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História Wildfire - Alguns dias


Escrita por: MyLittlee

Capítulo 11 - Alguns dias


1º DIA

Tento não me sentir afetada por Callie ter se afastado. E na verdade, eu estava grata por ela ter feito o que eu devia. Ambas ignoramos o episódio, e começamos a fisioterapia.
Primeiro Callie pede para que eu sente na maca, ela tira minha prótese e começa a massagear a minha coxa e cicatriz. É reconfortante e muito gostoso, mas diferente da outra vez, é bem rápido e Callie não demonstra qualquer emoções. Eu tão pouco o faço. Quando ela para, encaixa minha nova e tecnológica prótese. Callie começa uma série de exercícios comigo, é tão doloroso quanto foi há anos atrás. Essa prótese tinha mais funções que a outra e eu deveria me acostumar com isso. Não era só andar e mancar, ela era toda como uma perna, e eu deveria reaprender a andar, e aprender a contra-lá, já que agora não podia contar com meu cérebro para fazer. Por enquanto.

Após a série de exercícios dolorosos, Callie me ajuda a sentar de novo na maca.

—Certo, agora eu vou te pegar no colo, só para irmos até a pista. Não quero que você ande com ela antes de algumas sessões, para evitar que você se machuque ou aconteça algo com a prótese nova, ok? - ela fala como uma ótima médica, eu apenas respondo que sim com a cabeça. Callie passa os braços por baixo das minhas pernas, e eu abraço seu pescoço com os braços. Logo ela me ergue. Me sinto um pouco humilhada pela situação no começo, mas logo ela me dá um sorriso reconfortante.

—Você parece mais leve que há anos atrás. -Ela diz, em tom de brincadeira.

—Digamos que o tempo me fez bem. - Eu dou de ombros, e ela sorri ainda mais, caminhando até a pista no canto da sala.

Callie me coloca em pé no começo da pista, e deixa minhas mãos apoiadas nos ferros entre ela, onde eu poderia me apoiar para andar.

—Isso não vai ser fácil, e vai demorar um pouco para você caminhar sozinha. É perfeitamente normal. - Ela explica, se posicionando atrás de mim. Suas mãos seguram minha cintura forte, e eu sinto meu corpo todo se arrepiar. - Eu vou estar bem aqui, atrás de você, te segurando. Apenas faça o que eu diga, aos poucos. Não solte os apoios, e não vá rápido. Também não deixe a dor te parar, é doloroso, mas vai valer a pena.

—Tudo bem. - Eu respondo, mesmo que estivesse tremendo de medo por dentro.

—Quando você estiver pronta.

Espero alguns segundos:

—Estou.

Callie fala para que eu levante minha perna com a prótese como se fosse andar, eu o faço, e a prótese vira a sua parte de baixo sozinha, abaixando e tocando o chão, como se eu estivesse dando um passo um pouco mais longo e demorado. Minha cicatriz dói, além de minha coxa latejar como se um martelo batesse nela. Eu gemi baixo.

—Certo, muito bom. - Callie fala. - Vamos mais uma vez.

SEGUNDO DIA.

—Certo, vamos tentar mais uma vez. - Callie fala na minhas costas.

—É doloroso Callie! - Eu digo, com lágrimas no rosto. Minha perna parece doer três vezes mais que no dia anterior, e minha perna boa também dói como se eu tivesse feito uma semana de academia depois de anos de sedentarismo.

—Eu sei, mas você precisa continuar. - Ela fala. - Vamos.

Eu tento mais uma vez: levanto minha perna, e ela cai sozinha. Dessa vez, eu puxo a outra como deveria fazer, mas não tenho forças para levá-la à frente. Abaixo a cabeça, derrotada.

—Você consegue, Arizona. - Calliope fala.

—É muito fácil para você falar.

—Apenas tente mais uma vez.


TERCEIRO DIA

—EU CONSEGUI! CALLIOPE, EU CONSEGUI! - eu grito animada. Pela primeira vez eu havia conseguido dar um passo completo. E não foi tão difícil: eu levantei a perna, a prótese de dobrou e a impulsionou para baixo. E então, eu puxei a minha outra perna para frente: e eu havia dado um passo. O meu primeiro passo. Talvez eu parecesse um robô, mas ainda assim era meu primeiro passo.

—VOCÊ CONSEGUIU!! - Calliope me solta por alguns segundos, me deixando sozinha com meu peso e as barras, e começa a fazer uma dancinha super estranha. Ela balança a bunda, rebolando a cintura e estalando os dedos, enquanto um biquinho lindo se formava em sua boca. Eu não consigo segurar o riso, e dou uma gargalhada super alta.

—O que você está fazendo? - eu pergunto rindo.

—Comemorando. - Ela fala, parando de dançar e ofegante. Eu continuo gargalhando algo, e ela se aproxima. - Você é linda quando ri.

—Obrigada, doutora Torres. - Eu falo lisonjeada. - Você não é muito bonita quando dança.

—Oh, doutora Robbins. - Ela faz uma cara de ofensa que me dá ainda mais vontade de rir. - Acho que devo te lembrar que sou sua fisioterapeuta.

—Eu não tenho medo de você. - Digo, dando de ombros.

—Pois saiba que como vingança, na próxima consulta começaremos as pesquisas com as próteses da minha pesquisa.


QUARTO DIA

—Seu segundo passo! - Calliope diz nas minhas costas. Eu sorrio, e como agradecimento dou mais um. Eu sei, mesmo sem vê-la, que ela está sorrindo.

—x-

Calliope me senta numa cadeira grande, repleta de mecanismos que eu nunca havia visto em sua sala. Ela encaixa um capacete repleto de fios na minha cabeça.

—Vou colar alguns desses fios na sua, mas não se preocupe, garanto que eles saem depois. - ela pisca para mim.

—Sem dor? - Pergunto, sorrindo amarelo.

—Isso já não posso garantir.

Calliope trás uma outra prótese até mim, ela também tem vários fios ligados a si e é um pouco maior que a minha nova. É toda de ferro.

—Eu vou ir até aquela cabine. - Ela aponta, e pela primeira vez eu percebi que existe uma cabine dentro da sua sala. Isso é muito chique.

—Você consegue me ver se virar o rosto, mas peço que não o faça. Vou me comunicar com você pelo microfone, e tudo o que eu falar você vai ouvir, ok? Esses fios vão mandar mensagens do seu cérebro para a perna mecânica. Ou é essa a ideia. - Ela fala rápido, parece nervosa. E eu sei que está.

—Estou pronta para começar, doutora Calliope Torres. - Eu falo tentando lhe passar confiança. Ela apenas faz que sim com a cabeça, e vai para sua cabine. Não viro para saber se consigo vê-la, mas posso sentir seus olhos queimando em mim. E posso ouvir sua voz pelo microfone:

—Certo Ari, vamos começar!


QUINTO DIA

Calliope não parecia mais tão chateada quanto no último dia. Acontece que, infelizmente, o primeiro teste com a prótese não havia surtido efeito: embora eu pensasse com todas as minhas forças em levantar minha perna, não havia funcionado. A prótese continuava estática. Parada no mesmíssimo lugar. E isso havia deixado Calliope imensamente chateada.

—Vamos lá, esse pode ser seu primeiro quinto passo. Logo vamos estar terminando o caminho. - Calliope diz, se referindo a pequena pista.

—Eu não consigo Callie, dói muito. - Eu falo com lágrimas nos olhos.

—Só mais um, baby. - Ela fala, e eu não posso deixar de sentir-me diferente por ela usar aquele adjetivo. Era estranho. Eu sempre a chamava assim.

Tento ignorar isso, e me forço a dar mais um passo. Minha coxa queima, minha perna quer pender. Mas, desafiando todas as leias da natureza, ou de mim mesma, eu consigo dar mais um passo.

—Eu estou tão orgulhosa de você!

X-x

—Não precisa fazer tanto esforço Ari. - Sua voz soa pelo microfone. Eu continuo com os olhos fechados, as pálpebras apertadas, pensando com toda força do mundo em levantar minha perna. - Não está funcionando.

Eu abro os olhos, soltando todo o ar que segurava para fazer força:

—Não diga isso, é só o segundo teste. Se eu tivesse parado no segundo dia, nunca teria dado o quarto passo.

Eu sei que Callie sorri em sua cabine.

SEXTO DIA:

—Vamos lá, você consegue!

—Calliope, essa pista é muito longa, eu nunca vou chegar até o fim dela! - Eu digo, olhando para todo o caminho vermelho que ainda estava a minha frente.

—Você consegue sim, vamos. -Calliope diz. Eu faço que sim com a cabeça.

Dou mais um passo. Sinto o aperto de Calliope se afrouxar na minha cintura. Tento dar mais um, mas quando puxo a perna, perco o equilíbrio. Callie tenta me segurar, e eu tento segurar nas barrar, mas minhas mãos escorregam e eu vou para a frente, colocando as mãos para que o impacto seja menor. A prótese se desprende e eu ouço o barulho dela rolando. Calliope imediatamente aparece do meu lado, me ajudando a levantar.

—Você está bem? - Ela pergunta nervosa.

—Estou, só perdi o equilíbrio. - Eu digo tentando levantar do chão.

—A culpa é minha, ainda é muito cedo para te soltar. Mas você estava indo tão bem que eu...

—Está tudo bem, Calliope. - Eu digo com a maior sinceridade do mundo. Porque estava tudo bem. - Eu já cai outras vezes.

—Tem certeza?

—Tenho. - Sorrio. - Vamos começar as pesquisas, já está tarde.

—Você não acha melhor pararmos por hoje? - Calliope pergunta receosa.

—Não, vamos.


SÉTIMO DIA:


—Mais um passo... - Calliope diz. Eu olho para a frente determinada: era doloroso como nunca, mas eu conseguia. Eu sabia que conseguia. O tombo de ontem só me deixou mais motivada, e agora eu estava ali: um passo de vencer.

Eu empurro minha perna com força, a sinto arder, mas isso não importa. Eu nem sei quanto tempo estou segurando o ar, mas só o permito soltar quando minha perna e prótese estão posicionadas. A prótese na linha de final da pista. A perna boa, um pouco mais à frente. Eu havia conseguido! Eu havia chegado ao fim.

—VOCÊ CONSEGUIU! - Calliope grita alto, e me abraça por trás. Eu sinto sua respiração no meu cangote.

—Nós conseguimos. - Eu falo ignorando aquela aproximação, e me deixando sentir extasiada.

Nós havíamos conseguido.

X-x

—Nós não precisamos tentar de novo. - Calliope fala, e eu sinto o desânimo na sua voz.

É a primeira vez que eu quebro suas regras: viro e a olho na cabine. Ela tem seus braços cruzados, e me olha apreensiva. Eu sei que aquela pesquisa é tudo em sua vida, e como ela está se sentindo despedaçada por não termos conseguido nenhum sinal que todo seu trabalho está dando certo. Eu posso ver em seus olhos agora, como ela está cansada dos fracassos em seus testes. Como ela está esperançosa que eu consiga. Que ela consiga.

—Só mais uma vez. - Eu digo olhando em seus olhos. Logo, viro meu rosto e fecho os olhos.

Dessa vez, não penso em andar. Ou na perna se mexendo. Tento lembrar como era antes: eu nunca pensei em mexer a perna, e até hoje não penso em mexer quando ando. É um reflexo. Decido então, tentar de outra forma:

Lembro da vitória que havia tido, pouco tempo antes, ao terminar o caminho da pista da sala de Calliope. E imagina a cena de um modo diferente: eu estou no começo da pista, com minhas duas pernas intactas, e Calliope está no final dela. Meu único pensamento é em chegar perto dela, e abraçá-la. Então eu me imagino andando, passo após passo, andando até ela. Minhas pernas são boas, e eu não preciso pensar em andar, em levantar, em puxar. Eu apenas ando, naturalmente como sempre o fiz, até Calliope.

—Arizona... - Ouço o sussurro de Calliope pelo microfone, enquanto ainda estou perdida em meus devaneios. - Você conseguiu.

Abro os olhos e olho: a prótese estar levantando, e agora que eu olho, já está abaixando.

Nós havíamos conseguido, de novo.

 

-x- 

A semana passa rápido novamente. Callie começa a me ajudar a andar sozinha com a perna, sem seu apoio é um pouco mais doloroso, é muito mais difícil, o que me levou a levar alguns tombos e bons hematomas, mas nada que pudesse me desanimar. Eu já conseguia dar alguns passos sozinha, apenas segurando nas barras laterais a pista, e com o aquecimento de Callie e as massagens, as dores pôs-fisioterapia estavam diminuindo. Em casa, minha mãe me dava todo o suporte. Embora fosse mais seguro e recomendável eu usar a antiga perna no hospital - Já que eu podia dar pouquíssimos passos com a perna nova - em casa minha mãe me ajudava a treinar. Claro que me segurando, mas mesmo assim era um treino, e estava me ajudando consideravelmente. Meu pai, no entanto, havia se trancado no quarto novamente, e minha mãe parecia mais decepcionada comigo por não ir vê-lo mesmo após nossa última conversa. Eu o examinava às vezes, na última semana sua respiração se tornou mais devagar, eu e mamãe percebemos, mas ao pergunta-lo se estava sentindo falta de ar, ele apenas respondeu que não sabia o que era aquilo. Logo providenciamos um balão de ar. Isso parecia te-lo deixado ainda mais deprimido, mas não dava para confiar tanto na sorte. Eu não acreditava que seu corpo o deixaria esquecer como respirar, claro que não, mas se um dia ele não conseguisse, não saberíamos qual seria sua reação. E por isso foi melhor previnir do que remediar. Foi só depois desse episódio, que eu passei a ir no seu quarto com frequência - o mesmo continuava da mesma forma, paredes pintadas da mesma cor, e até os retratos habituais. Em cima da cama de meus país, havia uma foto ampliada, que o tempo não havia tirado nem a qualidade, nem a beleza. Nela eu, com meus 15 anos, abraçada com Tim, olhando para a câmera. Nossas covinhas brilhavam enquanto sorriamos, e meus olhos brilhavam tendo-o em meus braços. Sem duvida nenhuma, eu nunca mais sorriria como naquela fotografia - o quarto me enchia de nostalgia e saudades. Então, embora eu tentasse cuidar do meu pai o máximo possível, e ajudar minha mãe, mesmo com o pouco tempo que ficava em casa, era difícil ir até ali. Mas na última semana, eu havia tido um treino árduo sobre o assunto. 
Mesmo que eu o visse com mais frequência nos últimos sete dias, ele ainda não se lembrava que eu era. E na verdade, após a conversa, ele nunca mais falou de sua filha. Se manteve quieto ao meu lado, e sempre me tratava como sua médica. Eu não me importava muito, já estava acostumada. Era sustentável, e a única coisa que eu deseja era que ele melhorasse.

—x-

—Estão prontas para o baile de amanhã? - April parece incrivelmente sorridente quando chega pulando, ao meu lado e de Cristina.

—Ansiosa para colocar um vestido e confraternizar enquanto eu poderia estar vestindo minhas luvas e operando um lindo coração? Não, baby, eu não estou. - Cristina fala tudo rápido e ironicamente.

—Ah, esqueci que você é a rainha de gelo que não se anima com nada a não ser corações sangrentos. - April faz uma voz estranha e uma careta enquanto fala, o que me faz rir. - E você, ensino médio, já sabe o que vai usar?

—Minha mãe deve ter comprado algo. - Eu digo, dando de ombros.

—Você realmente precisa parar de ser ensino médio. - Cristina fala e eu a olho, confusa. - essa coisa toda de mãe e tudo mais. Você trabalha, tem sei lá, 40 anos? - Agora eu faço uma careta, tentando encara-lá seria. - Ok, certo, talvez menos. Mas já tá na hora de seguir seu rumo. Alugar uma casa, ou apartamento...

—Mas eu ainda não sei quanto tempo vou ficar aqui.

—Você pensa em voltar para África? - April pergunta.

—Eu não sei, é uma possibilidade. - Eu digo, dando de ombros. A verdade é que até agora não havia parado para pensar sobre o assunto. Nos últimos dias não havia me imaginado na África, ou voltando, embora sentisse muitas saudades e por vezes acordara a noite achando estar lá. Mas agora, que eu pensava, também nunca me passou pela cabeça voltar para Seattle. E na verdade, eu adoraria voltar a África. - É uma boa possibilidade.

—Hm, certo. - Cristina fala. - Você quem sabe, mas se precisar de algum lugar para morar, eu estou procurando alguém para dividir apartamento.

—Sério? Onde? - de repente estou interessada.

—Na esquina do hospital. É mais uma kitnet, mas o bom é que é grande, e o aluguel fica um bom preço para nós duas. - Cristina fala parecendo até empolgada.

—Certo, eu vou pensar no assunto, mas gostei da proposta. - Sorriu. Ela havia sido realmente boa.

—x-

—Você conseguiu andar todo o trajeto sozinha!!!! - Calliope diz comemorando, dando pequenos pulinhos de alegria, e depois se aproximando de mim.

—Estou tão feliz! - Eu digo, e abro os braços para que ela me abrace. Seu corpo é maior que o meu, mas eu ainda me encaixo perfeitamente nele, como há anos atrás. Nós ficamos abraçadas e eu estou sorrindo. Não tem malícia nem anda do tipo, só estamos felizes pela vitória paciente/doutora.

—Deixe-me te ajudar a sentar, você já se esforçou muito hoje. - Calliope me tira do chão, me carregando e sentando-me na maca de seu consultório. Ela puxa sua cadeira a minha frente, se senta e começa uma massagem em minha cicatriz. Como todas as vezes, eu me sinto flutuar, e fecho os olhos. Meus lábios se abrem um pouco, enquanto sinto meu corpo inteiro relaxar. Calliope continua a massagem, e eu posso sentir seus dedos subindo e descendo pela minha coxa, se alternando, apertando devagar e forte, massageando-a e depois, a tocando. Ela sobe mais as mãos, e eu posso sentir seu toque cada vez mais perto da minha virilha. Eu visto apenas uma calcinha branca, o que deixa nosso toque ainda mais íntimo, e quanto ela toca minha virilha, eu não consigo deixar de sentir minha extremidade úmida.

E, por favor, não me pergunte porque estou deixando ela fazer isso. Eu apenas sinto seu toque, se aproximando de minha calcinha, descendo e subindo na minha virilha, sem me tocar. Mordi os lábios sufocando um gemido rouco, mas tenho certeza que ela percebeu minhas reações. E que talvez, mesmo à meia luz do consultório, ela consiga ver a umidade em minha calcinha.

"isso não é certo, Arizona Robbins, se controle!".

A mão dela cai um pouco mais para o lado, entre minhas pernas, se aproximando da minha intimidade. Calliope levanta um pouco seu corpo, até que sua respiração esteja perto da minha. E eu só aí que eu abro os olhos para encara-la, há alguns centímetros do meu rosto. Perto, perto demais.

Ela se aproxima mais, sem disfarce, e eu sei que ela vai me beijar. Sua mão, ao mesmo momento que seu rosto se aproxima, está se aproximando da minha intimidade. Eu já sinto o calor de seus dedos, e sua boca está pronta para tocar a minha, quando a porta se abre num estrondo e a voz alta ecoa pela sala:

—MAS QUE PORRA É ESSA?

 



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