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História Wild Things in Blackout - Realidade Paralela


Escrita por: Narcejaseja

Notas do Autor


Então pessoal, aqui estou humildemente postando nos 45 do segundo tempo (novidade ¬¬) essa última fase do RandomiC.
Não vou mentir sci-fi não é meu forte e SooXing muito menos, mas como missão dada é missão cumprida, aqui está a fic que eu escrevi com base em dois filmes diferentes e deve estar uma maravilha só, imaginem. >.<
Mas tudo bem, eu quero agradecer as meninas idealizadoras do projeto pela oportunidade e se não tiver ficado muito bom, eu dei o meu melhor.
Com a correria do dia a dia, fui capaz de fazer o que está escrito aqui e se tiver algum erro ou algo meio confuso, por favor, relevem.
Ah, só quero deixar claro também que estou apaixonada...
Sim, apaixonada por essa capa maravilhosa feita pela também maravilhosa da @ psychomisuzu. Eu amei mesmo!
Muito obrigada por ter aceito meu pedido. >.<
Bem, é isso pessoal.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Realidade Paralela


 

Ano 2500, em algum lugar da Coreia do Sul

 

        Era difícil, sim, era muito difícil viver dessa maneira. Pelo menos foi o que eu sempre pensei, até porque não era mentira. Imagine você ter que viver duas vidas completamente diferentes, porém ao mesmo tempo.

        Foi o que aconteceu comigo, e tudo começou exatamente por causa dele.

        Seu nome? KyungSoo. E ele costumava ser o meu melhor amigo, só que ele sempre foi bem mais do que isso.

        Minha vida mudou completamente quando minha mãe, ainda jovem e desesperada para se amarrar de novo a alguém depois da morte de meu pai, se casou com um cara coreano que ela conheceu em um site de relacionamento e com quem teve um filho.

        Durante os anos que permanecemos juntos, quase inseparáveis, desde a tenra infância dividindo as alegrias e as emoções da juventude e adolescência, até o momento em que nos tornamos adultos em uma sociedade já totalmente desestruturada e diferente daquela de nossos pais e avós, eu nunca, NUNCA, senti por ele o que sinto agora.

        Estou relatando isso, pois quando menos percebo, eu Zhang Yixing, também conhecido como Lay, tenho a grande facilidade em complicar minha vida e depois não lembrar de nada, como se isso fosse possível.

        A vida também costuma ser bem filha da puta comigo. E me faz pensar em fazer certas coisas especificas com uma pessoa mais especifica ainda, que com certeza eu não teria coragem de fazer. Ou teria?

        Bem, vou deixar isso para lá. Eu e meu meio irmão trabalhamos, ou trabalhávamos, agora não tenho tanta certeza disso em uma grande empresa. Essa empresa era pequena no início, mas com o considerável avanço da tecnologia, o dinheiro investido durante décadas, e bem investido nos últimos anos, a ajudaram a crescer ainda mais acabando por se tornar uma das mais conceituadas naquele que viria a ser o ramo mais rentável no futuro. E se a população mundial sempre soubesse disso, garanto que teriam se cuidado melhor.

        O nome da empresa?

        EX´ACT.

        A melhor do ramo em fabricação de órgãos humanos e que são muito mais resistentes que os que já nascem com a gente, feitos de um material que não se desgasta com o tempo, com resistência a oxidação mais totalmente perfeitos e melhores, digamos, que os convencionais. Graças a ciência biomédica utilizada na fabricação deles, as filas em hospitais diminuíram consideravelmente ou quase nem existem mais.

        Não vou mentir, é um negócio muito rentável, pois as pessoas estão dispostas a pagar (e caro) por esses órgãos, já que eles proporcionam tudo o que os normais não são capazes, como suportar tudo o que o ser humano consome que é muito prejudicial à saúde, seja cigarro, bebidas alcoólicas ou o que for.

        A empresa é responsável por oferecer a maior variedade possível que a tecnologia de hoje em dia disponibiliza. E isso contempla desde rins, pulmões, fígado, pâncreas, coração, até cérebro.

      

“ Seja bem-vindo! “

 

        Eu sabia como exatamente tudo funcionava pelo simples fato de ser um dos responsáveis por essa realidade acontecer. Eu me formei em medicina pela BUCM (Beijing University of Chinese Medicine), com foco na medicina tradicional chinesa, mas com bastante utilidade no que eu fazia dentro daquela empresa.

        Pelas minhas mãos eram criados esses órgãos super-resistentes. E mesmo que nem minha formação médica e nem minha posição naquela empresa permitissem que eu questionasse o que acontecia ali, (afinal, sou apenas um funcionário) minha consciência começava a me dizer o contrário.

        Isso porque segundo KyungSoo, aquilo era desumano. Não o fato da empresa criar órgãos e vender depois por preços exorbitantes, mas sim o fato de omitir das pessoas que se caso elas não pagassem religiosamente pelo órgão adquirido, a consequência seria a retomada do produto, de maneiras que eu nunca questionei para KyungSoo. Mas com certeza não deviam ser nada agradáveis para essas pessoas.

        Meu irmão também sabia mais do que ninguém o que realmente acontecia nessa área da empresa, pois trabalhava como um Onut, caras responsáveis pela coleta da mercadoria de volta. Ele sempre reclamava do seu trabalho, dizia que mesmo que fosse o seu sustento aquilo ás vezes o deixava com um certo peso na consciência, e por causa dele reclamando dia após dia, a minha também começava a pesar como se eu carregasse uma tonelada em cima da cabeça. 

 

“ Podemos começar senhor? ”

 

        - Você demorou. – ele me falou assim que entrei em casa.

        Antes de KyungSoo aparecer e me pedir para ficar por algum tempo morando comigo enquanto tentava dar um jeito em sua vida, antes de eu arrumar o emprego na EX´ACT que ele tanto reclamava, o sofá onde ele estava todo esparramado, a televisão que nunca desligava e só era possível mudar os canais com o som da nossa voz (culpa da tão antiga alienação mental imposta por esses meios de comunicação), a geladeira que ele deixava quase vazia, o guarda-roupa que ele tomou grande parte e a cama de casal com o colchão macio. Tudo isso era somente meu, até ele aparecer e tomar consideravelmente conta da minha vida.

       - Tinha algumas coisas para resolver – respondi sem nenhuma empolgação, já querendo logo descansar depois de mais um dia estressante na empresa.    

        Enquanto me direcionava ao quarto KyungSoo veio atrás de mim, e ele podia ser bem insistente quando queria.

        - Vai dormir sem se alimentar Lay? Pelo menos toma um banho, se alimenta      e aí depois você pode dormir o quanto quiser. – ele me olhava com certa suplica para que eu fizesse o que pedia.

       E de certa forma eu não podia negar nada a ele, pois KyungSoo exercia em mim algo que nunca consegui explicar. Desde o primeiro momento em que o peguei nos braços, até ali onde seus olhos avantajados me encaravam sem nem piscar, fazendo minha mente ficar completamente nublada. Tudo nele me fazia perder a razão e isso não podia acontecer. Nunca mais.

 

        - Tudo bem. - disse já me levantando e indo em direção ao banheiro.

        Mas KyungSoo permanecia ali, estático apenas me observando, mirando todos os meus movimentos até virar as costas e sair.

        Eu realmente precisava daquele banho, todo o meu corpo relaxou depois da água quente tocá-lo e me deixar limpo e ao mesmo tempo tranquilo. Agora só faltava eu comer e poderia finalmente ter o meu tão sonhado merecido descanso.

        Fui até a cozinha guiado por um cheiro maravilhoso que eu sabia ser da comida feita por KyungSoo. Ele podia ser um tanto intrometido demais às vezes, mas algo que eu não poderia negar era que ele fosse um excelente cozinheiro.

       - Finalmente Lay! Achei que fosse morar em baixo do chuveiro – KyungSoo se aproximou de mim fazendo alguns pelos do meu corpo se arrepiarem, quando ele aspirou o meu cheiro bem próximo ao meu pescoço.

        - Estou aqui agora, o que tem para comer? – perguntei antes que eu avançasse para cima dele.

        - Dessa vez resolvi fazer algo diferente e baixei os ingredientes daquela receita de Niou Rou Mien que você tanto adora. - ele me sorriu ao dizer isso.

        Comemos e depois de organizar a cozinha já estávamos prontos para dormir. Mas eu não parava de pensar em como minha vida tinha mudado de vez com a chegada do meu meio irmão, tudo em que eu acreditava já não era o bastante diante aquilo que eu sentia. Agora mais do que nunca eu tinha absoluta certeza de que faria qualquer coisa por ele. Qualquer coisa.

 

        - Lay? Será que eu posso dormir hoje com você? – nem percebi quando KyungSoo estava escorado no batente da porta me olhando.

        - P-Pode! – gaguejei não sei porque, se não era a primeira vez que ele me pedia isso.

        Ele se aproximou e se deitou ao meu lado, e seu cheiro logo me entorpeceu, o que me fez cair no sono mais rapidamente.

        A época em que agora vivíamos não mais era do que o reflexo de tudo o que a não tão pouco tempo atrás o homem foi capaz de fazer com o planeta. Como a redução considerável das árvores, aumentando assim em quase dez por cento a energia consumida no planeta.

        O que também acarretou em um mundo mais quente, seco, e muitas espécies de animais e insetos que dependiam delas acabaram morrendo, originando a criação de cópias de segunda geração, cópias de cópias, ou seja, criaturas orgânicas feitas pelo homem.

        E também quase todas aquelas árvores que davam frutos desapareceram, fazendo a alimentação das pessoas mais pobres, sem uma série de vitaminas que sempre foram fundamentais para o nosso corpo.

        Resumindo as consequências da ambição humana foram drásticas.

       Acho que aquela baboseira de uma vida melhor não aconteceu, pelo menos não por enquanto ou da maneira como a maioria queria. E é difícil imaginar, pelo menos para mim, que a mais ou menos quatrocentos e oitenta e quatro anos atrás as pessoas sonhavam com uma vida longa e cheia de benefícios tecnológicos. Talvez até tenhamos isso hoje, mas a um custo muito alto, e que a grande maioria não pode pagar.

        O mundo até dois mil e cinquenta tinha apenas nove bilhões de pessoas, isso com aproximadamente treze vírgula quatro bilhões de hectares de terra e água biologicamente produtivos e disponíveis para uso da sociedade. Agora ninguém sabe ao certo quantos somos, já que o crescimento é desenfreado e a cada ano nascem setenta e sete milhões de pessoas. Imagine agora o porquê o mundo se tornou um verdadeiro caos.

        Com as alterações climáticas, inteligência artificial e mutações genéticas o homo sapiens se tornou pronto para transformar seu corpo de forma drástica. Mas isso claro, está longe de ser o desejável para a raça humana que nunca se satisfaz e quer sempre evoluir, nem que para isso precisem manipular os genes até mesmo antes do nascimento.

        Esses seres humanos, desse presente onde vivo podem ter melhorado bastante a capacidade de processar informações e armazenar habilidades, isso tudo por causa do aumento considerável da superfície do cérebro, mas ainda não conseguem dominar completamente o dom da empatia e sentir o amor na sua mais pura forma.

        O amor. É o que eu sinto por KyungSoo, mas não é aquele amor que se espera que alguém sinta por um irmão. Não sei explicar como eu pude confundir algo inconfundível e me deixara levar por uma sociedade que se quer se importa com alguém.

       Eu já me corrompi demais e ainda me corrompo quando finjo não ver o que a EX´ACT faz com milhões de vidas ao redor do mundo. E KyungSoo está me mostrando que é possível sim, mudar essa realidade, eu só ainda não sei como.

        E enquanto eu penso sobre isso, meus olhos não desgrudam do ser pequeno encostado sobre meu ombro, ressonando quando dorme. Um sono que parece ser tão profundo e tão tranquilo e que antecede toda a adrenalina que envolve seu trabalho.             

        Afinal, tirar algo de alguém não é fácil, ainda mais quando é algo que a faz viver.

        Não me contenho e aproximo delicadamente meus lábios dos de KyungSoo, seu formato em coração e sendo tão cheios e carnudos, fazem meus batimentos cardíacos acelerarem, e querer toma-lo de todas as maneiras possíveis. Seu rosto tão angelical com a tez tão alva quanto a neve que cai no inverno me fascina. Eu realmente o amo. Eu realmente...

 

        - Hum.... Me beija direito Lay- ele despertou e me encarou com seus olhos vermelhos pelo sono.

         - M-Mas você não estava dormindo? – eu tinha gaguejado de novo.

        - Sim, mas acordei com o seu beijo.

        - E-eu – não conseguia falar.

         - Não! – KyungSoo logo me beijou com certa maestria.

      

        E eu não evitei sentir meu peito encher de alegria, diante a sua atitude. Era tudo tão complicado, tão errado, tão.... Ah, quer saber? Não me importo!

        Arrastei meus dedos já trêmulos sob sua pele quente e me surpreendi com o seu arrepio. Isso com certeza era sinal de que ele também ansiava por aquilo tanto quanto eu. O beijo que agora trocávamos se intensificou de tal forma que já não podíamos mais evitar o desejo que crescia cada vez mais dentro de nós. Aquilo não parecia ser real, parecia mais uma das tantas realidades criadas pela minha mente para tentar fugir daquele mundo frio em que vivia.

        KyungSoo era o único que poderia tirar tudo de ruim que existia em mim, tudo que um dia achei certo e que agora repudiava com o mais profundo do meu ser.

       - Você tem certeza? – precisava perguntar caso ele tivesse algum tipo de dúvida sobre se o que faríamos fosse longe demais.

        - Nunca estive tão certo sobre querer algo – ele respondeu com um singelo sorriso nos lábios.

      

“ Por enquanto tudo está indo bem. ”

 

        Eu sentia cada parte do meu corpo respondendo aos estímulos de KyungSoo, seus toques me enlouqueciam, minha pele parecia queimar cada vez que seus dígitos entravam em contato com ela. O controle não estava mais em minhas mãos, quem dirá nas mãos dele. Tudo, simplesmente tudo se encaixava agora. Eu era dele e ele era meu.

 

        Os corpos agora nus, despidos de roupas e de qualquer pudor estavam livres, apenas desfrutando de algo magnífico que com o passar dos anos nunca mudou. E eu sinceramente agradeço muito por nenhum humano se quer ter cogitado a hipótese de alterar o jeito como nós nos entregamos a esse ato tão carnal e maravilhoso chamado sexo.

 

        Deixe-me levar ao êxtase ao estar com aquele que tanto amei e amo dentro de mim. KyungSoo gemia mais, cada vez que se arremetia contra o meu orifício, trazendo a loucura para perto e levando a sanidade para longe.

 

        - Por favor Lay eu preciso de você... – sua imagem era meio distorcida quando tentava focar apenas com meus olhos semicerrados.

         - Eu também KyungSoo, preciso de você mais do que nunca, - minhas palavras saíram com tamanha naturalidade que eu nem pensei a dizê-las.

 

“ As endorfinas subiram e o sistema límbico está a todo vapor. ”

 

        Infelizmente nossa entrega não durou muito como um dia imaginei. E o dia logo amanheceu levando com ele a lembrança de tudo vivido.    

        - Preciso ir, já estou atrasado para a primeira coleta – KyungSoo disse antes de selar meus lábios e partir.

        E eu apenas pude o ver sair pela porta com a certeza de que ele voltaria são e salvo, como sempre acontecia, mas o destino nesse dia andou de mãos dadas com a minha vida e os dois filhos da puta acabaram de ferrar de vez comigo.

 

        EX´ACT a empresa em que trabalho a mais de vinte anos, a dona da porra toda, capaz de tomar o lugar de Deus nos dias de hoje. Estava agora tirando de mim a única pessoa que eu verdadeiramente amei.

       Lá fora a vida está cada vez mais miserável enquanto aqui dentro a tecnologia avança de maneira absurda, isso graças as milhões de pessoas beneficiadas com a maravilha que são os tecórgãos, uma forma idiota que arrumaram para chamar as belezinhas fabricadas pela empresa.

        Eu não podia estar mais ferrado do que estava agora, imaginando como tirar KyungSoo de dentro de uma das muitas salas onde as cirurgias de transplantes eram feitas. Porque agora quem tinha uma daquelas coisas implantadas em si era ele.  

        Maldita hora que o deixei sair de casa hoje de manhã para trabalhar com aquilo que ele mais odiava. Devia ter o impedido, ter inventado qualquer desculpa esfarrapada, mas não deveria o ter deixado partir.

        Agora é tarde e já não adianta chorar pelo leite derramado.  

        O que eu precisava fazer e com urgência era levar KyungSoo para longe, de preferência para um lugar bem distante, onde os scarners não o identificassem. E mesmo que fosse impossível falsificar um passaporte americano, eu precisava arriscar depois de termos acesso a fronteira.

        Seria complicado, ainda mais com o estado de KyungSoo, que depois de uma cirurgia para retirada do cérebro e a troca por um tecórgão deve estar muito debilitado. Quem ia imaginar que um dos clientes fosse reagir a retomada do seu produto e atirar justamente na cabeça dele?

 

        Eu tinha quase certeza de que eles tomariam o órgão de volta logo, isso porque KyungSoo tinha pouco tempo de empresa e o seu salário mal dava para cobrir suas despesas, imagina um órgão novo e ainda mais sendo um cérebro.

        Também não poderia ajudar, já que metade do meu salário ia para a empresa, depois de uma pesquisa que não foi bem-sucedida, como ressarcimento de custos. Eu podia ser um dos médicos responsáveis pela criação de novos produtos, mas não era o melhor.

 

        - O que vai fazer? - Fui pego de surpresa com a pergunta de MinSeok, chefe do meu departamento.

        - Ainda não sei. – respondi com sinceridade, eu realmente não tinha ideia de como proceder.

        - Vocês têm três meses, sabe disso. – ele disse e se afastou logo em seguida.

        Disse aquilo e me deixou mais desesperado do que eu já estava, pois, três meses passam rápido demais.

 

        E como tinha previsto lá se foram três meses, prazo de carência para o pagamento exorbitante (fora os juros) do órgão adquirido.

        Meu pobre KyungSoo estava desesperado diante a possibilidade de perder seu cérebro, isso porque mesmo que houvesse a chance de ele viver mesmo que fosse no estado vegetativo, ele nunca aceitaria. KyungSoo queria realmente viver e de preferência ao meu lado.

 

        - Não se preocupe vamos nos safar dessa. – falei quando ele me abraçou e chorou em meus braços.

 

“ Precisamos mudar algo senhor? ”

“ Não, deixe como está. Quando for para aplicar a

PKMzeta eu direi. ”

 

 

        - Mais que droga! – minha voz transpareceu meu desespero.

        Estávamos sem saída!

        - Eu estou com medo Lay, por favor diz que tudo vai ficar bem? – KyungSoo me suplicava.

        E eu tentava com o meu âmago manter a calma para não o assustar mais do que já estava, e garantir que saíssemos bem de tudo aquilo.

        Era o que nós precisávamos, sair de tudo aquilo e viver uma vida onde empresa nenhuma nos perseguiria e nos impediria disso. A EX´ACT não tiraria de mim tudo que almejei ao lado de KungSoo.

 

        - Vamos por aqui Kyung - corríamos pelo o aeroporto.

        - Lay minha cabeça... ela... dói muito.

        - Merda! – me desesperei. - Aguenta mais um pouco já estamos quase fora daqui.

      

        Minha esperança era conseguirmos entrar no avião e podermos finalmente sair daquele país, mas logo vi que era algo meio difícil com a presença dos outros Onuts, que caçavam a gente

 

        - Vem! – peguei KyungSoo no colo e corri o mais depressa possível que minhas pernas podiam aguentar, furei qualquer bloqueio para poder enfim entrar no primeiro avião que vi. 

        O destino daquele voo eu nem fiz questão de saber, apenas queria um lugar seguro para escondê-lo até estarmos longe dali. Poderia ser uma missão suicida o que eu estava fazendo caso o encontrassem o matariam e a mim também.

        Mas quando se está amando, mesmo que seja alguém que as pessoas digam que não é o certo, a pessoa ideal, ou que é algo abominável. Eu tinha completa noção de que tudo valeria a pena.

        E o que eu mais queria era que o avião decolasse logo, o que estranhamente não aconteceu. Ainda estávamos parados e eu logo entendi o porquê.

        Os Onuts entraram e derrubaram KyungSoo E diante dos meus olhos o vi ser capturado para ser entregue aqueles que comandavam toda aquela sujeira tecnológica e com o único ideal de fins lucrativos, sem se importarem que aquelas pessoas tinham nome, família, amigos, um amor, tinham uma vida. Que era destruída a partir do momento em que eles não davam mais a chance delas poderem vive-la.

        Não podia, eu não podia deixar isso acontecer com   KyungSoo, não podia deixar acontecer com mais ninguém. Por isso em mim surgiu uma força e coragem jamais conhecidas, e com a ajuda delas eu consegui puxar KyungSoo e acertar um soco em um Onut. Idiotice minha não ter uma arma, mas se tivéssemos nunca passaríamos pela alfandega.

        O soco atrasou um pouco as coisas, mas mesmo assim não tínhamos muitas opções de fuga e KyungSoo entendeu que tinha chegado ao fim toda a nossa jornada, quando com um simples olhar eu compreendi que ele tinha desistido.

 

        - Lay não precisa mais, não adianta. – seus olhos marejados me encararam com uma tristeza profunda.

        Algo que me doeu como uma facada certeira no coração, que agora sangrava por dentro.

         - Kyung, ainda podemos tentar, por favor...- tentei pedir.

        - Tudo bem, eu sei como funcionam as regras não precisa tentar, de qualquer forma não vai adiantar.

 

        E essas foram as últimas palavras que ouvi dele antes de o levarem de mim.

 

“ Aplique agora. Vamos ver qual será o resultado”.

 

        Dias depois...

 

        “ E então? Como ele está reagindo? ”

        “ Muito bem, Dr, MinSeok.. O simulador neuro sensorial digamos que já tenha o ‘desconectado’ e junto com a PKMzeta,  o fará ter bons sonhos por um longo tempo.”

      “ Ótimo! Pobre Yixing devia ter se mantido apenas fazendo o seu trabalho, e deixado o KyungSoo resolver seus problemas sozinho.

        Veja onde está? É agora uma das minhas cobaias com esse novo experimento de realidade paralela que eu mesmo idealizei.

        Espero que faça bom proveito de seus sonhos. “

 

FIM.


Notas Finais


Oi de novo. E ai o que acharam? Ficou muito confuso? Deu pra entender que o Yixing estava relembrando tudo o que aconteceu com ele e o Soo antes do MinSeok apagar a memória dele, pra colocar no lugar outras que o fizessem ‘sonhar’ por um longo tempo feliz?
Se não sorry, :(
Eu até coloquei meu bias como o mau da história (nem sei porque ¬¬).
Comentem o que acharam, vou ficar feliz em saber.
Beijos de luz!


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