pude me segurar e bati em sua cabeça mas infelizmente isso só a fez rir mais. Eu estava com a minha melhor cara emburrada quando ela finalmente parou de rir e então comeu. Ela parecia uma criança, seu queixo e lábios sujos de maionese e molho, seus dedos então, estavam lambuzados. Instintivamente sorri e peguei um guardanapo o levando para perto do seu rosto, com a intenção de limpar aquela bagunça que ela tinha feito nela mesma, mas quando minha mão estava perto o suficiente da sua boca, sua mão direita se moveu rapidamente em direção ao meu pulso e o apertou com certa força me fazendo parar. Meu rosto demonstrava total surpresa com o seu ato, quando ela percebeu o quanto estava me apertando tomou o guardanapo da minha mão e se limpou sozinha, eu apenas engoli em seco suspirando derrotada e voltei a comer o meu sanduíche sem dizer mais nada. Será que ela nunca me perdoaria? as coisas nunca voltariam a ser como antes?

— Desculpe. Acho que eu deveria ir. - Ela se levantou bruscamente deixando metade do sanduíche em seu prato.

— Você nunca vai me perdoar, não é?. -Falei em um tom baixo, podia sentir um nó ser formado no meio dá minha garganta. Eu queria chorar.

— Tiffany, acho melhor não falarmos mais sobre isso. - Caminhei até ela fazendo questão de fitar seus olhos castanhos, por mais que ela tentasse desviar dos meus.

— Então é assim que vamos acabar? O que tudo significou pra você? Nada? - Minha raiva por ela querer simplesmente me tratar como se nada tivesse acontecido entre nós estava visível. Ela não ia fugir de mim, não agora. Nós iriamos resolver isso hoje, ou eu a tinha de volta ou me afastava de vez.

— O que você fez não tem perdão. Você se aproveitou do meu coma e se entregou a outra como se eu não significasse nada pra você. Como se eu já estivesse morta pra você. - Me entreguei? Do que ela estava falando? Ela achava mesmo que eu e Kwon tínhamos...

— Eu não me entreguei a ninguém, Taeyeon. Não poderia… não se a pessoa não fosse você. Eu via Kwon apenas como uma boa amiga, não tinha más intenções com ela. Nós só nos beijamos uma vez, mais nada.- Ao dizer isso percebi que estávamos a poucos centímetros uma da outra, sua respiração batendo levemente contra a minha pele, seus lábios molhados entreabertos e convidativos apenas a um passo de distância dos meus. Minha mão repousou em seu rosto delicadamente apenas para que eu falasse o que já estava mais do que óbvio em meus olhos. — É você quem eu amo, não vê?

Um doce suspiro escapou de seus lábios e então eu sabia, seus muros construídos ao redor de si, em que ela tanto se escondia de mim tinham finalmente ido ao chão. Tomei seus lábios para mim lentamente, tomando cuidado para não afasta-la de mim com a minha ação, meus lábios roçavam e mordiam os dela de forma provocativa e sem cerimônia alguma. Eu já conhecia bem cada parte dela, cada suspiro e cada gemido, cada toque e cada olhar. Suas mãos agarram a minha cintura com força me fazendo girar e em seguida me apertando contra a parede da cozinha, sua boca se distanciou da minha apenas para ir de encontro ao meu pescoço, mordendo e sugando a pele que com certeza estaria vermelha em questão de minutos. Da minha boca escapavam sussurros que eu fazia questão de entregar de forma provocante em seu ouvido. Ela sempre adorou aquilo, o fato do meu corpo responder aos seus beijos, aos seus toques, a suas ações. Seus lábios voltaram a minha boca de imediato, me beijando com uma necessidade que eu também tinha dela. Naquele momento nada mais importava, eu queria apenas ser dela novamente.


 

 

Taeyeon-

 

 

Eu estava a beijando!! Porque diabos eu estava beijando ela? Eu estava fazendo o que disse que não faria, mas como poderia fugir dessa mulher? Por mais que ela merecesse o meu eterno ódio, como eu poderia ser forte o bastante e resistir a seus beijos, ou aos seus toques quando ela estava tão perto de mim, tentando os meus instintos, me deixando completamente louca apenas com uma simples frase. Eu não pude, fui fraca e me deixei levar por suas palavras que até pareciam verdade. Ela me ama? Não. Com certeza não. Esse amor de que ela tanto fala já terminou a bastante tempo, ou ela não teria ficado com a Kwon. Eu precisava me afastar, precisava terminar com aquilo de uma vez por todas e ir embora, afinal foi por isso que vim até aqui. Eu não podia perder o foco dessa conversa, mas era tão enlouquecedor o jeito como ela me provocava, o jeito como minhas mãos e lábios sentiam necessidade dela que eu mal podia pensar no que tinha que ser feito, eu mal conseguia lembrar do meu nome enquanto suas unhas arranhavam o meu abdome sem exitação.

Tiffany chamava por mim em sussurros provocantes entre um beijo e outro, me deixando cada vez mais louca por ela. Ela era como uma droga, uma vez que você toma é difícil parar e eu queria parar, eu juro, mas não podia, não agora que seus lábios eram meus e o seu corpo se entregava a mim sem necessidade de pedido. Naquele momento eu a queria mais que tudo, eu já não ligava para Kwon ou Jessica, ou qualquer outra pessoa que estivesse em nosso caminho, eu só a queria pra mim, porque ela era minha.

Apenas minha.

Minhas mãos tateavam o seu corpo por baixo de sua blusa fina, sua pele leitosa e macia se arrepiava através dos meus toques. O frio que ali fazia não impedia que nossos corpos compartilhassem do mesmo calor naquele instante. Como se não bastasse estar totalmente a mercê dos seus beijos, as mãos hábeis de Tiffany me conduziam até o seu quarto, aquele quarto que eu já conhecia tão bem. Eu estava sob o seu poder, e ela se entregaria a mim mais uma vez, mas eu a aceitaria? Eu não podia. Antes que eu pudesse decidir, minha mente começou a travar uma batalha árdua entre o sim e o não, entre o amor e o ódio. Eu sabia que deveria fazer com que ela parasse, mas minhas mãos só sabiam apertar seu corpo contra o meu cada vez mais. Quando me dei conta, Tiffany já estava sobre a cama e eu por cima dela, nossos lábios se separaram apenas para que eu a encarasse a procura de uma resposta para os meus confusos pensamentos, seu sorriso se iluminou para mim e naquele momento eu soube que aquela mulher seria a minha ruína.

Antes que ela pudesse me beijar novamente e me envolver em seu encanto, seu telefone tocou nos assustando de imediato e me fazendo acordar pra realidade e perceber que aquilo não deveria estar acontecendo. Eu não a perdoei, ela não era mais digna disso. Raiva e indignação tomaram conta de mim ao lembrar de tudo o que ela tinha feito, das mentiras até a traição, rapidamente sai de cima dela me colocando ao lado da cama. Ela pediu desculpas e seguiu para fora do quarto a procura da bolsa com o celular. Era a minha chance, eu tinha que sair dali ou Tiffany me beijaria novamente e eu cairia em seus encantos mais uma vez. Quando ela me encontrou novamente eu já estava na sala colocando minhas botas e o meu casaco de volta, eu não a perdoaria, ela precisava sofrer o que eu sofri, sentir a dor de ser trocada e não poder fazer nada para mudar isso.

— Era a Seohy… Pra onde vai? - Perguntou.

— Pra casa. - Eu estava evitando olhar em seus olhos de novo, eles tinham algo que me enfraquecia perante ela.

— TaeTae, eu fiz algo errado? - Sua voz era doce, quase como um aegyo mas eu estava com raiva. Não poderia esquecer tudo o que ela fez de uma hora pra outra. Eu quero que ela sofra, preciso que sofra.

— Nós terminamos, Tiffany. Aquilo não poderia e nem vai acontecer novamente. - Falei ríspida. Seus olhos deixaram os meus e encararam o chão. Arrumei meu casaco em meu corpo e me preparei para sair quando senti ela me puxar pelo braço. Seus olhos agora cheios de lágrimas, enquanto soluçava.

— Por favor… Não me deixe outra vez. Eu faço qualquer coisa pra que você me perdoe. Qualquer coisa, Taeyeon.

Ela faria qualquer coisa, mas nada que fizesse poderia ser suficiente para pagar pelo que sofri, pela decepção que tive ao acordar e descobrir que ela tinha outra. Que me substituiu esse tempo todo e nem ao menos teve a coragem de me contar. Ódio e indignação tomaram conta de mim naquele momento. Seu rosto estava vermelho assim como seus olhos, ela chorava e soluçava cada vez mais ao passo que eu não a respondia. Eu não tinha o que dizer a ela, eu não a perdoaria e isso estava mais do que óbvio. Seus braços agarraram minha cintura em um movimento rápido, Tiffany me abraçou repousando seu queixo em meu ombro, seu abraço firme me prendia e eu estava novamente sem escapatória. Eu ainda tentava entender o que ela estava fazendo quando ela sussurrou para mim: “Eu não vou desistir de você… por favor, não desista de mim.”

Eu era forte, conseguia manter bem a minha postura de durona quando era necessário mas toda vez que Tiffany me tocava, toda vez que nossos corpos ficavam juntos como estão agora era como se eu me transformasse em outra pessoa. Uma fraca. Eu sentia uma necessidade enorme de abraça-la de volta, de prometer a ela que tudo ficaria bem e que eu a amava, por mais que tentasse odiar ela, eu ainda a amava, mas eu não podia fazer aquilo, ela não merecia o meu carinho, só o meu desprezo podia ser dado. Empurrei seu corpo para longe de mim de forma brusca, só quando ela cambaleou para trás, quase caindo que percebi o quanto eu estava sendo grossa e como jamais pensei que seria assim com ela. Porém mais um minuto daquele abraço, ou daquelas palavras poderiam me fazer ceder e isso eu não podia. Tiffany e Yuri iriam me pagar pelo o que fizeram, de um jeito ou de outro.

Ao abrir a porta do apartamento, já pronta para ir embora dei de cara com uma mulher alta e de olhos escuros me olhando confusa. Uma substituta da Kwon talvez? Era fato que as duas tinham caracteristicas parecidas. A encarei, avaliando o seu corpo, vestimentas e por último a sua feição. Ela me encarava de volta fazendo o mesmo que eu, não demonstrava vergonha e nem parecia desconfortável comigo a sua frente. Nós ficamos em uma batalha de olhares até Tiffany cortar nosso contato visual e puxar nós duas para dentro do apartamento.

Eu queria ir embora, não estava nem um pouco afim de conhecer a nova substituta da Kwon. Depois de tudo o que Tiffany me falou aqui, depois de quase me fazer ceder a ela, eu não queria vê-la com outra garota agora, mas antes que eu pudesse ir, a garota alta foi apresentada a mim como uma funcionária da empresa de Tiffany e também a atual namorada da Hyung. Ao ouvir meu nome ela parecia surpresa e envergonhada, Im Yoona apertou minha mão e me pediu desculpas por nossa pequena batalha de “quem encarava mais”. Apenas acenei com a cabeça, aceitando as suas desculpas esfarrapadas.

— Seohyun estava preocupada e pediu que eu vinhesse ver se estava tudo bem com você. - Falou a mais alta, sua voz era doce. Não combinava nada com sua personalidade.

— Está tudo bem, Yoona. Me desculpe por faltar ao nosso encontro, eu já falei com a Seo no telefone. - Espera. Encontro? Que tipo de encontro? Im Yoona sorriu e voltou seu olhar a mim novamente, ela estava inquieta. Acho que finalmente percebeu que não é bem vinda por mim.

A conversa de Tiffany com a tal da Im não demorou muito, a garota tratou de sumir o mais rápido possível do apartamento, o que me deixou satisfeita mas assim que nos deixou a sós, Tiffany voltou a insistir em seus beijos. Era difícil ter que me afastar dela a cada investida, eu queria e não queria aquilo, estava dividida entre o meu ódio e o meu amor por ela e era difícil ceder a um dos lados. Foi quando tive uma ideia, uma ideia que nos deixaria quites uma com a outra, uma ideia que a faria aprender e entender o quanto se pode machucar alguém, o quanto suas ações geram reações imprevisíveis e que não podemos fazer nada para evitar isso.

Era uma ideia insana, eu admito. Uma ideia que talvez Tiffany não se sujeitasse a tal, mas era o que eu tinha pra ela e eu quem escolheria as regras, não ela. Em meio aos seus pedidos de perdão e os seus abraços eu a segurei firme, com minhas mãos em seus ombros a deixando imóvel e fazendo seus olhos se concentrarem em mim.

— Você faria qualquer coisa para me ter de volta, não é? - Ela pareceu esperançosa por alguns minutos mas eu sabia que aquilo duraria pouco. — Então, eis a minha condição: Você vai me ter de volta, mas não do jeito que está acostumada. Eu não serei mais sua, não exclusivamente. Eu vou poder beijar e dormir com qualquer outra garota que eu queira, mas você não poderá fazer o mesmo. Ao contrário de mim, você vai ser exclusivamente minha e eu vou poder fazer o que eu quiser e bem entender com você, não vou querer questionamentos nem negações. Você irá na minha casa apenas quando for chamada e eu virei aqui sempre que eu achar conveniente e quando isso acontecer vamos brincar um pouco.  - Não pude ocultar o meu sorriso ao imaginar Tiffany me dividindo com outras, aquilo seria interessante pra mim e insuportável para ela, eu era ciumenta, mas Tiffany não era nada diferente de mim nesse aspecto. Isso mostraria para ela o quanto dói ser traída. Ela demostrou surpresa, porém o seu semblante mudou para indignação em questão de segundos.

— E-Eu… Acho que não entendi. O que isso significa? - Perguntou incrédula.

— Significa, minha querida Tiffany. Que eu preciso de uma submissa e você, de uma dona.

Sua testa estava franzida em perfeita confusão, mas ela com certeza tinha entendido o que eu queria dizer com aquilo, ela não era burra. Talvez fosse um castigo exagerado demais, ou talvez fosse o suficiente para me sentir ressarcida por tudo o que aconteceu com ela e Kwon. Se Tiffany aceitaria? Talvez sim, talvez não, mas eu sei que de um jeito ou de outro eu vou ter o que eu quero.

 

 

 


Notas Finais


Vou tentar atualizar mais rapido.

Não deixem de comentar, please.

Bjocas pra pr'ocês.


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