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História Wildest Dreams - One


Escrita por: drunkzialler

Notas do Autor


Primeira fic, espero que gostem.

Capítulo 1 - One


— Pelo amor de Deus! Você não pode fazer isso comigo! – pedia com os olhos cheios d'água.

— Do que é que você está falando? É claro que eu posso. Não só posso como vou. – me olhou com pesar e determinação. – Por mais que eu odeie vê-la nesse estado, não sou capaz de ignorar o fato de você ter o escondido de mim!

— Eu tive medo. Eu tive medo! Não queria perde-lo! Eu achei que você tentaria tirá-lo de mim! – segurei em seu braço como uma tentativa de fazê-lo ficar.

— Johanna, não me importa se você teve medo ou não! Você não podia ter escondido, era meu direito saber! – olhou-me com os olhos vermelhos de mágoa.

— Me perdoa, desculpa! Eu juro que não sabia que isso era tão importante para você. – olhei para meus próprios sapatos deixando que algumas lágrimas escorressem. – Você não falava mais comigo... E eu... Eu encarei como uma forma de continuar a te-lo, mesmo que apenas uma parte de você. 

— Oh Jo... – murmurou envolvendo minha nuca com sua mão ao mesmo tempo em que acariciava minha bochecha, limpando minhas lágrimas com o polegar. –Me destrói vê-la assim, mas o que você fez foi tão errado... 

— Eu sei, eu sei! Por favor Mike... – envolvi seu rosto com minhas duas mãos e aproximei nossos rostos olhando fundo em seus olhos. – Eu já te perdi, não me faça perder meu filho também! Por favor!

— Oh meu anjo... Você nunca vai me perder. – ele sussurrou e colou nossos lábios em um beijo com gosto de lágrimas. 

 TRIIIIIII – ouvi a campainha que indica o final da cena. Quebrei o beijo e me afastei de Grant Gustin e dei-lhe um sorriso. 

— Ok pessoal, acho que por hoje é só. – disse Martin, o diretor, andando em nossa direção. – As cenas de hoje ficaram ótimas, bom trabalho. – eu e Gus agradecemos e logo seguimos para nossos respectivos camarins. 

— Foi muito bom hoje, nos vemos quinta? – perguntou Gus. Com as gravações da série acabamos criando uma espécie de amizade.

— Quinta. – confirmei sorrindo. Dei-lhe um beijo na bochecha e segui para meu camarim, entrando no mesmo. A primeira coisa que se nota no cômodo é a quantidade de espelhos. Para qualquer lado que eu olhe eu vejo meu reflexo, que não era um dos melhores. A maquiagem estava borrada devido às lágrimas, então logo mergulhei um pedaço de algodão no removedor de maquiagem e pus-me a retirá-la de meu rosto. Não demorei muito e entrei no banheiro para uma rápida ducha. Eu estava um verdadeiro caco. 

...

— Até amanhã. – disse para as poucas pessoas que ainda se encontravam por ali, recebendo “até”s em resposta. Entrei no elevador e apertei o botão que indicava a garagem. Assim que as portas se abriram para o estacionamento, antes mesmo de eu poder dar um passo para fora do elevador, meu celular começou a tocar. Não me surpreendi ao ver que era Wilson, meu empresário.

— Fala Will. – disse atendendo à chamada. 

Annabelle, tenho notícias! – disse com o tom de voz animado. 

— Não preciso nem perguntar se são boas né? – ri de sua animação e destravei minha BMW. – Diga.

Nós precisamos nos reunir para que eu te explique tudo direito. Mas já adianto que conversei com um produtor da Sony Pictures Entertainment e tudo indica que eles te querem como protagonista para “Wildest Dreams”. – Oh. Meu. Deus. Não acredito, não acredito! Eu amo esse livro, nem sabia que ia ter filme! – ...Anna?

— Sim, sim. Eu to aqui. – pude ouvir sua risada baixa. Entrei no carro e o liguei. – “Wildest Dreams” de Lola Tomball? – pude ouvi-lo murmurar em afirmação. – Caramba... – foi a única coisa que pude dizer.

Eu imaginei que você teria essa reação. – riu pelo nariz. Ele sabia o quanto eu amava o livro. – Poderíamos nos encontrar amanhã às 13 horas? 

— Sim, pode ser. – tive vontade de dizer para ser hoje mesmo, mas tenho que controlar minha curiosidade. – Onde?

Na starbucks perto de sua casa, pode ser? – fiz um barulho concordando. – Vou te dar os detalhes e dependendo da sua resposta, teremos uma reunião na quinta-feira com o pessoal da Sony.

— Mas e as gravações? 

Ah querida, não se preocupe. Você sairá mais cedo do estúdio. Estamos lidando com algo grande.

— Quão grande? – perguntei tentando obter qualquer informação a mais. 

Isso você saberá amanhã. Tente não se matar de curiosidade. – e desligou na minha cara. Com um sorriso enorme no rosto, troquei a marcha e dirigi para fora do estacionamento. 

...

Estacionei meu carro na minha vaga e desliguei o motor. Encostei minha cabeça no descanso do banco e encarei o teto do carro. Já fiz vários filmes antes, mas este eu sinto que vai ser diferente, até porque eu amo a história. 
Eu estava tão cansada que tinha preguiça até para sair do carro, mas logo pensei na minha caminha macia me esperando e ganhei coragem para sair do carro. Entrei no elevador e apertei o botão do 52º andar. Assim que abri a porta do apartamento, meu lindo husky siberiano passou a fazer festa em volta de meus calcanhares. Ele ainda era filhote, portanto não estava enorme. Ainda.

— Oh meu amor, tava com saudades? – perguntei me agachando e coçando atrás de suas orelhas enquanto ele lambia minha mão desesperadamente. Vi que em sua vasilha não havia mais nenhum pouco de ração. – Alex, você comeu toda a ração? Seu gordo! – ele olhou para mim com as orelhas caídas. Quase como se falasse “sou inocente, me dá mais?”. Fui até a área de limpeza e peguei sua ração no armário. Enquanto colocava sua comida na vasilha (Alex já estava atacando), ouvi uma música alta vinda de um dos quartos. Gabe.

Caminhei até seu quarto e bati na porta antes de entrar. Quando eu era mais nova, eu entrei em seu quarto sem bater e tive uma cena não muito agradável, meu irmãozinho havia descoberto o pornô. Ouvi um “entre” abafado pela música e abri a porta encontrando-o deitado em sua cama escutando Led Zappelin ao máximo. Fui até o som e abaixei um pouco para podermos conversar.

— Brigou com a mamãe de novo? – perguntei já sabendo a resposta. Era sempre assim, eles brigavam e ele vinha para cá. 

— Foi. Aquela mulher tá me deixando maluco. – ri com suas palavras. Realmente, nossa mãe era uma pessoa difícil de se lidar. Imagino como deve ser para Gabe, com seus 18 anos, tendo que acatar as imposições de nossa mãe. Que não eram poucas nem faziam sentido. 

— Qual foi a da vez? – sentei na cadeira da escrivaninha ao lado da cama, começando a fazer-lhe um cafuné.

— A mãe do meu amigo comentou com ela que a gente tava bebendo. Não foi de propósito, a mãe dele acha normal jovens de 18 anos bebendo, como qualquer outra pessoa! Mas pra mamãe não, é pecado. Então ela começou com os sermões e eu vim pra cá. – finalizou suspirando e fechando os olhos.

— Tudo bem então. Mas ela sabe que você está aqui? – ele me olhou com uma carinha de quem aprontou e eu logo já soube.

— Por favor, avisa ela pra mim? Por favor... – juntou as mãos e fez praticamente a mesma carinha que Alex. 

— Ah não Gabe, você sabe que a mamãe me odeia. Pode ir ligando você. 

— Ela não te odeia...

— Odeia sim.

— Não An, ela só não te entende.

— E quem ela entende? – Gabe apenas deu de ombros. Ele sabe que eu estou certa. – Pode ir ligando pra ela. Não quero problemas. 

— Ok...

— E você pode fazer o jantar? Estou cansada... – agora foi minha vez de fazer a cara do Alex.

— Se eu não estivesse aqui, como você faria? 

— Provavelmente pediria uma pizza.

— Então peça uma pizza. – piscou e eu levantei da cadeira saindo do quarto em seguida. É isso que eu ganho dando refúgio para meu irmãozinho.

Decidi não comer nada mesmo, estava cansada e com sono, não tinha paciência pra esperar o delivery. Gabe era capaz de cozinhar se ficasse com fome.

Como já havia tomado uma ducha no estúdio, apenas coloquei o pijama e deitei na cama. Não passou muito tempo para que Alex latisse para que eu o colocasse na cama, e assim, ele se aconchegou entre minhas pernas. Achei que demoraria a dormir, pelo fato de ser ansiosa e querer que amanhã chegasse logo para que eu soubesse mais sobre esse papel, mas eu deveria estar tão cansada que dormi antes mesmo de fechar os olhos.

...

Who's got the heart? Who's got it? Who's heart is the biggest? Wear on your skin... That we can make a dif… – soneca. Já estava indo dormir de novo quando lembrei que dia era hoje. Ou melhor, o que eu faria hoje.

Peguei meu celular na escrivaninha, tirei a soneca e vi as horas. 12:16. Uau. Dormi demais! Eu tinha apenas 44 minutos para me arrumar e correr para o starbucks. Demorei mais um minuto me preparando psicologicamente e reunindo coragem para levantar da cama.

Sai da cama e entrei no banheiro para fazer minha higiene. Nem ia dar tempo de tomar um banho. Fui correndo até o closet e tirei a primeira calça e blusa de frio que encontrei ali. Sorte minha que tudo é organizado. Não havia risco de sair de roupa de malhar ou de dormir. Vesti a roupa correndo e calcei minhas botas. Passei uma maquiagem básica pra tirar a cara de zumbi, pequei as chaves, carteira, óculos de sol e celular, me despedi de Alex e sai do apartamento. Com certeza Gabe ainda estaria dormindo. 

Como a starbucks era bem perto do meu prédio e o trânsito de L.A. deveria estar uma merda à essa hora de terça-feira, fui à pé mesmo. 
Cheguei na cafeteria 3 minutos atrasada e logo encontrei Wilson em uma mesa afastada me esperando. Pontual como todo bom britânico. 

— Atrasada. – foi a primeira coisa que disse assim que sentei-me na cadeira a sua frente. Tomou um gole de seu expresso e olhou-me em reprovação.

— Até parece que não me conhece Will. – a garçonete veio buscar o pedido e assim que ela voltou para seu posto me virei para Will e esperei até que ele desembuchasse. – Que foi? – fez-se de desentendido. Apenas estreitei os olhos e ele riu pelo nariz. – Okay senhorita curiosa. A proposta.

— A proposta.

— Sim. Bem. Aparentemente, você é a imagem que a Sony deseja para protagonizar o filme. Isso você já sabe. Mas antes que você aceite...

— Eu vou aceitar. – o interrompi. Claro que eu iria aceitar! Já falei que amo a história?

— ...posso terminar? – ergueu umas das sobrancelhas e esperou que eu assentisse. – Pois bem. Devo alerta-la de que este papel é diferente dos que você já interpretou antes. Ele requisita mais... Contato físico. – eu o encarei com confusão e ele suspirou. – Você interpretará um papel em que haverão cenas hum... mais quentes, digamos assim. – então eu entendi. Bem que no livro haviam cenas eróticas. Realmente, é diferente de todos os papéis que eu já havia interpretado. 

— E... – a garçonete interrompeu-me com meu frappuccino de chocolate. Assim que se afastou, Will prosseguiu. 

— Mas eu devo dizer que é uma grande oportunidade.

— Continue.

— Bom. Essa pode ser considerada a sua chance de entrar de verdade no mercado cinematográfico. Você não participaria apenas de séries e filmes “comuns”. – fez aspas com os dedos. – Você passaria a fazer, protagonizar filmes dignos de Oscar. É a chance de sua carreira decolar. 

— Eu... Will, você sabe como eu sou. Apenas não quero ser... corrompida por esse meio. – bebi um gole do frappuccino nervosamente.

— Oh Anna, não se preocupe. Você não precisará fazer nada que não queira. E você já é uma adulta, deve saber o que faz. – lançou-me um sorriso tranquilizador. — Então? Você vai considerar e comparecer à reunião na quinta-feira, ou irá recusar definitivamente? 

— Não, eu vou considerar. – sorri. Afinal, não custa nada tentar. Wilson sorriu com os olhos.

— É isso aí. Tenho um compromisso agora, se me der licença. 

— Toda. – beijou minha mão, tirou uma nota de U$20,00 da carteira e deixou na mesa, encaminhando-se para a porta do estabelecimento em seguida. Suspirei. Por mais feliz que eu estivesse por ter essa oportunidade, eu não conseguia deixar de sentir receio. Mesmo reclamando da minha mãe, muitas das coisas que ela pensa eu concordo. Como a corrupção que o meio artístico gera nas pessoas. O fato de eu ter entrado para esse meio foi o motivo para que minha relação com minha mãe fosse desgastada.

...

Depois de pagar a garçonete, voltei para casa e encontrei Gabe e mais um menino no sofá da sala jogando vídeo game. Assim que me viram entrar, pausaram o jogo e o menino começou a me olhar paralisado.

— Oi An, esse é meu amigo David. Você se importa?

— Claro que não. Mi casa és tu casa. – sorri para ele. Nunca proibi visitas. Claro, desde que não haja putaria. Olhei para o tal David que ainda me encarava com os olhos arregalados. – Fique à vontade. – ele piscou. Eu hein, menino estranho.

— Ah, nem se incomode. Ele tem um crush por você. – finalmente o garoto deixou de me encarar para dar um chute na perna de Gabe. – Que foi? É verdade. Eu hein. 

— Okay então rapazes. Vou para o meu quarto. Divirtam-se. – fui para o corredor mas logo voltei. – Mas nada de pornô. – é impressão minha ou o tal David ficou vermelhinho? 

— Há há. – Gabe riu irônico. Gargalhei e sai dali. 

Passei reto pela cama e me dirigi ao banheiro. Estava precisando de um longo banho de banheira. Misturei sais e produtos espumantes com a água. Assim que meu corpo entrou em contato com a água morna foi como se todos os meus músculos relaxassem. Até então, não havia percebido que estava tão tensa. 

...

— Annabelle! – ouvi Gabe me chamar. Eu estava terminando de colocar minha roupa íntima. 

— Fala! – berrei de volta enquanto enrolava um roupão de seda em volta de meu corpo.

— Vem cá! – sai do quarto fazendo o nó no roupão achando que fosse algo urgente. Encontrei Gabe e David em frente à porta de entrada aberta. – David está indo embora. – tive que me controlar para não dizer: “...e?”. Gabe percebendo meu aborrecimento acrescentou: – Ele quer um autógrafo. – deu de ombros. Olhei para David e ele me encarava esperançoso. Sorri para ele e busquei um papel, autografando-o em seguida.

— Pronto, aqui está. – entreguei-lhe o papel e um grande sorriso apareceu em seu rosto.

— Hum... Se não for incômodo, pode tirar uma foto comigo? – David perguntou tirando seu iPhone do bolso traseiro da calça. Olhei para mim mesma. De roupão, cabelos molhados e neca de maquiagem.

— Tudo bem. – posicionei-me atrás dele e o esperei bater a foto. 

— Brigado. – ele sorriu e Gabe o acompanhou até o elevador no corredor. Voltei para o meu quarto e me joguei na cama, pegando meu iPhone em seguida para dar uma olhada em minhas redes sociais. No Twitter dei alguns follows e respondi alguns fãs. 
Mesmo considerando tudo aquilo que perdi para chegar até aqui, como minha mãe por exemplo, eu vejo que valeu a pena. Desde meus 13 anos meu sonho era ser atriz. Meu pai me apoiou e pagou minhas aulas de teatro e posteriormente minha faculdade, mas quando eu tinha 19 anos ele faleceu com uma grave doença pulmonar. A partir daí minha mãe quis cancelar minhas aulas e isso causou a minha saída de casa. Mesmo com o dinheiro deixado por meu pai, eu quis trabalhar pois não podia ficar dependendo de herança. Portanto, trabalhei duro para pagar minhas aulas e o aluguel de meu apartamento. E agora, 4 anos depois, estou aqui. A minha dedicação e, admito, um pouco de sorte, fizeram com que eu subisse muito rápido no ramo artístico. 
Eu faço o que amo. E ver que tenho sucesso no que faço o torna ainda melhor.

...

 

Cause if you like the way you look that much, oh babe you should go and love yourself. – cadê essa merda de telefone? – And if you think that I’m still holding on to something you should go and love yourself. – tirei todos os travesseiros da cama e achei o iPhone com o nome de Lindsay na tela. 

— Alô? – disse com a voz rouca por ter ficado um tempo sem falar nada. Tirei a tarde para reler Harry Potter e a Ordem da Fênix. 

Bell! Tá esquecendo das amigas? – Linn disse com seu jeito afobado. – Só não deixa a fama subir a cabeça, hein? – ri de seu comentário. Lindsay e Samantha são minhas amigas desde quando eu era adolescente. Elas sempre me apoiaram com o meu sonho.

— Claro que não sua dramática! Apenas aproveitando o resto do dia.

Ah, deixa eu adivinhar. Deitada na cama lendo algum livro que você já leu umas mil vezes?

— Você me conhece tão bem. – revirei os olhos ao ouvir sua risadinha convencida. 

Enfim, pode parar o que está fazendo. Vamos sair e não aceito “não” como resposta. – eu ia protestar mas ela logo me interrompeu. – Eu, você e Sam. Ela já tá se arrumando aqui.

— Tem muito tempo que não a vejo mesmo. – antes que Linn começasse com seus ciúmes dizendo que também não me via faz tempo, eu continuei. – Okay. Eu busco vocês. Que horas? 

Passa aqui umas 22 horas.

— Beleza, até. – retirei o telefone do ouvido e finalizarei a chamada. Eram 15 para as 21, então deixei meu livro de lado e fui para o banheiro. Tomei um banho curto sem lavar o cabelo pois já tinha o lavado ainda hoje. Sai do banheiro e entrei no closet. Não estava com vontade de inovar, então pequei um tubinho preto curto e um salto alto boneca preto. Arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem leve. Já falei que estava sem ânimo? Vesti a roupa e coloquei os saltos. Peguei meu celular, carteira e chaves e passei no quarto de Gabe, encontrando-o vazio. Ele deve ter voltado para casa de mamãe. Na dúvida, mandei uma mensagem para ele perguntando. 

Sai de casa, tranquei a porta e esperei o elevador chegar. Assim que as portas se abriram, vi Shiloh Fernandez dentro. Ele era gatinho e sempre dava em cima de mim, mas eu conhecia sua fama. 

— Anna... Linda como sempre. – me olhou de cima a baixo e mordeu o lábio inferior. Tenho a impressão de que “linda” não é o adjetivo que passa por sua cabeça. 

— Olá Shiloh, boa noite. – sorri e entrei no elevador. O botão para a garagem já havia sido pressionado, por tanto fui para o outro lado do elevador e esperei pacientemente até que o elevador chegasse até o estacionamento. 

— Sempre tão formal. – riu pelo nariz e se aproximou. – Quando vai me dar uma chance? – neguei com a cabeça e ri. – Você ainda será minha, pode esperar. – apesar de suas cantadas, nós somos amigos, então apenas rimos da situação. – Vai aonde tão linda?

— Sair com as meninas. – dei de ombros. Ele sabia quem eram. Na verdade, ele sabia quem Sam era, até demais…

— Ah sim... – as portas do elevador se abriram e nós saímos deste indo para nossos respectivos carros. – Mande um beijo para elas. Um especial para Sam. – sorri e assenti, abrindo a porta do carro. – Ah! – o olhei. – Um mais especial ainda pra você.

Ri disso e acenei para ele. Entrei no carro e dei a partida. O caminho até a casa de Lindsay não era muito longo, então não demorou muito para que eu parasse o carro em frente a seu prédio. Olhei para o iPhone e vi que eram 22:03 horas. Disquei o número de Sam e esperei ela atender.

Oi Bell, já estamos descendo. – e desligou na minha cara. Isso que eu ganho dando carona pra essas piranhas. Ô vida injusta. Esperei uns 2 minutos e elas chegaram. Linn foi atrás e Sam tomou o assento do passageiro. – Oi linda, saudades! – Sam beijou minha bochecha e me abraçou desajeitadamente. 

— Okay, vou te perdoar pela sua grosseria. – Linn riu e Sam dez cara de ofendida. – Iai, como é que vai a vida? – disse dando a partida e costurando pelas ruas de L.A. 

— Sem graça né, comparada a sua. – ri do desânimo de Linn. – Mas vamos nos divertir hoje. Você está linda!

— Ah obrigada, vocês também estão.

— Mas você nem viu! 

— Mas eu já sei, vocês sempre estão. – e pude ouvir um corinho de “aw”. Ri delas e continuei a prestar atenção na rua, então lembrei que não sabia para onde iríamos. – E para onde nós vamos? 

— Ah, Playhouse Nightclub. – Sam respondeu. Bom, pelo menos é uma das melhores baladas de Los Angeles. Peguei o caminho para a boate e as meninas começaram a conversar sobre homens. 

— Será que o Cody vai? – perguntou Linn com sua voz sonhadora. Ela é toda apaixonadinha por ele, desde quando éramos novas. Ele era nosso amigo do ensino médio. 

— Ai Linn, desencanta desse garoto, ele não te merece. – bufou Sam. – E você Bell, alguém novo na sua vida? 

— Não, na mesma. – ri da minha desgraça. – Ah, Fernandez mandou um beijo pra vocês. Um mais especial para Sam. – rimos.

— E o que que você tava fazendo com ele hein? – perguntou Sam com uma pontinha de ciúmes. Ela finge não se importar com ele, mas eu sei que ela o faz. Como eu já disse, Shiloh era um cafajeste. 

— A gente se encontrou no elevador. Calma, não to roubando seu macho.

— Pode roubar, ele não é meu. – deu de ombros.

— Sei... – eu e Linn resmungamos ao mesmo tempo.


Notas Finais


Eu amo o clipe e a letra de "Wildest Dreams", então decidi escrever algo baseado nisso. Quem sabe outras pessoas não pensam igual?
Obrigada por lerem
Até o próximo capítulo
Bjs


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