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História Wildfire - Leilão e um quase beijo


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Eu vou fazer um leilão, quem dá mais pelo meu coração.........

Muito obrigada pelos comentários no capítulo da Charlotte, deu uma motivação enorme e eu já tô aqui!
Ah, gostaria de convidar todas vocês a lerem minha outra fanfic que acabou de sair do forno, espero que gostem e me contem o que acharam, viu? é só ir no meu perfil e ver <3

Capítulo 13 - Leilão e um quase beijo


—Arizona Robbins

Eu sorriu ainda chocada. Charlotte, a moça que eu acabava de conhecer, era com certeza hipnotizantes. E linda. A mulher mais linda que eu já havia visto na vida, dessas que você analisa a vida inteira em filmes Hollywoodianos. Você se martiriza e se contenta em saber que nunca será como elas, e nunca verá uma na rua. No entanto, havia uma bem na minha frente, e embora nunca a tivesse visto em um filme, ela com certeza estaria entre as atrizes mais lindas do mundo. Porque ela de fato era. Seus olhos eram grandes e hipnotizantes, o cabelo perfeitamente hidratado e brilhante caia em perfeitas ondas, escapando de seu coque - Aquilo com certeza foi proposital, pois fazia seu rosto fino parecer angelical - e sua boca. Eu não podia não reparar nela, desenhado por um batom vermelho sangue. A cor se adequava perfeitamente a sua pele morena, e logo acima dos lábios uma pinta. Eu passei minha adolescência inteira fascinada por essas pintas acima dos lábios ou perto deles, como Marlyn Monroe ou a garota da cantina do colégio. E fascinação de repente volta.

Embora os traços dela tenham me deixado boquiaberta, eu estava apenas reparando em sua beleza, e não me sentindo atraída nem nada parecido. Na verdade eu estava apenas esperando que ela respondesse o porque de ter me abordado, mas só o que ela fazia era me olhar, seus olhos grudados nos meus - e aquilo me causava arrepios. Arrepios bons. - uma ou outra vez seus olhos saiam dos meus e desciam pelo meu corpo. O cheiro de perfume caro, a sua postura e confiança me faziam perceber que ela vinha de uma família de elite.

—Você não vai falar nada? - Ela pergunta de repente, cortando o silêncio.

—Mas foi você quem me abordou. - Eu digo sem entender. Meus olhos escapam por alguns segundos e param um pouco atrás dela, onde Alex sinalizava para mim. Ele mexia os braços desesperadamente para chamar minha atenção, e quando eu o olhei ele apontou para Charlotte e fez joinhas. Eu o encaro erguendo as sobrancelhas, e acesso disfarçadamente com a cabeça, para que ele perceba que não entendi nada. Ele continua sinalizando desesperado.

—Certo, não estou acostumada com isso. - Ela fala, e minha atenção ainda está em Alex. Sem entender o que ele diz, acho melhor ir até ele.

—Certo, espere aí que eu já volto. - Eu digo e passo por ela, indo em direção à Alex. Na hora que ele vê o que estou fazendo sinaliza que não, desesperadamente. Mas é tarde demais, já estou próxima a ele.

—Não era para você ter vindo aqui, era para ficar conversando com ela. - Alex diz desapontado.

—Mas você estava me chamando, não estava?

—Não! Eu estava tentando te dizer para puxar o saco daquela mulher.

—Oh, você parecia mais um boneco de posto de gasolina. - Eu digo rindo sozinha. - Mas por que isso? Ela é louca, chegou e me...

—Pode até ser louca, mas é uma louca bilionária. O pai era dono de hospitais pelo mundo todo, e agora ela herdou tudo, e vem gerenciando os negócios muito melhor que o própria pai. Sua fortuna triplicou e acredite... - Alex fala narrando enquanto a olha. - Ela já tinha mais zeros que poderíamos contar em toda nossa vida.

Eu a olho, e ela está me olhando, ainda parada do jeito que eu a havia deixado. Agora eu tinha certeza que as pedrarias em seu vestido eram de amantes, e aquele colar era puro ouro. Mas bem, eu não podia reparar nisso enquanto ela me encarava como se quisesse me despir. E afinal, eu deveria mesmo querer me despir para ela, e não analisar sua conta bancária por meio dos objetos e acessórios que ela usava. O que eu tinha a ver com isso?.

—Tá, mas é...? - Eu pergunto sem entender o ponto dele.

—Olha, eu criei um projeto logo quando você chegou, e se chama "Plano Arizona" - Plano Arizona? Hã? - ele prevê trazer crianças doentes da África para serem tratadas aqui no hospital, cada médico vai ter suas crianças, vamos cuidar delas e quando elas estiverem bem, voltam para a África junto à sua família. 

De repente, eu fico sem palavras.

—Meu Deus, Alex... - digo boquiaberta. - Isso é... Isso é brilhante! Eu nem tenho...

—Não me agradeça - Alex me corta - Richard só vai levar a ideia ao conselho se tivermos verbas. A ideia dessa festa é arrecadar 1 milhão de dólares!

—Isso quer dizer...

—Isso quer dizer que para termos verbas para o Plano Arizona, precisamos conseguir o triplo disso, já que o dobro é lucro para eles.

—Mas isso é impossível!

—Sim, mas se a algo possível nesse impossível, o algo possível é a Charlotte - o olho confusa - certo, me embaralhei. O que você precisa saber é: a única pessoa aqui que doaria tanto é a Charlotte. Ela tem uma carreira brilhante na pediatria, uma das poucas profissionais no mundo que tem sua outra especialização, ama crianças, adora fazer caridade, é podre de rica e é lésbica. E, por sorte ou Jesus Cristo, sei lá, todos os santos ou o que for, não para de olhar para sua bunda. Portanto - Alex me vira em direção a Charlotte. - Vai que é tua!.

Eu até penso em argumentar, mas vendo que não seria nenhum sacrificou flertar com aquela mulher e que a causa era realmente muito boa - Na verdade maravilhosa - eu me dirijo em direção a ela, que continuava me olhando.

—Voltei! - Eu digo dando um sorriso forçado.

—Hm, então seu amigo já te contou quem eu sou, certo? - Ela sorri de lado e toma um gole de seu vinho.

—Ah, não tem como não saber quem você é! - Eu falo falsa, dando um tapinha em seu ombro.

—Você não sabia.

—Como sabe que eu não sabia?

—Se soubesse teria agido assim desde a nossa primeira conversa. - Ela finaliza por fim, e eu fico sem palavras.

—Não me julgue, eu estive nos últimos 10 anos na África cuidando de criancinhas doentes.

—Ah, é? Conte-me mais. - Ela fala fingindo falso interesse, ou interessada, mas eu fico agradecida pois parece a deixa perfeita para eu fazer o marketing do plano que levava meu nome.

—Eu viv...

Sou cortada novamente, mas dessa vez é a voz da April que sou no microfone, chamando atenção de todos para ela. A garota estava em cima do palco, enquanto falava:

—CERTO PESSOAL, AGORA VAI COMEÇAR A PARTE MAIS LEGAL DA FESTA - ela estava claramente bêbada - VAMOS LEILOAR UMA MÉDICA!

—O que? - Eu falo muito alto, Charlotte me olha imediatamente intrigada, e eu olho em volta. Meredith e Derek pareciam não entender nada tanto quanto eu, Jackson e Alex suavam frio como se estivessem com dor de barriga, Mark e Lexie se amassavam na mesa.

Todos pareciam tão perdidos quanto eu.

—E A ESCOLHIDA FOI... - April passa o olho por todos os convidados da festa, e para minha infelicidade para em mim. E com um sorriso nervoso continua. - DOUTORA ARIZONA ROBBINS!

—O QUE? - eu falo ainda mais alto, tentando entender que porra acontecia. Mas eu nem tenho chance já que um segundo depois, April desce do palco e vem até mim, me puxando em direção a ele.

—Que porra é essa April? - Eu pergunto.

—Me desculpe, eu queria fazer ciúmes para Jackson porque ele estava conversando com alguém, era para ser eu a leiloada mas quando subi no palco vi que na verdade ele estava falando com a mãe dele, aí tive que trocar os nomes. - Já estamos no palco quando ela finaliza. - Me desculpa, estava escuro, por favor me desculpa.

—Eu nunca vou te perd...

April me corta de novo:

—VAMOS LÁ, ARIZONA ROBBINS, ACABA DE CHEGAR QUENTINHA DA ÁFRICA. DIZEM QUE LÁ NÃO TEM MUITA ÁGUA MAS ARIZONA FICA MOLHADINHA RAPIDINHO!

Meu 
Deus
Que
Porra
É
Essa?

—LANCE MÍNIMO DE MIL DÓLARES, QUEM DÁ?

O silêncio se estende por todo o lugar e eu penso que aquilo não pode ficar mais humilhante, até que a voz de Charlotte soa:

—EU DOU! - Ela grita, levantando o braço.

—MUITO BEM! ALGUÉM DA MAIS? EU OUVI DOIS MIL DÓLARES?

—3 mil dólares! - A voz grossa e aveludada de Calliope soa entre a plateia. E eu sinto meu corpo inteiro gelar.

—5 mil dólares! - Charlotte rebate.

—10 mil dólares! - Callie.

—CEM - Charlotte dá ênfase no número. - MIL DÓLARES.

Calliope fica calada um segundo.

—BOM, ACHO QUE TEMOS UMA VENCEDORA!

—UM MILHÃO DE DÓLARES! - a voz de Calliope soa bem mais alto e grossa.

—Callie eu não acho que você tenha di... - April começa, mas é cortada.

—QUATRO MILHÕES DE DÓLARES. - Charlotte finaliza.

Eu a olho boquiaberta e sem saber o que falar, e April faz o mesmo. Meus olhos caem alguns segundos em Callie, que olha furiosa para Charlotte, e passam a segunda mulher que me encara com um sorriso vitorioso, se aproximando do palco.

—VENDIDA PARA AQUELA MOÇA! - April finaliza. - MAS SÓ POR UMA NOITE HEIM!

Charlotte me ajuda a descer do palco e quando eu o faço se aproxima de mim, sorrindo torto.

—Parece que você é minha agora.

—Sim, mas só por uma noite.

Eu sinto o olhar de Callie queimando em minhas costas.

—Sente-se ao meu lado. - Charlotte fala, ao sentar em uma mesa em um canto escuro do salão. Ela havia me arrastado ali por entre as pessoas, sem precisar me puxar pela mão. Seus passos me hipnotizavam, assim como, quando ela olhava para ver se eu estava ali, seus olhos faziam o mesmo.

—Então, conte-me mais sobre você, Arizona Robbins. - Charlotte sorri. - Além de você ser linda, claro.

—Eu certamente não falaria isso. - Digo sorrindo, corada.

—Foi por isso que eu me antecipei. - Charlotte morde os lábios, e eu sinto meu corpo arrepiar.

—Bom... - começo, mas ela me para.

—Espere. - Ela diz, e se aproxima de mim de repente. Se aproxima muito. Muito. Muito. E quando eu vejo, seu rosto está a centímetros do meu. Eu penso que ela vai me beijar, mas ela faz algo ainda mais surpreendente: aproxima nossos lábios ainda mais, e passa a língua entre os meus semi-abertos. Meu corpo arrepio e eu fico molhada, meus olhos se fecham e eu espero que ela termine aquele ato sexual com um beijo ainda mais sexy, mas ao invés disso ela se afasta. Eu abro os olhos e a encaro.

—Estava sujo de champanhe. - Ela sorri, tomando um gole de sua taça.

—Ah, é... ah... - não sei o que falar - Eu... É... não tenho uma grande história. - Foco, Arizona! - Sou filha caçula de pais separados, me formei em medicina e logo que acabei a residência fui embora de Seattle, e voltei há pouco tempo porque meu pai está doente. Acho que é só isso.

—Onde você morou nesse tempo que esteve fora? - Charlotte pergunta interessada.

—Eu estive na África, morei lá por 10 anos trabalhando junto a MSF.

—Eu acompanho o trabalho deles, é realmente lindo. Seu trabalho é lindo. - Ela sorri admirada me analisando ainda mais, de repente. - Você pensa em voltar?

—Ainda estou pensando sobre isso. 
—Certo. - Ela se mexe desconfortável. - Me conte mais sobre esses anos fora.

—x-

Quando eu acordo no outro dia, estou enjoada e com a garganta seca. Fazia muito, muito tempo que não havia bebido tanto, e a verdade é que as taças de champanhe fluíram bem durante toda a noite que conversei com Charlotte. Só víamos embora quando todas as pessoas haviam saído do salão, e o dia já havia amanhecido. Não estava de folga por isso é duas horas depois cá estava eu, acordando para ir trabalhar, enquanto Charlotte ainda deveria estar no seu belo sono de beleza. Deus, eu deveria escolher melhor minha gangue, decididamente Charlotte não deveria ser minha amiga. Embora eu tivesse amado a noite, tive ainda mais certeza que nos pertencíamos a mundos diferentes. Charlotte havia se formado na faculdade de medicina mais cara do país, só para depois se firmar em administração, e não contente fazer direito após isso. Ela havia feito com que o monopólio crescesse ainda mais. E na verdade era ela o motivo do apelido, que eu havia descobrindo recentemente existir, de "ressuscitadores", como era conhecido agora a empresa de seus pais. Isso porque eles compravam hospitais quase falidos, e os reerguia. Ela me contou que o Seattle grace não estava falido, mas vinha na corda bamba e no vermelho há algum tempo, mas que desde que ela assumirá a direção às coisas estavam melhorando - ela era um pouco egocentrica, mas de alguma forma, eu gostava disso. 
Me arrumo rápido para o hospital. Tomo um banho de cinco minutos, esfregando os olhos até toda a maquiagem da noite passada sair, e quando saio do banheiro coloco uma calça jeans e uma blusa, vestindo meu all-star e encaixando a prótese mais rápido do que eu possa perceber. Desço as escadas pulando degraus, rápido demais para que eu possa contar, e quando já estou me aproximando do chão, a prótese desencaixa sozinha e eu acabo sendo impulsionada para frente. Sinto o choque do meu corpo com o chão, e logo após estou rolando pelas escadas.

—ARIZONA! - ouço o grito da minha mãe e seus passos rápidos até mim. Sinto-me tonta o suficiente para não conseguir levantar sequer a cabeça.
Fecho os olhos sentindo que vou desmaiar, minhas costas e cotovelos ardem.

—Hey, não durma. - Ouço uma voz doce que me faz abrir os olhos. Quando eu o faço, encaro os olhos castanhos e brilhantes dela.

—Callie? - eu sussurro. - O que você está fazendo aqui essa hora?

—Isso não importa agora, deixe-me ajudá-la. - Calliope diz, colocando um braço embaixo dos meus joelhos, e passando meu braço em torno de seu pescoço, me segurando e me tirando do chão. Ela me coloca deitada no sofá.

—Você sabe que não deveria fazer isso. - Eu digo.

—Eu sei, mas não ia te deixar no chão. - Calliope diz. - Vou pegar minha maleta no carro.

Calliope sai, e eu fico sozinha com a minha mãe.

—O que ela faz aqui? - Eu pergunto.

—Ela veio te levar para o trabalho. - Mamãe responde, naturalmente.

—Como assim?

—Eu não sei, Arizona. Ela quem apareceu aqui do nada dizendo que ia te levar para o trabalho, eu ofereci um café sendo educada. Se resolva com ela depois. - Mamãe fala rápido e nervosa, dando de ombros.

Deus, que doidera é essa?.

Calliope entra na sala e começa a me examinar.

—Você ralou os dois cotovelos e machucou as costas, mas é um corte muito pequeno e eu vou apenas fazer um curativo, que sua mãe pode trocar uma ou duas vezes até que tenha sarado. Vai ficar um pequeno hematoma no joelho e nas costas também, porque você é muito branquinha e bateu forte. Mas tirando isso, nada de grave. É importante que você comece a usar sua nova prótese, já que essa acaba de quebrar. - Eu olho assustada para o canto da sala, onde a minha perna está caído no chão. Sim, ela estava realmente espatifada, quebrada ao meio. Faço um bico de tristeza.

—Ah, não. - falo tristonha.

—Tudo bem, já estava na hora de ela ir. - Calliope da de ombros. - Podemos fazer um enterro para ela, se você quiser.

—Calliope! - dou um soquinho fraco em seu ombro, e nós duas rimos.

—O que você veio fazer aqui? - eu pergunto.

—Vim te levar para o trabalho. - Ela dá de ombros.

—Mas por que isso agora? - eu pergunto, confusa.

—Porque é caminho, e eu não vi mal algum. Vamos, deixe de reclamar pois já estamos atrasadas. - Calliope fala. Eu fico quieta, embora estivesse profundamente confusa. Ela me ajuda a ir mancando até o carro, e me sentar.

—Erika não vai achar isso estranho? Não vai ficar brava? - eu pergunto de repente. Calliope olha para frente, e fica desconfortável. Da partida no carro e só após alguns segundos responde:

—Acho que não. - ela responde dando de ombros. - afinal, nós não estamos mais juntas.


Notas Finais


E ai? o que acharam?


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