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História Wildest Dreams - Three


Escrita por: drunkzialler

Capítulo 3 - Three


Ele ainda olhava em meus olhos enquanto se afastava. Olhei para Will e ele apenas deu de ombros. Filho da puta! Ele sabia o tempo todo que eu iria protagonizar junto de Justin Fucking Bieber e não falou nada. Desgraçado. Ele me paga. Voltei a encarar as orbes carameladas de Biber – muito bonitas, assim como todo o resto – e dei-lhe um sorriso de canto.

Ele se sentou em uma das cadeiras que sobravam, ao lado de Jack, e olhou em volta.

— Então vamos começar. – Steven Wallois retomou a atenção para si e todos começamos a discutir as cláusulas e sobre o que faríamos ou não.

Durante toda a reunião eu sentia as iris carameladas me encarando. De vez em quando eu olhava para ele no intuito de mostrar-lhe que ele não estava sendo discreto, mas ele pareceu não ligar e continuava me encarando, só desviando o olhar quando alguém pedia sua atenção.

Não demoramos muito ali. Apenas discutimos sobre assuntos pre-estabelecidos. Não havia quase nada decidido, portanto essa reunião fora marcada no intuito de apresentação, de forma a deixar uma breve ideia sobre aquilo que cada um estaria incumbido de fazer.

— Bom, por enquanto é só isso. Marcamos nossa próxima reunião para sábado, alguma objeção? – perguntou Wallois. Olhei para Will. Não me lembrava de nenhum compromisso para sábado, mas Will sabia mais da minha agenda profissional do que eu. Ele apenas negou com a cabeça indicando que não havia objeção. Vendo que ninguém se manifestaria, Wallois continuou. – Ótimo! Nos vemos daqui a dois dias, às 13 horas. Reunião encerrada.

Após encerrar, todos se levantaram de suas respectivas cadeiras. Uns com pressa e outros como se tivessem todo o tempo do mundo. Ao me levantar junto de Will, deparei-me com Justin e Jack vindo am nossa direção.

— Até sábado.– disse Justin.

— Até.– respondi e Will apenas acenou em resposta.

— Boa noite, princesa.–  Jack fez uma exagerada mesura e se afastou junto de Bieber. Já falei que não gosto desse cara? Olhei para Wilson que fazia uma expressão torta. Aparentemente, eu não era a única.

Nos despedimos do resto das pessoas que ainda estavam por ali e fomos para o elevador. Não demorou muito para chegarmos ao estacionamento e entrarmos no carro.

— Para onde? – perguntou Will.

— Pode me levar de volta para o estúdio? Deixei meu carro lá.

— Uhum. – ele murmurou e eu continuei a encará-lo com os olhos semicerrados. Ele olhou para mim pelo canto do olho e revirou os olhos. Ele sabia que eu iria lhe questionar. – Nem vem.

— Nem vem o escambau. – falei como meu pai falava. Ele riu do meu vocabulário. – Eu não acredito que você sabia o tempo todo que eu ia protagonizar com nada mais nada menos que Justin Bieber e não me falou nada!

— Eu não podia falar! – deu de ombros.

— Ué, por que não? Eles te proibiram?

— Não. É que eu queria ver sua cara mesmo. – gargalhou inclinando a cabeça um pouco para trás. – Você tinha que ver! Estava hilária! – bati em seu braço e cruzei os braços como uma criança birrenta. Eu já desconfiava que minha cara estaria cômica quando soube da novidade, mas ter a confirmação disso me deixava constrangida. Que ótimo! Paguei mico na frente de todo mundo.

— Você não presta mesmo! Tendo amigo assim, quem precisa de inimigo?

— Ah, para de ser dramática. – riu. Ele estava realmente se divertindo as minhas custas. – Ninguém percebeu. Só eu porque te conheço.

Olhei para a paisagem fora do carro e não falei mais nada durante o percurso até o estúdio. Caramba. Agora que a ficha estava caindo. Eu iria protagonizar junto de Justin Bieber. Eu já havia atuado com vários artistas tão famosos quanto Justin, mas alguma coisa estava me deixando ansiosa. Não fazia ideia de onde todo esse nervosismo estava saindo.

— Entregue. – disse após parar o carro em frente à portaria do estúdio. – Não tá chateada, certo? – olhei para ele e revirei os olhos. Ele fazia aquela carinha de inocente. Meu cachorro já pode começar a cobrar os direitos autorais, nunca vi tanta gente imitando sua carinha de pidão.

Sai do carro e fui em direção à cabine dos manobristas. Eram os mesmos de mais cedo. Eles acenaram para mim e um deles foi buscar meu carro.

— Boa noite! – desejei assim que o carro parou a minha frente e entrei no mesmo.

— Boa noite senhorita!

Dei a partida no carro e sai do estacionamento pegando a rua principal. Durante o caminho escutei algumas musicas da trilha sonora de "Suicide Squad", mas meu sossego não durou muito pois logo meu celular passou a tocar. Atendi pela multimídia do carro então nem pude ver quem era.

— Alô?

Oi, é a Annabelle? – a voz do outro lado da linha perguntou. Já sabia quem era. Matt.

— É ela sim. Olá Matt.

Oi... Então, queria saber se a gente podia sair para fazer alguma coisa.

— Hoje? – olhei para as horas indicadas no visor do carro. 15 para as 22 horas. Eu estava morta de cansada, não estava a fim de sair por nada no mundo.

Não... Talvez amanhã? – acho que ele percebeu meu desanimo pelo meu tom de voz.

— Amanhã eu tenho ensaio das 14 às 18 horas. Depois estou livre.

Então a gente poderia sair para jantar? Talvez?

— Pode ser.

Tudo bem. Esteja pronta as 20 horas.

— Ok. Você vem me buscar? – ouvi um murmuro em concordância. – Então tá. Te envio uma mensagem com o endereço.

Certo. Boa noite.

— Boa noite. – desliguei a chamada por um dos botões acoplados ao volante e suspirei. Quem sabe... Fazia tempo que eu havia terminado com meu ex. Digamos que ele queria transar mas eu ainda não me sentia pronta e confiante o suficiente. E ele buscou "consolo" em outros lugares.

...

Cheguei em meu apartamento e logo fui recepcionada por Alex. Peguei-o no colo e me dirigi para o quarto enquanto recebia lambidas no rosto. Caminhei até a escrivaninha perto da janela e apertei o botão do telefone fixo para que as mensagens de voz fossem transmitidas.

Quinta feira. 14:36. – ouvi a voz robótica e depois uma voz escandalosa. – Amigaaa! Pierre me disse que você ia protagonizar com Justin Bieber no seu próximo filme e falou que eu só podia falar com você pelo telefone fixo, por que você, supostamente, ainda não sabia. Me conta direito essa historia! To esperando! Nem pense em dormir antes de me ligar! – Pierre... Agora entendi porque ele e Doniya estavam agindo de modo estranho. Eles me pagam. Estou cercada de traidores. Comecei a me despir para o meu tão merecido banho enquanto continuava a ouvir as mensagens.  – Quinta feira. 17:13. Annabelle...– gelei ao ouvir a voz de minha mãe e parei o que estava fazendo. – Eu estou preocupada com seu irmão. Ele faz besteiras e quando eu o repreendo ele foge para o seu apartamento e continua fazendo as mesmas coisas. Eu espero que você não esteja passando a mão na cabeça desse menino. Já basta o exemplo, não o influencie! Não quero que passe por cima da minha educação. Acho que fui clara. Boa tarde.

Fiquei apenas escutando o barulho ritmado que meu coração fazia. Por mais que eu tente negar, eu esperava alguma coisa boa vindo dela. Talvez um "estou com saudades", ou um "não quer vir almoçar aqui durante o final de semana?". Mas sempre foi assim, não sei porque ainda tenho esperanças. Sempre repreensões, sermões. Já estava cansada disso. Tenho pena de Gabe. Se eu estou cansada que nem convivo com a mulher, ele deve estar subindo pelas paredes.

Depois de escutar mais algumas mensagens, terminei de me despir e fui para o banheiro. A paciência era zero, então tomei apenas uma ducha mesmo. Limpinha e cheirosa, vesti uma lingerie e me joguei na cama. Amanhã eu teria um ensaio fotográfico para uma campanha da Vogue e depois iria ensaie junto com alguns colegas da série que eu estava fazendo. E depois ainda sairia com Matt. Um encontro... Isso acabou me fazendo lembrar que eu teria que ligar para Linn.

Peguei o celular e disquei seu número. Chamou e caiu na caixa de mensagens. Disquei seu número de novo e fui para a cozinha caçar algo para comer.

Fala... – Linn atendeu ofegante.

— Linn? Hum... Tudo bem? – perguntei incerta.

Si... Aaaaahn. – tenho certeza que isso foi um gemido. Mas eu ia brincar um pouco.

— Linn? Onde você está?

Eu... To em ca...sa. – tampei o microfone do celular e gargalhei baixinho. Não acredito que minha amiga atendeu o telefone enquanto transava.

— Então... Tá ocupada?

Que que você... Acha? – não consegui me controlar e gargalhei alto. – Aahn, te ligo mais tarde. E vai se fuder.– e desligou na minha cara. Ri negando com a cabeça e abri a geladeira. Não achei nada de interessante e não estava a fim de cozinhar. Fui para a dispensa e procurei por algo pronto. Bingo! Pão de mel! Amo essa merda.

Depois de comer minhas gordices, voltei para meu quarto e me joguei na cama. Não iria esperar Linn terminar o que quer que ela estivesse fazendo, então fechei os olhos e esperei o sono chegar.

...

Acordei com a luz do sol invadindo meu quarto e cocei os olhos tentando me acostumar com a claridade. Me espreguicei e levantei da cama. Alex começou a arranhar meu calcanhares enquanto eu ia para o banheiro fazer minha higiene. Claro que eu o deixei de fora. Não me sinto confortável em me aliviar enquanto um cachorro fica me encarando. 

Escovei os dentes e penteei o cabelo. Sai do banheiro e fui para a cozinha com Alex seguindo meus passos. Sempre ansioso para saber se vai ganhar alguma coisa para comer. Preparei um sanduíche de presunto e enquanto comia, dava alguns pedaços da carne para meu bebe. Ele nem mastigava antes de engolir. Guloso. 

Não demorei muito para começar a me arrumar, por mais que eu estivesse adiantada. Como o clima estava ameno, coloquei um vestidinho rodado leve e rasteirinhas. Prendi o cabelo em um coque relaxado e coloquei meus brincos. A maquiagem seria feita pelo pessoal da Vogue, então não passei nada no rosto e peguei meus pertences, saindo de casa sob o olhar tristonho de Alex.

Quando estava quase chegando até meu carro, meu celular começou a tocar. Vi no visor que era Lindsay. Ri já me preparando para zuar com a cara dela.

— Olha só! Foi boa a noite? – atendi à chamada.

Nem vem Bell.

— Hum... – fingi sujeitar-me. – ...Eu conheço?

Bell!

— Nem pense que vai se livrar. Fala logo! – falei enquanto entrava no carro.

Tá... Era o Cody.

— Cody? – não sei se ficava feliz pela minha amiga por ela estar com quem ela gostava, ou se ficava triste por ela estar caindo nas mãos de alguém que nunca deu o devido valor a ela.

Eu sei Bell... Mas eu sinto que dessa vez vai ser diferente. 

— Tudo bem.

Então, chega de falar de mim. Pode ir explicando o caso Bieber! – ri de seu modo de falar.

— Ah, o que quer saber?

O que eu quero saber? Como assim você vai atuar com aquele delicia?! – ela nem me deu tempo de responder. Se é que havia alguma resposta. – Tipo, já parou pra pensar que vocês vão se beijar e outras coisas? Eu li o livro também! Você sabe.

— Nem havia pensado nisso. A ficha só começou a cair mais tarde. 

Minha filha, eu sempre falei que você era uma puta de tão sortuda com todos aqueles gatos que você já pegou por causa dessa profissão, mas caralho! Daqui a pouco vou te matar pra pegar seu lugar! – ri de seu jeito afobado de ser. 

— Você é muito exagerada!

Exagerada?! Minha filha! Como você não tá subindo pelas paredes?

— Mantendo os pés no chão. 

Há há há! – riu irônica. – Quando estiver passando suas mãozinhas por aquele gostoso, quero só ver você lembrar de manter os pés no chão

— Pode deixar, qualquer coisa eu coloco um lembrete.

Há há. Nossa, você é tão engraçada. Fez doutorado em comédia e eu não sabia?

—  Vai tomar no cu. 

Já tomei. – arregalei os olhos e eu pude ouvir sua risada escandalosa pelo outro lado da linha. Eu sabia que ela estava brincando, mas do jeito que é safada, eu não duvidaria se fosse verdade. – Enfim...

— Ah! Tenho um encontro hoje! – lembrei.

Quê? Desde quando?

— Desde ontem à noite.

Ah, e com quem?

— Matt.

Ah! Aquele carinha que você pegou anteontem? 

— Sim.

Que bom amiga, você tava precisando mesmo. – soltei um “ei” e pude ouvir sua risada. – Tenho que ir agora. Cody está acordando. Boa sorte pra você.

— Boa sorte pra você também. – desliguei a chamada e dei a partida.

 

 

...

 

Cheguei no prédio da Vogue em que ocorreria o ensaio fotográfico. Estava 20 minutos adiantada. There can be miracles, when you believe... Ta, parei. Eu já havia estado ali, portanto sabia onde seriam as fotos, mas antes que eu pudesse me dirigir para o elevador, ouvi chamarem meu nome.

— Senhorita Beaumont! – uma das recepcionistas veio em minha direção. – A senhorita está marcada para o ensaio fotográfico das 14 horas.

— Sim, eu estava indo para o local de sempre.

— Ah não. Hoje será uma sala diferente. Siga-me por favor. – virou-se e passou a caminhar em direção oposta ao caminho que eu estava fazendo anteriormente. Segui seus passos como fora pedido e ela me levou até um local maior com mais luzes e equipamentos fotográficos. Além de uma cama king size gigante no meio da área em que eu, supostamente, deveria ser fotografada. Devo me preocupar? 

— Ah... Eu não entendi. Para que a cama? 

— Vejo que a senhorita não foi informada. – uma outra mulher com aparência mais madura parou em minha frente. – Esta manhã foi divulgado o elenco do filme "Wildest Dreams". Nós já sabíamos que você faria parte, mas não tínhamos permissão para fazer ensaios fotográficos até que fosse divulgado, pois as fotos, e consequentemente a notícia, poderiam vazar. Mas como já foi divulgado, nós vamos aproveitar o tempo e já começar a fazer algumas fotos hoje. Tudo bem? 

— Sim... Wilson já está sabendo? – perguntei incerta. Ainda não entendia o porquê da cama.

— Sim, ele está aqui na verdade. – apontou para meu empresário que estava conversando com alguém que estava de costas. Ele me notou e fez um gesto para que eu fosse até lá. Agradeci a tal mulher e fui em sua direção. Quando cheguei lá, o homem que conversava com Will virou-se para mim e eu vi que era Jack. O que ele estava fazendo aqui?

— Boa tarde. – cumprimentei ambos.

— Oi Anna. – disse Will e Jack acenou com a cabeça. 

— Então, vocês podem me explicar o que tá acontecendo? 

— Bom, como a notícia sobre o elenco foi divul... – começou Will.

— Isso eu sei. – interrompi-o. – Quero saber se vai mudar mais alguma coisa. – falei indicando Jack discretamente com o olhar. 

— Ah! Bem, acontece que... – antes que ele pudesse explicar Jack o cortou. Acho que hoje era o dia de interromper o Will.

— Você e Justin vão tirar algumas fotos para proporcionar algum suspense e publicidade para o filme. – Jack disse sem olhar para mim. 

— Eu e... Justin? 

— Eu. – ouvi sua voz rouca atrás de mim. Percebi que Jack estava, na verdade, olhando para ele. Me virei e encontrei Justin com uma camisa branca dobrada até os cotovelos e uma calça jeans escura. Ao voltar meu olhar para seu rosto, vi seu sorriso. Acabei sorrindo de volta, quase que involuntariamente. – Jack, Marcos já está nos chamando para começar agora que todos chegaram. Ele quer falar com você. 

— Vou lá. – Jack se despediu brevemente e foi falar com Marcos. Eu sabia quem ele era. Era um dos melhores fotógrafos da Vogue. Já tive alguns ensaios com ele, mas ele, em geral, era uma pessoa bem ocupada. 

— Vou levá-la até seu camarim. – disse Justin. – É ao lado do meu.

— Tudo bem. Te vejo mais tarde? – perguntei para Will. Ele acenou com a cabeça e eu e Justin nos afastamos indo para a área dos camarins.

— Você parece surpresa.

— É, eu não sabia dessa mudança de planos.

— Pelo que eu to vendo, as pessoas não estão te contando as coisas né? – ri de seu comentário. Ele tinha razão. 

— Né? Acho que vou dar umas aulinhas sobre consideração. – nós nos olhamos e rimos. Sua risada era rouca e contagiante. Ainda não conseguia digerir que eu iria "passar minhas mãozinhas", como disse Linn, por esse deus grego. Fomos o resto do caminho em um silêncio confortável. Paramos em frente a porta em que tinha uma plaquinha com meu sobrenome. 

— Obrigada. – sorri em agradecimento e entrei no cômodo. Encontrei Doniya e uma outra mulher discutindo. – Olá? – chamei suas atenções.

— Graças a Deus! Anna, diga para essa daí que eu que sou a sua maquiadora? – disse Doniya dando ênfase no "eu". Olhei para a mulher que eu ainda não conhecia. Ela aparentava ter 30 anos e tinha cabelo rosa, toda produzida.

— Senhorita Beaumont, eu fui designada para ser sua maquiadora para este ensaio. Phoebe Sanders. Prazer. – estendeu sua mão para mim em cumprimento. Eu sabia quem ela era. Ela era a melhor maquiadora da Vogue. Por que todos os melhores funcionários estavam ao meu dispor de uma hora para outra? Olhei para sua mão ainda estendida e a apertei. – A sua usual maquiadora não está aceitando a situação. Quer que eu chame os seguranças? 

— Que? Claro que não! – olhei para Doniya e vi sua cara indignada. Me controlei para não rir, se não ia perder a pose de brava. – Minha maquiadora fica. Vocês duas entrem em um acordo, sei lá. – Phoebe nao pareceu gostar, mas acatou ao meu pedido. Ficou decidido que Donya iria preparar minha pele e que Phoebe faria a artilharia pesada. Logo o cabeleireiro, a manicure e um consultor da Vogue entraram no cômodo e começaram a me preparar junto das meninas.

...

Depois de um tempo considerável, meu cabelo e maquiagem estavam prontos. Minhas unhas já haviam sido feitas já a algum tempo, então já estavam secas. Me olhei no espelho e uau. Eu estava muito gata. Me pegaria se fosse lésbica. 

O consultor, que já estava todo estressadinho, me guiou para a parte com as roupas e me estendeu um conjunto lingerie vermelho de renda e uma camisa social branca masculina.

Peguei as roupas – se é que podiam ser chamadas de roupas – e olhei para ele com a sobrancelha arqueada. Não me culpem! Não estava acostumada com fotos desse tipo. Logo lembrei da cama king size. Puta merda.

O consultor ignorou totalmente o meu desconforto e me empurrou para o provador. Tirei minhas roupas e coloquei a lingerie junto da camisa social, que ia até metade das minhas coxas. Sai do provador tímida e todos presentes no quarto me encararam. O consultor ainda me fez dar uma voltinha.

— Se eu fosse hetero, você não me escapava. – disse ele. Isso não ajudou no meu desconforto. Ele me entregou um roupão e um par de saltos preto e nós fomos para fora do camarim. Recebi um último olhar de incentivo de Doniya antes da porta ser fechada. Fomos até a área principal e perto da cama estava Justin, também vestido em um roupão – dando margem para minha imaginação – junto de Marcos e Jack. Marcos me viu e acenou para que eu me aproximasse, e assim o fiz.

— Querida. Eu e Jack já explicamos o ensaio para o senhor Bieber, então ele vai te guiando durante as sessões, de acordo? – disse Marcos.

— Pode ser. 

Ele acenou e mandou todos para seus lugares pois a sessão iria começar. Estava distraída vendo todos indo de um lado para outro, quando senti uma mão envolver meu pulso. Olhei para a pessoa que me tocava e vi que era Justin.

— Vamos começar em frente à cama. – guiou-me para o local certo. – Posso? – perguntou. Só então percebido que ele se referia ao meu roupão. Desfiz o nó e acenei. Ele foi para trás de mim e retirou o roupão do meu corpo. O breve contato entre seus dedos e a pele de meu pescoço fez com que um arrepio passasse pelo meu corpo.

Justin se livrou do meu roupão, se desfazendo do dele em seguida. Ele estava sem camisa, com uma calça jeans caída nos quadris que deixava sua cueca da Calvin Klein aparecendo. Suas tatuagens a mostra. Bem. Na. Minha. Frente. Desviei o olhar de seu corpo procurando por algo interessante e calcei meus saltos que estavam em minhas mãos. Ouvi sua risada baixa. Será que ele percebeu?

— Todo mundo em suas posições. – disse Marco voltando de sei lá da onde e parou logo atrás da câmera principal, a nossa frente. – Tudo certo. Justin, vá para trás de Annabelle. – Justin o obedeceu e foi para trás de mim, segurando em minha cintura, causando-me mais um arrepio ao pressionar seu corpo no meu e soltar sua respiração em minha nuca. Ouvi sua risada baixa, ele havia percebido. 

Marcos e outros fotógrafos tiraram algumas fotos dessa posição. Às vezes Marcos pedia para mudar algumas coisas, até que ele parou o que estava fazendo e veio até nós com uma expressão séria. Será que eu fiz algo errado? 

Marcos parou a minha frente e abriu os dois primeiros botões da camisa que eu estava vestindo, simples assim. 

— Melhor agora. – olhei para meu corpo e vi que as partes dos meus seios que o sutiã não cobria estavam aparecendo, junto com parte da renda vermelha. Olhei indignada para ele. – Calma criança, tá bem melhor assim. – sorriu e voltou para sua posição e começou a tirar mais fofos. Criança? Eu vou mostrar a criança!

— Eu acho que já está bom de fotos para essa fase. – disse Jack que estava em um canto observando a sessão. Eu concordava com ele, deviam ter tirado umas troçentas fotos já.

— É, concordo. Fase dois pessoal. – e depois dele falar isso, senti Justin se afastar do meu corpo e quando virei para olhá-lo, ele estava tirando a calça. Repito. Ele estava tirando a calça! Na minha frente! – Annabele! – Marcos chamou minha atenção novamente. – Tire a camisa social, por favor.

Eu apenas o olhei incrédula, esperando que ele e todas as pessoas ali começassem a rir. Mas todos estavam sérios. Ok Anna. Seja profissional. Profissionalismo. Respira. Então tirei a camisa social e a minha lingerie de renda vermelha ficou totalmente a mostra, provavelmente combinando com a minha cara que deveria estar na cor de um pimentão. 

— Tudo bem. Agora virem-se um para o outro. Justin, segura na cintura de Annabelle. – disse Marcos. Me virei para Justin e ele me encarava com as iris escurecidas e as pupilas dilatadas. Ele estava me encarando com desejo, ou era impressão minha?


Notas Finais


Agora que estou de férias, provavelmente irei postar capítulos com maior frequência.
Até o próximo.
Bjs


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