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História Wildfire - One and Only


Escrita por: MyLittlee

Notas do Autor


Pensem em um capítulo triste e romântico ao mesmo tempo! Preparem o lencinho e o coração...

Muito obrigada pelos comentários, vocês são uns amores. Não me abandonem nuncaaa!

Espero que gostem <3

Capítulo 15 - One and Only


Arizona se afasta rápido.

—Calliope, eu...

—Arizona, por favor...

—Não, Calliope, eu não posso. - ela fala dura. Os olhos estão frios, mas molhados de lágrimas.

—Por favor... - eu sinto a lágrima escorrer pelo meu rosto, e me sinto estupidamente fraca.

—Tire esses tênis de mim. - Ela continua, me ignorando.

—Mas, Arizona...

—CALLIOPE! - ela grita. - NÃO!.

Eu não tenho coragem de falar mais nada. A sento nos bancos ao lado da lixeira, me ajoelho no chão sem me importar com a sujeira. Tiro os tênis, enquanto algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não tenho medo de mostrar meus sentimentos, ou dela não entendê-los. Eu apenas precisava senti-los. Beija-la havia sido o céu, mas sua rejeição era a visão perfeita do inferno.
Nós estamos em silêncio, e quando eu termino de colocar seu habitual sapato, é a primeira vez que a encaro. Ela não chora, não tem lágrimas no rosto como eu. Sua boca está fechada rígida, seus olhos estão manejados pelas lágrimas não derramadas. Eu sei, no meu íntimo, que ela também sente algo. Que tudo isso é uma máscara rígida que ela usa para encobrir seus sentimentos, para preservar seu ódio. Ela se cobra senti-lo. Mas por que ela não poderia me perdoar? Seria difícil, eu sei. Mas seria tão menos doloroso. Ao menos para mim.

"Eu tenho pensado em você
Me apaixono mais a cada dia
Me perco no tempo
Só pensando no seu rosto
Só Deus sabe porque demorei tanto pra deixar de lado minhas dúvidas
Você é o único que quero"

Deposito minhas mãos sobre os joelhos dela, enquanto ainda a olho. Ela me encara é pisca devagar quando sente meu toque. Não diz nada, apenas me encara, e eu faço o mesmo.

"Não sei porque estou assustada
Pois já estive aqui antes
Cada sentimento, cada palavra
Já imaginei tudo
Você nunca vai saber se nunca tentar
Esquecer seu passado e simplesmente ser meu"

Afasto seus joelhos delicadamente, abrindo suas pernas. Ainda a encaro, e ela não protesta.

"Te desafio me deixar ser sua, primeira e única
Prometo que sou digna
De estar nos seus braços
Então, vamos lá e me dê a chance
De provar que sou a única que pode percorrer com vc o caminho
Até que o fim comece"

Engatinho devagar, sentindo as pedras do chão raspando em meus joelhos, em uma dor pequena, mas gostoso. Me posiciono no meio de suas pernas, engatinhando até te-las em volta de minha cintura, e meu corpo perto do dela. Nossos olhares agora estão muito, muito perto. Mas ela não diz nada.


"Se você pensa em mim
Você lembra de cada palavra que disse
E se perde no tempo
Quando mencionam meu nome
Será que um dia vou saber como é te abraçar
E te ouvir dizer que vai comigo para o caminho que eu for"

—Calliope... - Arizona fala, sua boca a centímetros da minha.

—Sh... - encosto meu dedo em seus lábios, e ela fecha os olhos, se entregando.

"Não sei porque estou assustada
Pois já estivemos aqui antes
Cada sentimento, cada palavra
Já imaginei tudo
Você nunca vai saber se nunca tentar
Perdoar meu passado e simplesmente ser meu"
Eu aproximo meus lábios do dela, a beijando de novo. Sinto a textura macia de sua boca, a avidez de sua língua em minha boca, a forma como minha mão desliza pelo seu corpo de forma fácil. De como me excita apertar sua cintura e puxa-lá para mim, sentindo seus seios se apertando aos meus, sua respiração junto à minha. Seus puxões em meu cabelo, seus lábios, seu corpo... Ela.

"Te desafio me deixar ser sua, primeira e única
Prometo que mereço
De estar nos seus braços
Então, vamos lá e me dê a chance
De provar que sou a única que pode percorrer aquele caminho
Até que o fim comece"

—Arizona... - eu me afasto ofegante. - Eu preciso te dizer algo.

—Não, Callie. - Ela fala, os olhos ainda fechados.

—Eu preciso.

—Calliope...

"Eu sei que não é fácil entregar seu coração
Eu sei que não é fácil entregar seu coração
(Ninguém é perfeito)"

—Eu te amo. - Eu falo. - Eu te amo, e isso é muito fácil de dizer agora. Eu amo você. Eu... Amo... Você.

"Eu sei que não é fácil entregar seu coração
Eu sei que não é fácil entregar seu coração
(Ninguém é perfeito)"

Arizona apenas me encara, quieta. Eu a solto, me afastando de seu corpo. Andando de um lado para o outro, nervosa, ansiosa... Aliviada.

Verbalizar aquilo tornava tudo mais real é assustador, mas ainda assim era um alívio enorme ser sincera com ela, e, principalmente, comigo.

—Eu te amo. Eu te amo desde o dia que te pedi em namoro pela primeira vez, desde a primeira vez que te vi.


"Eu sei que não é fácil entregar seu coração
Eu sei que não é fácil entregar seu coração
(Ninguém é perfeito)"

—Eu te amo desde que a vi nesse hospital pela primeira vez. Desde que sentei no refeitório a primeira vez com você. Desde a primeira vez que vesti sua prótese. Desde a primeira vez que a ajudei a andar.

"(Eu sei que não é fácil entregar seu coração)
(Acredite, eu aprendi)"

Arizona me encara boquiaberta.

"(Eu sei que não é fácil entregar seu coração)
(Acredite, eu aprendi)"

—Eu te amo desde o nosso primeiro beijo, e ainda a amo nesse beijo. Eu amo você, Arizona Robbins, e eu sei que vou amá-la toda minha vida. Mesmo que você me rejeite, mesmo que você diga não. Eu ainda vou te amar.

"Te desafio me deixar ser sua, primeira e única
Prometo que sou digna
De estar nos seus braços
Então, vamos lá e me dê a chance
De provar que sou a única que pode percorrer com vc o caminho
Até que o fim comece"

—Porque eu sempre, sempre, sempre vou te amar.

"Vá lá, me dê uma chance!
Para provar que eu sou a única que pode fazer
Essa caminhada, até o fim começar."


Fico quieta pela primeira vez depois de minutos. A encaro, desarmada. Ela ainda está me olhando, boquiaberta.

A porta se abre.

—Arizona? - a voz de Charlotte soa em minhas costas. A olho, e encaro Arizona. Ela continua boquiaberta. - Eu estava pensando se você não quer uma carona para casa.

Espero ansiosa pela sua resposta, certa que ela vai querer ficar ali, e conversar comigo. Dizer que me ama, ou que me odeia. Que quer que eu me foda, ou que quer que eu a fode. Que me quer, ou que não me quer.

Ao invés disso, Arizona encara Charlotte, sorri e acena com a cabeça.

—Eu quero, obrigada.

Charlotte também sorri, passa por mim como se eu não estivesse ali, e ajuda Arizona a se levantar. Quando já está em pé, Arizona me encara.

—Boa noite... Calliope. - É só o que ela diz, saindo de braços dados com outra e me deixando sozinha, desarmada.

Eu desabo.


"Há um motivo para dizer que eu seria mais feliz sozinha. Não foi porque eu pensei que seria mais feliz sozinha. Foi porque eu pensei que se eu amasse alguém, e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver. É mais fácil ficar sozinho. Porque, e se você descobrir que precisa de amor e depois você não tem? E se você gostar e depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele e então… ele acaba? Você consegue sobreviver a essa dor? Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é que a morte termina. Isso? Pode continuar para sempre.

Greys Anatomy - 7x22."



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