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História WikiTao. - Como ser um ninja.


Escrita por: mandyqueen

Notas do Autor


Essa é uma oneshotzinha dos meus queridos Taoris. Gente, amo esse couple pra caramba!! Desculpem qualquer erro, escrevi na escola e como sou afobada não tive tempo de revisar muito bem. Espero que gostem... <3

Capítulo 1 - Como ser um ninja.


Fanfic / Fanfiction WikiTao. - Como ser um ninja.

Cheguei na escola usando meu melhor disfarce - que nada mais era que uma roupa completamente preta, uma touca da mesma cor e óculos escuros- e me escondi no melhor lugar que achei.Quem me visse agora me acharia um louco de pedra, mas não era minha culpa. Ninguém poderia me ver, ele não poderia me ver. Eu estava me sentindo o próprio 007, só que mais bonito, jovem, bem vestido e chinês.  

Prazer Huang, Huang Zitao.

Nada além de uma sombra, um perigo silencioso á espreita. Alguém que não será visto, mas que verá tudo. Um ninja valorosamente treinado pelos tutoriais do WikiHow na internet e conhecedor dos segredos valiosos do kung-fu -que também aprendi na internet, mas deixa pra lá-.

Fiquei ali escondido, como uma Jaguatirica á espera de sua presa, no mais completo silêncio e sem mover um músculo sequer. Invisível. Astuto. Totalmente demais.

-Cara, o quê que você tá' fazendo aí?

     Arregalei meus olhos e olhei para trás, dando de cara com meu amigo, Oh Sehun, parado e me olhando com a maior cara de... nada. Até aí normal, mas como é que ele...? Ok, admito que talvez ter me escondido atrás de uma árvore não tenha sido a melhor das idéias. Maldito WikiHow e seus tutoriais que num primeiro momento parecem geniais, mas depois que você põe em prática já não parecem tanto assim. Mas eu ainda não tinha soltado meu especial... Kung Fu.

-YAAAAH! 

Meti um golpe louco no Sehun e esperei ele cair, mas nada aconteceu. Ele só pôs a mão no pescoço e ficou reclamando de dor, como o bom idoso que ele é.

-Tá louco, cara? Que isso?

-Era pra você estar desmaiado, qual o seu problema?

     Falei confuso. Será que aquele branquelo tava metido com as magias negras que o namoradinho do Jongin faz? 

-O meu? Olha só pra você! Que droga de roupa é essa e por que você tá aqui escondido atrás dessa árvore como um lunático? As pessoas estão rindo de você.

Ele apontou para trás e realmente, tinha um monte de outros alunos parados ali. Uns rindo, outros me olhando torto, mas a opinião geral parecia clara... Eles me achavam louco, o que não era de todo mentira.

Regra 1 (segundo o WH).

-Para você ser um ninja o primeiro passo é acreditar que é um ninja.

Se tá na internet é porque é verdade.

-O quê? Mas eu sou um ninja agora, eles não podem me ver... Tá na internet.

Vi meu amigo revirar os olhos.

-Não acredito que está fazendo tudo isso para fugir do Yifan... Você é inacreditável.

Eu poderia ter levado essa última parte como um elogio, mas pelo tom de voz eu pude perceber que não era. Também poderia negar que eu estava surtando por causa daquele loiro desgraçado, mas do que adiantaria? Sehun é meu melhor amigo e me conhece muito bem. Eu não conseguiria esconder nada dele por muito tempo. 

Suspirei alto.

-Tá, tô mesmo e aí?

Botei as mãos na cintura e olhei pra ele.

-Mas Hyung, pra quê essa loucura toda? Não seria mais fácil vocês só conversarem?

"Só conversarem", tá. Até parece... Só de pensar em conversar com Wu Yifan, de ver ele pessoalmente que seja, já começava a me dar uns coisos estranhos pelo corpo. Não, eu não sou apaixonado por ele... Ele que é por mim. 

Bom, deixa eu explicar melhor as coisas. Eu, Huang maravilhoso Zitao, cheguei na nessa escola há bons três anos atrás e por ser chinês e ainda estar aprendendo a falar a língua nativa tive muita dificuldade, tanto nas matérias quanto na questão social. Então o diretor achou melhor eu me relacionar com alguém que entendesse bem das duas línguas, mandarim e coreano, e me colocou como parceiro de estudos de Wu Yifan. Até aí tudo bem. Nós éramos da mesma classe e tínhamos muito em comum, em pouco tempo já tínhamos nos tornado bons amigos e ficado muito próximos, ele cuidava de mim e eu realmente sentia que podia confiar qualquer coisa a ele. Ele era meu melhor amigo.

Num belo dia,  o chamei para conversar sério e contei a ele sobre a minha opção sexual. Ele ficou todo estranho, mesmo quando eu deixei claro que o fato de eu ser gay não mudaria em nada nossa amizade. Ele concordou e não demorou a ir embora, pensei comigo que tinha sido um choque para ele tal descoberta e que talvez ele precisasse de algum tempo para se habituar, que logo tudo voltaria a ser como era antes.

Um ledo engano meu, meus caros. Depois desse dia Yifan passou a me ignorar real. Não falava mais comigo na escola e fugia de mim como o diabo foge da cruz. Não atendia minhas ligações ou respondia minhas mensagens e sempre que eu ia a sua casa ele mandava dizer que não estava. Cínico.

Eu fiquei arrasado, afinal eu tenho alma de artista, sou muito sensível. Mas do mesmo jeito que ele me derrubou eu levantei com um arranha-céu. Amém Demetria Lovato. 

Logo Sehun entrou na escola e tomou o posto de meu melhor amigo. Depois de um tempo Yifan até tentou falar comigo, mas quem não queria agora era eu. E assim nos tornamos sinônimo de briga sempre que juntos no mesmo ambiente. Eu não conseguia segurar a língua e o alfinetava sempre que possível, sempre achei engraçado como ele fica vermelho de raiva. Parece um camarão gigante. Ele, por sua vez, não conseguia não retribuir minhas provocações e assim sempre acabávamos discutindo.

O lance é que no final de semana passado, Baekhyun, um garoto gente boníssima da minha sala, tinha dado uma festa de arromba em sua casa. Seus pais viajam muito então a casa dos Byun é sempre  o point das festas. Eu fui nessa festa com o sehun, como sempre, e começamos a beber, como sempre também. Num dado momento do badalo o sehun desapareceu e eu como o bom amigo que sou fui procurá-lo. O encontrei aos amassos com Luhan, um chinês novato da outra turma, em pleno banheiro. Esses safados, nem pra transar num lugar decente. 

Eu já estava pra lá de Bagdá, bêbado que nem um gambá e mal me aguentava de pé. Sou fraco pra bebida, mas não paro de beber... Eu gosto é de dar show mesmo. Eu não me lembro com clareza dos fatos, eu só sei que encontrei o Yifan, xinguei ele como de costume, discutimos e ele me carregou pro jardim em suas costas. Arranhei ele todinho, até mesmo bati nele, mas nada parecia surtir efeito. Parando para pensar ele nem parecia bêbado, mas enfim. Ele me colocou no chão e eu comecei a xingar ele de novo. Não querendo me gabar, mas eu sou bom pra caramba em ofender ele, é meu hobbie.

Não me perguntem como ou porquê, mas quando dei por mim nos estávamos nos beijando. E Sabem qual a pior parte? Eu não queria parar e estava gostando. Ele também parecia gostar, me lembro de suas mãos passeando pelo meu corpo e me apertando todo. Só de lembrar já fico duro. Mas como tudo que é bom dura pouco, meu celular tocou e foi como se a bigorna da realidade tive caído na minha cabeça. Arregalei os olhos quanto tomei consciência do que fazia, o empurrei e corri sem nem olhar para trás. O desespero foi tanto que nem me despedi de ninguém, liguei pra táxi ou peguei um ônibus, eu fui pra casa correndo. Gente, dois quarteirões a pé não é pra qualquer não. Cheguei em casa e tinha sido minha mãe que tinha me ligado, preocupada e mandando eu ir pra casa. Ela estranhou eu ter chegado tão rápido, mas eu me limitei a sorrir amarelo e subir pro meu quarto a desejando boa noite.

Quando o dia de hoje amanheceu eu fiz de tudo pra não vir pra escolar. Fingi doença, fingi loucura, ameacei, chorei e implorei, mas a senhora minha mãe é carne de pescoço e me fez vir assim mesmo. Mulher sem coração. E agora aqui estou eu, tentando a todo custo me esconder daquele traste. 

A voz de Sehun me despertou dos meu devaneios.

-Cara que sinistro.

-Hã? O quê?

-Você tá com essa cara de paisagem aí a meia hora, tava me assustando já. Pensei que tinha dado pane no seu sistema.

Meti o tapão no braço dele, sem dó.

-Me respeita seu projeto de ativo, isso lá é jeito de falar com seu Hyung?

-Ai Hyung, que saco, você só sabe me agredir.

 Isso mesmo, pasmem, Oh Sehun é mais novo que eu. De bebê eu só tenho a cara, mas é porque eu me cuido muito.

-Não me estressa que hoje eu não estou para brincadeira.

-Ainda acho que vocês se gostam, você exagera demais.

-Para de falar merda e fica quieto. Eu sei o que eu tô fazendo.

Sehun tinha essas paranoias de que essa rixa minha com o Wu era fogo reprimido. Vocês não sabem quanta porcaria eu ouvi desde a tal festa. Meu ouvido não é penico, mas o Oh nunca lembra disso.

     Tirei ele do meu caminho com um empurrão leve e passei a andar em direção a porta da escola, todo cheio de razão. Teria sido uma saída digna, se eu não tivesse tropeçado e lascado a fuça no chão.

-Tô vendo que sabe. Vamos Hyung, temos aula de matemática agora.

O desgraçado tava rindo de mim, eu não admitiria isso em outra situação, mas ele me ajudou a levantar e me levou pra sala. Tão bonitinho, nem parece que tem chulé.

                                                      

                                                                  ...

 

Até o meio do terceiro período de matemática meu plano vinha dando certo. Apesar de ter chamado muita atenção na entrada, quem eu menos queria que me notasse não notou mesmo. Ufa! Enquanto o senhor Jung, meu professor e arqui-inimigo no corpo docente, explicava qualquer palhaçada envolvendo delta e sei lá mais o que me peguei pensando na noite de sábado.

Graças a Deus o Yifan é de outra sala, imagina só eu dar de cara com ele na sala. Eu ia infartar, Deus é mais.

A aula passou rápido e logo já era hora do almoço. Eu vim preparado pra isso, passei o intervalo todo no banheiro comendo barrinha de cereal. É nojento? É, mas prioridades queridos, prioridades. Assim que ouvi o sinal bater esperei meia hora e sai do banheiro, decidido a pegar minhas coisas no armário e me esconder na quadra até o fim das aulas. 

Fui andando até o meu armário como um agente secreto, enquanto tocava o tema de missão impossível na minha cabeça. O corredor estava vazio, então era minha chance de brilhar. Até rolamento eu aprendi a fazer. Pensei que meu plano estava dando certo até que, enquanto eu tirava meus pertences do armário, uma mão tocar meu ombro e eu ouvir aquela voz.

-Tao.

Levei o maior susto, mas quem não levaria? O satanás pega nas suas costas e fala com aquela voz de "vou sugar sua alma", quase tive um A.D.P. Eu sou cardíaco e fico passando por essas coisas, por isso meu sistema nervoso é um lixo.

 Tá, não era o Satanás, era só o Yifan, mas eu me desesperei do mesmo modelo. Me virei rápido e já mandei logo meu especial pra cima dele, para a minha surpresa deu certo e aquele trambolho de pessoa caiu desacordado. Tudo que eu conseguia pensar era "Puta que pariu, eu matei ele. Meu Deus, eu matei ele. Run pun pun pun Man Down." Tentei levantar ele para levá-lo a enfermaria, mas dado ao meu estado de nervos e ao meu porte físico eu não consegui. Fui arrastando pelo pé mesmo, que nem um saco de batatas. A melhor hora foi a da escada, me senti vingado por tudo que ele já me fez passar. 

Cheguei na enfermaria e até a enfermeira se desesperou. Com a minha ajuda ela o colocou na maca e fez uns exames lá que eu não entendi muita coisa. 

-Mas o que aconteceu com o senhor Wu, Senhor Huang? 

     Ela me olhava desconfiada. Tá que a gente era meio inimigo, mas eu nunca faria mal a ele. Nossa, pera... Eu fiz né, deixa pra lá.

-Ele caiu da escada, mas por sorte eu estava passando por lá bem na hora e pude trazê-lo para cá.

Oi, cínico é meu nome do meio, prazer.

-Oh, que bom que você estava lá para ajudá-lo. Fico feliz de ver que apesar das diferenças você se dispôs a ajudá-lo. Muito bom Tao.

Coitada gente. Ele é uma senhora tão legal, não queria ter que mentir pra ela. Mas se eu contar é capaz dela jogar o frasquinho de água benta, que ela carrega no bolso do jaleco, em mim. Melhor não arriscar.

-Que isso Senhora Joy, é meu dever como ser humano.

Sorri amarelo e ela continuou  examinar o cadáver enquanto me fazia mil perguntas. Ela era enfermeira ou do FBI?

-Bom, ele está bem, só está desacordado... Você disse que ele não bateu a cabeça, então é provável que acorde logo. Pode ficar de olho nele pra mim? Tenho que ver uma emergência no vestiário, parece que o time inteiro está com alguma infecção alimentar.

-Tudo bem, pode ir. Fica tranquila.

     E num é que ela foi mesmo? Gente, que louca. Me deixar cuidando de alguém é quase homicídio.

Fiquei ali no tédio por quase meia hora até ouvir uns resmungos do Yifan e ele começar a acordar.

-Meu deus, será que eu morri?

O retardado ficou olhando pro teto branco da enfermaria com a cara mais idiota que eu já vi na vida. É um panaca mesmo.

-Morreu, é por isso que eu estou aqui. Você tem que me deixar de bater até você pagar seu Karma.

Ele arregalou os olhos assustado, mas depois franziu as sobrancelhas.

-Você... Você me aplicou um golpe de kung-fu?

Me dói admitir, mas como ele fica lindo com cara de confuso. PQP.

-Apliquei, mas a culpa foi toda sua.

Vi ele se remexer na cama e se sentar com dificuldade. Ele fica lindo com cara de dor também.

-Como minha? Você é louco?

-Eu não, mas você continua insistindo em chegar perto de mim. Talvez o louco seja você.

Ele bufou. Já tava ficando nervoso, esperem até ele ficar com raiva e conheçam o senhor sirigueijo da vida real.

-Eu só queria conversar.

-Conversar sobre o quê? Não tem nada pra conversar.

-Você chama o que aconteceu sábado de nada?

-Não, chamo de Tequila. Agora vamos cortar esse papo, você ainda está machucado não pode ficar se estressando.

Eu disse por fim e por um momento ele se calou. Ficamos num silêncio desconfortável por um tempo, até ele voltar a falar.

-Eu não estava bêbado.

Suspirei. Disso eu já sabia, uma pessoa bêbada não conseguiria me carregar nas costas até o jardim da casa dos Byun, ainda com o chilique que eu estava dando.

-Eu sei, isso só prova o quanto você é louco.

-Eu não sou louco Tao. Nós precisamos conversar... Sobre tudo. Sobre o que aconteceu há uns anos atrás também.

Me irritei.

-Ah não, nem vem. Pra quê? Pra quê falar disso? Tudo já não tá bom do jeito que tá, cada um pro seu lado?

-Não, não está. E é por isso que eu quero tanto falar com você. Por que você não consegue ficar quieto e me escutar? 

Ri desacreditado. Eu estava mesmo ouvindo aquilo? 

-Por que eu deveria te ouvir? Por que eu deveria te dar a chance que você não me deu anos atrás? Porra, eu confiei em você e na primeira oportunidade você virou as costas pra mim. E o pior é que nem foi porque eu era gay, já que um mês depois você apareceu de casinho com aquela girafa das pernas tortas.

    Talvez eu tenha esquecido de mencionar, mas um mês depois do Yifan ter começado a me ignorar ele apareceu namorando um tal de Chanyeol. Me senti pior ainda. O problema então não era com eu ser gay, mas comigo em si.

-É justamente sobre isso que eu quero falar, por favor Tao, me escuta. É a única coisa que eu te peço.

Seus olhos eram suplicantes e sua voz me pareceu sincera, ai gente... Eu cedi. Sou trouxa mesmo, tô nem aí.

-Você tem 5 minutos.

Cruzei os braços e esperei ele começar a falar.

-Bom, eu nem sei por onde começar...

-Que tal do começo?

Interrompi, já estava impaciente com o lenga lenga.

-Vai ficar me interrompendo é? E o lance de ficar quieto?

Olhem só, eu aqui, disposto a ouvi-lo e ele ainda vem me afrontar.

-Eu disse que ia escutar, não disse que ia ficar quieto.

Ele me olhou de olhos semi cerrados.

-Tá, tá. Mas fala logo se não eu vou embora.

Ele suspirou e eu me sentei na cadeira ao lado da cama.

-Bom, eu sei que fui um idiota com você naquela época, mas você tem que entender que eu estava muito confuso.

-A vítima aqui sou eu, nem vem com historinha...

Ele me encarou.

-Tá, desculpa, só estou apontando os fatos.

-Tao...

-Tá, tá. Pula pra parte que você foi filha da puta comigo. Se não foi porque eu era gay, que é uma coisa que você também é. Por que foi então?

-Por que nós eramos amigos, mas eu sentia alguma coisa estranha por você. Algo que eu ainda não entendia na época. Mas eu achava que você era completamente hétero.

Coitado, eu dou pinta desde os três anos. Aos 8 nem minha família tinha mais dúvidas.

 -Quando você me contou que é gay eu fiquei assustado. Não com você, mas comigo. Porque a primeira coisa que eu pensei foi que não teria mais nenhum empecilho caso ficássemos juntos. E isso me assustou ainda mais, eu nunca tinha me sentido desse jeito por nenhum garoto antes. Mas depois eu vi que não tinha jeito, eu estava mesmo apaixonado por você.

Caralho cuzão.

-Mas porque você não me contou quando percebeu? Eu teria entendido, eu...

-Mas eu tentei, você não lembra? Eu fui atrás de você, mas você não queria me ver.

-Eu estava magoado.

Meu tom de voz era baixo, eu estava me segurando para não chorar.

-Eu sei e eu não te culpo. Mas depois que o Sehun chegou e você começo a andar demais com ele eu fiquei enciumado, então na primeira oportunidade eu arrumei um namorado também.

-Mas eu nunca namorei com o Sehun?

Eca.

-Mas eu não sabia disso na época. No final das contas, eu e o Chanyeol estávamos apenas nos enganando, ambos gostávamos de outras pessoas.

O Chanyeol namora o Baekhyun agora, casal bonitinho que só eles.

-E depois disso, sempre que eu tentava me aproximar você me dava uma patada. Eu não tenho sangue de barata Tao, tinha que devolver suas provocações, mas acabou tomando uma proporção maior do que eu queria. E se brigar com você era o ´nico jeito de você prestar atenção em mim, então eu faria isso.

Ai caralho, que fofo. Vou chorar real.

-E você ainda... Gosta de mim?

-Sim, o sentimento não diminuiu nem um pouco com o passar dos anos, só aumentou. E sábado, na festa do Baek, foi a gota d'água pra mim.

Ele foi tão firme, tão seguro em suas palavras. Como eu poderia duvidar de uma coisa dita assim, quando eu podia ver toda a verdade em seus olhos? Meu Deus. O poste gosta de mim. Mesmo comigo sendo filha da puta com ele todos esses anos e ter deixado ele desacordado por algumas horas, ele ainda gosta de mim. Fica feio se eu disser que tô feliz? Aff, to nem aí, to felizão mesmo. Acho que ele percebeu que eu não falaria nada, estava chocado demais pra isso.

-Eu não queria ter te beijado daquele jeito na festa, mas você estava tão lindo. E quando começou a se esfregar em mim eu não consegui resistir.

IIIIIh gente, eu fiz isso? Que loucura não. Tequila, sua ordinária. Corei um pouco e ouvi ele rir baixinho.

-Eu quero fazer a coisas certas dessa vez Tao. Você me perdoa?

Se colocassem a Britney Spears sem o playback do meu lado naquele momento daria na mesma. Dois loiros lindos mexendo a boca e sem sair nenhum som. Mas tomei coragem e respondi.

-Eu... Eu perdoo.

-E isso quer dizer que você gosta de mim também?

Bufei irritado, que cara idiota, pelo amor de Deus.

-É claro que sim né Yifan, você acha que e iria perdoar sua palhaçada se não gostasse?

Ai gente, o sorriso que ele abriu foi tão lindo. Me bambeou até as pernas. Me levantei e parei em pé ao lado da cama.

-Além do mais eu não beijo qualquer um quando estou bêbado, só quem eu quero...

-Bom saber.

Ele rodeou minha cintura com seus longos braços sorrindo malicioso.

-Mas pra te perdoar real eu tenho uma condição...

  Porque eu não sou fraca, né amores.

-Sabia que teria alguma coisa, manda.

Ele fez pouco caso, mas não conseguia nem esconder o sorriso. Trouxa.

-São duas na verdade.

-Porque com você nunca é fácil? 

Dei língua pra ele. Maturidade reinando.

-Cala boca e me escuta. Primeiro,você não pode mais me esconder nada. Essa confusão toda foi por culpa da sua babaquice, eu não vou admitir esse tipo de coisa.

-Eu me declarei e nem assim você para de me ofender, incrível.

-Me desculpe se só trabalho com fatos.

Ele riu.

-Tá qual é a próxima.

-Se você estiver falando mesmo sério a gente vai ter que assumir um compromisso sério. Eu não sou suas negas não, comigo o negócio é firme. É namoro ou nada.

Ele riu.

-Ok, fechado.

-Fechado o que?

-Eu namoro com você, ué.

Ri da sua inocência.

-Meu amor, você tá achando que assim? "Eu namoro com você"?

Imitei sua voz.

-Eu sou Huang Zitao, eu quero um pedido de namoro digno, se não nada feito.

Cruzei os braços.

-Ai meu Deus, onde eu fui amarrar meu burro?

Ele suspirou.

-Tudo bem Taozi, tudo o que você quiser.

Seus braços me apertaram num abraço aconchegante. Me senti nas nuvens e não pude segurar o sorriso.

-Eu te amo Tao.

Sua voz me causa um arrepio sinistro e um friozinho gostoso na barriga.

-Eu também Yifan.

E não é que no final o Sehun estava certo?


Notas Finais


E aí, o que acharam? Acham que eu devo escrever mais oneshots? Eu só tenho fics mais longas e Chanbaek, tem algum couple que vocês gostariam de ver? Me deem suas opiniões, por favor.
Até a próxima <3


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